Forest Lake escrita por CeloFilho


Capítulo 5
Capítulo Cinco - O Estranho Velho de Cachecol e Sandálias


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores. Aparentemente vocês estariam furiosos comigo por causa da proposital curiosidade que deixei no ar, por isso por pedidos, postei mais rápido, afinal vocês merecem. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553509/chapter/5

17h00min, Sexta Feira, Outubro de 2014...

–Eu, na verdade, já tinha entrado com o carro no estacionamento, não fui parado pela catraca, eu estava a caminho entrando no shopping, quando um senhor estranho usando cachecol e sandália me barrou de entrar no shopping, ele disse “Você não vai querer entrar neste lugar!”. –Will imitava muito bem a voz do velho.

–E aí, o que você fez? –Selena estava curiosíssima. Sandy fazia uma expressão mais surpresa que Selena, pois ela mesma viu o estranho o sujeito.

–Eu o ignorei, ameacei chamar os seguranças do shopping, e ele me deixou em paz. Mas ele tinha um olhar assustador... –Sandy arregala os olhos e abre um pouco a boca ao ouvir esta frase do Will. Parecia que tinha visto um fantasma.

–Como era o sujeito, Will? –Charlotte quis saber.

–Ele era muito, muito pálido, me parecia um albino sabe... E ele tinha os olhos claros e era bem alto. –Will fazia caras e bocas descrevendo o indivíduo que Sandy tanto temia naquele dia.

–Will, lembra-se do sujeito que eu perguntei se você o conhecia na fila pros ingressos? –Sandy aproximas-se de Will.

–Do cinema? –Will faz cara de espantado.

–Não, do restaurante, claro que era do cinema! –Sandy não engoliu, pois pra ela, parecia que ele estava curtindo com a cara dela.

–Sim, lembro claro. Prossiga... Peraí... Ele era o cara?

–Era, e eu tô achando que ele sentiu algo parecido com o que eu senti quando entrei naquele shopping...

–E o que você sentiu Sandy? –Will voltou ao fluxo da conversa.

–Eu não sei explicar, mas foi um receio... Um frio na espinha...

–Sandy, de acordo com o que vocês falaram... Esse tal velho pálido de cachecol e sandálias... É um morador de rua que vive na casa da faxineira, a Marine, que trabalhava na casa do Howl, foi ela que flagrou ele morto no chuveiro. –Charlotte revela.

–Espera um pouco ai... Você o conhece? –Selena se surpreende mais ainda.

–Eu não o conheço, mas sempre que eu e o Howl íamos deixa-la na casa dela de carro, eu olhava para a janela da casa dela e via um velho que era exatamente igual ao homem que vocês descreveram. –Charlotte explica.

–Ele pode ser o marido dela. –Sandy deduz.

–E você sabe o endereço dela? –Pergunta Will.

–Sim, mas por qual motivo você quer que nós achemos esse homem? –Charlotte pergunta curiosa.

–Ele parecia saber sobre o assunto bem mais do que ele dizia. Só por ele me encarar daquele jeito. –Will toma uma atitude.

–Mas que assunto, Will? –Pergunta Selena.

–Além dos sinais, números, vultos ou até a própria premonição? –Responde Will.

–A morte, Selena. –Sandy completa. Selena respira fundo e fica séria –Amanhã cedo vamos visitar essa tal Marine. Vamos gente. –Todos saem da lanchonete e Sandy leva cada um para a porta de casa.

Logo, à noite, Charlotte estava com Sandy em sua casa. Charlotte brincava com os peixes dentro do aquário do quarto de Sandy.

–Olha, que fofinhos! –Charlotte põe o braço dentro do aquário, assustando um pouco os peixes, apesar de estar divertindo a dona da mão.

–Eles são adoráveis mesmo. São do meu irmão, ele deixou o aquário aqui porque não cabe no quarto dele. Ele que quis um guarda roupa maior. –Sandy comenta.

–Eles são uma graça, amo peixinhos.

–Cuidado, com os peixes.

–Não tem motivos pra eu ter cuidado, Sandy. Eles não mordem. –Charlotte sorri e continua a brincar com os peixes no aquário. –Vocês são uma gracinha! –Sandy ri com a simpatia que Charlotte tinha com os peixes, mas também se surpreendia com o fato de Charlotte não temer coisas básicas como cobras venenosas, ou ratos. Como no trabalho, que ela conseguiu matar um rato no corredor da empresa o amassando com uma vassoura. Aquilo foi bizarro, qualquer pessoa chamaria algum profissional que sabia lidar com pragas. Mas ela matou o bicho sem piedade. A ponta do cabo da vassoura ficou cheia sangue.

No dia seguinte, Sandy e Will batiam na porta de Selena. Ela abre, com o cabelo armado e com os olhos quase fechando. Usava um pijama e de boca fechada passava a língua nos dentes da frente.

–Por que me acordaram essa hora? –Selena coça a cabeça.

–Mas... –Will checa o relógio de pulso– São duas horas da tarde!

–Ai meu Deus, estamos atrasados pro trabalho! –Selena arregala os olhos.

–Mas hoje é sábado, meu Deus!

–Deus não existe. –Selena responde a Will. Mudando de assunto.

–Que tal falarmos sobre religião em outra hora, e focar no que combinamos fazer. Não quer saber o que viemos fazer aqui? –Sandy silencia Will.

–Essa é uma ótima pergunta, aliás, vocês estão na porta da minha casa, enquanto eu estou aqui, recém-acordada, parecendo que fui atacada. Então que tal entrarem na minha casa pra eu poder fechar a porta!

–Entendi o recado. –Will responde.

–Estamos entrando... –Sandy completa logo em seguida.

Após Selena se arrumar, os dois estavam à espera no sofá de dois lugares não muito confortável da casa da Selena.

–Então, já que eu já estou pronta... –Selena aparece.

–Depois de demorar uma hora... –Will interrompe.

–Fica quieto aí. Continuando, que tal vocês falarem o motivo da vinda?

–Ah, claro! Já ia me esquecendo. –Sandy se lembra do motivo– Bom, é melhor irmos pra minha casa.

Todos vão à casa de Sandy para conversar. Sandy continua:

– Enfim, combinamos de ir pra casa da Marine, a mulher que era faxineira do Howl.

–Ah, claro, porque com ela reside também aquele homem de cachecol e sandálias que avisou ao Will pra não entrar no shopping, né?

–Isso mesmo, mas como vamos chegar até lá? Vocês já descobriram o endereço?

–Não, quem sabe é a Charlotte, ela... –Will ia continuar até Selena o interromper.

–Deixava a faxineira na casa dela junto com o Howl! –Selena raciocinou e lembrou-se da tarde de ontem.

–Agora sim, se lembrou de tudo! –Will responde.

–Mas onde está a Charlotte? –Selena pergunta.

–Mandei uma mensagem de texto, só falta ela responder, mas combinamos que ela nos guiaria, só ela sabe o endereço. –O celular de Sandy toca– É a Charlotte!

–Quanta coincidência! –Comenta Selena.

–Alô? Charlotte?

Sandy, oi!

–Onde você está? Estamos todos aqui na casa de Selena te esperando, precisamos ir à casa da Marine!

Tudo bem, a mamãe me convidou pra tomar um banho de lago aqui no Lago Queirozz, relaxa o espírito, vocês podiam dar um pulinho aqui também. E, além disso... Era onde o Howl costumava me levar.

–Olha, eu não acho que seria uma boa ideia agora e... –Selena olha pra Sandy fazendo um gesto que significava “Deixe-a ir.”– É... Tudo bem, quando você sair daí, me liga. E se apressa.

Ótimo, obrigada, significa muito pra mim. Até breve! –Ambas desligam o telefone.

–Ela só tá querendo se divertir, se distrair com a família. –Diz Selena.

–Da última vez que eu tentamos nos distrair, deu no que deu. –Sandy estava preocupada.

–Se ficarmos desse jeito, limitando a vida, vamos enlouquecer! –Selena sai da sala. Sandy fica reflexiva. Quando o aquário do irmão de Sandy, racha o vidro. Will e Sandy arregalam os olhos. Sandy finalmente saca o motivo daquilo:

–Will... –Sandy murmurando.

–O que, Sandy?

–É um sinal! –Os dois correm e vão chamar Selena, precisavam ir o mais depressa possível para aquele lago.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Já sabe o que vai acontecer? Tem algum palpite? Respondam nos comentários, valeu e até o próximo capítulo! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forest Lake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.