O cavaleiro de OOO escrita por Baird


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Depois de 83 anos, finalmente estou a postar novos capítulo, espero pelo menos terminar esta história, enfim, vamos ao capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/553194/chapter/8

A respiração era difícil e abafada dentro da armadura, o elmo e o gorjal de pontas faziam sua respiração ficar quente e pesada. Flip retirou o elmo, e a dor na sua cabeça diminuiu, a proteção tinha um amaçado na parte da testa, ele pois a mão na cabeça, na parte correspondente ao amaçado do elmo, ele verificou os dedos, estavam levemente manchados de vermelho, '-Não é nada demais.' Concluiu ele. '-Um pano para estancar a ferida, e estarei melhor em pouco tempo.' Ele pois a espada na suas costas, o elmo em baixo do braço e abandonou as areias da arena.
Quando saiu da arena, ele viu a sua espera o ferreiro Zoricus e seu filho, Fraden, de imediato Flip se dirigiu a eles com um sorriso tosco na cara, mas antes dele conseguir se aproximar deles, Eli surgida do nada e saltou sobre os braços dele, dando um forte e embaraçosos abraço. Por um momento, eles não disseram nada, zoricus e Fraden iam até eles. '-Devo ter deixado ela muito preocupada. 'Pensou ele.'-Melhor eu tenta acalma-la.'
—Você é idiota!?! Ela berrou, e empurrou Flip alguns curtos passos. -Tava indo tudo bem, até que você começou a viajar no meio da luta! Por que abaixou a guarda daquele jeito!?!

Ele até pensou em alguma desculpa mas sabia que ela ia interrompe-lo aos gritos.

—E eu tive que me esgoelar para que você me ouvisse, e o que você faz?! Sai correndo feito um suicida pra cima daquele troço e quase morre!! -E ai você vem com esse sorriso de babaca, como se nada tivesse acontecido.

—Olha desculpa! Disse Flip tentando igualar o tom de voz, nesse meio tempo Zoricus e seu filho já tinham chegado. 

—E não foi tão mal lutando, na minha opinião. Disse o ferreiro.-Demostrou o que eu suspeitava de você desde o começo: que é um homem honrado, e um combatente descente. Ele encostou uma de suas pesadas e compridas mão nos ombros do filho menor. -Fraden vai aprender muito com você, assim que partirem em sua jornada. Flip fitou os olhos tristes do menino.'-Serei verdadeiro.' Pensou.

—Zoricus, eu.. eu não posso.O ferreiro arregalou os olhos. -Não é o que ele quer, as armaduras e espadas são só para aqueles que realmente tem paixão por isso. O ferreiro ainda parecia um pouco espantado. -Mas uma coisa. Disse Flipbob se virando para Eli e pousou um dos joelhos no chão a sua frente. -Eli, eu pensei muito sobre tudo que aconteceu ontem, e, você estava certa. Você é uma boa guerreira, e o resto eu posso te ensinar, se você quiser. Eli estava pasma assim como Zoricus, mas a fixa logo caiu.

—Claro! Claro! Claro que sim!! Eli puxou Flip por uma das pontas do gorjal e o envolveu em um abraço. -Claro! Claro! Claro! Claro! Naquele momento, o ferreiro barbado soltava espigaros que mais parecia que estava engasgado com a própria barba.

—E você acha que vou deixar minha unica filha sair pelo mundo com um cara que eu conheci ontem?!?

—Qual é pai! Resmungou ela. -Você ia deixar seu único filho sair pelo mundo com um cara que conheceu ontem.

—Beem.. Disse o ferreiro, que enrolara a ponta da barba branca nos dedos, enquanto olhava para o horizonte.

—Se você ligar todo os dias..

—Ligo toda a semana. Barganhava a garota. Flip se levantava limpando o joelho de terra.

—Esta bem. Você pode ir. Eli já dava pulinhos de alegria. -Mas é melhor você cuidar bem dela garoto, se não eu vou te achar, ouviu bem?!

—Paaai! Gritou a menina.
Flip estava meio embaraçado com aquilo tudo, mas estava feliz.

—Suponho que queira a espada de volta. Disse Flip já atirando das costas para entregar ao ferreiro.

—Fique com ela, você vai precisar de bastante ajuda tendo ela como escudeira.

—Paaaaai!! Gritou a garota.

—Estou brincando. Disse Zoricos. -Bem, você precisa arrumar suas coisas, e podemos consertar aquele pedaço de sucata que o Sir bolinho usava de espada e você pode usa-la, que tal? 

—Não sei pai, ela é muito grande. Disse ela caminhando junto para dele. Zoricus colocou seu filho menor sobre os ombros e andava do lado de sua filha.
Flip os olhava e se sentia feliz e ao mesmo tempo vazio por dentro, a quanto tempo não via sua família? Desde que fugiu de sua antiga vida, e abandonou os planos deles para seguiu seu próprio plano, sua própria vida e seu próprio destino.

—Err.. Você vem? Eli perguntou a ele. Todos o esperavam, o que deixou Flipbob surpreso. -Vem logo! Eu dou um jeito na sua testa também. Disse ela.

—Ah é, minha testa. Lembrou ele.

A forja dentro do barracão produzia um calor agradável, la fora começava a chover e o cheiro de terra molhada era viciante, Flip estava sem a armadura sentado em um dos cantos no chão. Eli estava em um banco na sua frente, passava um remédio de cheiro forte que ardia bastante na testa de Flip. Zoricus separava algumas ferramentas de trabalho como um martelo e uma enorme pinça de metal. Pravem Brincava com caixas em um canto oposto.

—E então? Eli se inclinava um pouco para frente que fazia que o seu rosto ficasse bem próximo ao dele.

—Então o que?? Flip se afastava um pouco, mas reparava que seus olhos negros e suas bochechas grandes e pálidas e os cabelos curtos e tingidos de preto emolduravam seu rosto e a deixava bastante bonita.

—Não acha que eu sairia com um cara por ai sem saber nada sobre ele.

—Mas você ia..

—Eu ia te perguntar sobre isso ontem, mas você sabe o que aconteceu.
Flip ficara pálido de repente, não gostava de lembrar sobre antes de Sor Charles.

—E então Flip? disse ela.

—Flip? Questionou Zoricus do outro lado do barracão, esquentando a forja e colocando algumas barras de metais sobre uma mesa de madeira próxima.

—O nome dele de verdade é Flipbob pai.

—Flipbob?? O nome saiu quase como um engasgo para o ferreiro. -O que é você? Algum tipo de palhaço? Flip deu uma pausa dramática antes de responder. 

—Isso mesmo.

—Ahn? Pai e filha não entenderam o que isso queria dizer.

—Eu nasci em um circo itinerante. Começou ele. -meus pais e irmão eram todos palhaços, era o oficio da família desde sempre. meu pai era hilario,e a atração principal, minha mãe e suas tortas fazia todos os espectadores morrerem de rir. Meu irmão mas velho tinha decorado mais de mil piadas, e seguia os passos do pai, meu irmão mais novo nem falava mais já divertia a todos com sua fofura, e eu, bem. Eu era eu, nem fofo, nem engraçado, fazia algumas apresentações acrobáticas e simulava alguns tombos, mas isso não divertia ninguém. Minha mãe me poupava da maioria das apresentações, mesmo assim.. Não havia nada para mim lá. Suspirou. -Mas quando eu percebi que era o estorvo, resolvi ir embora na noite a dentro, não deixei nada para trás, só um bilhete tentando me explicar e me desculpando, corri pela noite, torcendo para que ninguém me achasse. Mas algo me achou. Eli e Zoricus estavam quietos e atentos a história de Flip. -Mas para meu azar, na mata, uma besta enorme com garras e pressas afiadas e amareladas, e profundos olhos vermelhos se esgueirava, eu não sei o que era, mas estava com fome, quando me viu, avançou para cima de mim, eu apenas me encolhi, coloquei as mão sobre a cabeça e aceitei aquilo. Mas do nada, saltou sobre mim alguém com uma armadura pesada e redonda, com uma enorme espada nas mãos, o monstro tentou enfiar as garras nele, mas antes que conseguisse, ele acertou a criatura com força, sobre sua cabeça e ela fugiu pela mata que tinha surgido, eu assisti aquilo assustado, mas ou mesmo tempo maravilhado, a espada cintilava na mãos a cada movimento devido à luz da lua, a armadura tinha uma cor escura forte e viva, tudo parecia tão incrível que eu nem tinha reparado que quase tinha virado jantar. A pessoa de armadura era Sir Charles, ele me acolheu e me levou dali como seu escudeiro. Me ensinou tudo que sei, e quando ele não pode continuar, me tornou cavaleiro e então eu sigo meu próprio destino.
O silencio perdurou por algum tempo no barracão de Zoricus, o barbado. Até que uma das brasas da forja voou até a barba do ferreiro e a incendiou dando um pequeno susto nele, que rápido pegou uma coberta e apagou o incêndio na barba, todos agiam como se a barba incendiaria fosse normal.

—Que barra cara.. Disse a garota um pouco deprimida.

—Bem, foi a muito tempo.Disse Flip

—Você voltou a falar eles algum dia?Ela perguntou.

—Não, eles viviam viajando, nunca ficam mais de um mês em um lugar só.
Eli colocou uma atadura grossa e branca sobre a ferida de Flip mas tudo indicava que o silencio ia continuar.

—Err.. Olá? Uma voz feminina vinha da entrada do barracão, de repente uma figura que usava um vestido vermelho com babados rosa, cabelos longos e rosa que desciam até sua cintura e uma coroa com uma safira encrustada no topo encontrava-se parada na unica entrada, era a Princesa Jujuba, soberana do reino doce. Flip não sabia o que fazer, uma reverencia? Devia ele ir até lá e beija-la a mão? Ou algo mais casual seria o adequado, afinal esses antigos modos estavam mortos a tempos, não estavam?

—Eu procuro um cavaleiro. Disse ela. -Chamado Sir Bolinho.Me disseram que eu o encontraria aqui. Flip de imediato se levantou e quase derrubou Eli de seu banco.

—Sou eu sua majestade, eu sou..

—Sem tempo para enrolação. Disse a princesas.-Preciso conversa com você a sós. Venha. Ela saiu depressa e Flip teve que segui-la. Lá fora a chuva já havia parado, o chão estava lamacento e não havia ninguém a volta,todos ainda estavam nos seus respectivos abrigos, ela parou de andar depois de alguns passos de onde estava Flip e os outros, lá fora, só havia dois guardas em formato de banana com lanças douradas em suas mãos e cara de paspalhos ali perto, ali ela o esperava. Ele a seguiu depressa e parou na sua frente, ela juntou as mãos e as pousou próximo a cintura.

—Vi você lutando hoje, foi bem.. imprevisível. Flip concluiu que era um elogio.

—Bem, obrigado.

—Mas não estou aqui para tratar de sua atuação no torneio. Vim aqui para obter informações. Ele achou aquilo muito estranho.

—Sobre o que você.. Digo. A senhora..

—É sobre o Lorde das Pulgas. Ela o interrompeu. -O que sabe sobre ele?
Todo o filme de sua quase morte passou pelos olhos de Flip mais uma vez, o modo que fora imobilizado pelos esqueletos, os olhos negros e pele pálida do Lorde, sua adaga afiada em formato de osso, aquilo gelou de imediato o sangue dele.

—Não sei nada sobre ele. Disse. -E sinceramente, nem sei se quero saber.

—Ele usou magia de necromante. Disse a princesas. -Magia é proibida no torneio, mais uma vez iniciado, e difícil parar a competição, mas eu não achava que ele seria louco a ponto de tentar matar alguém.
Nos torneios, devido as armaduras e proteções dos competidores, era difícil acontecer tragédias desse sentido, apesar de acidentes serem um pouco mais comum, mas sempre eram acidentes ninguém tinha o sangue frio a ponto de fazer o que o Lorde fez.

—Ele não usou só magia.Disse Flip. -A espada dele também tinha algum poder, algo obscuro.
A princesa colocou uma das mãos em baixo do queixo.

—É uma informação nova, mas inútil.

—Mas por que o interesse. Indagou Flip. -Ele virou uma gosma nojenta, todo mundo viu. A princesa franziu a testa, realmente estava muito seria. -Acho que posso confiar em você Bolinho, eu acabei por acidente ouvindo sua história. Flip sentiu suas orelhas queimarem e seu rosto ficando vermelho, e infelizmente não estava de armadura para disfarçar, mas a princesa parecia não se importar. -Você parece ser um cavaleiro digno, e uma pessoa decente. Aquilo que viu o Lorde das Pulgas se transformar quando atingido pela lança de Slicer nada mais é do que restos de magia. Aquilo pegou Flip de surpresa. -Que.. Que tipo de magia? Perguntou ele nervoso. -Magia de teleporte. Respondeu ela no mesmo tom serio que estava. -Ele pode estar longe ou pode estar perto, não sei ao certo, não contei isso para muitos, para que o caos e o medo não tomem conta dos doces e estrague as festividades. Ela entrelaçava os dedos e olhava para o chão. -Não posso cancela o torneio, pois não sei de verdade se ele realmente esta aqui. Tenho guardas procurando por todo o castelo, e também por fora dos muros, onde as comitivas e barracões estão, mas receio que não seja o bastante. Ela levantara o rosto e seus olhos encontraram om os dele, '-ela é bonita.' Flip concluiu. '-apesar de esta tão séria.' Ela tinha bochechas pequenas e rosadas, e uma franja que lhe cobriam a testa, Flip a achava muito fofa, mas a preocupação tomava conta dele demais para que se concentra-se nisso.

—Não quero exigir demais de você, sei que tem suas preocupações, além dos desafios de amanhã, mas peço que se o encontrar, busque ajuda, busque por mim.

—Farei isso. Disse Flip com segurança. Saber que ele não estava sozinho naquilo o fazia se sentir mais tranquilo.

—Era só isso Senhor Bolinho. Disse a princesa com um sorriso doce, completamente diferente da garota seria e preocupada de antes. -Terei o prazer de o encontrar na festa no castelo hoje a noite?

—Sim, sim, eu irei. Disse Flip lhe devolvendo o sorriso.

—Você não vai pedir o favor de princesa a mim, não é? Disse ela com uma cara emburrada, quase igual a que a Eli faz normalmente.

—Não, eu vou..

—Ainda bem! Exclamou ela sem ligar se parecia indelicada ou não.-Eu precisaria de mais de vinte dedos para poder contar a quantidade de idiotas que me vem pedir bobagens. Não sei como a Princesa Trapo e a Princesa Café da Manhã podem gostar de aguentam tanta bajulação. De repente um brilho surgiu nos olhos de Flip e sua pele tomou de novo o tom vermelho.

—Peraé, a Princesa Café..

—Enfim Sir Bolhinho. Disse a Princesa o interrompendo. -Tenho afazeres a cumprir, mas uma última dica, ou conselho digamos assim. Não ande por ai sozinho, e fique próximo das pessoas que você gosta, da sua namorada por exemplo, nunca se sabe se esse Lorde das.. Flip percebeu que quando disse ‘namorada’ ela falava de Eli.

—Não, não princesa, ela não é minha..

—Então por que a olhava daquele jeito apaixonado. Disse ela. -E por que ela te olhava daquele jeito apaixonado também. Flip não tinha percebido nada disso. -Vocês garotos são bobos. Disse a princesa. -Bobos e lentos para perceber o óbvio. São capazes de pegam uma espada e defende a garota com suas vidas, mas não consegue nem dizer a ela o que sentem. São bobos, todos bobos. Ela deu as costas e se distanciava enquanto repetia a palavra 'bobo' várias vezes. Os guardas a seguiram e deixaram Flip em pé e sozinho com os seus pensamentos. Até que os primeiros pingos de água começaram a cair.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ok é isso, espero ter me igualado a Princesa Jujuba da serie no termo de dialogo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O cavaleiro de OOO" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.