Legolas & Tauriel escrita por Elizabeth


Capítulo 19
19


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao fim :'(



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Thranduil

Fui até o leito de Tauriel e recuei ao ver Legolas sentado ao seu lado. Teria de inventar alguma coisa se quisesse ficar a sós com ela.

– Legolas – chamei.

– Sim – respondeu ele rispidamente sem olhar para mim.

– Os guardas... Solicitam sua presença – tentei parecer o mais natural possível.

– Diga que vou depois – respondeu prontamente ainda observando a... Céus quando eu vou me acostumar com isso? Esposa.

– É urgente, deixe que limpem o ferimento de Tauriel enquanto resolve o problema com os guardas.

Legolas hesitou um pouco, mas levantou-se dando um último beijo na testa de Tauriel e saiu. Fechei as portas do cômodo e contemplei a beleza da mulher que um dia já fora uma menina que até hoje me desperta tanta admiração. Lembro-me exatamente de quando a coloquei na minha vida.

Eu a encontrei em um vilarejo que havia acabado de ser atacado por orcs, enquanto eu vagava pelos escombros o choro de uma criança chamou minha atenção. E foi dentro de uma casa arruinada que eu a encontrei, envolvida em uma manta berrando desconsoladamente. É óbvio que eu não a abandonaria então a trouxe para casa. Meu espírito estava vulnerável depois da morte de minha esposa, o que permitiu esse ato de bondade. Legolas era quase de sua idade considerando algum tempo a mais, logo que começaram a crescer eu via a menina de cabelos ruivos flamejantes e meu filho se considerarem como irmãos e eu alimentei isso por muito tempo. Quando a idade deles começou a avançar eu já não tinha controle de seus sentimentos e podia observar a notável mudança em Legolas com relação à Tauriel, eles não eram mais crianças. Eu fazia minhas reflexões baseadas no olhar de Legolas para ela e em todo o seu jeito manso na presença da órfã, não havia dúvidas de que ele a amava, mas quanto à Tauriel eu já não tinha tanta certeza pois eu não via qualquer correspondência por parte dela aos sentimentos de meu filho, querendo evitar uma grande decepção à ele deixei claro que ela não o fizesse criar esperança onde não havia.

Sinto-me extremamente errado quanto à minha última decisão, não foi o melhor ato de um rei quanto menos de um pai. Mas a fúria ao saber que casaram sem minha permissão e fora de meus domínios foi o que incitou minha atitude, procurei um velho amigo, eu jamais teria coragem de repreender com minhas próprias mãos meu filho então o pedi que fizesse isso. Mas acabou indo longe demais, Legolas se recuperou mas Tauriel está aqui, diante de mim, com a vida na ponta dos dedos. Antes de vir para cá escrevi uma pequena carta, coloquei debaixo do pano que encobria Tauriel e comecei o processo de redenção.

Legolas

Fui até o lugar onde a guarda costumava se reunir e negaram o chamado que Thranduil disse. Enquanto voltava para Tauriel senti uma pontada forte no peito mas ignorei e continuei andando. Chegando ao leito dela meu corpo instantaneamente ficou estático ao ver Thranduil debruçado no chão. Meus joelhos desabaram, fitei o corpo mortificado dele e tirei os cabelos de seu rosto, estava com os olhos fechados, a pele mais pálida que o normal e sem sinal de vida. Enquanto me perguntava o que havia acontecido senti uma mão em meu ombro, um pouco apreensivo levantei a cabeça para olhar, era Tauriel.

– Como...? – não consegui encontrar as palavras certas para terminar a pergunta.

– O que houve com ele? – seus olhos se arregalaram.

– Não sei, me ajude a coloca-lo na cama.

Conseguimos pô-lo em uma posição que quase o fazia parecer que estava dormindo, notei um papel debaixo do corpo de Thranduil, o peguei e guardei comigo. As mulheres que cuidaram de mim e Tauriel examinaram o rei e deram o ultimato. Meus olhos umedeceram e apenas uma rala e sentida lágrima caiu de um deles, não importa quais tenham sido seus últimos feitos em vida mas Thranduil continuava sendo meu pai, isso nunca ia mudar.

Com Tauriel finalmente curada eu tinha ao meu lado uma fonte de consolo, apesar do que ele a fez ela também lamentou e pêsames não nos faltaram. Velamos o corpo de meu pai nos jardins de sua Casa. O reino inteiro ficou de luto, luto este que durou cerca de meses. Como manda a tradição o trono é passado hereditariamente, embora eu não estivesse nem um pouco animado com a ideia, fui praticamente obrigado a consentir.

Tauriel e eu selamos nosso compromisso matrimonial mais uma vez, mas aqui na nossa casa. Fiz dela minha rainha, companheira de trono e parceira para a vida inteira. Não estávamos completamente preparados para assumir o posto, mas pelo que os ventos que sopravam pelo reino nos diziam, estávamos sendo bons regentes. O Reino da Floresta selou uma aliança firme e duradoura com Valfenda, ganhamos a confiança de Elrond e ainda mais a amizade de Galadriel. Não havia mais ameaças externas mas Tauriel e eu fazíamos questão de peregrinar para além da fronteira de vez em quando, inclusive quando fomos visitar o túmulo de Kili, não pude deixar de evitar o turbilhão de imagens que passavam por minha mente...

– Ele sempre estará ao seu lado, Tauriel – tentei conforta-la pousando a mão em seu ombro.

– É você quem está ao meu lado – ela virou-se para mim – Kili... Está onde sempre quis estar agora.

– E está feliz?

– Creio que sim. Assim como eu – seus lábios tocaram os meus suavemente.

– Vamos voltar para Casa? – sugeri sem muita motivação.

Tauriel fez uma careta de desaprovação.

– O caminho é longo o suficiente, se viemos até aqui por que não aproveitamos melhor a volta? – ela lançou um olhar pretensioso.

A minha resposta foi consentida com um beijo, não um beijo qualquer, mas sim daqueles que dizem sem palavras tudo o que você tem dentro de si pertencente àquela pessoa. Agora eu estava completo, Tauriel faz tudo parecer tão simples e mágico, perto dela sinto a atmosfera mais leve e é como se quase pudesse flutuar. São essas as sensações que tenho todos os dias desde o momento em que acordo ao lado dela, somos o que sempre tivemos que ser, a prova de que o destino não comete equívocos para unir dois sentimentos designados a tornarem-se um só, de essência única, pura e permanente.


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Notas finais do capítulo

Eu quero agradecer imeeeensamente por quem acompanhou do começo ao fim, e tomara que todos tenham apreciado ler a fic assim como eu ao escrevê-la.
BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOS!!!!!!!! *O*



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