Guerreiros do destino escrita por AlsoAlves


Capítulo 12
A força de Lucius




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Como se os deuses pudessem sentir a intensidade da batalha o céu se fecha, raios caem, tornados se formam ao redor dos combatentes. A chuva e o vento estão tão fortes que árvores voam nos ares como uma pétala arrancada de uma rosa.
Lucius abre os braços e começa a levitar, raios começam a cair em sua volta, mas nenhum o acerta. Krom puxa uma flecha da aljava e atira em Lucius, que rebate a flecha usando uma técnica que Krom desconhecia, o controle dos raios, uma das maiores lendas ouvidas.
– Me tornei um dos senhores dos raios, não há absolutamente nada que um clérigo possa fazer.
– Hunf. Minhas habilidades não se limitam às de um clérigo comum.
Lucius lança um raio em Krom, que usa sua agilidade para dar uma cambalhota, o clérigo se levanta rapidamente e usa um ataque com magia arcana, mas está é facilmente anulada pela magia negra de Lucius.
– Você foi o maior guerreiro de todos. Mas essa magia negra... Essa maldita magia negra, corroeu você.
– Não... Ela me transfornou em deus. Dito isso Lucius abre os braços fazendo com que uma grande chuva de raios caia sobre Krom, que tenta desviar, mas os raios são muitos e inevitavelmente um deles acerta o clérigo lançando este ao longe.
– Aquele Kapre Azul. Disse à Guster que apenas Kido pode dizer onde está seu artefato. Então terei de ir até onde Kido está. E você não vai me impedir. Diz Lucius.
– Você está alguns passos em nossa frente. Diz Krom se levantando enquanto cambaleia. Krom olha para onde Oscar está e vê Enzo puxando Oscar para um local seguro.
– Não. Cochicha o clérigo.
A distração do clérigo custa caro pois o general aproveita e o acerta com um raio, Krom sente o golpe e cai de joelhos. Lucius desce dos ares, fica há poucos metros de Krom, lentamente puxa sua espada, uma lâmina negra, parecida com a que o drow em lins usava, mas muito maior.
– Seu poder de cura é considerado o maior de todo o mundo, quase no nível de um deus. Mas e se eu te decapitar clérigo? Poderá curar isto?
Krom olha para Lucius de baixo, ignora a pergunta do general.
Lucius se prepara para dar o golpe final, ergue sua espada, porém antes de arrancar a cabeça de Krom, uma flecha acerta o braço de Lucius que contém o ataque. O general arranca a flecha de seu braço, vira para trás, dando as costas para Krom. Em sua frente esta uma pequena companhia militar de cem, cento e poucos homens. Ele sabe que são de Laoo, conhece a armadura.
O capitão da companhia, um homem sem grandes atributos aparentes, berra para Lucius.
– Lucius o animal, e Krom o clérigo, rendam-se, vocês virão conosco como prisioneiros do reino de Laoo.
Krom aproveita a brecha para atacar Lucius que baixou a guarda e está de costas. Mas o general renegado dá um grande chute no rosto do clérigo, lançando este alguns metros longe. O capitão da companhia adverte novamente.
– Auto.
Arqueiros estão à postos, mirando em Krom e Lucius. Mas Lucius ignora a advertência do capitão e vai até Krom, ergue o clérigo pelo colarinho, Krom está visivelmente abalado com a surra, quase inconsciente, olhos virando e corpo mole.
– Vou cuidar destes insetos e depois venho te ver. Diz Lucius ao ouvido de Krom.
O general joga o clérigo ao chão, fazendo com que ele caia de cara no chão, Lucius apenas passa a mão no ferimento causado pela flecha e este é curado no mesmo instante.
– Não repetirei, obedeça Lucius. Diz o capitão.
– Ou...? Pergunta Lucius de forma sarcástica.
– Arqueiros... ataquem. Ordena o capitão.
Usando sua velocidade que nem mesmo os deuses possuem, Lucius se aproxima instantaneamente do capitão e com sua mão esquerda o suspende no ar pelo pescoço. O homem bate suas pernas, um soldado usando espada tenta acertar Lucius, mas com a mão direita o general usa sua magia negra para arrancar a alma do pobre soldado, os soldados que vêem o corpo do companheiro cair sem vida recuam. Lucius aperta o pescoço do capitão com mais força, quebrando facilmente o pescoço do homem, que não tinha nenhuma chance de vencer.
– E agora, é a vez dos menores. Diz Lucius se virando para os soldados amedrontados.
Enzo, que obviamente não fugiu, esta com Oscar, o líder dos rebeldes está vivo, muito fraco, vários ferimentos graves, causados principalmente por espadas, mas também há alguns feitos por flechas.
– Enzo... O livro... Você leu o livro?
– Sim senhor Oscar, eu li o livro de magia negra que o senhor me deu.
– Lamento... por isso, você é só uma criança. Mas é também o único capaz de derrotar Lucius. E... o único jeito é com magia negra. Diz Oscar com muita dificuldade.
– Não se esforce senhor Oscar, descanse, eu vou ajudar Krom, e voltarei com ele. E aí ele irá curá-lo.
– Não. Você... ain-ainda não pode vencer Lucius, não possui poder suficiente. Mas eu... Eu posso afastá-lo, me ajude.
Lucius derrotou todos os soldados, estão todos mortos. Não usou nenhum tipo de magia, apenas suas mãos. Ele começa a voltar para onde Krom está, caminha lentamente. O clérigo está sentado, se curando para continuar a luta, tentando reunir os restos de suas forças.
– Persistência. Gosto disso, se eu já não soubesse que você vai negar, lhe convidaria à ser meu braço direito clérigo. Krom cospe nas botas de Lucius.
– Prefiro arder em chamas por toda a eternidade do que me aliar à você, lixo. Antes que Lucius possa fazer qualquer coisa, Enzo arremessa uma grande faca que acerta a jugular de Lucius.
– Eu ainda estou aqui. Berra o menino.
– Tolo. Diz Krom.
– O filho de Ferreiros. O pequeno prodígio, Enzo não? Lucius se vira para o menino, o golpe causado pela faca é curado rapidamente.
– Você matou minha mãe.
– É verdade, Elza. Foi um desafio maior que o seu pai. E provavelmente um desafio maior que você, criança.
Oscar aparece atrás de Enzo, com um grande livro cinza aberto. O rebelde começa a ler.
– Carapaucius, deus da forja, do escudo e da espada, eu lhe suplico intervenha por nós.
Lucius ignora Krom e vai até Enzo e Oscar. O general sorri ironicamente.
– Acha que o deus da forja, o mais insignificante dos deuses irá te proteger da minha força?
– Carapaucius, deus da forja, do escudo e da espada, eu lhe suplico intervenha por nós. Repete Oscar.
– Que piada. Diz Lucius.
Quando o general está perto, Enzo usa magia negra para conjurar um grande escudo redondo, se protegendo e protegendo Oscar.
– As coisas ficaram interessantes. Diz Lucius escorado no escudo que Enzo criou.
– Carapaucius, deus da forja, do escudo e da espada, eu lhe suplico intervenha por nós. Tenta Oscar novamente.
Lucius com todo seu conhecimento em magias, cria um campo de magia negra em sua volta, e com isso consegue atravessar o escudo de Enzo. Agora que o general está dentro do escudo, Enzo cancela a técnica. Lucius se aproxima deles, sorri, puxa sua espada e diz.
– Adeus criança.
– Carapaucius, deus da forja, do escudo e da espada, eu lhe suplico intervenha por nós. Suplica Oscar.
Lucius ataca Enzo com sua espada, mas antes que o golpe acerte, do livro de Oscar sai um clarão, milhares de vezes mais brilhante que o sol, repulsa Lucius dali, lançando o general longe. É a intervenção de Carapaucius, o deus da forja.
– Saia daqui, Lucius. Não permitirei que machuque mais essas pessoas. É Carapaucius personificado no clarão, sua voz é centenas de vezes mais grossa que o barulho dos raios controlados por Lucius.
– Não interfira, essa luta não é sua. Diz Lucius.
– Oscar é devoto à minha divindade, toda a luta dos meus crentes é minha luta também. Diz o deus.

Apesar das difamações Lucius prefere não ter problemas com um deus.
– Carapaucius não estará aqui sempre para salvá-los. Nos veremos em breve. Dito isto Lucius levita, e segue para o oeste voando em alta velocidade.
– Obrigado vossa santidade. Diz Oscar se ajoelhando.
Carapaucius não responde, simplesmente some, o clarão volta para o livro, o livro salta das mãos de Oscar, e cai fechado.
– Foi quase. Diz Oscar aliviado.
Enzo cai sentado, o uso de magia negra queimara suas mãos. Krom se aproxima, com a mão no ombro, esta visivelmente fraco, olha com muita fúria para Oscar. Se aproxima do gigante e dá um grande soco no rosto, derrubandi Oscar sentado.
– Não há explicação para isso. Diz Krom para Oscar, Krom olha para Enzo, com as mãos queimadas.
– É o único jeito. O garoto precisa da magia negra, nenhuma magia arcana irá derrotar Lucius.
– Seu idiota, a magia negra vai dominá-lo, é apenas um menino, Oscar. Você não podia...
– Foi um pedido de Ferreiros. Responde Oscar.
Krom fica paralizado por um instante, Enzo intervém separando os dois. Oscar continua:
– O livro era de Ferreiros. E ele me pediu para dar ao menino.
– Krom... Eu não serei dominado por esta magia negra. Diz Enzo.
– Lucius era um bom homem, até conhecer o ocultismo da magia negra, e olhe no que ele se tornou.
– Lucius não tinha você. Eu tenho. E por isso, não serei dominado.
Krom respira, toma as mãos de Enzo nas suas e usa sua magia divina para curá-las.
– Se vocês acreditam nisso, eu acredito em vocês. Diz o clérigo.
– O que farão agora? Pergunta Oscar.
– Vamos até as montanhas da dor em Jozz, encontrar dafne. Responde Krom.
– Sim, entendo. Então irão morrer.
– Exato.


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