That Woman escrita por Rafa


Capítulo 5
Capítulo 5- Dando a volta por cima


Notas iniciais do capítulo

Oie gente...
Não me matem, sei que demorei, mas não vou fazer mais isso de verdade.
Boa leitura



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Barulho, engarrafamentos e poluição eram algo comum em cidades grandes, e Tóquio não era uma exceção. A cidade parecia não parar, não importava que horas fossem, e aquilo era o que Byakuya mais detestava.

Sempre preferiu a calmaria de uma pacata cidade pequena ao grande formigueiro que era a cidade grande, mas via-se obrigado a ficar naquele lugar durante uma semana para resolver vários negócios pendentes.

Suspirou cansado olhando, pela enésima vez, para o belo relógio prateado que levava em seu pulso.

Já passava das uma da tarde e ele ainda estava ali em seu mais novo escritório.

Sentia-se inquieto e sabia que o motivo não era somente por causa do ar poluído da cidade grande.

Não conseguia parar de pensar na pequena mulher que havia deixado com os olhos transparecendo desapontamento na suíte presidencial do melhor hotel da cidade.

Queria mais que tudo saber o motivo que existia por trás de toda aquela semelhança gritante que ela tinha com Hisana, e fora por esse motivo que decidira contratá-la como "acompanhante" por uma semana.

Sabia que havia agido de maneira repentina, mas não se arrependia.

Uma semana era tempo suficiente para descobrir tudo sobre aquela mulher.

Já estava decidido sobre o que iria fazer e foi por isso que tomou o telefone em mãos, discando rapidamente o numero de sua secretaria, que em menos de alguns minutos já se encontrava parada em frente ao chefe.

— O que deseja, Kuchiki-sama? — perguntou a moça de forma calma, sem encará-lo diretamente em sinal de respeito.

— Consiga o numero de Ichimaru Gin imediatamente. — falou ele em seu tom imponente, fazendo a pequena mulher se encolher calada.

— Sim, senhor. — falou ela se curvando para deixar o ambiente de maneira rápida e desajeitada.

— Deu para assustar garotinhas agora, Byakuya-sama? — perguntou Aizen fechando a porta por onde Hinamori havia passado afobada. — Calado como sempre. — murmurou ao não receber resposta do amigo, que nem o olhava. — Não esqueceu do jantar com Ukitake-san, não é mesmo? — questionou sentando-se a frente de Byakuya, que agora o olhava.

— Não. — respondeu simplesmente, folheando alguns contratos que ainda tinha que assinar.

— Quem é a mulher que você vai levar? — perguntou curioso.

— Não vejo necessidade de lhe contar. — respondeu simplesmente.

— Você esta difícil hoje. — resmungou Aizen colocando os papeis que tinha em mãos sobre a mesa de Byakuya, recebendo uma olhar questionador. — Recebi esses papeis hoje pela manhã. Parece que a empresa de Ukitake estava negociando a construção de dezessete porta-aviões com o governo. — declarou ele calmamente.

— Blefe. — rebateu Byakuya serio. — Se essa negociação estivesse realmente acontecendo, nem Ukitake e muito menos Kaien estariam aceitando marcar mais uma vez uma reunião comigo. — afirmou sem dar muita importância aos papeis de Aizen.

— Isso faz sentindo, mas precisamos averiguar. — falou. — Ichimaru Gin é o melhor para fazer isso. — declarou recostando-se na cadeira macia.

— Já preciso dele para outro serviço. — disse Byakuya calmamente.

— Que serviço? — indagou Aizen.

— Não lhe diz respeito. — rebateu.

— Certo. Certo. — falou Aizen levantando as mãos em sinal de rendição. — Não está mais aqui quem falou, mas iremos precisar dele ainda assim. Creio que ele não irá ficar incomodado em realizar dois serviços para nós. — afirmou sorrindo.

— Faça como quiser. — falou encerrando o assunto.

Precisava acabar com suas duvidas em relação a Rukia, e Ichimaru Gin seria o homem que o ajudaria a desvendar todos os mistérios e segredos da morena.

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Lagrimas já não escorriam por sua face pálida, mas isso não queria dizer nada a não ser que a pequena conseguira mascarar bens seus sentimentos.

Seu orgulho estava ferido e nunca se sentira tão humilhada em toda a sua vida. Certo que sabia da existência da desigualdade, mas nunca imaginou-se sofrer isso na pele.

Já faziam mais de quinze minutos que estava ali sozinha no escritório do jovem homem chamado Urahara. Ele saíra dizendo que logo traria sua "Fada Madrinha" e até agora não havia voltado. Mas de certa forma preferia assim, pois sozinha poderia chorar suas magoas sem incomodar ninguém.

Mais do que tudo, naquele momento pensava seriamente em abandonar aquele trabalho e ir embora. A única coisa que a prendia ali era o dinheiro. Precisava dele senão logo ela e Inoue seriam despejadas.

— Entre! Entre, Yoruichi-san! — a voz animada do loiro se fez presente mais uma vez no aconchegante cômodo. — Rukia-san necessita de uma fada madrinha imediatamente! — completou sorridente dando espaço para uma linda mulher morena adentrar a sala.

Rukia não sabia o que dizer diante de tal mulher. Ela era simplesmente magnifica e bela com suas curvas avantajadas e olhos inteligentes de uma mulher poderosa que tinha tudo e todos aos seus pés.

— Ei Kisuke, é essa moça que teria que ajudar, certo? — indagou caminhando a passos lentos em direção à pequena, recebendo um acesso positivo por parte de Urahara. — Ela é muito bonita, mas as roupas não ajudam... — falou ignorando o fato de Rukia ouvir atentamente todos os seus julgamentos. — Acho que posso ajudar. — declarou depois de estudar a moça por completo.

— Eu sabia que poderia contar com você, Yoruichi-san. — sorriu ele satisfeito.

— Certo. Certo. — falou ela sem tirar os olhos da pequena. — Me chamo Shiiuon Yoruichi. — disse a morena apertando a mão tremula de Rukia.

— Prazer Yoruichi-sama, me chamo Rukia. — falou timidamente.

— Pode me chamar somente de Yoruichi, Rukia. — declarou sorrindo. — Vamos? Você pode me contar sua historia no caminho. — completou abraçando os ombros de Rukia levando-a até a porta aberta.

— Claro. Muito obrigada. — agradeceu ela.

— Não precisa me agradecer. Sou sua Fada madrinha hoje e isso me deixa feliz, ainda mais sabendo que irei gastar muito dinheiro do Byakuya-Boo. — comentou ela, rindo. — Te vejo mais tarde, Kisuke. — despediu-se ela piscando cumplice para o loiro que apenas acenava com a mão parecendo um bobo apaixonado.

As duas mulheres caminharam juntas por todo o hotel. Rukia notou que por onde passavam, Yoruichi chamava muita atenção, mas não era para menos. Nem sempre via-se uma mulher tão bonita e inteligente como a morena de exóticos olhos dourados.

Ela era uma exceção à todas as mulheres burras e fúteis que já vira.

— Então Rukia-chan, por onde você quer começar? — perguntou Yoruichi sorrindo.

— Por onde você achar melhor... — respondeu a baixinha timidamente.

— Compras então! — exclamou animada.

Dispensando o motorista, Yoruichi levou Rukia em todas as melhores lojas da cidade, ignorando apenas a loja onde a pequena havia sido maltratada mais cedo.

A moça se sentia em um glorioso conto de fadas. Havia comprado roupas para todas as ocasiões, até mesmo para dormir.

Tudo aquilo era como um sonho.

Após as compras, Rukia já não mais usava aquele modelito vulgar de prostituta, mas sim um vestido preto discreto, mas ainda assim sexy, pois mesmo sem ser justo, marcava com delicadeza as belas curvas da moça.

Tudo o que falta no momento era cuidar dos cabelos e com isso Yoruichi a deixou nas mãos do melhor da região e depois de quase uma hora Rukia já se encontrava estupefata diante do grande espelho redondo.

Nunca se imaginou tão linda, seus cabelos antes batendo nos ombros, agora se encontravam cortados em um corte moderno e bonito.

— Missão cumprida! — declarou Yoruichi ao finalmente estarem caminhando de volta para o hotel que já não estava tão longe. — Você está magnifica, Rukia-chan. — completou com sinceridade.

— Graças a você, Yoruichi-san. — falou a pequena de forma agradecida.

— Que isso! Eu apenas usei minha varinha de condão e o cartão Platinum de Byakuya-Boo. — disparou ela rindo.

— Mesmo assim, obrigada. — agradeceu mais uma vez parando em frente a loja onde fora humilhada mais cedo. — Me dá um minuto, Yoruichi-san? — questionou olhando séria a morena que entendia o que a pequena queria fazer.

— Claro. — respondeu entregando todas as sacolas para a jovem, que sem perder tempo adentrou o estabelecimento.

— Boa tarde, senhorita. — saudou a mesma loira que a atendera mais cedo.

— Boa tarde. — respondeu Rukia segurando melhor as sacolas que chamavam a atenção de todas as pessoas que estavam no lugar. — Você se lembra de mim? — questionou vendo a outra atendente de mais cedo se juntar á elas.

— S-Sim... — falou a loira sem graça, lembrando do que havia feito.

— Hm... Me responda mais uma perguntinha. — continuou a morena. — Aqui vocês ganham por comissão, certo? — indagou vendo as atendentes cada vez mais envergonhadas.

— Certo. — disse a loira por fim com um misto de vergonha e frustração em sua face.

— Que pena para vocês! — declarou Rukia erguendo as incontáveis sacolas de compras, mostrando o quanto de dinheiro ela pôde gastar e o quanto elas haviam perdido. — Que pena! — repetiu dando as costas para sair daquele lugar.

Finalmente sua alma estava lavada e ela poderia seguir em paz, pois a ferida em seu orgulho cicatrizara pouco a pouco enquanto a jovem dava a volta por cima.


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço comentários???
rsrsrs
Até a próxima.



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