Forest Lake escrita por CeloFilho


Capítulo 10
Capítulo Dez - As Cento e Doze Marines


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem de capítulo, este capítulo tem muitas e muitas versões, escrevi cada uma no computador, mas achei que no final, a original seria a mais criativa e mais inesperada, boa leitura >:)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553509/chapter/10

Depois de uma hora e meia, Sandy, Selena e Diana foram até a delegacia dar carona para Estevan, para contar-lhes tudo que sabiam, e se tudo desse certo, ele as ajudaria a encontrar Marine e o velho de cachecol e sandálias. Elas foram com o carro de Diana buscar Estevan.

–Oi gente, oi Diana! Então, o que vocês queriam me falar?

–Oi Estevan, olha, você precisa vir com a gente, melhor falarmos disso naquela lanchonete uns dois quarteirões daqui.

–Show de bola! Deve ser uma história longa mesmo!

Quando chegaram à lanchonete, as três contaram tudo o que sabiam sobre tudo o que estava acontecendo na vida dos sobreviventes agora.

Meia Hora depois...

–Caramba, vocês estão enrascados com certeza. Quer dizer que vocês vão morrer depois da vadia da Penny?!

–Não a chame assim, ela vai morrer. –Diana reclama.

–Foi isso que a sua amiga gatinha me disse no carro. –Estevan aponta para Selena, que fica envergonhada.

–Selena! Que coisa horrível!

–Tá desculpa tá legal... Além do mais tenho certeza que vocês pensavam assim antes de descobrirem a sua sentença de morte.

–Mudando de ponto de vista: Não Estevan, não iremos morrer, a nossa única esperança é esse homem que falamos.

–E por que vocês não entraram em contato com esse cara antes de três pessoas morrerem?

–Porque as únicas pessoas que sabiam o endereço e que tinha ligações com este cara e a Marine morreram. Em outros acidentes! –Selena respondeu.

–Ah, por isso que vocês querem usar um computador de rastreamento de endereço da polícia. Pra ficar a par do endereço desses dois!

–Justamente! –Diana faz uma batida estranha com ele da época em que ela e Estevan eram amigos de infância.

–Mas, e como vocês pretendem salvar essa Penny?!

–Tínhamos planos para Diana e Selena investigarem os sinais e salvarem Penny enquanto eu e Will encontraríamos a Marine e o cara com que ela possivelmente mora. Mas, agora que Mirella tem Will na palma da mão dela, não sabemos como organizar tudo isso, enquanto o tempo passa, e os riscos de nós sermos os próximos só aumentam... Por isso te pedimos ajuda. –Sandy explica a Estevan.

–Eu... Não posso fazer nada. –Estevan dá uma pausa na fala, as três suspiram num ar de “nos ferramos”. –Mas, vocês podem. Escutem: Eu fecho o corredor interno da delegacia onde ficam tanto a Sala Restrita, como a cadeia às 23h00min, e é nessa hora, que vocês discretamente entram, pegam as chaves da grade da cadeia na sala da patroa e liberam este Will. –Todas elas prestavam muita atenção no plano. Estevan para pra beber um café, e continua– Então, com a segunda chave do molho que vocês vão pegar, abre a segunda porta à direita, assim, vocês vão encontrar o computador. Escrevem o nome da pessoa, nele e rastreiam o endereço. –Estevan completa.

–Você está ajudando muito, obrigada mesmo, Estevan. Temos que ir. –Diana despede-se.

–Tudo bem, e boa sorte com sua missão, vocês vão conseguir! –Estevan acena enquanto elas entram no carro. Logo, quando elas viram a esquina, o mesmo murmura– Elas não vão conseguir, não mesmo. –Estevan bebe seu café. Na mesinha da lanchonete.

23h00min, Segunda, Novembro de 2014.

Sandy, Diana e Selena vão no carro de Diana para delegacia. Estevan estava à espera das três na porta.

–As madames estão com sorte, a patroa dormiu na mesa dela. –Estevan sorri.

–Imagina se não estivesse dormindo. –Diana ri.

–Vamos, depressa! –Sandy apressa-os.

–Quem vai entrar na sala dela pra pegar a chave? –Selena pergunta.

–Eu não. –Sandy e Diana disseram em uníssono.

–E n... Suas cretinas. –Disse Selena.

–Vai logo, hê hê hê. –Sandy ri.

Selena põe a mão devagar na fechadura, e abre bem devagar... A chave estava pendurada em um painel atrás da Agente Mirella, que por sua vez, tinha um sono leve. Selena anda vagarosamente até o painel, e Mirella vira a cabeça para o outro lado da mesa, coça o nariz de olhos fechados e volta a ficar parada. Selena tinha se jogado no chão. Levanta-se, e continua... Consegue pegar o molho enroscado no painel. Selena murmura:

–Isso, eu sou demais! –Selena leva as mãos para perto do rosto de Mirella que dormia, e estira os seus dois dedos do meio sorrindo. –Sandy e Diana comemoram sem fazer barulho atrás do vidro que revelava o que acontecia na sala de Mirella. Logo, quando Selena vira para a porta para correr, a porta da sala que estava escancarada, fecha com força por causa do vento. O estranho é que tudo lá estava fechado. Desconsiderando esta recaída que a morte teve para o plano do quarteto dar errado, Mirella acorda, Sandy e Diana se abaixam para Mirella não virar para o vidro e vê-las, e Selena joga-se no chão novamente. Mirella se levanta, dá uma risada, passa por Selena que estava praticamente deitada no chão, e tranca a porta. Selena estava encrencada, Mirella pôs os dois braços na mesa, deitou sua cabeça neles e voltou a dormir. Sandy e Diana logo se levantaram e tentaram abrir a porta, quase arrebentaram a fechadura, mas não conseguiram abrir, Selena suava, murmurava palavrões deitada no chão, quando se levantou, foi buscar a chave que abre a sala no painel, mas não a encontrou. Sandy fez um sinal atrás do vidro, que significava “está no bolso”. Selena entendeu na hora, a chave que abria a porta trancada estava na jaqueta de Mirella. Selena balançou a cabeça dizendo não. Sandy reclamou sem voz, apontando pra jaqueta. Selena se aproximou de Mirella, e com cuidado, pôs a mão dentro da jaqueta, e tateou até achar a chave. Puxou de lá a chave, correu para a fechadura e destrancou. Nessa hora, um homem de gravata chega à delegacia e procura ajuda.

–Desculpe, eu preciso falar com a Agente Mirella. –O homem disse tentando abrir a porta da sala de Mirella.

–Desculpe Senhor, mas Mirella não está muito ocupada, pode voltar amanhã! –Sandy impede que o homem que aparecera do nada toque a fechadura.

–Mocinha peço que saia da frente, eu acabo de ser assaltado, se eu falar agora com Mirella ela vai fazer o trabalho dela. –Sandy afastou a mão do homem da fechadura com uma tapa no pulso– Pode abrir a porta!

–Olha se não sair daqui agora eu abro você! –Diana ameaça o homem.

–Desculpe Senhor– Estevan aparece atrás do homem de gravata– Mas vai ter que se retirar.

–Mas eu acabo de ser assaltado! –O homem protesta.

–Senhor, a delegacia está temporariamente fechada. Vá!

–Tá bem! Tá bem. – O homem olha com raiva para Diana e Sandy. Na hora que o homem saiu pela porta de onde entrou, Selena pegou no chão a chave da Sala Restrita e correu para fora da sala, trancou-a do lado de fora, e deu para Estevan que olhava como o trio se saía.

–Boa Selena! –Sandy parabeniza Selena pela coragem.

–Ah, obrigada, agora é SUA VEZ! –Selena joga o molho em Sandy, que o pega, e vai em direção ao corredor, destranca a porta da cadeia do interior da delegacia, e encontra de longe Will dormindo em sua cela. Sandy corre pelo corredor restrito e a chave do molho mais redonda era a chave que abria a cela. Sandy acorda Will:

–Will! Ei! Acorde, rápido. –Will acorda.

–O que? Sandy? –Will se surpreende.

–Achei que fosse esperar até amanhã.

–Eu não iria aguentar, digo, nós, a meninas não iam aguentar, é... –Sandy gagueja– E então? Pronto pra vencer a Morte?

–Nasci pronto. – Will sorri.

–Venha, vamos chamar as meninas, a parte dois do plano começou.

–Plano?! Eu perdi muita coisa quando estava atrás das grades?

–Tipo isso, vou resumir– Sandy e Will corriam pelo corredor para avisar as meninas que a parte dois do plano já tinha sido realizada em questão. – Quando a Mirella te prendeu, Diana reconheceu um amigo de infância dela, o segurança da delegacia, e então, contamos tudo a ele, ele acreditou e nos ajudou a pegar a chave para te soltar.

–Fascinante, mas, ele não espera nada em troca por esse favor?

–Provavelmente, a Diana, mas isto está fora de questão no momento. –Sandy percebera que Diana e Selena estavam à espera.

–Bom trabalho Sandy, oi Will! Há quanto tempo! –Selena abraça o Will sorrindo.

–Oi, eu legal. Oi Diana!

–Iai. –Diana sorri deixando à mostra suas “covinhas”.

–Então, já fizemos as saudações, agora venham logo! –Selena os apressa. Procura do molho a chave certa e assim que a encontra, rapidamente destranca a porta. A sala não era a maior de todas as que o quarteto já vira na vida. Tinha apenas um armário de madeira, uma janela com uma cortina velha jogada às traças, uma mesinha com um computador e duas cadeiras em frente ao PC. Sandy acha o interruptor e o liga. Ela, Will e Selena entraram na sala e Diana ficou do lado de fora espiando para ver se não vinha ninguém.

–Liga! –Sandy e Selena sentam-se. – Que ótimo, tem uma senha! –Sandy se aborrece.

–Espera! Eu acho que eu sei! –Selena põe o teclado no seu colo e digita “1-2-3”. “Senha incorreta” apareceu na tela.

–Sério isso, Selena?!

–Oras, tem outra sugestão? –Selena arrasta o teclado para o lado da mesa de Will, que tenta: “3-2-1”. “Senha incorreta”.

–Tá de sacanagem, né?! –Selena era caricata, falava de uma forma engraçada, fazendo caras e bocas movendo suas mãos.

–Oras, tem outra sugestão?! –Will retruca sem muito a argumentar.

–Tenta você, Sandy.

–“7-4-1-4” “Senha Inválida” o computador lhe respondeu.

–A senha só pode ter três dígitos. –Will avisa.

–Ai meu Deus, Sandy, se tentarmos outra ver e errarmos, acabou pra nós! Não vamos poder voltar aqui de novo. –Selena disse preocupada.

–Espera... Se errarmos, acabou... Três dígitos... Eu... –Logo, um certo número que vinha lhe perseguido a um tempo surge em sua cabeça. E ele não tem mais de quatro dígitos. Sandy decidida a tentar, arrastou o teclado para o seu lado.

–Sandy, é melhor irmos perguntar ao Estevan, é perigoso você errar. –Will alerta.

–O que é que rolando aí? –Diana quer saber.

–O maldito computador tem senha! –Selena deixa Diana a par das notícias recentes...

–Maldição, maldição! –Diana murmura na porta da sala.

–Vamos perder tempo, quando voltarmos, Mirella pode acordar e prender todo mundo, e tanto a Penny como nós, vamos morrer. –Sandy tinha um bom argumento.

Will hesita e diz:

–Tem certeza?!

–Confie em mim. –Sandy estava séria. Ela voltou-se para o computador e digitou vagarosa:

“1-8-0”

“Bem-Vindo” O computador respondeu.

–Você conseguiu! Espera esse número não era o... –Will disse a Sandy que o interrompe completando a frase:

–Era o número da minha poltrona... Na sala de cinema...

–Isso é impressionante. Os sinais vêm em forma de números também! –Selena impressiona-se.

–Vamos lá... “Marine”... –O computador deu sugestões: “Marine Mitchell” “Marine Cyrus” “Marine Barrymore” “Marine Walker”...

–Quantas “Marines”! “112 resultados encontrados” que droga, nunca imaginei que pudessem existir tanta gente com esse nome esquisito em Forest Lake... –Will comenta. – Droga, não temos tanto tempo para procurar 112 Marines! Não teremos tempo pra salvar a Penny, quanto mais a nós mesmos!

–Quando a encontrarmos, metade dos sobreviventes estarão mortos...

Logo, Sandy ouvindo os dois protestando contra seus próprios destinos, olhando para a tela do PC, viu uma sinistra sombra negra passando pelo letreiro branco “Marine Barrymore”.

–Gente, achei a nossa Marine! –Sandy disse dando um sorriso de canto de boca. Tinha certeza que o sobrenome da correta era Barrymore. Sandy aprendera não deixar os sinais passarem despercebidos.

–Como?! –Will volta-se pra Sandy. Selena faz o mesmo.

–Acabo de ver. Um sinal me indicou enquanto vocês falavam. O sobrenome dela é Barrymore, e Barrymore, em Forest Lake, só há uma. E é pertinho daquele parque que fomos verão passado. –Sandy completa. Dá um zoom no endereço, puxa de seu bolso um caderninho e uma caneta, anota tudo com rapidez. Logo, ela desliga, levanta-se depressa e corre.

Diana a persegue.

–Ok, mas, esperem por nós! –Will desliga o computador, segura o pulso de Selena e corre. Eles deixaram a porta da Sala Restrita escancarada. Logo, os quatro despedem-se de Estevan na porta da delegacia:

–Tchau Estevan, muito obrigada pela ajuda. –Sandy corre para dentro do carro de Diana que o destrancara com o aperto de um botão em sua chave portátil.

–Sério mesmo, Estevan, você foi ótimo pra nós até breve! – Selena despede-se e entra no carro sentando no banco de trás, dando companhia a Sandy... Logo, de dentro da delegacia, sai Will correndo:

–Oi, você deve ser o Steven!

–Estevan, e boa sorte, afinal, depois da Penny é você. –Will arregala os olhos:

–O.K., como você... Deixa pra lá, tchau... –Will entra no carro, desta vez, no banco do passageiro. Em seguida, sai Diana, que vai diminuindo os passos ao perceber que Estevan estava na porta da delegacia.

–Então... Obrigada... De verdade. –Diana exibe para Estevan seu sorriso. Diana segura à mão de Estevan e o puxa para seus braços, o abraçando fortemente. Logo, o longo abraço acaba. Quando Diana vai entrar no seu carro no banco do motorista, Estevan segura à mão de Diana, e a puxa para seus braços, só que desta vez, Estevan a beija. Todos no carro ficam impressionados com a atitude de Estevan.

–Lembro-me agora porque não consegui te esquecer. –Estevan olha nos olhos de Diana, que corresponde com outro beijo. Ambos apaixonaram-se de novo. Eram namorados de infância. Selena ia gritar para Diana apressar-se, mas Sandy a impediu.

–Então... É isso. –Diana sorri.

–Eu estarei aqui, torcendo por vocês.

–Até breve, Estevan. –Diana entra no carro e senta no banco de motorista.

–Endereço? –Diana olha para trás esperando uma resposta de Sandy. –É... Está aqui. –Sandy não esconde estar surpresa, só puxa o caderninho, destaca a página que está escrito o endereço de Marine Barrymore e a entrega.

–O.K. – Diana guarda o papel no porta-luvas do carro.

Logo, chegam à casa de Diana.

–Espera, esta é a casa de Marine? –Sandy pergunta a Diana.

–Não, esta é a minha casa. –Diana desliga o carro e destranca as portas.

–Mas... –Diana a interrompe:

–Olha, nós vamos nos encontrar com alguém que não conhecemos, são sabemos o grau de bondade ou maldade desses dois, e eu quero ter energia para fugir da Morte hoje, e, além disso, já temos tudo para seguir em frente, o endereço, a sabedoria dos sinais, o Will para nos defender...

–Eu só acho que quando Mirella acordar vai vir atrás da gente!

–Provavelmente ela só irá descobrir que o Will fugiu depois que receber as provas que indicam que ele é inocente. O resultado do motor que vai sair no mecânico do seu carro. E ele já vai estar livre.

–Nossa, mas, como você sabe que ela vai receber este resultado tão cedo assim para ela não checar antes?

–Eu e o Estevan armamos um plano B caso nada desse certo hoje de entregar um resultado falso, para assim ser a explicação de termos soltado o Will, mas já que não temos nada a perder, pedi que ele já tomasse as providências.

–Você e o Estevan cheio de planos hein!– Selena brinca.

–Com certeza, tudo para que eu mude meu destino final... De novo.

–Tá, mas, onde vamos dormir? – Will pergunta a Diana, que já havia planejado quase tudo.

–Preparei o colchão de vocês na sala. Mas alguém vai ter que dormir no sofá, só há um colchão de casal.

–Eu durmo. –Sandy e Will disseram em uníssono.

–Nada disso, EU durmo. – Selena decide. Diana destranca a porta da casa:

–Bom, não é a casa mais arrumada de Minnesota, mas, já é alguma coisa.

–Obrigada por nos abrigar aqui, Diana.

–Tudo bem, teremos um longo dia pela frente. Boa noite, turma. –Diana boceja e vai para o seu quarto.

Will e dormiu para o lado esquerdo e Sandy, para o lado direito do encolhido colchão de casal, que parecia de solteiro, mas ninguém reclamou.

Diana estava certa. Eles terão um longo dia pela frente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então, gostaram? O que você acha que irá acontecer? Até o próximo capítulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forest Lake" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.