Show Me Who You Are escrita por Jess Jackson


Capítulo 2
Meu plano de não chamar atenção no primeiro dia falhou totalmente.


Notas iniciais do capítulo

Oláá!!!

Eu estou muito feliz, sabiam??? 10 comentários já no primeiro capítulo? MDS, vocês são os melhores!!!! Muito obrigado a todas as pessoas que curtiram e que estão acompanhando XD
Enfim, eu espero que vocês gostem deste capítulo...
Let's go!!!



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Ally Dawson

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“Lately, I've been, I've been losing sleep; Dreaming about that things we could be…” A voz do Ryan Tedder soou pelo meu celular, me despertando dos meus sonhos. Alcancei-o na cabeceira ao lado da minha cama e vi que eram 06:45am. Comecei a olhar ao redor e estranhei o local em que estava. Não era o meu quarto em Londres. Só depois caiu a ficha de que eu não estava mais na Inglaterra, e sim nos Estados Unidos. Em Miami, para ser mais específica. E o motivo? A McKinley University.

Ainda me lembro do surto que minha mãe deu quando soube dessa notícia. Assim que eu havia acabado o colegial, no ano passado, mandei um e-mail com a minha inscrição para a McKinley. Eu não tinha muita esperança de que iria conseguir, afinal essa é uma das melhores faculdades de artes e música dos Estados Unidos, recebendo prestígio do mundo todo. Conseguir uma vaga é realmente muito difícil. Na Inglaterra existem várias faculdades realmente muito boas, mas parecia que tinha alguma coisa que me puxava pra cá. Enfim, quando recebi na minha casa uma carta dizendo que eu havia sido aprovada, minha mãe quase teve um ataque. Segundo ela, eu mal havia completado dezoito anos e eu não iria conseguir viver sozinha em um país completamente diferente. Depois de semanas tentando convencê-la, dizendo que aquilo era o meu sonho e de que ela morreria de orgulho quando eu pegasse meu diploma, ela finalmente cedeu, mas disse que eu tinha que falar com ela pelo menos uma vez na semana.

Me levantei e fui logo tomar um banho. Comecei a me preparar psicologicamente para o primeiro dia de aula. A última coisa que quero é chamar atenção logo no primeiro dia. A McKinley é reconhecida no mundo todo, por isso deve ter gente de todo tipo e etnia lá dentro. A mensalidade da faculdade é cara –nessas horas agradeço por minha mãe ser uma advogada muito foda-, então deve ter muitos alunos achando que são melhores do que os outros só porque tem dinheiro ou coisa do tipo. O que tenho certeza é que, assim que eu botar os pés lá, serei julgada o tempo inteiro. Não só pelo corpo docente da universidade, mas também pelos estudantes. Mesmo sendo todos adultos, a maioria ainda age como se estivessem na adolescência. Mentes pequenas, fazendo de tudo para que os outros gostem de você, a necessidade de ser aceito e fazer parte da turma dos populares... Sim, até na universidade existem essas panelinhas ridículas. Eu sempre fui aquela aluna certinha, que sentava na primeira cadeira e tirava as melhores notas da classe. A típica nerd. Um problema que eu enfrento desde a adolescência é a minha timidez. Eu vim pra cá para cursar música, que é a coisa que eu mais amo nessa vida. Eu sei que essa carreira é muito instável e de que a chance de conseguir progredir nela é de uma em um milhão, mas fazer o que se esse é o meu sonho? Eu cresci com a música ao meu redor e, desde pequena, toco piano, violão e violino. Acontece que eu não consigo cantar em público. É uma fobia que eu tenho. Os pés e as mãos formigam, você começa a suar, sua garganta fica seca, começa a ter um ataque de pânico... pânico de palco. É a pior sensação do mundo. Você sente como se todo mundo estivesse esperando você cometer algum erro.

Depois de longos trinta minutos dentro do banho a fim de tentar colocar no lugar meus pensamentos, saí do banheiro – que ficava dentro do meu quarto mesmo - a procura de algo “apresentável” para usar. Fiz uma rabo de cavalo e fui em direção a cozinha, onde peguei uma maçã só para não sair de estômago vazio. Não sei se já falei, mas foi minha mãe que comprou esse apartamento para mim aqui em Miami. Novamente agradeço por minha mãe ser uma advogada muito foda. Ela ficou tão ansiosa com a viagem que decidiu cuidar de todos os detalhes, mesmo sendo um pouco contra eu sair da Inglaterra. O apartamento não é muito grande, é o suficiente pra mim. Um quarto grande com banheiro, uma cozinha compacta, um outro banheiro normal, uma sala com uma estante cheia de livros e uma pequena varanda. Perfeito.

Peguei minha mochila e fui direto ao elevador. Chamei, entrei e, assim que as portas já estavam se fechando, uma garota ruiva toda desesperada e cheia de livros veio correndo na minha direção. Por um triz ela conseguiu passar antes das portas se fecharem.

– Ufa! –suspirou a garota. Então ela olhou pra mim, colocou os três livros que segurava em uma mão e a outra, estendeu a fim de me cumprimentar– Oi, sou Katherine, mas pode me chamar de Kath.

Ignorei seu gesto com a mão e respondi dando um leve aceno e um sorriso forçado. Não me leve a mal, a garota parecia ser bem legal, mas acontece que eu não sou muito sociável. Não sei puxar assunto, tenho medo de falar alguma coisa que magoe a pessoa... Por esse e outros motivos, decido ficar quieta na minha. O elevador finalmente chegou ao térreo. Acho que aquela garota ficou meio constrangida. Bom, pelo menos um “oi” você podia ter dado direito, não é, Ally?

Assim que saí do condomínio, fui direto para um ponto de ônibus que tinha ali perto. Assim que o ônibus chegou, me sentei e esperei até chegar na faculdade. Comecei a olhar pelas janelas e percebi o quanto Miami é linda, principalmente na parte da manhã, quando o céu está bem azulzinho e quase sem nenhuma nuvem. Eu cheguei aqui faz uma semana, então ainda não tive tempo para conhecer direito a cidade. A única coisa que fiz essa semana foi ir ao mercado e terminar de arrumar a papelada para a faculdade.

Desci do ônibus e corri quando percebi que já eram 08:15am, e as aulas começavam às 08:00am. Sim, eu estava atrasada no meu primeiro dia de aula. No campus, havia um prédio central enorme, e outros dois um pouco menores ao lado. O lugar era cheio de árvores, que faziam bastante sombra, e alguns bancos espalhados. Corri para a secretaria para pegar o horário das minhas matérias, torcendo para não levar uma bronca por só ter chegado agora. Assim que entrei na secretaria, um cara que julgo ser japonês – ou chinês, sei lá - me disse que todo mundo estava no ginásio.

– A diretora reuniu todo mundo lá para falar sobre o início das aulas e contar as novidades que terá esse ano. – eu já estava indo direto pro ginásio quando ele falou – A senhorita não está um pouco atrasada, não?

– É que o ônibus atrasou. – falei, dando um sorriso amarelo e saindo logo dali. Tem desculpa mais esfarrapada que essa?

Enquanto estava indo para o ginásio, decidi checar meu material para ver se não tinha esquecido nada. Não seria nada legal eu chegar atrasada e ainda por cima ter esquecido o material. Qual impressão eu passaria para os professores? E olha que eu sempre fui uma aluna totalmente dedicada e centrada, eu só não sei o que aconteceu comigo hoje.

Bom, todo o material estava ali. Menos o meu diário.

Comecei a revirar a mochila, a fim de tentar encontrar aquele caderno marrom que continha minha vida lá dentro. E eu não estou sendo dramática! Meus segredos, pensamentos, todas as letras das minhas músicas... tudo! Eu nem olhava mais pra frente enquanto andava. A única coisa que passava na minha cabeça era encontrar aquele diário. Tirei todos os cadernos e os livros do lugar, olhei mais de cem vezes cada canto daquela mochila e nada. Eu tinha certeza de que havia saído de casa com ele. Ele não pode simplesmente ter desaparecido. Comecei a vasculhar novamente minha mochila. Continuei mexendo até que eu esbarrei em algo. Ou melhor, em alguém.

Meu plano de não chamar atenção no primeiro dia falhou totalmente.

Como eu estava andando e olhando diretamente dentro da minha mochila, não percebi que eu já havia chegado ao ginásio.

Não percebi que eu estava bem no meio dele.

A única coisa que percebi foi que eu havia caído e estava deitada bem em cima de alguém, e todas as pessoas na arquibancada me encaravam.

Que ótimo, eu amo ser o centro das atenções.

Olhei para o rosto da pessoa, já pronta para pedir milhões de desculpas, fazendo de tudo para não gaguejar. Assim que percebi em quem havia esbarrado, a única coisa que eu pensava era que eu não devia ter levantado da cama hoje. Minha voz não saía e eu não conseguia mexer um músculo. Paralisei.

Eu havia esbarrado em um garoto. Mas não era qualquer garoto. Eu estava simplesmente deitada em cima de Austin Moon!

Sim, esse mesmo. Aquele que está sempre na capa das revistas, já atuou em vários filmes e é uma das maiores sensações da música no momento!

Mas o que é que o famoso Austin Moon estava fazendo na McKinley?!

Calma. Respira, Ally. Você vai dar um jeito de contornar essa situação. Mas primeiro, me responda: por que é que você ainda não saiu de cima dele?!


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Notas finais do capítulo

E aí, curtiu??? Ainda não sei quando postarei o próximo capítulo...
O que acham que vai acontecer no próximo?? Alguma sugestão sobre o que a Ally vai fazer??
Ah, e será que eu mereço comentários?? ;)
Muitchos beijos, Jéh



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