My Immortal escrita por Satine


Capítulo 27
O garoto que fez todas as escolhas erradas


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente!!!! Bom, primeiramente obrigada pelos reviews *----* amei todos e caracas esse capitulo ficou grande, mas tive uma ideia súbita de colocar um pouco do passado do Tom, depois que a Liz o deixou e voltou para o seu tempo, um pouco mais de seu relacionamento com sua mãe, um pouco triste, mas também bem esclarecedor. Espero que a fic não esteja muito melodramática, mas com ela eu quero que Tom e Liz finalmente tenham um final feliz sabe... E enfim, perdoem qualquer errinho e enjoy ;D



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O amor é um motivo tão perigoso quanto o ódio”.

Era um de seus últimos dias no casarão dos Riddle e logo ela voltaria para Hogwarts, estranhamente Elizabeth tinha se habituado àquela casa, mesmo sendo tão grande que ela acabava passando a maior parte do tempo no quarto ou na sala principal, ali ela tinha a companhia de Hylla, tinha o seu piano e podia ver todo o vilarejo.

A cada dia aprendia mais sobre os donos da casa, Hylla era curandeira e quase nunca ficava em casa e seu professor havia passado anos na França, há muito não visitava aquela casa, que poderia esconder tanta coisa. E foi isso que se dedicou a fazer quando se viu entediada em seu último dia ali sem presença dos dois mais velhos, explorar a mansão.

Começou pelos quartos, sem dar ouvidos a Willy que insistia para que ela não o fizesse, explorou todos eles, haviam muitos quartos de hóspedes no corredor acarpetado e iluminado por luzes fracas, todos eles apenas com móveis antigos requintados, porém vazios, exceto um, o quarto que antes estava trancado.

– Não devia estar aqui, senhora. – disse Willy ficando ainda mais apavorado. – O Lorde das Trevas não vai gostar de saber que esteve aqui.

– Ainda não desistiu Willy? – disse Snape observando os retratos na cômoda. – De quem era o quarto?

– Dos pais dele, senhora. – disse o elfo doméstico antes de começar a se punir.

– Não se castigue, pare, pare com isto. – disse Liz assustada com a reação do elfo, sempre ficava, até na casa dos Malfoy quando Draco costumava se divertir vendo Dobby se castigar.

Mas percebeu que se tratava do quarto de Mérope Gaunt ao ver as fotos, haviam muitas delas, algumas das fotos se mexiam, todas as que estavam apenas ela e os filhos, mas haviam outras, era estranho para Liz ver fotos de seu professor tão novo e riu sozinha com pensamentos do tipo “como ele era fofinho”, haviam outras fotos que não se mexiam, nelas estavam um homem muito parecido com Tom, só que mais velho, e dois senhores de idade, uma mulher e um homem.

– Por que ele deixa isso aqui trancado?

– Ele ainda é o Lorde das Trevas, senhora, não só seu professor, Willy... Willy pensa que é para esconder sua ligação com os trouxas. – explicou o elfo.

Faz sentido, pensou e logo em seguida fez uma careta, que idiotice. Mas se frustrou ao ver que não havia nenhuma foto dela, Elizabeth Tyler.

– Eu preciso encontrar algo sobre Tyler... Já que ninguém quer me dizer. Willy! – chamou, achou que o elfo podia fazer algo de útil ao invés de ficar seguindo-a e dizendo o que ela não devia fazer. – O Lorde das Trevas te chamou para cuidar de mim, certo?

– Sim, senhora Elizabeth, sim.

– Logo, você deve me obedecer. Encontre qualquer coisa sobre Elizabeth Tyler. – Liz manda e incerto o elfo a obedece.

Com um sorriso satisfeito, Snape abre os armários e o que encontrou a deixou mais animada, haviam lindos vestidos ali, de época, do tipo que marcavam a cintura e eram acompanhados de luvas e chapéus, se divertiu por algum tempo provando-os, acabou por ficar com um deles, era um modelo bem trouxa, vermelho marcado na cintura com luvas de renda negra.

Se atreveu a levar as fotos para a sala principal, colocando-as como decoração embaixo do quadro de Salazar Slytherin.

– Ele vai me matar. – concluiu ao ver a nova decoração, mas estava satisfeita com a mudança. – Pior que isso, vai colocar minha cabeça numa bandeja de prata e entregar a Olívia, ah se vai. – disse para si mesma mordendo o lábio inferior e franzindo a testa, mas foi tirada dos seus pensamentos por um estalo e Willy apareceu a sua frente.

Já estava quase sem esperanças quando viu a folha na mão do elfo doméstico.

– E então?

– Willy não achou nada senhora, isto estava no bolso de um casaco velho, mas acho que não pertence a ela e sim a senhora.

– Obrigada Willy, é só isso. – disse pegando a folha velha e amassada, teve que se esforçar para ler as letras apagadas.

Querido Tom

Em nossa primeira noite de volta ao castelo, irei procurar o professor Dumbledore e voltar para o ano de onde vim. É o certo a se fazer, eu sinto falta da minha família e não quero ser a Lady das Trevas que fui um dia, o que vai acontecer se eu continuar aqui. A história não vai se repetir. Desculpe por não te falar antes, mas eu odeio despedidas, você sabe que eu não sou muito sentimental e acabaríamos brigando de qualquer jeito. Dumbledore apagará a minha memória e eu me esquecerei de você, esquecerei de tudo, vou ser só Elizabeth Snape, uma garota normal (na medida do possível).

De sua eterna Princesa Mestiça.

Elizabeth Lily Snape.

P.S: Não deixe Voldemort tirar o que você tem de melhor.

Elizabeth leu e releu a carta mil vezes, agora não tinha dúvidas de que era ela, sempre fora, ela só queria tanto poder se lembrar.

Ainda tinha a carta em mãos quando a porta foi aberta e viu Riddle passar por ela, com sua capa longa e o capuz e Nagini o seguindo. Não tinha se dado conta de quanto tempo tinha se passado, tinha acabado se distraindo, olhou para a janela e viu que já estava escuro, levantou-se da poltrona da qual estava sentada e apertou a carta na mão, esperando pela reação dele ao ver suas pequenas mudanças.

– O que é isto? – perguntou Voldemort pausadamente, saíra para resolver alguns assuntos, o Profeta Diário agora culpava Lord Voldemort pelos ataques causados por Olívia e Grindelwald e o Ministro havia mandado destruir todos os jornais que falavam da fuga de Gellert Grindelwald, para apavorar menos as pessoas e quando voltava ainda tinha que se preocupar com Elizabeth revirando seu passado.

– Encontrei-as em um quarto, eu estava entediada, achei que...

– Não devia achar nada. – disse frio e furioso, controlando-se para não pegar a varinha e lhe dar uma lição.

Todas aquelas fotos que ele não via há anos traziam de volta sentimentos que ele não queria sentir, saudade, tristeza, raiva, culpa, arrependimento, era horrível lidar com isto e por isto queria ser o monstro que era antes, para não sentir. O pior era saber que tinha que ele tinha feito todas as escolhas erradas novamente e tudo tinha começado aquele dia, quando voltou para casa depois de seu último dia de aula.

Sua mãe estava furiosa, ele podia notar, mas não disse nada, nenhum dos dois enquanto ainda estavam dentro do carro voltando de King’s Cross. Quando entraram em casa, seu pai se sentou em uma poltrona e Mérope Gaunt jogou a bolsa dizendo da maneira mais agressiva que ela já havia lhe falado:

– Você abriu aquela câmara secreta, não é Tom? – ela disse. Mérope usava o vestido vermelho ao estilo comum da época, um vestido trouxa e com luvas de renda negra.

– Não sei do que está falando. – mentiu sem nenhum remorso.

– Mentiroso! – ela o acusou. – Agora está mentindo para mim, sua própria mãe, não devia fazer isto Tom.

– Mer, se acalme. – disse seu pai. Tom Riddle pai também notava que o filho estava estranho, mais... Frio, sabia também que tinha algo a ver com o fato de Elizabeth Tyler ter ido embora.

– Por favor querido, me deixe conversar a sós com nosso filho. – pediu docemente para, nos pensamentos de Tom, o trouxa que deveria chamar de pai.

O Riddle pai foi para seus aposentos deixando os outros dois sozinhos na sala principal.

– Agora você vai me dizer a verdade.

– Eu não fiz nada, que droga.

– Tom Marvolo Riddle! Então você quer dizer que aquelas meninas nascidas trouxas morreram sem nenhuma explicação? Querido, nós somos herdeiros de Slytherin, é uma questão de tempo chegarem até você, tenho certeza que não quer ir para Azkaban como seu tio e avô.

– Não vou para Azkaban! E exatamente, somos herdeiros de Slytherin e você nos desonrou, Mérope, se casando com... Ele, sua traidora do sangue. – disse furioso, a dor do tapa que levou de sua mãe não doeu tanto quanto seu olhar decepcionado, Tom se arrependeu das palavras que disse assim que viu os olhos marejados dela. – Eu... Eu não quis dizer isso.

– Você quis sim. – ela disse fria. – É igualzinho Marvolo e Morfino.

– Não, mãe, não! Nós podemos, esqueça o que eu disse, mãe, nós podemos ser poderosos e imortais, você pode ficar pra sempre comigo e...

– Você sempre foi muito ambicioso e isto não é bom. Aposto que matou Thomas também, é melhor ir embora Tom, eu não quero ter de entregar você. – ela disse mesmo que soubesse que nunca seria capaz de fazer isto.

Mérope se virou e de costas para o filho foi atingida pelo feitiço obliviate, Riddle apagou as lembranças daquela noite de sua mãe e na manhã seguinte avisou que iria viajar para a França pois tinha conseguido um estágio no Ministério da Magia francês e assim o fez. Guardou esta memória tão fundo que tinha até mesmo se esquecido dela, era a mais dolorosa lembrança que tinha, pois se havia alguém que ele amava era Mérope Gaunt.

– Coloque isto no lugar e tire essa roupa ridícula. – disse Riddle saindo de seu devaneio.

– Ainda se odeia por que teve familiares trouxas? Se odeia porque é um mestiço? – perguntou Liz sem pensar e indignada.

Tom odiava todo aquele atrevimento, mas também adorava, porque ela o enfrentava, se aproximou dela segurando seu queixo com um pouco mais de força que o necessário.

– Eu tomaria cuidado se fosse você.

– Eu não entendo, por que é assim? Teve uma família que te amou, por que esqueceu isto e se tornou Lord Voldemort?

– Porque é mais fácil não sentir nada, ser o vilão. – ele disse passando a varinha por sua bochecha e pescoço. – Porque diz todas as escolhas erradas novamente.

– Você se arrependeu... Ainda dá tempo de mudar, Tom. E ... Eu sei que eu sou ela... – sussurrou Elizabeth. – Eu só queria tanto me lembrar.

– Não, não queria. – Riddle não conteve o impulso de beijá-la com fervor e raiva por seu atrevimento, mas parecia que cada vez se viciava mais em Elizabeth Lily Snape. Liz por outro lado estava com medo, mas adorava o enigma que ele era para ela e estranhamente gostava do jeito feroz, como ele puxava seu cabelo para provar sua pele e apertava sua coxa, a fazia suspirar. – Eu te amo Elizabeth Snape e não vou te decepcionar.

Liz ainda tinha um lado hesitante quanto a ele, quanto a todos os segredos e todas as coisas que descobrira até aquele momento, mas aquela frase a fez se render de uma vez por todas e se entregar completamente a ele.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews?
Até o próximo cap
Beijoks