Rose escrita por MahriRin


Capítulo 15
Finding the Hidden


Notas iniciais do capítulo

HELLO NOSES! Eu sei que demorei muito para postar, mas é porque a internet da minha casa pifou por um bom tempo e só voltou a funcionar agora.



Boa Leitura e Enjoy!



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Newt acordou-se com o típico calor do Deserto.

Já fazia alguns dias desde que haviam sido levados para a próxima prova, e, segundo o Homem-Rato, tinham de chegar em um lugar chamado de Refúgio Seguro. O loiro estava um tanto que abalado com o desaparecimento de Rose, e já havia tentado de tudo para obter respostas. Sentia por vez ou outra a sua presença em sua mente, mas não estava disponível para comunicar-se telepaticamente, algo como se estivessem cortado suas habilidades.

Todos já haviam arrumado as coisas para voltar para a caminhada. O céu lá encima estava de uma cor acinzentada, que fez uma leve lembrança da Clareira antes de saírem de lá, surgir em sua mente, quando tudo estava cinza.

Antes de irem, resolveram comer alguma coisa para ter energia para correr. Chuck sentou-se ao seu lado enquanto comia uma fatia de pão e oferecia para Newt.

–– Não, obrigado. Estou bem assim mesmo.

–– Cara …Quando você vai parar para pensar que o desaparecimento de Rose não foi sua culpa?

Newt irritou-se mais do que deveria ante ao comentário do garoto rechonchudo, mas se obrigou a se acalmar, respirando fundo e erguendo o olhar para o teto.

–– Cara, me deixa achar o que eu acho. Estou tentando de tudo para tê-la de volta.

Chuck acompanhou o olhar de Newt, como se estivesse sujeito a mudar de assunto antes de que o loiro desse umas belas bofetadas nele.

–– Tem certeza de que você não se lembra de nada? –– o garoto rechonchudo perguntou, dando uma grande mordida em seu pedaço de pão suculento –– Digo, nada que aconteceu no ônibus? –– era quase a décima vez que perguntavam isto ao loiro, e já estava começando a irritar.

–– Não! Eu já disse que não me lembro de nada que aconteceu na mértila do ônibus! –– um pensamento surpreendente de dúvida cursou sua mente e ele hesitou –– Espera, o que realmente aconteceu no ônibus?

As bochechas de Chuck ficaram vermelhas e ele novamente pareceu sujeito a mudar de assunto.

–– Mas que manhã bonita …

–– Chuck!

–– Está bem, está bem! Se Rose descobrir que eu te contei isto, ela vai me matar, então fecha a matraca aí! –– ele suspirou –– Lá no ônibus, um tempo depois que você havia levado uma lâmina na barriga, você e Rose meio que … Bem, se beijaram.

–– Ei, seu trolho, vamos, não temos o dia todo! –– Minho o chamou já na porta do edifício –– Pegue as suas coisas e vamos embora!

Newt preferiu não rebater, considerando sua surpresa instantânea. Não moveu nem sequer um músculo ao apenas pensar em que havia se esquecido disto …Seu coração pareceu pular de seu peito e o rosto deveria estar mais avermelhado que uma pimenta. De repente, saber aquilo só o deixou mais preocupado com o desaparecimento de Elena do que já estava. Pegou sua mochila e jogou atrás das costas, caminhando ao encontro de Minho, ainda boquiaberto pela notícia surpreendente. A situação de Thomas não era muito melhor, havia se encontrado com Teresa alguns dias atrás e pareceu ficar bastante abalado desde então. Como já estava sentido a mesma coisa, Newt sabia que ele estava sofrendo por causa de Teresa, e geralmente perdas dói mais depois de um beijo –– o que o loiro acabara de vivenciar. Está muito óbvio que Thomas gosta de Teresa, só não consegue entender isto. Bem, Newt já entendera graças ao Chuck, e agora todos os Clareanos já sabem disto, também graças ao Chuck.

–– Ei, cara, está tudo bem aí? –– Aris o cutucou com o cotovelo –– Está boquiaberto faz coisa dois minutos. Parece que você está prestes a explodir.

O rosto de Newt continuava a arder bastante e não duvidava nada de que ainda estava com um tom vermelho forte. Os Clareanos pareciam gostar disto, pois estavam zombando de sua cara e fazendo comentários nada agradáveis sobre ele e Rose.

–– C-calem suas bocas, seus trolhos cara de mértila! –– ele gaguejou, o que só piorou mais as coisas.

Depois de muitas risadas, finalmente partiram. Mesmo com o tempo nublado, o Sol ainda era forte e quente. O corpo de Newt parecia virar churrasco a cada minuto que andava ali. Nada além de uma cidade-fantasma vazia. Mas, por vez ou outra, podia-se ouvir barulhos metálicos, gritos e sons de pessoas andando.

–– Vamos parar um pouco! –– Minho gritou lá na frente –– Descansem e comam alguma coisa para terem sua energia de volta. Estejam prontos em trinta minutos.

Haviam parado em uma garagem de shopping deserta. Newt encostou as costas em uma das colunas cinzentas e escorregou até o chão, sentindo o corpo relaxar inteiramente.

Então os próximos cinco segundos foram os mais confusos de toda a vida de Newt. Lá do outro lado estacionamento, uma garota vinha correndo. Os longos cabelos loiros estavam presos em um coque mal feito, o arco preso em diagonal na frente, e a aljava repleta de flechas pendendo-se nas costas. O rosto fino e perfeitamente estruturado estava sujo e contorcido, os olhos estavam brancos e sem pupilas ou íris, como se estivesse sendo possuída por um espírito maligno. Newt sentia o coração sair pela boca, o corpo totalmente imobilizado e sem reação com a imagem ante a ele. Os Clareanos soltavam murmúrios e acotovelavam-se.

Era Rose.

Julgando por sua expressão, a roupa ensanguentada e o rosto sujo, seu dia parecia estar indo muito mal. O que mais chamou a atenção de Newt foram os olhos da garota. Estavam brancos e inertes, mas pareciam ter uma enorme tristeza contida neles. Ela parou de súbito e caiu no chão.

–– Elena! –– o loiro correu na direção de Rose e a segurou no colo, logo encostando-a em uma coluna grossa acinzentada.

A branca não parecia entender nada. Sua cabeça oscilava de um lado para o outro, quase como se estivesse procurando desesperadamente por alguém.

–– Quem é você? Por que não enxergo nada? Onde está Isaac?

–– Sou eu, Isaac. Calma, estou aqui.

Mesmo com estas palavras, a garota continuava a mexer a cabeça continuamente, até que parou de súbito. Uma lágrima escorreu pelo seu rosto delicado. Por alguma razão, vê-la chorando havia aberto um grande buraco no coração do garoto.

–– Isaac, onde você está? Eu não posso te ver nem te sentir! Eles fizeram alguma coisa comigo, eles …

–– Eles quem?

–– O CRUEL. Eles me pegaram e fizeram uma série de coisas comigo! Eu não consigo enxergar mais nada, nem te sentir! Por favor, faça alguma coisa! Eu não quero ficar sozinha! Nenhum Clareano ousava sequer dar um paço para frente ou para trás, todos cabisbaixos e tristes com a situação de Rose.

Newt tocou-lhe a mão e a segurou, ignorando o que os outros iam pensar.

–– Você está sentindo isto?

–– Sentindo o quê?

O loiro soltou um grande suspiro. Sentiu a raiva sucumbir-lhe nas veias. Seja lá o que havia feito a ela, ele iria se vingar. Newt não se lembrava de muita coisa, mas sabia que um dos piores medos de Rose é perder alguém muito próximo a ela, considerando o que havia ocorrido com seus pais.

Então ele teve uma ideia. Uma bem idiota, mas teve.

Newt encostou sua mão no rosto de Rose e o acariciou levemente com o polegar. Inclinou a cabeça para frente e começou a aproximar-se, sentindo suas respirações embrulharem-se uma na outra. O hálito surpreendentemente bom da garota bateu contra seu rosto. Lentamente, seus lábios se encostaram um no outro, em um ritmo lento e calmo. Newt sentiu um grande alívio em finalmente beijá-la depois de um bom tempo. Mas por um minuto, ele pensara que não tivesse funcionado, até que uma luz dourada partiu dos olhos da garota, porém nenhum dos dois haviam separado-se um do outro.

Quando o fôlego foi embora totalmente, afastaram seus rostos. Rose nunca estivera melhor. Os olhos azuis surreais brilhavam, a pele estava limpa e os cortes haviam desaparecido. De fato, ela não poderia estar melhor.

–– Finalmente, Alce. –– ela murmurou em seu ouvido.

–– Alce?

–– Um novo apelido, cabeção.

Eles se levantaram e observaram a expressão assustada dos Clareanos.

–– Olá, garotos.

Minho levantou o indicador, erguendo uma sobrancelha.

–– Como? Você é mágica?

–– Sim. Não. Talvez. Quem sabe?

O garoto asiático rolou os olhos em relação a indireta do que ele havia dito um pouco antes de entrarem no Buraco dos Verdugos.

Newt e Rose estavam de mãos dadas e felizes. Para eles, tudo havia acabado.

Mas estavam errados.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Reviews? Recomendações?


Aquele Beijin e até o próximo cap, Potatos do meu Heart!