Momentos escrita por Barbia
Notas iniciais do capítulo
Vamos fazer uma troca?
Eu posto um capitulo novo hoje e você comentam...
Ou não?
Tudo bem... você que sabem... de qualquer maneira aqui vai um capitulo novo para vocês...
Aproveitem
P.S.: Ainda tenho a esperança que alguem vai me mandar uma sinopse decente... :)
Musicas usadas para escrever (mas que não tem nenhuma ligação):
BBC RADIO ZANE The XX
BBC Florence and The Machine
***
Na manhã seguinte, Hook foi enterrado. O dia amanheceu chuvoso, como se Emma estivesse de alguma forma influenciado. Todos se reuniram no pequeno cemitério da cidade e Emma conseguiu segurar as lágrimas. Durante todo momento, seu pai a sustentou, abraçando-a pelos ombros, enquanto Henry segurava suas mãos.
Logo após, seus pais, ela, seu irmão e Henry foram até o Granny’s comer algo. Eles se sentaram em uma mesa dos cantos, todos quietos, com feições tristes e nem um pouco animados para conversar. Ruby apareceu rapidamente e Emma preferiu pedir algo leve, já que seu estomago estava pior do que nunca.
Assim que começou a comer, Emma não aguentou mais e, após pedir licença, se dirigiu da maneira mais calma possível até o banheiro, expulsando tudo o que havia no estomago.
–Sabe, dear. – ela pode ouvir uma voz falando na porta. – Você deveria procurar um médico.
–Hoje não, Regina, - ela disse, abrindo a porta, enquanto enxaguava a boca na pia. – por favor.
–Eu só estou falando isso por que não acho que meu filho mereça ficar completamente órfão, não depois de acabar de perder o padrasto.
–Você consegue ser uma verdadeira vaca as vezes, Regina. – Emma disse, com algumas lagrimas nos olhos. – Eu estou sofrendo. Meu namorado morreu, não quero preocupar meus pais, não mais do que eles já estão preocupados, me acostumei a solidão e quando finalmente eu resolvo me abrir para alguém, ele morre. Então, por favor Regina, Hoje não.
–Acha que é a única que tem problemas, miss Swan? – Regina disse, empurrando a loira para dentro do banheiro e fechando a porta. – Eu também sofri muito, sabia? Eu nunca tive amor materno e meu pai, apesar de tudo, era um verdadeiro capacho da minha mãe, Swan. Eu vi ela matar uma das poucas pessoas que amei de verdade na minha frente e ainda me obrigar a casar com um homem que me via como um pedaço de carne e um troféu para ser exibido. Eu passei anos sem ninguém de verdade, até que encontrei Henry, mas não demorou muito até ele começar a me odiar e correr até você. Sem contar que, assim como você, demorei anos até encontrar alguém que valesse a pena. E para que? Para logo em seguida você aparecer com a ex-mulher morta dele e eu ficar sozinha novamente. Por favor, não me venha com essa história que só você sofre aqui, que isso não é verdade.
Emma não aguentou mais, caiu em um choro compulsivo, encostando na parede do banheiro para não cair. Em um primeiro momento, Regina ficou parada, tentando entender a reação da loira que sempre respondera suas provocações na mesma moeda. Ela então percebeu que talvez houvesse sido muito dura. Ela sabia pelo que a outra mulher estava passando e não era o melhor momento para se receber uma lição, mesmo que fosse necessária. Não vendo outra alternativa para acalmar a mulher, a prefeita se aproximou, abraçando-a e trazendo o corpo da mesma para junto do seu. Ela dava tapinhas nas costas da outra, em um tentativa um tanto desajeitada de reconfortar a outra.
–Eu não sei o que fazer. – Emma disse em meio aos soluços. – Eu estou grávida e aquele filho da mãe morreu.
Regina entrou em choque. Aquele era um dos momentos mais estranhos de toda sua vida. Ela e a loira, abraçadas dentro do banheiro do Granny’s, enquanto a loira contava coisas como se fosse amigas antigas.
–Emma. – Regina afastou o rosto da loira de seu ombro. – Você precisa ficar calma.
–Eu estou calma. – ela se separou da morena, limpando o rosto. – Desculpe por isso.
–Quem tanto sabe que você está grávida? – a prefeita perguntou.
–Fora você? – a loira passou a mão pelos fios dourados. – Só o Henry. Pretendo contar para meus pais assim que voltar para a mesa.
–Ele reagiu bem?
–Muito bem. – Emma sorriu de canto. – Ele está me surpreendendo com tamanha maturidade.
–Emma? – ela ouviu a voz de Mary Margareth por detrás da porta. – Está tudo bem ai, querida?
–Acho que chegou a hora de você falar com eles, miss Swan.
A loira abriu a porta, saindo do banheiro seguida por Regina. A morena de cabelos curtos olhou desconfiada para ambas, mas nada disse. Emma retornou com a mãe até a mesa e respirou fundo antes de começar a falar.
–Eu tenho algo para contar. – ela olhou para as mãos, enquanto brincava com seus dedos. – Henry já sabe do que se trata, mas acho que será um surpresa para vocês.
–Aconteceu alguma coisa, Emma? – seu pai perguntou.
–Eu estou grávida. – Ela prendeu o lábio inferior entre os dentes, em um claro sinal de nervosismo.
–Do Hook? – David perguntou, com uma cara um tanto assustada.
–É claro que é dele, David! – Mary disse, dando um pequeno tapa no ombro do marido.
–Meu Deus! – ele arregalou os olhos. – Eu vou ser avô de novo!
–Sim, você vai. – A reação de seu pai estava sendo um tanto engraçada.
–Pode não parecer agora, querida, tendo em vista tudo o que aconteceu. – a professora disse, sentando ao lado da filha e passando o braço por seus ombros. – Mas isso é maravilhoso.
–Eu estou assustada. – Emma disse, devolvendo o abraço.
–Não precisa ficar assustada. – Mary sorriu. – Nós vamos te ajudar.
Apesar de já saber disso, Emma se sentiu mais leve de certa forma. Era bom ter certeza que não estava mais sozinha, que agora tinha família e amigos.
***
Passado o final de semana, Emma deveria voltar para a delegacia. Ela havia decidido que não seria bom ficar em casa, remoendo o que acontecera. Ela só ficaria pior. Trabalhou durante toda a manhã sem parar, preenchendo a pilha de relatórios que estava sobre a sua mesa. Quando na hora do almoço, Emma saiu carregando uma pasta lotada de papeis para deixar na prefeitura.
Quando chegou, Regina estava terminando de desligar o computador e pegava seu casaco na cadeira.
–Alguns minutos a mais e você teria feito uma viagem perdida e ainda entregaria os relatórios atrasados.
–Ainda bem que cheguei agora e não daqui a alguns minutos. – Emma disse, sorrindo levemente para a prefeita. – Você está saindo para a almoçar?
–Eu também preciso de comida, miss Swan. – Regina vestiu o casado, abotoando-o.
–Não precisa me tratar assim, Regina. – a prefeita dirigiu um olhar irônico a loira. – Eu ia te convidar para almoçar comigo e com Henry no Granny’s, mas já que você prefere ser grossa...
–Miss Swan. – a mais nova, que estava saindo pela porta, virou para a prefeita com um leve sorriso nos lábios. – Eu posso almoçar com vocês?
–É claro. – Emma deu de ombros. – É só parar com essas respostas espertas.
***
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Até sábado...
(ou na(s) resposta(s) de review(s)...)
:D