Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 28
Capítulo XXVII - ALISON


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sou uma sem vergonha, cheguei da festa agora e ainda não estudei, juro pra vocês que amanhã eu respondo todo mundo.

Booa leitura :))



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O que diabos está acontecendo?

É a primeira pergunta que vem a minha mente quando levanto da cama para atender meu pai que bate à porta sem parar.

– Mas essa sua avó é surda?! – Ele berra indo em direção a sala e eu volto para dentro do quarto, pegando o celular e meu roupão de seda.

– O que houve? – pergunto meio grogue ligando o celular.

– Eu falei “Não dá o sofá, dá a mesa de centro!” e ela vai lá e compra o sofá! – ele apontava para o sofá irritado. Fui para a cozinha que era separada da sala pela bancada e revirei os olhos enquanto preparava uma vitamina.

– Ah, pai. A gente vende, ainda tem mais 4 dias de garantia, eu acho.

– Isso deve ser coisa da sua mãe...

– Ei, não culpe a mamãe. – Eu descasco duas bananas. – A vovó fez isso porque vocês estão se separando, ela sempre foi vingativa.

– Mas que merda! – xingou e pegou o telefone. Deixei ele discutir no telefone e fui tomar um banho. Iria correr pela vizinhança tentar me livrar desta dor de cabeça insuportável e me livrar das calorias que ganhei naqueles dias no hotel com Tom.

Saio do quarto vestindo minha roupa de ginástica e com o celular preso no bolso desenrolando o fone de ouvido.

– Vai sair? – papai pergunta sentado no sofá no qual ele estava amaldiçoando horas atrás.

– Correr um pouco. As provas pra faculdade estão me deixando nervosa. – minto e ele dá de ombros sorrindo. Pego minha garrafa com a vitamina de banana e morango e vou correr.

Coloco a música bem alto e começo a correr.

***

Minhas pernas estão doendo quando encontram o chão. Paro alguns minutos, mas não consigo ficar muito tempo parada. Meus braços estão meio cansados e mesmo assim continuo, quero pelo menos fingir que entendo que a dor física é real e ela sim pode estragar uma vida, mas não consigo entender isso. Não quero.

Quando estou quase terminando paro para dar uma descançada em uma lanchonete bem famosa entre o nosso grupo de amigos e me sento no bar ao lado de um homem louro bem agasalhado como se estivesse no inverno e um bêbado chorão.

De repente percebo que estou bem parecida com eles, toda fria por dentro e bem chorona por fora já que minhas olheiras estão bem perceptíveis.

– O de sempre. – pisquei para David, um dos mais antigos namorados de Carlos. O louro ao meu lado ri e depois se vira para mim. Ele é bonito, tem um nariz afilado e olhos pequenos, sua boca é desenhada e suas bochechas estão vermelhas.

– Então, vem sempre aqui?

– Quando estou estressada, sim. – respondi mal olhando para ele, não queria conversa e não quero ouvir cantada e nem receber esses olhares estressantes.

– Então você está estressada? – Olhei para ele e assenti, sem perceber estava trocando o anel que Tom me deu, e acabei colocando no anelar. – Noiva?

– Oi? – perguntei recebendo a minha bebida e passando líquido para a garrafa.

– Seu anel.

– Apenas um presente. – Dou de ombros. Por favor, não me faça falar deste anel, eu imploro.

– É bonito. Onde ganhou?

Pulo do banco com um sorriso pequeno. – Preciso ir. – Vou andando sem nem esperar ele se despedir.

– Ei, loura! – Apenas para na porta, mas não me virei. – Meu nome é Pietro!

***

Cheguei ao meu prédio e o porteiro avisou que Rachel estava no apartamento. Meu peito se encheu de glória e de repente aquele dia de merda que eu estava tendo se encheu de possibilidades.

Engoli o resto da vitamina quando cheguei ao meu andar e corri para a porta. Peguei as chaves no casaco e abri a porta. Puta que merda! Foi a primeira coisa que pensei quando vi e percebi o que estava acontecendo.

Quão burra eu fui para acreditar que ela teria me perdoado do dia para noite? A Rachel que eu conheço nunca faria isso e uma parte de mim não está brava, porque a Alison que nós duas conhecemos também não faria o que fez.

Rachel limpou o batom e saiu do colo de papai que mais parecia confuso e excitado com tudo aquilo. Fiquei parada com a mão na maçaneta e com o queixo no chão.

– Rachel, por que fez isso? – perguntei esperando que ela mesma se fizese esta pergunta.

– Você também fez.

– Não, pera lá! – Bati a porta e elevei o tom de voz. – Eu fiz porque havia amor, havia algo, havia sentimento. E você está agindo como uma puta no colo dele.

– Ah, vai se foder! Ele não é casado e a puta aqui não sou eu. – Ela pegou a bolsa que estava no braço do sofá e antes de sair parou ao meu lado. – Estou apenas te pagando com a mesma moeda.


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo com um comentário :*