My Immortal escrita por Satine


Capítulo 7
O pupilo de Drina Auguste


Notas iniciais do capítulo

Olá amores
bom, capitulo mais focado em Tom, eu espero que gostem ;D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/554077/chapter/7

A aula. Não podia ter sido pior, em poções, Tom e eu competíamos para ver quem era o melhor, nas outras, ele ficava o tempo todo com ela, sussurrando no ouvido dela, fazendo-a se desmanchar em risinhos toscos e me lançando olhares provocativos e desafiadores.

No fim daquele dia infernal, todas as garotas foram assistir os testes para novos jogadores no time de quadribol, mas eu decidi ficar no quarto, somente um lugar faria eu me sentir melhor. Summerland. Depois da primeira vez, era bem mais fácil ir para lá.

Avistei o portal dourado e quando abri os olhos, estava naquele jardim tranquilizador. Deitei na grama, os meus fios negros contrastando com o verde vivo do gramado fofo, as minhas vestes escuras, todo o passado dark em contraste com a pureza e ar ameno do lugar. Aproveitei aquela paz sozinha por pouco tempo.

– Elizabeth. - me apoiei nos cotovelos para ver Damen Auguste.

– Você está sempre aqui? - pergunto franzindo a testa, ele ri.

– Às vezes. E você? Conseguiu as respostas que queria?

– Infelizmente descobri mais do que devia, transformei meu namorado, ou melhor, ex-namorado, em um vilão... De novo. E estraguei tudo.

– Eu sinto muito Elizabeth.

– Me chame de Liz. Como vai Claire? - Damen Auguste sorriu.

– Tivemos nosso primeiro encontro, ela é incrível e Drina ainda não sabe de nós.

Damen e eu ficamos conversando por algum tempo, ele era um ótimo amigo e um bom ouvinte, por sua ligação com coisas sobrenaturais, minha vida nem parecia assim tão esquisita quando falava com ele.

[...]

POV Tom

Olivia falava sem parar ao meu lado com sua voz enjoativa, andávamos em direção ao campo de quadribol junto de amigos, às vezes me surpreendo com as coisas que posso fazer por causa de meu orgulho, envolver-me com Hornby é uma dessas.

– Vão à frente. - digo parando bruscamente. - Eu acho que esqueci alguma coisa, alcanço vocês.

– Não demore, Tom. - diz Druella e continua num sussurro. - Não vai deixar Hornby conosco e depois fugir.

Sorrio brevemente e volto para o castelo, ainda estou nos arredores do mesmo quando sinto que estou sendo seguido. Paro olhando para trás e em volta, semicerro os olhos e sou surpreendido por Drina Auguste na minha frente.

Ela ajeitou o grande chapéu em sua cabeça, estava ainda mais linda se possível, usava um vestido vermelho de botões que marcava sua cintura por baixo de um grosso casaco preto, luvas brancas e bolsa de mão.

– Sabe como foi difícil chegar aqui?

– Pode ver o castelo? Não vê ruínas como os trouxas?

– Você não está me comparando a relés trouxas mortais, não mesmo. - ela diz e segura meu pulso, suas unhas longas arranhando minha pele. - Siga-me.

Eu vou com Drina Auguste, aquela mulher me intrigava, saímos dos arredores do castelo e ela se virou de frente para mim segurando minhas mãos.

– Aparate, vamos faça aquilo de sumir em um lugar e aparecer em outro. Pode nos levar para o lugar que estou pensando agora, bruxinho?

– Se me chamar de bruxinho outra vez... - digo entre dentes, ela responde com um de seus falsos sorrisos doces, sem emoção.

Concentro-me e aparato para o lugar que Drina quer, a enorme e elegante suíte de um hotel, nem sei se ainda estamos em Londres.

– Suíça. - ela responde lendo meus pensamentos.

– Eu gostaria de um pouco de privacidade. - digo incomodado e ordeno. - Não leia meus pensamentos.

– Damen sumiu de novo. - ela diz retirando o chapéu e o casaco. - Eu gostaria de saber onde ele está, mas perdi o rastro dele.

– Eu sinto muito. Até o fim das férias ele não apareceu em Little Hangleton. - Drina balançou a mão como se espantasse uma mosca.

– Ainda está interessado em imortalidade? - ela pergunta enquanto desfaz o penteado elaborado nos fios ruivos, eu não respondo, depois de tudo o que vi em Summerland, eu estava confuso, embora a ambição dentro de mim parecesse despertar. A ruiva vem até mim. - Você está sim, eu posso ver, bem lá no fundo, ele está adormecido não é Tom Riddle? Voldemort, acordando aos poucos.

– O que você quer de mim? - sussurro.

– De tempos em tempos eu costumo ter um pupilo ou uma pupila, me interessei em você. - ela diz sincera. - Me distraem e aqueles que eu não mato, podem até se tornar amigos.

– Posso ver porque Damen não te quer ao lado dele. - provoco-a.

– Gosto de você Riddle, mas não abuse. - ela diz apertando meu pulso com força desumana e cravando as unhas compridas no mesmo, apenas como um aviso. - Lhe darei o elixir da vida eterna SE você merecer.

Drina era a garota mais louca e irreverente que já havia conhecido. Sorriu maliciosa abrindo o vestido e deixando-o cair no chão, ficando apenas de lingerie vermelha. Arqueei uma sobrancelha, sentindo-me um pouco nervoso, ela era linda, instigante e imortal, mesmo que amasse Elizabeth não poderia resistir e mesmo que fosse a primeira vez que eu faria aquilo, bem imagino que essas coisas só acontecem naturalmente e logo eu já sabia o que fazer.

Terminamos ofegantes na cama de casal do hotel suíço, ficamos em silencio por algum tempo.

– Você foi ótimo. - ela diz se levantando e se vestindo. - Valeu o meu tempo.

– Pode contar comigo sempre que precisar. - digo malicioso e levanto também me vestindo. Drina olha para mim enquanto penteia os fios ruivos com os dedos.

– É você a ama. Elizabeth. - diz Drina. Eu preferia não amar, preferia não sentir, as coisas eram bem mais fáceis quando só existia o ódio, penso e odeio o fato de Drina poder ler meus pensamentos com tanta facilidade. - Tudo bem, eu te dou o que você quer, o elixir da vida eterna. Sei como é estar dividida entre ser a pessoa que você é ou ter a pessoa que ama. Damen também não me aceita, diz que fui tomada pelo ódio, vivo em uma vida de luxuria, consumo e festas, sou vazia e não conheço o amor, só porque dei um fim a algumas pessoas que estavam em meu caminho. Você é Voldemort, graças ao sacrifício de Elizabeth você a ama, pode amar, mas ainda é Voldemort e ela não te aceita.

Pego duas taças e uma garrafa de vinho ao lado da cama servindo a nós dois.

– Parece que somos parecidos, Drina Auguste. - digo, surpreso com o fato de ela me entender tão bem.

A ruiva sorriu e aceitou minha bebida, o sol já se punha e começava a escurecer, ela virou a bebida, mas assim que devolveu o copo, tirou do bolso um vidro com um líquido vermelho dentro e deu um gole, provavelmente o elixir da vida eterna.

– Está tarde, você tem que voltar para a escola, nos encontraremos em breve para sua transformação, Riddle. Você será o meu novo pupilo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

gostaram? mereço reviews?
Até o próximo
Ja ne



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "My Immortal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.