Romeo And Cinderella escrita por Yuna Aikawa


Capítulo 18
Que se fechem as cortinas


Notas iniciais do capítulo

POV Romeo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/55393/chapter/18

                Comer panquecas com geléia e Toddynho não era bem minha idéia de café-da-manhã saudável, mas Cindy parecia estar gostando. Conversamos por horas e horas, conhecendo-nos melhor. Eu realmente deveria ter falado com ela antes.

                Sua cor favorita é vermelho – o que explica o rubro intenso de seu vestido e lábios – a flor é margarida, suco de abacaxi com hortelã e ama coelhos – tem dois, o Phil e a Lil. Conheceu Amanda na segunda série e são melhores amigas desde então. Adora filmes de suspense e policial, odeia terror, comédia pastelão e documentários. Tem uma tartaruga chamada Eddy e um cachorro chamado Pepsi. Odeia quem rói unhas e acreditou no Papai Noel até os sete anos.

                Deus, que garota interessante. Passamos três horas na lanchonete e só paramos de conversar porque Amanda ligou querendo saber de tudo. Meninas, sempre fofoqueiras.

                Achei que era hora de levar minha donzela para casa, afinal, seus pais deveriam estar preocupados a esta hora. Paguei a conta e abri a porta do carro para Cinderella, que só entrou depois de me roubar um longo beijo.

                Às vezes eu me sentia a fêmea da relação, mas tudo bem, se fosse com a Cindy, não tinha problema.

                A levei até uma casa amarela, com alguns tijolinhos. Era uma casa bonita, digna de uma princesa. Cindy tirou o cinto e ficou me olhando, como se esperasse eu dizer alguma coisa.

- Sim?

- Não está se esquecendo de nada?

- Ahn... – Eu estava?

- Bocó! Me passa seu celular!

                É claro, o número! Deus, como eu sou babaca! Agora ela deve estar pensando que eu nem vou ligar, que era apenas da boca para fora. Merda.

- Relaxa – Ela deve ter me lido pelas expressões – Se você não ligar, eu descubro onde você mora e vou até lá para te matar – Sorriu.

- Rua Rattlesnake, 365 – Sorri, beijando-a na testa – Pode aparecer quando quiser. De preferência, sem nenhuma arma.

- Cuidado, eu posso mesmo aparecer.

- Seria ótimo.

                Mais um beijo, mais longo, mais intenso... Mais apaixonado. A garota desceu do carro, passou pelo cercadinho branco e entrou em casa, sem sequer olhar para trás. Então abriu a porta e me mandou um beijo. Cinderella não é uma graça?

                “Eu também te amo”, sussurrei para suas costas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Fim.