Rose escrita por MahriRin


Capítulo 3
What The Hell Are You?


Notas iniciais do capítulo

OIE PEOPLE! Como vão, tranquilos? Espero que gostem deste cap! Ele desenvolve um pouco da relação de Newt e Rose. Como esta estória é mais voltada para ação, não vai ter muito romance (mentira). Talvez eu fassa algo com a Teresa e o Thomas aqui e ali, pois fiquei possessa pq eles n ficaram juntos...




Boa Leitura e Enjoy!



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Newt já não estava entendendo nada do que passava naquela sala.

Rose fazia uma careta, enquanto se levantava cuidadosamente e encarava o rosto de todos, fazendo expressões contorcidas e diferentes para cada um que via. Gally levantou-se, fazendo os olhos da branca fixarem-se nos dele no mesmo momento. Estendeu a colher prolongada e torta de madeira em sua direção, com movimentos mútuos, para que se afastasse. Alguns dos adolescentes curiosos, atreviam-se a encará-la, como se fosse algum tipo de objeto novo que acabara de chegar. Newt a observou, com a cabeça levemente torta. Fechou os olhos cor de chocolate, propondo-se a procurar em seu lago inacabável de memórias escondidas d obscuras, alguma cena em que o rosto da branca aparecesse, mas nada veio-lhe aos pensamentos. Quando já havia perdido as esperanças, um nome veio velozmente a sua cabeça. Roselena. O nome completo de Rose. Este pensamento o fez tomar conclusões precipitadas de que, com a certeza absoluta, a conhecia. Observou mais atentamente a branca, as mãos trêmulas em volta da colher e quadro, as pernas longas juntas e dobradas, como se estivesse fraca. Newt tentou uma chance. Aproximou-se passo por passo perto da branca, que o encarava com os olhos azuis cintilantes arregalados. Pousou sua mão na dela, falando “calma” e alternando o olhar entre a arma e os seus olhos. A branca, que, a medida do tempo, foi largando os objetos e diminuindo suas expressões bruscas e assustadas, até tornar-se um rosto completamente inerte. O loiro retirou o quadro e colher de suas mãos, jogando-os no chão em uma distância segura de seu domínio.

Rose era bem mais baixa do que Newt. O topo de sua cabeça batia nos ombros do loiro de olhos achocolatados, fazendo-a olhar diretamente para cima, o coração saltitando pelo peito. Rose tinha a impressão que ele lhe é familiar. Mas não como simples colegas, como amigos, ou até talvez melhores amigos. Um pensamento fugaz passou em sua mente nebulosa e duvidosa. O garoto esticou a mão em direção ao rosto da branca, que pareceu assustada, recuando por um tempo, mas não impediu o gesto. Rose suspirou, procurando sentir qualquer memória vaga que lhe venha em sua cabeça. Nada além de memórias expeças e sem rostos, apenas a sensação de que já sentira o toque do loiro em seu rosto.

Quando os dois deram-se na realidade, alguns adolescentes jaziam olhares pervertidos sob seus movimentos. Newt afastou-se de Rose o mais rápido que pode, limpando a garganta, o rosto de ambos mais avermelhado que nunca. Observaram o chão por um momento.

–R-Roselena –a voz do garoto de cabelos loiros saiu mais fina do que deveria. Ele limpou a garganta mais uma vez, procurando manter a calma e continuou: –,não é?

A branca assentiu em resposta positiva. Os garotos e Teresa o encararam Newt com expressões, na maioria, de dúvida. Uma confusão de murmúrios inquietantes percorreu. O loiro berrou, mandando todos calarem-se e acalmando a balburdia.

–O quê? –perguntou, dando uma volta em círculo para observar todos que jaziam ali –Eu já disse que ela é familiar, seus cabeças de mértila!

Um gemido feminino fez todos ali saltarem e recuarem por um momento, assustados. Rose, com as mãos mais trêmulas que nunca, pousou-as no machucado, encarando o sangue com os olhos vidrados e a boca aberta. O ar faltou em seus pulmões, apesar de dar longas sugadas para tentar recuperá-lo de forma mais veloz o possível. Virou-se para o criado-mudo ao lado da coma em que estava adormecida, tampando o rosto. Newt correu ao seu socorro, segurando seus ombros e a virando em sua direção. Seu corpo tremia de um jeito anormal, os olhos revirados e piscando. Uma dor agonizante em sua barriga tomou conta de seus pensamentos dispersos, fazendo-os focar em apenas aquilo. Alby segurou-a pelos pés, enquanto Newt pelos ombros e a deitaram na coma novamente, o ar comprimindo-lhe os peitos.

–Mas o quê …?! –Alby deixou soltar um gemido em resposta a cena inacreditável. Virou-se para os Clareanos curiosos, com expressões duras –O que estão fazendo aqui, seus trolhos? Caiam fora!

A sala foi se esvaziando, apenas sobrando Alby, Newt, os Socorristas e Thomas, que ficara ali apesar das ordens do garoto de pele escura.

Retiraram seu curativo com cuidado, observando o grande corte mal costurado. O sangue, que estava em um tom obscuro de tão vermelho, começou a recuar de volta para ferida horrenda. Abismado, Thomas inclinou-se para frente, para observar de mais perto o que ocorria. Quando o ferimento já estava curado e havia sumido, Rose desmaiara novamente. Os garotos sentaram-se nas cadeiras, esparramados nas mesmas e, ao mesmo tempo, boquiabertos pelo fato sobrenatural que haviam acabado de presenciar.

–Primeiro –Alby pronunciou-se, rasgando o silêncio que pairava ali –Teresa chega pela Caixa poucos dias depois que Thomas, depois Thomas sobrevive uma noite no Labirinto e agora ela aparece com habilidades sobrenaturais de se curar, mesmo com o bilhete de Teresa falando que era a última. Algo muito estranho está acontecendo aqui.

–O que vamos fazer com isso? –um dos Socorristas, Clint, perguntou, a voz abafada pelo medo da garota se transformar no demônio e matar todos eles.

–Você é um trolho cabeça de mértila mesmo! –Newt berrou, depois respirando profundamente para manter sua calma que havia esvaziado-se –Não é isso, é ela! Cara de Plong. Até parece que ela vai ser possuída pelo capeta sair matando todo mundo.

Clint rolou os olhos, de repente olhando para o horizonte, reconsiderando a ideia de Rose ser possuída pelo demônio e sair matando todo mundo.

–Devemos dar uma chance para ela falar. –Thomas remexeu-se na cadeira, desconfortável ao olhar para o rosto da branca.

–Ela não parece gostar muito de nós, mas eu concordo. –falou Newt, notando o quão linda Rose é. A pele clara parecia brilhar com a luz do dia sob ela, as sardas castanhas claras em suas bochechas rosadas naturalmente contrastavam seus olhos sobrenaturais, o corpo bem formado e delicado, o rosto comprido, com nariz e queixo modelados perfeitamente. Seus lábios possuíam uma cor esdruxulante de roxo. Era baixa e totalmente delicada, embora sua personalidade era o contrário –Convoque um Conclave. –falou direcionado ao outro Socorrista, que levantou-se e correu para fora da Sede.

Rose deu uma profunda sugada de ar, dando um salto e sentando-se na cama, ainda debaixo das cobertas, fazendo os quatro garotos recuarem e empurrarem suas cadeiras de madeira para trás, caindo e batendo as cabeças. A respiração da branca era acelerada, de modo que fazia sua barriga subir e descer rapidamente. Ainda com a cabeça latejante, Newt apoiou as palmas das mãos no chão, rastejando para fora da cadeira e pondo-se em pé. A branca apontava uma faca prolongada. Então o garoto loiro deu-se conta de que sua faca que geralmente a deixava presa em suas costas em uma bainha havia sumido de repente e parado nas mãos frágeis da garota, que permanecia sem expressão alguma em seu rosto sonolento.

–Ei, ei, ei, calma com isso! –falou o loiro, estendendo as mãos em direção a Rose para que parasse.

Segurou levemente o facão e puxou dos domínios assassinos de Rose, com muita precisão e cuidado, como se cada movimento a faria chutar-lhe do Penhasco.

–Engraçado … –ela falou, com a voz serena e cautelosa, como se ainda estivesse em um profundo sono –Eu sinto esta sensação de que te conheço de algum lugar. –a branca, com um impulso, saltou da cama, pondo-se de pé na frente do loiro, olhando para cima para lhe enxergar. Newt estremeceu com seu olhar penetrante.

Seus olhos abaixaram-se para o chão e quando tornaram a subir, as pupilas estavam douradas brilhantes. Esta característica súbita fez Newt recuar, quase tropeçando em Thomas. Quando os olhos da branca piscaram, estavam de volta ao normal.

–O que estão olhando? –perguntou, preocupada.

–O que diabos é você?! –Alby levantou-se, endireitando-se com expressões esvaziadas em seu rosto escuro. Rose pareceu ficar assustada com a reação do Clareano e recuou, até tombar em Newt, que a segurou pelas laterais dos braços, os corpos colados um no outro.

A branca atreveu-se a dar uma espiada por cima do ombro, observando o loiro, com o rosto escasso de expressões. Por um breve momento, a garota notou de como Newt parece bonito e autoritário ao mesmo tempo. Os olhos cintilantes cor de chocolate encaravam Alby profundamente, quase como se estivesse o avaliando, o corpo transparecia sobre a camisa vermelha que mostrava seus músculos, o cabelo louro estava bagunçado e desarrumado, as mãos com calos, e a roupa suja e amarrotada.

Rose balançou a cabeça, deixando seus pensamentos fluírem e esquecendo sobre o que acabara de pensar. Voltou-se para Alby, determinada a ser respondida.

–Onde eu estou? O que é este Labirinto? Quem nos pós aqui? Por que não me lembro de nada? O que aconteceu comigo? O que tem no Labirinto? Por que estou aqui?

–Calma aí, Fedelha! –gritou o garoto de pele escura, fazendo-a parar de imediato –Acabou com as perguntas?

–Talvez, se você parar de ser um trolho que não me responde.

Newt desvencilhou-se de seu rosto sem expressão e gargalhou, assim como Thomas e o outro garoto Socorrista. Verdadeiras risadas. Rose nunca pensara que sentiria falta daquilo.

–Muito bem –Alby falou, os olhos semicerrados que encaravam a branca com o mais profundo olhar. Deu um longo suspiro, como se estivesse acalmando-se, e prosseguiu –, esta é a Clareira. Estamos cercados por um Labirinto e estamos tentando sair daqui. Ninguém nunca se lembra de nada quando chega, apenas o nome. Não sabemos o que aconteceu com você. Em conta do que tem dentro, eles são chamados de Verdugos, se quiser sobreviver, não entre lá de jeito nenhum. Também não sabemos por que está aqui. Satisfeita?

–O que é CRUEL? –perguntou Rose, ignorando a pergunta de Alby.

Seus olhares subiram em direção a garota branca, que encolheu os ombros em sinal de que não gosta de ser o alvo das atenções.

–Ok, aparentemente vocês já ouviram este nome … –Rose murmurou, já com medo de seus olhares –Olhe, eu não sei o que é. Só vi nas caixas e … –a branca hesitou.

–E o quê? –Thomas perguntou, ainda a observando.

–E sonhei com uma mulher loira. E além disto, sonhei com Newt. E com algo a mais. Era um lugar estranho, uma porta escura. Algo com Buraco dos Verdugos, coisa assim.

Os olhos curiosos se arregalaram mais ainda.

–Ok, vocês também já sabem o que é isto.

Alby pareceu recuar um pouco, abismado. Ele cruzou os braços e falou em um tom abafado:

–O que diabos é você?!


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Notas finais do capítulo

E AÍ?! Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?



Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!



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