Unexpected Future escrita por camimf


Capítulo 8
It's time to the truth


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouquinho mais de uma semana, mas já estou de volta com mais um capítulo.
Agora muitas coisas ficarão claras. E mais uma vez, me perdoem pelos erros e pela demora. O cursinho começou, e tá muito puxado. Era para eu ter postado antes, mas não estava aguentando digitar devido ao sono.
Ah, quem narra esse capítulo é o Tom.
Boa leitura!



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Nomes

Julie: Rachel Schmidt;

Mandy: Giulia Montéz;

Bill e Tom: Richard e Stephan Lisenbröder;

Georg: Robert Lipphaus;

Gustav: Oliver Schlüter.

 

                Esperamos os outros se retirarem da festa. Bem, o que eu posso dizer? Eu sei encenar muito bem, assim como o Richard é bom com aquelas poses todas de modelo que ele vive fazendo.

 

                Nós fomos para a pista de dança mais uma vez. Não desgrudava de Rachel nenhum segundo. Eu sei que já tá mais do que na cara o que eu sinto por ela, mas ela parece não sentir a mesma coisa. Bem, mas como ela estava linda! Não que ela não fosse, mas vocês entenderam. Todos os olhares masculinos se voltavam a ela, e eu fazia questão de ficar sempre por perto, acho que não suportaria vê-la dançar com outra pessoa. Richard e Anna sumiram na pista de dança também. Se eu não conhecesse tão bem meu irmão, diria que ele estava apenas atuando com ela, mas eu sei que pelo menos uma amizade surgiria depois dessa festa.

 

                Juntamo-nos com os outros dois e fomos sentar. O homem que havia entregado a maleta estava sentado em uma mesa ao lado da nossa. Conversávamos animadamente, e acabamos por chamar a sua atenção. Com aquela escuridão, não consegui identificar o seu rosto. Mas, tanto eu quanto Richard – mas que merda, bem que a empresa poderia liberar essa história de incorporar a personagem totalmente. Esses nomes confundem demais – sentimos que já conhecíamos aquela pessoa.

 

                Suspeitas à parte, ele se levantou e dirigiu-se ao quiosque que tinha lá dentro e apontou para a nossa mesa. Logo depois, um garçom, seguido por esse homem, veio em nossa direção.

 

                - Com licença. Vocês aceitariam uma bebida?

 

                - Mas é claro, senhor...

 

                - Klaus, Joachim Klaus.

 

                - Aceitamos sim. – eu era o único que se pronunciava.

 

                Conversávamos sobre diferentes assuntos, como se todos nós nos conhecêssemos há muito tempo. E parecia que realmente o conheciam. As conversas e os assuntos nasciam naturalmente. No começo eu cheguei a achar estranho, mas é normal o seu santo bater logo de cara com outra pessoa.

 

                Focando na missão, Rachel se levantou para dançar um pouco com Anna, enquanto nós conversávamos e tentávamos descobrir mais alguma coisa. Nesse momento vi que os outros voltaram disfarçadamente nos indicando o homem que recebera a maleta.

 

                Os movimentos foram rápidos demais para uma pessoa “normal” perceber e ver que algo estava realmente errado. Klaus levantou-se sem dizer nada aos meninos e foi atrás do homem que havia voltado. Como de relance, nos separamos e os seguimos, todos em caminhos diferentes, evitando uma possível fuga dos dois.

 

                Todos saíram pela porta dos fundos e corremos por um jardim, até chegarmos a um beco.

 

                - Sabia que eu deveria desconfiar de vocês.

 

                - Não foi o que pareceu quando nos ofereceu as bebidas. – eu disse, debochando.

 

                - Tinha de me certificar de que me livraria de vocês, mesmo que não fossem agentes. – o segundo homem riu. – E daqui a pouco nós veremos o resultado.

 

                - Tem certeza? Oh, doce Ilusão. – a voz de Richard soava maligna e sarcástica. Esse é o meu irmão.  – Afinal, o que vocês querem por aqui?

 

                - Acho que vocês já devem saber. O que eu quero é vingança.

 

                - Ah, vingança? E precisa comandar uma desse porte?

 

                - Sim, as pessoas sentirão o que eu senti. A dor que eu senti,

como se ela quebrasse e despedaçasse cada pedaço do meu ser.

 

                - Do que você está falando? – Anna disse receosa.

 

                - 5 anos atrás. – Joachim sorriu fracamente. – Na verdade, quando os meus filhos ainda tinham 7 anos. Eu e a mulher da minha vida brigávamos direto, e isso estava prejudicando a todos, até que a separação foi consumada por um pedido de divórcio dela. – o tom de sua voz tornava-se cada vez mais magoada, e um ódio começou a invadir os seus olhos. – Não me reconheci mais depois daquilo. Fiquei sozinho no mundo com a minha mãe, ela tinha ficado com os meus filhos, tudo o que eu mais amava. Minha vida nunca mais fez sentido, até quando eu descobri que ela se casaria novamente, e que os meus filhos gostaram de seu padrasto. Foi quando eu descobri que os dois entrariam em uma agência secreta, pois seria o futuro dos filhos daquele infeliz. – Não, ele não pode ser quem eu estou pensando que é. Olhei para Richard e ele estava tão espantado quanto eu estava e um arrepio percorreu nossas espinhas. – Eles também pareceram aceitar o futuro deles tranquilamente, mas eu não queria que isso acontecesse. Então eu resolvi dar um fim naquele que roubara a minha mulher e acabaria com o futuro de meus dois filhos. Foi então que eu comecei a planejar como eu acabaria com a sua vida. Só não imaginei o que aconteceria de errado, e assim eu acabei não só com o que eu mais amava, mas acabei estragando a vida de muitas pessoas ao meu redor.

 

                -Cara, isso é loucura! – Robert disse, igualmente espantado. – Mas o que você fez, afinal?

 

                - Sim, por isso eu resolvi fazer o que eu fiz. Eu não aceitarei nunca a ideia de ver a mulher da minha vida nos braços de outro homem. Em um dia, exatamente há 5 anos, eu coloquei o meu plano em prática. Rumei à casa de minha mulher e meus filhos. Especialmente naquele dia, eles sairiam e só ele ficaria em casa. Então eu instalei uma espécie de bomba, que só seria ativada quando só Le estivesse em casa. Fiquei com medo, pois um dos meus filhos estava estudando no jardim de casa, mas por sorte ele não foi ver quem era ou o que eu estava fazendo. Amarrei uma bomba perto do gás, e me retirei. Foi quando tudo deu errado. A bomba foi instalada incorretamente, fazendo com que a explosão acontecesse antes do planejado. Minha mulher, o homem que eu tanto amei e o meu outro filho estavam lá dentro, queimando e gritando por socorro. Entrei desesperadamente na esperança de que eu conseguiria salvar a vida dos dois. Meu filho gritava desesperadamente, pedindo para que eu ajudasse o seu padrasto e a sua mãe, e que o deixasse morrer lá dentro. Ele me xingava de todos os nomes possíveis quando viu que já não poderia mais salvar a vida de nenhum dos dois, somente a dele. A imagem de seu rosto estava assustadora, e isso me destruiu muito mais. Comecei a segurar o meu filho, que me socava repetidamente, me culpando pela morte dos dois. O meu outro filho, que foi arremessado com a explosão, estava vendo toda a cena, meio desnorteado, foi quando eu bati em sua cabeça para que ele não pudesse e nem visse nada. Meu filho começou a me socar mais ainda, ele estava completamente fora de si. Quando eu percebi que estavam chegando para socorrê-los, bati em meu filho, fazendo-o desmaiar também, e tirei os dois de dentro de casa, os deixando no quintal fora de perigo e fugi. Acompanhei todas as notícias de longe, e senti cada vez mais ódio por ter acabado com tudo o que eu mais amava. Foi então que eu conversei com pessoas que sofriam o mesmo que eu e resolvemos fazer o que estamos fazendo. Se nós não podemos ter o nosso amor, tudo o que nós mais queremos, então ninguém mais terá. Nós queremos que todos sintam o que nós estamos sentindo, e conseguiremos isso a todo o custo.

 

                Não, não, não. Eu não conseguia acreditar em tudo o que estava acontecendo. Meu pai? Foi o meu pai que tinha feito tudo isso? Naquele momento eu perdi o chão e lágrimas rolavam pelos meus olhos, e não via mais nada ao meu redor. A cena de todo o acontecimento que ele acabou de descrever começaram a passar pela minha cabeça. Todas as coisas que eu disse, todas as cenas que eu levei anos para esquecer retornaram e, depois daquilo, já não me sentia mais dentro de mim.

 

                - FOI VOCÊ? Por que você os matou, por quê?

 

                - Ei, calma...

 

                - CALMA O CARALHO, ELE MATOU OS NOSSOS PAIS! OU VOCÊ NÃO PERCEBEU ISSO AINDA?

 

                - Bill? Tom? S-são vocês? – a voz de Joachim, quer dizer, Jörg, parecia assustada.

 

                - Não, eu tô falando que você matou os nossos pais de idiota mesmo. – minha voz saia em um tom que eu mesmo não me lembrava de tê-lo usado antes.

 

                -Meu filho, se eu soubesse...

 

                - Se você soubesse, você não teria feito isso. Se você nos amasse mesmo, você não teria feito isso. Se você se importasse, você não teria matado Simone e Gordon. Se você amasse, deixaria que ela vivesse a vida dela, feliz. Se você ligasse, você viveria a sua vida normalmente, e tentaria superar tudo isso. Se você soubesse, ah se você soubesse o quanto eu te odeio e o quanto eu quis que esse momento chegasse, você se arrependeria amargamente de nos ter dirigido à palavra essa noite.

 

                - Espera, por que vocês ainda estão acordados? A bebida deveria ter deixado todos vocês desacordados.

 

                - Ah é? Isso se nós tivéssemos tomado as suas bebidas realmente. O garçom, e muitas outras pessoas sabem o que nós viemos fazer aqui, e isso aposto que você não sabia. – Bill, é Bill, que se danem as regras também, e eu estávamos prontos para finalmente por as mãos em quem nos causou todo esse sofrimento.

 

                - Vocês não teriam coragem de bater no próprio pai de vocês.

 

               - Isso é o que veremos. – dissemos em uníssono, com as vozes igualmente embargadas pelo ódio e pelo sofrimento. A hora da verdade havia chegado, e agora aquele energúmeno veria o que era bom pra tosse.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que vocês vão querer me matar, mas eu precisava MUITO acabar com o capítulo aí. Mais emoções virão no próximo capítulo.
Eu resolvi que vou postar todos os finais de semana, que são os dias que eu estou menos acabada por causa do cursinho.
E MUITO OBRIGADA pelos reviews! *---*
E, claro, deixem mais reviews dizendo o que vocês acharam! Tem me incentivado muito.
Beijos! ;*



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