Romeo And Cinderella escrita por Yuna Aikawa
Notas iniciais do capítulo
POV Romeo
Comer panquecas com geléia e Toddynho não era bem minha idéia de café-da-manhã saudável, mas Cindy parecia estar gostando. Conversamos por horas e horas, conhecendo-nos melhor. Eu realmente deveria ter falado com ela antes.
Sua cor favorita é vermelho – o que explica o rubro intenso de seu vestido e lábios – a flor é margarida, suco de abacaxi com hortelã e ama coelhos – tem dois, o Phil e a Lil. Conheceu Amanda na segunda série e são melhores amigas desde então. Adora filmes de suspense e policial, odeia terror, comédia pastelão e documentários. Tem uma tartaruga chamada Eddy e um cachorro chamado Pepsi. Odeia quem rói unhas e acreditou no Papai Noel até os sete anos.
Deus, que garota interessante. Passamos três horas na lanchonete e só paramos de conversar porque Amanda ligou querendo saber de tudo. Meninas, sempre fofoqueiras.
Achei que era hora de levar minha donzela para casa, afinal, seus pais deveriam estar preocupados a esta hora. Paguei a conta e abri a porta do carro para Cinderella, que só entrou depois de me roubar um longo beijo.
Às vezes eu me sentia a fêmea da relação, mas tudo bem, se fosse com a Cindy, não tinha problema.
A levei até uma casa amarela, com alguns tijolinhos. Era uma casa bonita, digna de uma princesa. Cindy tirou o cinto e ficou me olhando, como se esperasse eu dizer alguma coisa.
- Sim?
- Não está se esquecendo de nada?
- Ahn... – Eu estava?
- Bocó! Me passa seu celular!
É claro, o número! Deus, como eu sou babaca! Agora ela deve estar pensando que eu nem vou ligar, que era apenas da boca para fora. Merda.
- Relaxa – Ela deve ter me lido pelas expressões – Se você não ligar, eu descubro onde você mora e vou até lá para te matar – Sorriu.
- Rua Rattlesnake, 365 – Sorri, beijando-a na testa – Pode aparecer quando quiser. De preferência, sem nenhuma arma.
- Cuidado, eu posso mesmo aparecer.
- Seria ótimo.
Mais um beijo, mais longo, mais intenso... Mais apaixonado. A garota desceu do carro, passou pelo cercadinho branco e entrou em casa, sem sequer olhar para trás. Então abriu a porta e me mandou um beijo. Cinderella não é uma graça?
“Eu também te amo”, sussurrei para suas costas.
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Fim.