Rose escrita por MahriRin


Capítulo 14
The Worst Feeling


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! I'm Back! Espero que gostem deste capítulo!
~Vamos nos rebeliar contra o Aris~


Boa Leitura e Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553769/chapter/14

Newt ignorou as palavras ameaçadoras e as náuseas insuportáveis.

Não se importava com a frase “A Cura Mortal”, nem com os corpos pendendo-se ao teto, apenas se importava em salvá-la. Se perdê-la, um novo sentimento fleumático e triste surgirá em seu âmago, tal sentimento este que o destruiria em pedaços e bem dolorosamente. E o garoto pode ter certeza de que nunca amou ninguém mais do que ela, mesmo com parte de sua memória ainda encoberta em um mar de névoas e escuridão. Ergueu o pé e chutou a porta de madeira, que foi forçada e abriu-se em um baque. Não havia ninguém no quarto. Apenas alguns beliches, todos arrumados e incólumes, apenas um com o lençol desarrumado e o travesseiro amassado, como se uma cabeça estivesse ali há pouco tempo. Havia alguns armários do outro lado da sala, e este quarto não possuía janelas nenhumas. Newt, ainda atordoado e com um pouco de náuseas por conta dos cadáveres, encaminhou-se para a cama e tocou no travesseiro, sentindo o calor emergir.

Olhou para Thomas e fez com a boca “Alguém esteve aqui recentemente”. Mas Newt sabia que não era Rose. Ele a sentiria se fosse ela. Eles possuem uma certa ligação por conta de seus inexplicáveis …dons. Um buraco, ou melhor, um abismo, começou a nascer no coração do garoto. De algum modo, aquilo havia sido sua culpa. Ele nem ao menos passara um dia com ela que tiveram de separar-se outra vez, e isto o arrasava mais do que de comum. Às vezes perguntava-se por que certas coisas ocorrem com ele e Rose. Talvez por serem meta-humans, talvez simplesmente por serem azarados. Mas não era tempo para se deprimir. Não podia se permitir relaxar enquanto não achasse Rose.

Então o barulho de descarga alertou Newt totalmente. Depois foi água. A torneira estava aberta.

Alguém estava no quarto.

Com eles.

E não era Rose nem Teresa. Isso Newt pode ter certeza.

A porta abriu-se em um gemido e um garoto saiu de lá com as mãos na boca e o rosto molhado. Possuía cabelos loiros, pele bronzeada e olhos azuis esverdeados. Ao os ver, o garoto arregalou os olhos e as narinas dilataram-se, os olhos oscilantes entre o bando de adolescentes surpresos. Newt não pensou duas vezes, avançou no garoto, segurou sua camisa e o tirou do chão.

–– Rose. Onde está ela?

–– Uou, uou, uou! Calma, calma! ––o garoto ergueu as mãos em sinal de rendimento.

–– Olhe, seu cara de mértila, se você me mandar me acalmar mais uma vez, eu corto sua língua fora, entendido?

O garoto engoliu em seco, as mãos levantadas abaixando-se. Fez um leve movimento com a cabeça em sinal de sim.

–– Ótimo. Agora onde está Rose?

–– Olhe, eu não sei quem é Rose. Pronto, já pode me soltar?

Newt estava prestes explodir, quando a mão de Minho pousou em seu ombro cuidadosamente. O loiro sentiu a raiva esvair-se calmamente e pós o garoto no chão. Ao o olhar, um pequeno sentimento de que já o conhecia surgiu em sua cabeça. Franziu o cenho, recuando para que Thomas e Minho pudessem conversar com ele civilizadamente, embora Newt achasse que conseguiriam arrancar mais resposta do garoto se o torturassem.

–– Meu nome é Aris. Eu juro que não sei o que ocorreu com as suas amigas, eu prometo. Me acordei aqui de algum modo e me separei de meu grupo. Minha amiga …ela … ––a voz do garoto sumiu de vez, um semblante formando-se no rosto.

Newt não sabia o que estava fazendo, mas tentou. “Ela morreu?”, comunicou-se mentalmente. Thomas ouviu e virou-se, mas não só ele, quanto Aris também. O loiro estava incerto de como havia pensado naquilo tão rápido, afinal, sentia que o conhecia, então deduziu que fosse um dos como ele, telepatas. “Cara …”, a voz de Thomas tentou o deter, mas Aris o interrompeu. “Sim. Minha melhor amiga está morta.”

–– Sinto muito. ––Newt poderia, em todas as circunstâncias, entendê-lo perfeitamente. Rose também é sua melhor amiga, e se perdê-la …não. Não vai se permitir a pensar em uma coisa destas muito cedo.

–– Sente muito pelo quê? ––a voz de Caçarola foi preposta ao alarido de murmúrios inquietantes. As vozes foram parando e encarando Newt com olhares tortos e confusos.

–– Nada. Precisamos sentar e conversar. Algum trolho traga os colchões para cá!

Mesmo Newt sabendo que Aris poderia vir a engodar, resolveu confiar nele. O garoto parecia um tanto perdido e desesperado, então resolveu não forçar a barra. Os Clareanos começaram a trazer colchões e os pousar no chão em forma de um círculo, para assim todos se acomodarem devidamente em seus lugares. Newt sentou-se perto a Thomas e Minho, enquanto do outro lado do círculo, estava Aris. O garoto parecia desconfortável com o olhar jazido do loiro, ao cujo parecia ler cada centímetro de sua alma e vida. E Newt estava se divertindo com isto, até.

–– Muito bem, seu trolho cara de mértila! ––falou o loiro, um sorriso abrindo-se no rosto ––Desembuche.

–– Sobre o quê? Já disse que não sei quem é esta sua amiga.

Minho rolou os olhos.

–– Não, seu monte de plong, fale sobre este seu grupo aí.

Aris ajeitou-se em seu colchão ao lado de Winston e Chuck e começou a falar:

–– Eu estava com meu grupo. Ele só tinha meninas, e eu fui o único garoto a chegar. Primeiro eles desconfiaram de mim, mas eu tinha uma amiga chamada Rachel e nós tínhamos a capacidade de nos comunicar pela mente.

–– Como Thomas e Newt? ––Chuck o interrompeu. O garoto assentiu, a expressão séria no rosto.

–– É. Então descobrimos um código e conseguimos sair do Labirinto, mas aí …uma garota que havia perdido a mente no nosso grupo jogou uma faca em minha melhor amiga, Rachel. Fomos postos em um ginásio, quando de repente fui separado de minhas colegas e vim parar aqui.

Newt ficou pasmo. Era os mesmos acontecimentos que haviam acontecido com os Clareanos, só que tudo inverso. Então, supostamente, era para Thomas ter morrido. Mas a faca foi em direção à Rose, não a Thomas. Mas, mesmo assim, ela não havia morrido, o que Newt nunca havia agradecido mais.

O loiro berrou para acalmar o alarido interminável de Clareanos confusos.

–– Isto foi o mesmo que aconteceu conosco. ––Chuck falou ––Estranho.

Um ruído esquisito partiu do lado de fora do quarto. O loiro ergueu o pescoço para trás, observando a porta entreaberta. Nada além de escuridão infinita. Pousou os braços ao lado do corpo e levantou-se, sem tirar o olhar da porta. Encostou os braços na mesma, ainda sem botar nenhuma força e olhou pela brecha. Ainda não conseguia observar nada. Abriu-a lentamente, um rangido de madeira cortando o ar. Aquilo estava despertando memórias nubladas de filmes de terror que o garoto havia visto. Adentrou no local, os olhos oscilantes por todo lugar, até perderem-se no teto, onde havia corpos pendendo-se de um lado para o outro, todos com expressões horrendas, a pele pálida e os olhos abertos. Newt sentiu uma enorme vontade de vomitar, mas conteve-se. Não havia sinal de ninguém, exceto pelos Clareanos e Aris.

–– Cara, seus olhos. ––falou Winston, cutucando seu ombro com o dele. Newt o encarou, o cenho franzido ––Eles ficaram azuis neon por um segundo e depois pararam.

O loiro não sabia o que estava acontecendo com seus olhos, mas não estava em posição de reclamar, então seguiu o barulho. Vinha do seu quarto.

Novamente, Newt sentiu o coração dar um descompasso antes de bater rápido.

A respiração falhou.

Ele estava horrorizado.

Na janela, criaturas horríveis com hematomas grandes e sangrentos empurravam a janela.

Eram eles.

Eram os Cranks.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?


Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!