" Até que foi bem fácil me arrumar, graças as aulas da tia Clarie peguei o jeito logo com os truques levemente satânicos das mulheres. Me maquiar já não machuca tanto, e eu ainda roubei temporariamente o babyliss da tia Clarie, então deixar meu cabelo um pouco diferente foi moleza.

Ponho o vestido preto e justo que comprei. Ele têm um tecido tão macio que chega a fazer cocégas. Afivelo o salto vinho meia pata que também surrupiei da minha tia, é tão bom ter alguém com as suas medidas quando se é uma garota deleixada e despreparada.

Me inclino em frente ao espelho da penteadeira e fico satisfeita com o meu trabalho. A maquiagem está leve e sedutura na medida certa. Meu cabelo, geralmente liso e sem forma, adquiriu ondas suaves e elegantes graças ao babyliss. E o vestido... Solto um risinho tremulo ao pensar que ele é o responsável por... por..."

– Ah meu Deus!

" Exclamo sozinha no quarto antes de cair na gargalhada. Eu não sou mais virgem. Não sou mais virgem! Minha nossa... Fico dividida entre a incredulidade, a felicidade e o medo. Tia Clarie vai me matar quando souber. Sorrio nervosa. Não importa, o importante é que foi maravilhoso. Tão bom que sinto meu corpo estremecer ao pensar em quando poderá aontecer de novo. Céus, Will está me transformando em uma completa depravada. Mas eu não me importo, desde que ele me toque da mesma forma que me tocou horas antes, que me beije, e me faça... Calma Taylor, não é bom ficar excitada novamente, você acabou de tomar banho e não tem outra calcinha tão pequena quanto essa pra usar com o vestido.

O vestido! Sim, concentre-se no vestido. Volto a me olhar no espelho. É... Meu corpo que sempre conssiderei desprovido de atributos é muito mais valorizado neste vestido. Parece até que eu tenho bunda. Me viro com dificuldade para observar a delicada protuberancia sob o tecido escuro."

– Interrompo?

" Will me encara encostado no batente, segurando o riso. Sinto minha face ferver na hora. Ele sempre escolhe os melhores momentos."

– Não, de forma alguma. Só estava vendo que surpreendentemente esse vestido me deixa com bumbum.

" Discimulo e o olho provocativa. Ele encara o local citado e solta um suspiro."

– Sim. Infelizmente você não vai ser a única a ver.

" Ele responde de modo enfadonho. Caminho em sua direção, apreciando o fato dos saltos me deixarem à sua altura."

– Mas só uma pessoa poderá tocar.

" Sussuro em seu ouvido equanto puxo a gravata solta em seu pescoço. Olho o tecido vinho em minha mãos e o encaro."

– Você viu os meu sapatos?

" Ele olha para os meus pés e nega com a cabeça."

– É o destino, essa é só mais uma prova de que fomos feitos um para o outro.

" Will me puxa e me dá um beijo rápido e travesso. Faço uma careta e comento com desdém:"

– Eu não sei não... Acho que se fossemos de fato feitos um para o outro, eu seria um pouco mais alta.

– Não, não. Essa é mais uma prova. Se você fosse do meu tamanho ficaria parecendo uma girafa ao meu lado quando colocasse saltos.

– Isso não seria problema, quase nunca uso essa tortura mascarada pela vaidade.

" Will desiste da discussão sobre nossa estatura. Puxa a gravata das minhas mãos e vai em direção ao espelho enquanto a arruma."

– Aposto Minha Garota de que você não faz ideia de como se dá nó em uma gravata.

" Dou de ombros e repasso meu batom ao seu lado no espelho."

– Nunca usei uma gravata, pra que eu precisaria saber?

" Will me empurra com o quadril e eu acabo borrando um pouco o batom."

– Bobão.

" Insultu-o mostrando a língua, ele ri da nossa infatilidade e abotoa o seu blazer."

– E aí?

" Pergunta dando uma voltinha e parando com a mão na cintura de forma totalmente gay."

– Acho que eu e minha recém adquirida bunda vamos ficar em segundo plano.

– Ótimo. Quero os holofotes todos para mim.

" Ele saí rebolando e eu o sigo rindo. Esse cara não tem jeito"

* * *

" Will dediciu que seria melhor irmos com o carro. Se fossemos de moto meus esfoços com o cabelo seriam em vão. A viagem até o elegante hotel Huston não demora muito, e logo paramos em frente a um dos mais belos lugares que eu já vi.

Will entrega as chaves do carro para um chofer e entramos na elegante recepção. Ele informa nossos nomes e logo somos conduzidos para o salão subterrâneo.

Ao entrar no salão pisco os olhos e tento encontrar algum foco em meio a escuridão e as epalhafatozas luzes e flashes. O lugar parece uma boate de tanta fumaça e lazers para todos os lados. Não poderia haver maior constraste com a recepção. Will me conduz em meio à toda aquela confusão. Passamos ao lado de um barmen que joga as bedidas à metros de altura. No teto há algumas pessoas se contorcendo em tecidos coloridos. Will passa ao lado de um espelho estilhaçado e vejo pequenos pedacinhos do seu reflexo."

– Will, o quê é isso?

" Grito em seu ouvido tentando me sobrepor a alta música eletrônica."

– Isso é uma festa!

" Ele grita de volta com um sorriso enorme de satisfação estampado no rosto.

Fico me perguntando se o Mentter aprovaria uma confraternização dessas para os seus alunos. E chego a conlusão de que com certeza não. Alguns alunos malucos que devem ter organizado tudo isso.

Will segura minha mão e abre caminho entre as pessoas insandecidas no meio da pista, ele atravessa o imenso salão até chegar em uma parte com umas cincos tendas erguidas. Will digita no celular com a mão livre por alguns minutos e então entra na tenda vermelha, a maior de todas.

O sigo e adentramos em um local mais calmo, apenas com os ruídos da música estridente e alguns feixes de luz que por vezes passam rapidamente pelo tecido. Aqui dentro há pufes e almofadas jogados por todos os lados e uma música índie toca suavemente ao fundo. Passamos por um grupo de pessoas sentadas em circulo, em volta de um narguilé quase do meu tamanho.

Will estica uma cortina de pinjentes dourados para que eu passe e passa ele próprio logo em seguida. Olho para as poltronas e para o bar com uma garota com tatuagens pelo rosto todo que dança distraidamente com umas garrafas de vidro.

– Esse é o melhor vinho da Sardenha. Nem todos gostam, por ter suas caracteristicas próprias, mas eu sei apreciar o que é bom e fiz questão de que ele estivesse aqui hoje.

" Olho na direção da voz embriagada e vejo Diana esparramada em uma poltrona enorme com uma taça na mão. Ela sorri e me avalia."

– Você está bonita, Taylor. Comportada, mas bonita.

" Agradeço e observo suas próprias roupas. Ela veste um vestido prateado que não tem um palmo à mais que suas nadegas. O decote é enorme, e na possição que ela está tenho uma visão perfeita do seu seio direito.

Olho para trás para ver se Will também tem noção do decote de Diana. Mas ele está entretido numa conversa com Matthew, que está jogado em uma poltrona, sem camisa, com seus ossos e praticamente todo o seu esqueleto à mostra."

– Ele é um cara legal. Não o deixe escapar Taylorzinha...

" Diana diz bebericando seu vinho. Vejo que na sua outra mão tem um pequeno embulho de papel seda. Agora está explicado o porquê desse cheiro insistente."

– Will eu vou ao banheiro.

" Comento me virando desconfortável. Ele se levanta e é puxado por um Matthew completamnet dopado."

– Calma aí camarada... Acho que a loirinha sabe fazer xixi sozinha.

" Will olha relutante e preocupado para Matthew, vejo que ele chora. Os olhos vermelhos de tanta droga e o rosto molhado de lágrimas. Will olha novamente para mim."

– Não, tudo bem. Acho que eu consigo encotra-lo sozinha.

" Sorrio para tranquiliza-lo e saio pela cortina de pinjentes. Novamente sou invadida pelo som alto e pela escuridão entorpecedora. Olho ao redor e entro na tenda um pouco menor, a amarela.

Nela há varias pessoas sentadas em mesas baixas, comendo alguma espécie de pratos cheios de pimenta, a julgar pelo cheiro do lugar. O som parece de algum restaurante comum, talheres batendo em pratos e pessoas conversando normalmente, vejo algumas delas segurando bebidas alcoólicas na mão. Mas ninguém aqui parece bêbado ou se drogando.

Um garçom passa ao meu lado com uma bandeja cheia de pratos com tomates em formatos de flores exóticas. Pergunto se aqui tem algum banheiro e ele aponta para o fundo da tenda.

Sigo para o local indicado e entro em um banheiro absolutamente comum. Uso uma das cabines e sigo em direção a grande pia de marmore com o espelho do mesmo diâmetro. Uma garota morena e muito bonita retoca a maquiage ao meu lado. Só há nós duas aqui. Ela me vê a encarando pelo reflexo e sorri."

– Isso aqui é uma loucura, não é?

" Ela pegunta em tom brncalhão."

– Ainda bem que meu namorado me trouxe para essa tenda. A verde parece um hospicio com uns caras competindo quem acerta mais os dardos, e umas garotas nojentas despejando cerveja no umbigo... Quase uma orgia.

" Ela completa enquanto retoca o batom."

– Sim, essa amarela é bem mais tranquila.

– Se gostou daqui vá na roxa. É a menor, mas o clima é bem romântico e dá para dançar umas músicas juntinhos. Tem até um ponche como os bailes normais.

" Ela sorri e guarda suas coisas na pequena bolsa azulada que combina com o seu vestido branco e folgadinho. Ela é realmente muito bonita, com o cabelo curto e preto, os grandes olhos verdes e aquele sorriso simpático."

– Acho que eu vou arrastar meu namorado pra lá então. Estou cansada de sentir esse cheiro de drogas.

" Ela solta uma pequena gargalhada da minha careta."

– Se quiser pode nos acompnhar, eu e meu namorado estavamos pensando em ir para a tenda azul. Lá também é tipo um restaurante, mas os alimentos são mais comuns, e o tema, segundo o garçom, é francês. Ou seja, só pode haver pratos deliciosos.

" Concordo com ela e saimos conversando do banheiro. Não damos nem cinco passos e vejo um homem se aproximar."

– Sandra, você demorou. Já estava ficando preocupado...

" Ele para de falar lentamente ao me notar e me encara. Fito aqueles olhos castanhos, tão comuns, mas tão diferentes para mim."

– Taylor?

– Marcus.

" O cumprimento sentindo a leve tensão no ar."

– Minha nossa! Você é a Taylor?

" Exclama Sandra, a garota bonita do banheiro, ao meu lado. Ela me encara com novos olhos."

– Puxa! Nunca pensei que eu um dia fosse te conhecer. A Sam te adora!

" Ela exclama sorrindo. Noto a nobreza da namorada do Marcus. Aqui está ela, conversando com a ex do próprio namorado sem demostrar um pingo de ciúme ou ressentimento."

– Taylor essa é a Sandra, minha namorada, nós vamos estudar juntos no Hillord's no começo do ano que vem.

– Meus parabéns Marcus! E pra você também Sandra. A Hillord's é realmente uma ótima universidade.

" Comento sorridente. Feliz por vê-lo feliz, e ainda sabendo que sua namorada é uma garota tão legal."

– Obrigada Taylor. Não posso dizer que foi fácil, mas felizmente nós conseguimos.

" Sandra sorri e entrelaça sua mão na de Marcus. É extremamente fofo o modo como eles se olham. É absolutamente visível que ele gosta dela."

– E você Taylor? Vai entrar em alguma universidade ano que vem?

" Marcus me pergunta parecendo verdadeiramente interessado."

– Sim, eu vou pra Jhoney's.

– Claro, ela é a sua cara. Focada em esportes. Acho que você vai gostar.

– Assim espero.

– O seu namorado, o... Willian, ele também vai estudar lá?

" Olho surpresa para Sandra, devido ao fato dela saber até o nome do Will. Marcus provavelmente não escondeu nada dela."

– É, ele também foi admitido.

– Que legal! Assim vocês vão poder ficar juntos. Deve ser tão incomodo para casais de colegial se separarem na universidade.

" Sandra comenta de forma sincera."

– Falando no Will, acho melhor eu ir procurá-lo antes que ele pense que eu fui rapitada.

" Comento em tom brincalhão. Marcus sorri com seu modo enviesado e assente, mas Sandra, tendo outros planos, convida animada:"

– Como eu disse, nós estávamos indo para à tenda azul. Chame o Will para ir com a gente. Lá é bem mais calmo e podemos conversar.

" Olho relutante para Marcus. Ele dá de ombros com simpátia, como se Sandra fosse indomável. Sorrio para ela antes de dizer:"

– Podem ir indo, se ele gostar da ideia nos vemos lá.