We Are Alone. escrita por Ayu Meivick


Capítulo 2
Capítulo 2 - No One Is More Human - parte 2


Notas iniciais do capítulo

postando mais cedo porque talvez sábado não dê pra postar, espero que gostem kissus.



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Capítulo 2 - No One Is More Human - Parte 2

Lynn

Olhando de relance, vi a menina que ate poucos segundos implorava por ajuda se remexendo, ate que se levantou, mas já não era a mesma, parecia com Marco, à resposta veio quando ela pulou em cima de outro cara que passava por lá também correndo desesperado e mordeu seu pescoço.

Pela porta que dava acesso a escola, entraram mais como eles, professores e funcionários da escola estavam iguais, com mordidas em todo lugar de seus corpos, e estavam atacando os estudantes.

—Precisamos sair daqui. - Eu olhava Anna desesperada.

Quando comecei a andar em direção a porta e ao amontoado de gente para sair, Anna segurou meu braço.

—Não devemos ir, se aqui esta assim, na rua deve estar pior, e ate a gente conseguir atravessar a porta, eles já terão nos alcançado.

—Então o que vamos fazer?

Olhamos ao redor e vimos à porta do armário da tia da limpeza e fomos ate lá, quando íamos fechar a porta, alguns estudantes pediram para entrar, vimos primeiro se alguém estava com alguma mordida, e os deixamos entrar.

Antes de fechar a porta, espiei e vi o caos que estava o salão, havia sangue por toda a parte, o pessoal que estava na porta principal querendo sair, a maioria estava mordido e se transformando naqueles canibais, algumas pessoas conseguiram fugir, outras imploravam por ajuda para o nada. Vi que um dos estudantes havia me visto, e vinha em minha direção, mas estava com uma mordida na perna, e logo se transformaria, e eu não queria ter que fugir de alguém querendo me comer no escuro, mas também não queria deixar ele lá fora, naquele caos. Realmente não sabia o que fazer, estava em desespero, não sabia se o deixava entrar, ou o trancava para fora. Minha cabeça latejava por conta dos fortes pensamentos, ele estava chegando perto, e algumas daquelas coisas estavam o seguindo. Ele estava quase na porta quando Anna me puxou para dentro, me fazendo cair e puxar a porta comigo.

Rapidamente a tranquei, logo após cai no chão novamente quando ouvi seus gritos pedindo ajuda, pedi em minha mente para que calasse a boca, pois atrairia mais deles para a porta, e parecia que meu pedido havia se realizado, mas não do jeito que eu esperava.

Os gritos se tornaram ainda mais ensurdecedores quando ele levou mais uma mordida, bom, esperava que fosse, porque o grito que dera era de absoluta dor, e em poucos segundos, acabaram por completo, e eu sabia que ele estava morto.

Algumas pessoas dentro da sala choramingavam e outras suspiravam forte. Eu pedi silêncio e expliquei para que ficassem quietos e esperasse os gritos acabarem para podermos sair da sala.

Depois de alguns minutos, as gritarias cessaram e o único barulho que nos ouvíamos eram alguns murmúrios daquelas coisas que um dia foram pessoas normais.

—Legal, quem são as pessoas que estão aqui ? - eu perguntei.

—Sasha... Sasha Collins, do terceiro ano.

—Anthony Winston, Terceiro ano.

Ótimo, pensei, maravilhoso. Ele era um dos amigos de Mark, tremi ao pensar que Mark poderia estar ali comigo, mas tremi mais ainda ao pensar que ele poderia estar morto lá fora.

—Mark Maximoff. Terceiro ano também.

Suspirei forte agradecendo por ele estar bem, ele nem sabia da minha existência, mas eu estava extremamente feliz por tê-lo vivo.

—Abby... Abby Jensen, primeiro ano.

Okay, a felicidade inteira foi embora.

—Só quatro pessoas? - Anna perguntou.

—Não, tem eu aqui - falou alguém um pouco mais longe do resto.

—Vamos, sem demora, se apresente, precisamos sair daqui.

—Me chamo Jack Clark, e estou... Estava no segundo ano.

—Tudo bem - eu disse - Estão aqui também Anna e Lynn, ambas no primeiro ano alguém tem um celular ai ?

Abby me procurou no escuro e me entregou seu celular. Liguei a tela e aumentei o brilho do telefone, fazendo todos ficarem visíveis

—Escutem, se quisermos fugir dessas coisas teremos que correr, e se quisermos correr teremos que estar confortáveis e acessíveis, portanto as meninas, rasguem seus vestidos o máximo que puder, precisarão movimentar bem as pernas.

Abby pigarreou.

—Esse vestido foi caro, não vou rasgá-lo.

Suspirei fundo.

—Você acha mesmo que eu queria estar aqui? Presa com você? Se você quiser salvar seu vestido tudo bem, mas eu quero sobreviver, e não vou deixar que você atrapalhe meus planos, então se quiser viver rasgue a porcaria do seu vestido logo e não me encha a paciência.

Ela ficou quieta e logo após a escutei rasgando o vestido, logo fiz o mesmo, havia algumas tesouras no armário, o que facilitaram muito. Tirei o volume do meu e fiz um corte do lado da perna direita que ia da coxa ate a canela, fazendo com que fique bem confortável e mais solto.

—Aos meninos, façam o melhor para poder correr bem, e de volta as meninas, precisarão ir descalças um bom tempo. Não dá pra correr de salto.
Dessa vez não escutei nenhum murmúrio.

—Eu vou ver o que esta acontecendo lá fora enquanto terminam de se arrumarem me avisem quando estiverem prontos. - desliguei o celular e abri a porta no maior silêncio possível.

A coisa não estava nada boa, o chão agora brilhava em vermelho vivo, corpos que estavam mortos minutos antes agora andavam sem rumo pelo salão e como eu esperava, a porta principal estava bloqueada com resto de corpos que logo logo iriam levantar e caçar carne humana também. Anna me deu um aviso prévio de que todos estavam prontos, eu voltei a fechar a porta.

—Tudo bem, no 3 a gente corre pelo corredor ate a diretoria, tentem não parar no meio do caminho, apenas corram ate a diretoria, estão prontos?
Ouvi alguns "sim" e "estamos" e comecei a contar.

—1...2...3 - no três eu abri a porta sem me preocupar em ser discreta, os canibais olharam todos para nós, e estavam vindo em nossa direção.

Comecei a correr sem me preocupar se estavam me seguindo, não muito tempo depois, quando cheguei à porta que dava acesso a escola, ao para-lá para abrir e dar espaço para os outros entrarem, escutei alguém gritando.

Ao olhar, vi Anthony jogado no chão, ele tinha escorregado no sangue e parecia ter machucado a perna.

—Precisamos ajudá-lo. - disse Mark ao meu lado.

Percebi que os canibais estavam muito perto. Quando Mark começou a andar para ir ajudá-lo eu o parei.

—Não temos tempo Mark, ele esta machucado, não terá como continuar, só ira nos atrasar. - Era um pensamento egoísta, eu sei, mas era a verdade.

Quando os mortos chegaram no corpo caído e machucado de Anthony, eu empurrei Mark para dentro da porta e a fechei, coloquei uma vassoura que estava perto nas fechaduras da porta para dificultar a passagem deles para o corredor.

A expressão no rosto dos outros e principalmente no de Mark era de completo horror, senti pena dele, por alguns momentos.

—Tapem os ouvidos. - Eu avisei, pois logo escutaríamos os gritos de dor de Anthony.

Ao ver que Mark não se mexia eu parei em sua frente e avisei novamente para tampar os ouvidos, mas ele nada fez. Puxei então sua cabeça junto ao meu peito e tampei seus ouvidos, não podia deixá-lo escutar os gritos agonizantes de seu amigo, isso era tortura demais.

Sem ter como proteger minha audição, apenas fechei os olhos o mais forte que pude, enquanto ouvia a gritaria de Anthony, por um momento, senti uma lagrima descer dos olhos de Mark, e ao encostarem em minha blusa não pude evitar de deixar escapar uma lagrima também.

Os gritos pararam, finalmente, abri meus olhos e avisei a todos que já tinham parado. Mark ainda estava sem falar. Olhei para ele.

—Mark, precisamos continuar, a partir de hoje pessoas vão ir e vir, não podemos fazer muito em questão a isso, precisamos nos concentrar nas nossas vidas também. - Eu tentava lhe consolar.

Estendi a mão para lhe ajudar a levantar, o mesmo aceitou, limpando as ultimas lágrimas do rosto.

Escutamos um grande estrondo, e quando todos nos viramos vimos que não havíamos percebido que os mortos conseguiram atravessar a porta, e agora vinham na nossa direção.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem :3



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