Dead Players escrita por Yellow


Capítulo 3
Capitulo 2- Sombras


Notas iniciais do capítulo

-Treze jovens estão em um jogo de sobrevivência! Mesmo alguns não aceitando essa realidade, o que lhes resta é lutar pelas suas vidas. Fred, ainda se vê preso dentro de uma mata fechada, será que ele conseguirá escapar e sobreviver?



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Fred havia acabado de esbarrar em um arbusto, certamente já não seguia o corredor asfaltado, estava no meio da mata, não se surpreenderia se fosse atacado. Tentou afastar os sentimentos ruins da cabeça. Resolveu parar para respirar.

Ele levantou a cabeça, tentou ver onde se encontrava, mas estava muito escuro, um verdadeiro breu. Apenas ouvia gritos femininos, e mais ao fundo berros de preocupação, um ruído também o incomodava. Sentiu a grama leve por debaixo dos pés, fora andando em linha reta. Tentou se guiar pelos arbustos, mas não tinha a mínima ideia do que do estava tentando fazer.

Fora quando ouviu um rugido. Seu coração disparou e suas pernas amoleceram, quase caiu no chão, mas sua vontade de sobreviver fora maior. Fred começou a correr em disparada.

Enquanto corria com todas as suas forças, pode sentir folhas alvejando sua cara, era eram pontudas, por um minuto deve a sensação de estar em uma floresta de espinhos. Tropeçou em uma vinha no chão.

Caiu de bruços, não conseguiu amortecer a queda. Aquela, até então, teria sido a queda mais dolorosa de sua vida. O peito doía, o ar dos pulmões se evadiram pelas narinas, não tinha como Fred continuar correndo. Além de todos esses problemas, pode sentir que tinha acabado e torcer o pé.

Ficou deitados por alguns segundos, tentou dobrar a perna para poder ver como estava seu pé, mas antes que fizesse isso, algo apareceu. Olhos cor de âmbar, eram tão dourados feito ouro, Fred pode sentir o medo tomar conta do corpo inteiro, a esperança havia ido embora e agora o que restara era a morte.

Ele não conseguiu ver a anatomia da criatura, mas deduziu que tinha braços e pernas. O mostro de sombras o prensou no chão, colocando os seus finos braços em cima dos antebraços do garoto. Fred tentava sair, mas todas suas tentativas foram inúteis.

A enorme boca se abriu, e ele só soube disso quando sentiu o mal hálito. Já havia conhecido pessoas com problemas dentários, como seu professor de historia, que, quando toda vez que Fred tinha uma duvida e ele iria esclarecer, obrigava o menino a respirar pela boca. Mas o hálito daquela criatura era diferente, não parecia ser um problema dentário como o seu professor Nilson, mas era cheiro de podridão pura, como se ela estivesse acabado de comer algo podre.

Fred pode sentir o cheiro ficando cada vez mais forte, a boca da criatura estava se aproximando lentamente.

Surpreendendo todas as expectativas de morte do garoto, algo empurrou a Sombra para a direita. O mostro caiu de lado, aparentemente nocauteado, a forte luz dourada que eram seus olhos haviam se apagado. Fred pode ouvir um grito feminino de espanto.

–Quem é você? –Perguntou para a suposta menina que caíra em cima dele.

Ela não respondeu, soltou outro grito.

Fred tateou o corpo da menina por inteiro, algo que fora completamente constrangedor, principalmente quando apertou os seios dela sem querer. Quando finalmente achou a mão dela, se levantou e começou a correr, puxando-a.

Eles correram por poucos segundos, saíram do meio da mata sã e salvos. Todo o escuro havia se transformado em luz, estavam finalmente fora daquele inferno. Virou o pescoço para o lado para ver quem ele estava levando consigo. Era uma menina um pouco magra, os olhos eram escondidos atrás de uma lente espessa, os cabelos longos eram escuros com mechas loiras e na sua blusa preta que vesita estava algo como “Made in Heaven, but, I am a Demon”

Fred esperou ela falar algo, mas a menina continuou correndo com ele. A garota permaneceu calada, até que eles pararam um uma esquina para pegar ar.

–Quem é você? –Ele teve iniciativa e falou algo.

–Eu deveria estar falando isso, seu tarado! –Ela limpou o suor que escorria da testa com as costas da mão.

–Tarado? –Fred voltou à postura normal, alinhou as costas e cruzou os braços. –Eu te salvei, deveria me agradecer, e não me ofender!

–Eu te salvei. –Ela argumentou. A menina se colocou ereta novamente, e em seguida pôs as mãos na cintura. –Se não fosse por mim, você já teria sido almoço daquele bicho.

–Se não fosse por mim, você nem teria saído daquele lugar! –Ele berrou. Nesse grito Fred havia descarregado tudo que lhe afligia, desde a sua vida chata, até o novo e misterioso jogo, estava estressado com tudo isso, e sem querer descontou tudo em uma só frase.

A menina ouviu o grito, retrocedeu alguns passos, sua expressão decaiu.

–Me desculpe. –Fred colocou mão no ombro dela. –Eu não queria...

–Eu sei. –Ela levantou o rosto aos poucos. –Eu te entendo, também estou irritada com tudo o que está acontecendo.

–Como se chama? –Fred perguntou, mudando de assunto.

–Eva. –Ela respondeu.

–Nome bonito. –Ele a elogiou

–Não temos tempo para flertes. –Eva falou, ela virou o pescoço para todas as direções possíveis, para tentar achar algum abrigo.

Olharam para trás, avistaram um grande edifício cinza.

Por breves segundos eles ficaram se encarando. Fred pode perceber o quanto Eva era bonita, claro, não era a típica adolescente capa de revista, mas continuava sendo bonita. A leve brisa vez os cabelos dela se balançarem, ela tentou segura-los, mas não adiantou. Fora então que reparou que Fred a fuzilava com seus olhos escuros.

–Algum problema? –Ela perguntou.

Ele quase caiu para trás quando ela falou isso, não esperava estar tão centrado em olha-la.

–Nã... não. –Disse gaguejando. Reparou que suas bochechas estavam coradas, e então resolveu falar algo diferente. –Acho que esse prédio é um bom abrigo.

Fred subiu a pequena escadaria que ficava na frente de edifico. Ele tentou abrir a porta de vidro escuro, mas ela parecia estar emperrada. Tentou mais algumas vezes, nada. Resolveu pegar uma pequena pedra que ficava no canteiro do prédio, ele a arremessou contra o vidro.

Crak!.

O barulho do vidro quebrando fora alto de mais, Fred ficou olhando para Eva com cara de paisagem, caso tivesse uma daquelas Sombras perto, a localização deles já seria denunciada. Vendo o enorme buraco que ficou no vidro, ele começou a se aproximar em passos leves e cautelosos. Não sabia o que estava do outro lado da porta, ou quem estaria do outro lado.

Ele iria colocar a mão no rombo para tentar abrir a porta por dentro, mas quando fez isso, o vidro simplesmente reapareceu, era como se a porta se regenerasse. Ele caiu no chão com o susto que levou. Eva arregalou seus grandes olhos claros e fora acudir ele.

Antes de eles começarem a se perguntar o que havia acontecido, algo apareceu na porta, letra por letra, como se alguém estivesse escrevendo aquilo. A caligrafia era estranha e feia, mas mesmo assim eles conseguiram ler o que estava escrito.

“Esse lugar não está disponível no Tabuleiro, procure outro.”

Mesmo não sabendo o que estava havendo, eles decidiram fazer o que o aviso mandava. Eva ajudou o recém-conhecido parceiro a se levantar e eles foram caminhando, entre becos e vielas, até que achassem um abrigo. Ao andar da caminhada deles, o céu cinza fora ficando roxo, o crepúsculo já estava chegando.

–-------------------------Dead Players--------------------------

Alex tentava fugir de um enorme pássaro que o perseguia, já estava de noite, não sabia que horas, mas já estava escuro o suficiente para que não enxergasse nada na rua. Ele tentou saltar sobre uma lixeira, mas se surpreendeu quando o objeto subitamente desapareceu. Já não era a primeira vez que isso acontecia, já havia acontecido com ele mais cedo, enquanto praticava saltos em uma pilha de lixo.

Alex era ótimo no que fazia, e adorava fazer Le Parkour, sempre fora o melhor entre seus amigos. Seus pais e namorada reclamavam, falavam que era coisa de bandido e marginal, mas agora, a coisa de bandido estava salvando sua vida.

Ele entrou em um beco, tentou olhar para cima para ver a localização da ave gigante, mas não viu nada, a pelugem preta dela fazia com que se camuflasse na noite. Alex quase caiu no chão quando viu dois brilhos vermelhos no céu, era a ave! Ele pulou em uma parede e se apoiou em um vão, com um empurrão pulou para a parede que estava atrás de si. Continuou escalando até que conseguiu chegar a uma janela. E por mais incrível que parecia, ele viu luz!

Era uma luz amarelada e pálida, mas mesmo assim era luz. Ele escalou a janela e entrou feito um felino sorrateiro. Estava em um banheiro, os azulejos brancos o fizeram deduzir isso. Ao seu lado estava um privada e mais ao fundo um box com um chuveiro. Por rápidos segundos se olhou no espelho. Alex era um menino de estatura magra, sempre teve o problema de comer e nunca engordar, o rosto era um pouco redondo, mas afinava no queixo. A pele era morena e os cabelos escuros com mechas marrons caiam para frente.

Ele tirou sua atenção daquele pequeno espelho, e voltou a se centrar no Jogo.

Ele se esgueirou pelo corredor, afim de não fazer barulho, mas o barulho que ele tanto tentava manter fora quebrado por um estridente grito. Era o pássaro.

Alex tentou fazer algo, mas antes de dar o primeiro passo, algo quebrou o teto, era o bico da ave. Ela tentou acerta-lo às cegas mais três vezes, mas falhou miseravelmente em todas.

Ele suspirou com alivio depois que pode ouvir um bater de asas. As luzes do corredor onde estava se acenderam, um menino estava em sua frente, ele segurava uma faca , e apontava o objeto cortante para a cara de Alex.


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Notas finais do capítulo

- O que acham dessas notas do capitulo, tento deixa-las parecido como uma sinopse do que pode acontecer.
— Acostumem-se, a historia é assim mesmo, narrada de diversos PoV's .
—Não custa nada comentar :D



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