Forest Lake escrita por CeloFilho


Capítulo 11
Capítulo Onze - O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Hey leitores, como vão? Estamos chegando perto do final da fic, espero que gostem deste capítulo, pois ele tem muitas, muitas revelações. Boa Leitura.



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–Todos prontos? – Sandy pergunta a todos.

–Sim, Sandy... –Responderam em uníssono.

–Todos com fome de respostas?! –Sandy pergunta a todos.

–Sim, Sandy... –Responderam novamente.

–Algum de vocês viram meu colar com a letra S que perdi ontem quando libertei o Will da cela?

–Não Sandy! –Todos responderam em uníssono sorrindo.

–Então, que tal irmos logo.

–O.K. Sandy. –Desta vez, só Diana respondeu, pois ela era a única que estava tão elétrica quanto Sandy.Todos entram no carro nas mesmas posições de antes: Sandy e Selena no banco de trás, Will no passageiro e Diana dirigindo. Ambos afivelaram o cinto. Depois de uns trinta minutos, Diana alerta:

–Estamos chegando gente! Sandy começara a ficar nervosa, finalmente iria ver o homem que ela vira os observando, o homem que avisara a Will sobre o perigo que lá havia, e o homem que, dependendo do humor e da sabedoria, iria salvá-los da fúria da Morte. Finalmente, eles chegaram.Eles pararam em frente a uma casa perto da floresta. Era uma residência humilde, nada de muito impressionante, apenas uma bonita casa de campo. Parte da casa era feita de madeira, e a parte de baixo por tijolos. Havia flores na entrada, uma varanda bonita, cheia de bem-te-vis, algumas janelas e uma cadeira de balanço. Uma casa em perfeito estado. Os quatro saíram do carro e fecharam a porta.

–Charlotte nunca disse que Marine morava numa casa de campo. –Sandy observa a casa.

–Eu achei uma gracinha. –Selena disse sorrindo.

–Escutem, não sabemos se ela é realmente é a Marine, portanto, não sejam diretos, talvez seja melhor fazer perguntas que levam a algum lugar.

–A Sandy tem razão, é melhor não irmos direto ao ponto, procurem ser sutis. –Will sugeriu aos três. Em seguida, Sandy subiu os dois degraus que iniciavam a casa do lado de fora, pôs os pés no tapete “Seja Bem Vindo!” e batera a porta.

–O que você quer? –Sandy ouvira atrás da porta.

–Bom Dia, a Senhora chama-se Marine Barrymore? –Sandy pergunta.

–Chamo-me. Quem é você? –A mulher disse a Sandy separada pela porta.

–Eu sou Sandy Campbell, e estou com meus amigos, Will, Selena e Diana.

–Você é a Sandy Campbell?!

–Como vai a Senhora?! –Selena pergunta atrás de Sandy.

–Eu vou bem. Como vão vocês? –A mulher perguntou.

–Tudo joia. –Selena sorri.

–Então... É... Senhorita Barrymore... Precisamos falar com a senhora, é assunto sério. –Sandy disse a Marine.

–Sou toda ouvidos! – Marine lhe respondeu.

–Será que ela não sabe que há uma porta na frente dela? –Selena sussurra a Diana.

–Calada! –Sandy reclama.

–O quê? – Marine perguntou.

–Não é com a senhora não. É que, gostaríamos se não for muito incômodo... Que a senhora abrisse a porta. Um favor apenas.–Sandy pede a Marine.

–Ah, certo, tudo bem, um instante. –Marine destranca a porta e revela seu físico para o quarteto. Ela não parecia uma faxineira de condomínio. Nem um pouco. Marine era alta, tinha pele morena, olhos castanhos, rosto bonito, e seus cabelos pretos eram amarrados ao rabo de cavalo. Mas ela agia e vestia-se como uma dona de casa. Seu perfume era muito bom, cheirava a rosas do campo.

–Então, sentem-se. Alguém quer um cafezinho?

–Não obrigada, Senhorita Barrymore. –Diana responde por todos, queriam desesperadamente falar com o homem que eles tanto procuravam.

–Pode me chamar de Marine, querida, então, o que querem falar comigo? –Marine os guia até a sala da casa, cada um senta em um pufe e Marine senta em uma cadeira de plástico com uma almofada. Sandy começa:

–Bom, na verdade, Marine, nós queríamos falar com um homem que achamos que mora com a senhora, ele usa no dia-a-dia cachecol e sandálias. É com ele que precisamos falar. –Sandy revela. Na hora, o rosto de Marine empalideceu, seu sorriso desapareceu, ela parecia nervosa.

–Grover, o quê foi que você fizera... –Marine pensa alto.

–Grover, esse é o nome dele? –Sandy pergunta.

–O que, é... Pode se dizer que sim. –Marine suspirou.

–Como assim? –Will pergunta curioso.

–É que... Espere, qual de vocês o viu?

–Marine estava séria enquanto conversava com os quatro.

–Eu o vi. –Will respondeu.

–Ele disse algo a você?

–Sim, ele me alertou sobre o acidente da sala de cinema. –Will respondeu.

–Assim como a Sandy também nos alertou.

–Ele então os alertou sobre o sonho que ele teve.

–Sonho?–Diana ficara confusa.

–Um minuto, qual das três é a Sandy Campbell?!

–Eu, senhora.

–Você... Eu não acredito.

–Não acredita em que? –Sandy perguntou já nervosa com o suspense que Marine fazia.

–Olha, vou ser bem franca com vocês, Grover, o meu amigo que usava cachecol e chinelo nos dias quentes... Está morto.– A turma fica perplexa. Como ele pode estar morto?!

–Como assim?! Ele morreu da explosão pra cá?! –Selena perguntou prestes a explodir de tantas perguntas.

–Grover morreu de ataque cardíaco. Algumas semanas depois da explosão do cinema.

–Qual era a relação da senhora com ele? –Selena perguntou. Essa não foi a pergunta mais sutil do mundo, mas foi o que todos queriam saber.Marine começa a ficar com a voz mais aguda, quando desceu uma lágrima do seu olho esquerdo:

–Grover era um grande amigo do meu marido, até que comecei a me tornar mais do que conhecida, desde que ele previu que o mesmo morreria em um acidente doméstico, mas eu não acreditei...

–Acidente doméstico?

–Grover teve uma premonição de que meu marido iria morrer de traumatismo craniano com um ar condicionado que caiu em sua cabeça enquanto ele dormia. Mas como sempre, ninguém acreditou e depois disso, realmente aconteceu... Quando Grover começou a frequentar mais minha casa. Mas, aí ele sofre um ataque cardíaco e morre...

–Por isso ele disso aquilo com o Will, ele viu acontecer como a Sandy.–Diana acompanha o raciocínio lógico.

–No dia da maldita explosão do cinema, ele disse que tivera um sonho, antes do ocorrido ele viu tudo acontecer enquanto dormia, ele disse que viu e ouviu tudo. Ele citou o nome Sandy. Disse que ouviu esse nome várias vezes enquanto dormia. Mas, sinto muito, não vou poder ajudar vocês– Marine parecera muito carente, se abrindo com pessoas que ela nem conhecera. De algum modo ela sabia quem era Sandy, por causa do sonho do velho de cachecol e sandálias (Grover). Todos ficaram tão tensos quanto a Marine.

–Oh céus! –Sandy disse hesitando– E agora?!

No momento em que todos estavam sem palavras, um garoto que aparentava ter uns treze anos, aparecera na porta de um quarto fechado. O garoto arregala os olhos ao ver Sandy, logo é cortado por Marine:

–Volte pro seu quarto Oliver. –Marine aponta para a porta de onde o garoto tinha saído.

–Você é a Sandy Campbell? –O Oliver perguntou não piscando os olhos.

–Sou. –Sandy fica surpresa, como até um garoto soubera quem era ela.

–Grover falou de você...

–Oliver, para o seu quarto, AGORA. –Marine ordena.

–Chata... –Oliver entra no quarto e fecha a porta.

–Como ele... –Marine interrompe Sandy:

–Acho que vocês não tem muito que fazer aqui. –Marine se levanta e vai em direção a porta de saída.

–Mas... –Marine interrompe novamente em seguida:

–Grover foi um bom homem, mas está morto e a não ser que seja médium não vai poder se comunicar com ele.

–Mas precisamos vencer a morte.

–Olhem pra mim. A morte só trouxe desgraça pra minha vida, e não há nada que eu possa fazer, e nem vocês. Adeus.

–Mãe, está sendo injusta com eles, enganaram a morte e estão sendo perseguidos não é? –Oliver abre a porta do quarto, ouvia toda a discussão atrás da porta.

–Isso mesmo. –Selena concordou.

–O Grover falou comigo sobre isso, posso ajuda-los como o Grover ajudaria!

–Pode menino prodígio! –Selena sorri aliviada.

–Não! Não e não! –Marine aumenta o tom de voz.

–Por favor, senhora Marine, são nossas vidas em jogo, não a do seu filho! –Selena disse a Marine.

–Saiam daqui, vocês não tem nada pra fazer aqui, sumam, por favor! –Marine tenta correr para o quarto chorar, mas Sandy correu, pôs as mãos nos ombros dela e disse falando séria:

–Se Grover estivesse vivo, se ele era um homem tão bom quanto você disse que ele era, ele iria nos ajudar. –Sandy tinha um ótimo argumento. Marine olhou nos olhos de Sandy. Lágrimas corriam de seus olhos.

–Sumam, ou eu chamo a polícia. –Marine dá sua última palavra.Os quatro saem da casa de Marine. Estavam sem palavras, sem nenhuma orientação, estariam mortos. Os quatro voltam sem palavras para o carro. Selena, para variar, quebra o silêncio.

–Não vai ligar... O carro?...

–Para quê? Para quando virarmos a esquina um avião caindo atinja nosso carro?

–Diana, não acho que seja uma boa hora para você ter uma recaída.

–Ah é, pois eu acho que é a hora perfeita pra ter uma recaída. Estamos mortos! –Diana liga o carro, quando ela vai olhar para frente, há uma pessoa em frente ao carro. Ela freia na hora.

–SAI DA FRENTE AAAAAHH! –Diana gritou, o carro parou a tempo. Eles saem do carro e vão ver quem os impediu de ir. Quem impedira os jovens de ir em frente era relativamente moreno, meio magricela, olhos negros, cabelos castanhos que cobriam sua testa e era bem alto para sua idade. Era o garoto que eles viram aos berros com Marine.

–É você? –Will perguntou.

–Não levem ela muito a sério, está sob muita pressão.

–Fala de sua mãe?

–Sou tudo que ela tem agora, ela é do tipo mãe super protetora.

–Por que diabos parou na frente do meu carro, garoto! –Diana reclama.

–Se eu não fizesse isso, estariam mortos.–Ele tem um bom argumento. –Will disse rindo.

–Talvez, mas não temos tempo pra argumentos e sim pra respostas, vamos garotinho, desembucha! –Selena apressa o garoto.

–Pra começar, se quiser viver não me chame de garotinho pelo resto da sua vida.

–Saquei. –Selena abaixa a cabeça.

–E então, vamos nos apresentar formalmente: Olá, sou Oliver Barrymore, treze anos, eu vi na televisão a história de vocês.

–Olá Oliver, sou Sandy Campbell e esses são meus amigos... –Oliver interrompe Sandy.

–Selena Palmer, Diana Prescott e Will algum sobrenome complicado.

–Isso, e estamos muito interessados em saber como escapamos da enrascada da morte. –Disse Diana a Oliver.

–Espera, seu sobrenome é Barrymore, não admito que não se lembre do meu nome. –Will disse a Oliver indignado.

–Will, sinceramente, na atual conjuntura isso não vai ajudar muito. –Oliver retrucou.

–Então, pode nos contar como vivemos? –Selena perguntou a Oliver.

–Escutem, eu fugi pela minha janela e pus vários travesseiros debaixo da coberta da minha cama pra fingir que estou lá dormindo, por isso acho que devem concordar que pra falar como vocês irão escapar da morte, não é hora e nem lugar.

–Ele tem razão, se Marine descobre, ela irá chamar a polícia. –Will comenta.

–A polícia! Será que Mirella acordou? Ela virá atrás da gente assim que ver a cela de Will aberta.

–Acham mesmo que Estevan a deixou acordar? Se o conheço bem, ele já deve ter posto calmante no café dela.–Diana sorri despreocupada.

Todos entram no carro de Diana. Vão em direção à lanchonete.

–Ei cara, põe mais chantilly nessa casquinha. –Oliver pede ao garçom da lanchonete enquanto os quatro conversam. Ele se volta para o quarteto e começa a explicar...


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram do capítulo, obrigado por ler até aqui e até o próximo capítulo!



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