Acordei mais cedo esta manhã, minha esposa me ajudou no banho e descemos para um café da manhã simples.

Depois fiquei no escritório estudando alguns negócios da empresa, refiz alguns cálculos e liguei para minha secretária avisando minha situação e pedindo que ela contatasse aos outros integrantes da empresa, além de pedir que ela cancelasse todas as reuniões explicando o motivo e deixasse apenas a reunião com os diretores em aberto, além de avisar que seria em minha casa.

Minutos depois, Ray e minha esposa verificaram a mala e depois os documentos, Isabel me chamou para ir e fomos para o aeroporto de táxi.

Logo após toda a burocracia foi a hora de dizer adeus, minhas meninas me abraçaram e prometeram escrever sempre até a volta, com um pouco de dificuldade me guiei para o táxi e voltei para casa.

Continuei de cadeira de rodas em casa, seria muito complicado trocar a cadeira pela muleta e eu ainda estava sozinho. O taxista me ajudou a subir e eu lhe dei seu dinheiro.

Eu estava checando o relógio quando Alison tocou a campainha sorridente e com o almoço na mão. Nos cumprimentamos e ela checou o horário em que a enfermeira viria.

— Alison, estou na sala assistindo TV. – avisei e ela veio atrás de mim rapidamente. Afastou a poltrona e me colocou ali, então depois colocou o objeto embaixo da escada. – Ah, obrigada. – eu agradeci enquanto ela me entregava o controle. Mexi no controle até achar algo de esportes e esperei ela fazer o almoço.

Era estranho saber que estavam cozinhando na cozinha, já que nem minha filha e nem Isabel cozinhavam e por isso sempre pedíamos comida.

Ela colocou o almoço e eu fui para a cozinha, ela perguntou se podia comer na mesma mesa que eu e permiti. Enquanto almoçávamos percebi que ela supervisionava suas ações, sempre se afastando se fizesse algum movimento muito largo e depois lavou a louça em silêncio.

Troy apareceu aqui umas horas antes da visita da enfermeira e ficamos conversando, ele pediu o endereço do hotel e do quarto de onde Rachel estava, pois queria enviar uma “coisa” a ela. Fingi não estar muito estressado com isso e pedi que Ali me trouxesse caneta e papel.

Ela levou Troy até a porta e eles trocaram um comprimento rápido. Logo depois voltou e ficou estudando na sala de jantar, não trocamos muitas palavras após isso.

— Sr. Parrish, a enfermeira deve chegar em alguns minutos, posso subir com você? – Ela sorriu esticando o braço, com um pouco de dificuldade eu subi os degraus pouco a pouco e logo estávamos no quarto.

Ela preparou meu pijama e desceu avisando que estaria lá embaixo esperando Geanini, liguei a TV e fiquei esperando.

Senti mãos alisando meu ombro e chamando meu nome e despertei um pouco assustado, era Alison que logo alisou meus cabelos pedido desculpa se me deixou nervoso, ela anunciou que a enfermeira chegou e acompanhou todo o processo – menos o banho, ela esperou no quarto que é uma suíte. A enfermeira me deu a injeção, ensinou ela algumas técnicas para o remédio e minha melhor posição para dormir, quando saiu, elogiou:

— Você é ótima, doçura.

E percebi que era mesmo, o dia todo ela se comportou profissionalmente, foi eficiente e rápida, cozinhou maravilhosamente bem, não me deixou cair ou algo parecido. E além de tudo era bonita - ao contrário de Geanini.

Estava quase adormecendo quando ouvi risadas e voz masculina no andar de baixo da casa fiquei um pouco bravo por Ali ter convidado o namorado para entrar e logo a chamei.

— Pode ir. Mas, por favor, não coloque ninguém aqui dentro sem a minha permissão, fora isso você foi incrível. – comentei e apaguei a luz do meu abajur, quando estava certo de que ela tinha ido embora senti um movimento delicado sobre mim.

— Boa noite, Sr. Parrish.

Alison alisou meus cabelos e me deu um beijo na testa em seguida.