Porque garotos baixinhos... escrita por Lemonade Candy Chan


Capítulo 2
Cap.2: Garotos baixinhos e as fases do luto.


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo: não esperava uma recepção tão boa! Quando cheguei em casa e vi as reviews (só tinha visto uma pela manhã, e peço desculpas pela resposta que saiu bugada) quase chorei de emoção!
Agradecimentos especiais aos que enviaram reviews, estão acompanhando e favoritaram um beijão para:
Abyssus Zero
Bebels
xDarkDreamX
Não estou muito confiante com esse capítulo, mas...
Enjoy!



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Hinata acreditava agora que ela estava apaixonada por Nishinoya. Ótimo. Estava sendo irônica, claro.

"Nã-não! Espera! Não é isso, v-você entendeu errado!"

"Aaaah, não precisa ficar com vergonha!", disse enquanto se abaixava e dava um tapinha nas costas da garota, "Nishinoya senpai é muito sortudo!"

"Me escute, eu-", foi interropida por um determinado garoto.

"Não se preocupe, eu, como um ótimo amigo, te ajudarei de todas as formas", dizia orgulhoso de si mesmo, ", mas agora eu preciso correr, senão o egoísta do Kageyama vai comer minha parte... Até amanhã!"

Ele saiu rápido como o vento e deixou sozinha uma Yachi completamente frustada. Ai, ela preferiria uma rejeição! E como! Agora, tudo que ela queria era se encolher num canto e chorar. Foi para casa reunindo forças para não desabar e chorar no meio do caminho.

...

Acordou em sua cama, ainda sonolenta e com o estômago vazio. Havia se passado algumas horas desde que chegou em casa. Estava se sentindo ótima, revigorada.

O que aconteceu hoje mais cedo? Não lembrava muito bem.

Negação.

Algumas memórias passaram pela sua cabeça. E suspirou aliviada. Aliviada? Sim, ela as reconheceu como um sonho ruim.

"Sem chance, isso não aconteceu... Aah, ainda bem... Não sei se aguentaria se fosse verdade. Eu me declarar para o Hinata-kun? Não tenho toda essa coragem!", deu uma risadinha meio desanimada. Sentiu seu estômago reclamar, finalmente levantou da cama e decidiu preparar alguma coisa. Sua mãe estava sempre trabalhando e não era encarregada de serviços domésticos, Yachi já estava acostumada a se virar em casa há bastante tempo.

Foi até a cozinha e decidiu preparar alguns bolinhos de arroz simples. Não estava com muita energia parar fazer algo mais complexo. Os comeu lentamente. Estava se sentindo desconfortável. Decidiu fazer algo para sua mãe também, senão ela ficaria zangada, pôs óleo em uma frigideira, esperou esquentar e pôs uma carne para fritar.

Sentiu a necessidade de escovar os dentes e se dirigiu ao banheiro.

Ao ver sua face no espelho percebeu os olhos inchados e o nariz avermelhado. Teve certeza de duas coisas:

1. Havia chorado.

2. Não era um sonho ruim. Aquilo era real.

"Que..."

Raiva.

"Que injusto! Esse mundo é muito injusto comigo! Por que só comigo? Por quê?", pronunciava as palavras com as voz já embargada, encarando a face chorosa no espelho.

Parou para respirar e só então percebeu um cheiro esquisito no ar, era cheiro de... Queimado! A carne estava queimando! Sua mãe ficaria furiosa! Correu desesperadamente para a cozinha tentando pensar em algo que pudesse minimizar o estrago. Viu o estado em que estava a carne e ficou em pânico, mas percebeu que, definitivamente tinha que fazer algo em relação a isso.

"Vai dar tudo certo!"

Com cuidado ela removeu as partes queimadas e agora só se via um suculento pedaço de carne. Suspirou aliviada pela segunda vez naquele dia. E foi e aí que percebeu.

Negociação.

Até os problemas que pareciam mais insolúveis poderiam ter solução. A carne não-mais-queimada era uma prova daquilo.

"Se eu me esforçar mais e for mais otimista, talvez eu possa consertar esses mal entendidos", olhou para a carne, "vai dar tudo certo".

Lembrou que tinha tarefa de casa e foi fazê-la. Agora, com as atividades do clube, o horário da noite era o único que tinha para colocá-las em dia. Abriu o caderno e viu os layouts recheados de tons vermelho e rosa. Cheio de corações desenhados a mão.

Sentiu-se um pouco triste, um pouco alegre, um misto de sentimentos, mas com um pensamento súbito, passou a exibir um semblante transtornado.

"E se..."

Depressão.

"E se... O Hinata-kun entendeu tudo, mas fingiu que não?"

Levantou rapidamente da cadeira onde estava e gesticulando de uma maneira esquisita discursava para as paredes. Ouvia-se desespero em sua voz, afinal era Yachi "desespero" Hitoka.

"Será que eu pareci muito patética para ele? Será que ele riu pelas minhas costas? Será que contou para os garotos e agora eles me acham uma idiota?", agora começava a soluçar, "A-agora e-e-ele vai m-me tratar-r diferente e-e, nunca s-será como an-antes!".

Mesmo que sua consciência dissesse "o Hinata não é esse tipo de pessoa, você sabe disso", algo dentro dela a fazia ignorar esse pensamento. E ficava mais deprimida a cada momento.

Ouviu um barulho na porta do quarto, era sua mãe.

"O que foi que aconteceu Hitoka?", a mãe perguntou preocupada. A filha chorava e o nariz escorria. Algo havia acontecido.

"M-ma-mamãe-e!", disse soluçando e recebeu da mãe um abraço.

"Você pode parar de chorar um pouco e me dizer o que aconteceu? Talvez eu possa te ajudar."

Com dificuldade engoliu o choro e tratou de explicar a situação para a mãe.

Aceitação.

"Mas que garoto idiota! Se bem que você também foi muito inútil..."

"M-mãe!", mexia os braços nervosamente ficando inquieta com o comentário.

"Mas Hitoka-chan...", disse dando um leve sorriso, "Não é o fim do mundo."

O rosto da garota se iluminou. Claro! Não é o fim do mundo! Como poderia ter ficado tão deprimida só com aquilo. Sentia-se boba. Recebeu outro abraço da mãe.

"Sim mamãe, não é o fim do mundo", e deu uma pequena risada. "Vou resolver tudo".

"É assim que se fala, garota. Bom esforço, porque sorte é para os fracos. Só não estrague tudo novamente", esperou algum comentário da filha em resposta, mas não ouviu nada. Sua respiração estava lenta e preguiçosa. Yachi estava dormindo.

Levou sua filha até a cama, a cobriu com o lençol, deu um beijo no rosto e sussurrou um "boa noite".

A menina loira agora estava tranquila. Mas esgotada.

Ficar de luto era cansativo.


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Notas finais do capítulo

Escrevi o capítulo enquanto escutava a opening de Psycho Pass 2 x3621375634127 e comia melão, então não tenho garantias de que estava muito lúcida.
Alguém gosta do megane husbando? Ele aparecerá em breve... Huhuhu... Espero que tenham curtido o capítulo, foi difícil escrever sobre a Yachi sofrendo, mas consegui (acredito).
Reviews, sugestões, críticas... Fiquem à vontade!
Não revisei o capítulo, então pode conter erros, qualquer coisa, podem avisar que eu edito! Abraços!