Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 13
Capítulo XII - ALISON


Notas iniciais do capítulo

A leitora Dreammer escreveu uma recomendação da história e por isso estou postando mais um capítulo, UHUL!

Booa leitura :))



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Mal consegui dormir ontem à noite, me revirei várias vezes e tive que tomar remédio para adormecer. Agora de manhã mesmo depois de acordada o efeito ainda está em mim, quando levanto e tento andar pelo quarto sei que estou tonta e minha vista está embaçada.

De manhã, Silver está sorridente e me abraça quando me encontra no corredor para descermos.

– Phill me chamou pra sair. – Ela desce a escada, animada e eu vou em seguida segurando firme no corrimão. Sento à mesa já a procura do café e encho minha xícara.

Não há sinal nem de papai e nem de mamãe, nem dá pra ouvir nenhum dos dois em nenhum cômodo da casa. Silver me olha em alerta.

– Que mensagem é aquela que me mandou ontem? – ela sussurra. – Aconteceu?

– Não. Mas quase. – respondo, estamos falando sobre o quase beijo que dei ontem em Sr. Tom, Silver está do meu lado e me apóia.

– Ufa! – Ela finge recuperar o ar. – Mas o que impediu vocês?

– O telefone. A mulher dele ligando. – Comecei a comer a torrada enquanto Silver colocava lingüiça e ovos no prato, alguns minutos depois mamãe e papai chegaram, os dois muito bem vestidos.

Mamãe usava um terninho azul que ela comprou há uns 4 meses na Banana Republic e sapatos de salto baixo. Papai está usando uma camisa social, calças jeans e um tênis. Ele mal olha pra gente ao contrário de mamãe que está olhando tanto pra mim que acho que ela consegue prever quando vai nascer a próxima espinha.

– Meninas, nós tomamos uma decisão. – Minha mãe começa. – Michael – ela disse o nome de papai como se ele fosse um estranho. - e eu nos separamos. Assinamos os papéis hoje.

– Sério? – Silver parecia chocada pelo visto eles fizeram com ela o mesmo joguinho que fizeram comigo fingindo que estavam bem. – Vocês pareciam tão bem...

– Eles fingiram, Silver. – eu a interrompo, irritada. – Eu vi os dois brigando esta semana em uma rua afastada do nosso bairro.

– Quando isso, eu... – Mamãe começou, mas papai não deixou ela terminar.

– É tudo verdade, meninas. Nós não podemos mais ficar juntos, nós amamos vocês, mas não dá mais. Então, nós tomamos algumas decisões, nós ainda vamos morar aqui. Juntos.

– Mas não como um casal. – Mamãe diz o óbvio. – Alison, precisamos mais do que nunca da sua ajuda agora. Iremos fazer uma reforma na casa e você precisa ficar fora por alguns dias.

– E vou dormir aonde?!

– Na casa do Sr. Parrish. Conversamos com ele no caminho e ele aceitou, você vai dormir no quarto de hóspedes. – Mamãe finalmente começou a se mover e tirou o terno jogando-o no sofá e vindo para a cozinha.

– Ferrou... – Minha irmã murmurou e eu lhe dei um chute por debaixo da mesa. – Ai!

Enquanto mamãe continuava o discurso e papai fazia cara de quem estava tudo bem, o processo de morar mesmo que alguns dias na casa do Tom, me assustava completamente.

Eu estou cada vez mais atraída e depois de ontem, não sei se vamos conseguir fugir mais, ainda mais agora. Senti minhas pernas ficarem moles embaixo da mesa e tive que me segurar na cadeira para me levantar.

– Vá fazer sua mala, querida. – Papai sorriu animado enquanto comia o resto da minha torrada e eu fingi felicidade.

Peguei minha mala que mais parecia uma bolsa e a joguei sobre a cama, colocando cinco camisas, duas calças jeans, três calças de malha, uma saia, um vestido solto, três pijamas, uma bota de cano baixo preta, um all-star, uma sapatilha e um casaco. Coloquei meu sabonete, perfume, shampoo, condicionador, minha base e meu corretivo, algumas coisas de cabelo e acabei colocando um biquíni – já que na casa deles tinha uma piscina enorme e maravilhosa.

Peguei tudo e desci, mal me despedi e mamãe me puxou para um abraço, passei meus braços em volta dela sem entender aquele gesto.

– Desculpe. Eu não queria te fazer passar por isso. – Ela está quase chorando e isto é perceptível porque sua voz está embargada. – Não conte ao seu irmão ainda. Já sabe quando buscá-lo, não é?

– Tudo bem. – É tudo que eu digo abrindo a porta e indo para a casa de Rachel.

Cheguei na casa de Tom que me recebeu com um enorme sorriso.

– A porta do quarto já está aberta e a chave está na cama. – Ele sorriu segurando a porta para eu passar.

– Eu vou ficar no quarto de hóspedes, não é? – perguntei para conferir e já estava na escada, ele assentiu.

– Você... vai ficar?

– Não, vou para o salão. – gritei já no segundo andar. O quarto não era muito grande, mas também não era pequeno. Havia duas camas, uma coberta com lençol feminino e a outra masculina. As camas eram altas e havia uma cadeira em frente a cada uma delas, tinha um criado-mudo no meio delas e havia uma cesta embaixo dele.

Coloquei minha mala embaixo da cama e olhei para a penteadeira que havia a nossa frente, era bem simples, apenas uma pequena mesinha, um espelho e um banco branco de madeira. O armário ficava na direita e tinha seis gavetas, mas eu não queria arrumar nada agora.

Desci as escadas correndo e Tom estava na sala deitado tirando um cochilo. Peguei o bloquinho de recados e avisei que não dormiria lá hoje, já que esta noite eu passaria na casa de Brad.

Peguei minha chave ao lado da TV e saí da casa trancando a porta.

Cheguei ao salão de beleza e logo sou atendida. Os pais de Brad chegam hoje à noite e os próprios preparam a festa deles de volta. Iria ter muito dos parentes ricos do Brad, então eu precisava estar bem arrumada.

Silver trabalhava no salão e assim que me viu colocou a etiqueta com seu nome na minha blusa – isso significava que ela que me atenderia.

Não me maquiei, apenas fiz uma massagem e uma hidratação no cabelo, eu voltaria mais tarde.

Cheguei ao salão e ele já estava todo cheio com os convidados da festa – os pais de Brad reservaram o salão só para isso – reconheci algumas primas irritantes do meu namorado, outras ex-namoradas e algumas tias fofoqueiras.

Fui para a parte de cima do salão e com certeza ninguém me notou. Entrei no vestiário e coloquei meu vestido – que estava guardado no armário de minha irmã - que era verde-água e todo rendado, não tinha mangas e era curto, ficava uns dois dedos acima do joelho.

Calcei meus sapatos de salto, que eram abertos e tinham alguns pedras na frente e depois peguei minha bolsa mais escura que o vestido e cheia de pedras. Silver me chamou e eu sentei na cadeira a sua frente.

LOOK DA ALISON

– Só tem garota arrogante aqui. – comentou assim que uma funcionária saiu de perto.

– Ah, o Brad falou que você vai ir com a gente. Vai acompanhar Phillip? – Sorri fechando os olhos em seguida.

– Aham. Phillip e eu vamos nos encontrar às 19 horas junto com vocês. – Senti a base encostar no meu rosto.

Alguns minutos depois eu já estava pronta, minhas unhas estavam feitas e eu já estava maquiada. Minha unha estava bem simples, eu havia pintado tudo de preto.

Os olhos estavam bem marcados, com os cílios em destaque e isso abria meus olhos, chamando atenção para sua cor clara. O tom da sombra era preto e estava esfumado. A boca estava pintada de vermelho bem chamativo.

MAKE DA ALISON

Só restamos eu e Silver no salão, ela estava se maquiando enquanto eu atualizava meu Instagram e depois tiramos uma foto juntas.

O vestido de Silver era vermelho que realçava suas curvas e usava saltos que a deixavam mais alta. A maquiagem estava bem simples, boca rosa, olhos com a sombra de tom perolado e as unhas bem vermelhas.

MAKE DA SILVER | LOOK DA SILVER

Saltamos da cadeira assustada com a buzina “delicada” de Brad. Silver fechou o salão e eu quase caí para trás quando vi como iríamos à festa. De. Limusine.

– Isso é sério? – indaguei surpresa enquanto Brad me ajudava a descer a escada e Silver beijava Phillip.

– Tudo para a minha princesa. – Brad exclamou me pegando no colo e me girando para depois me colocar no chão e beijar meu pescoço.

Chegamos na festa e fomos muito bem recebidos pelos pais de Bradley além de Silver ter sido apresentada como a mais nova garota da família.

A mãe de Brad, Marta, me encheu de elogios e ficamos conversando durantes uns quinze minutos. Depois Brad e eu ficamos girando pela festa e cumprimentando alguns convidados.

Estávamos em frente à mesa de doces quando Samantha – a prima mais rica de Brad já que o pai dela era dono de uma franquia de diamantes – chegou para nos cumprimentar e claro, soltar o seu veneno.

– Olá, primo predileto. – Ela ficou bem em cima do meu namorado e lhe deu um beijo bem no canto da boca. Senti as mãos dele apertarem mais a minha cintura e relaxei um pouco.

– Oi, Sam. Já conhece a minha namorada Alison, não é? – Ele alisou meu rosto e eu sorri tímida.

– Ah, claro. Absolutamente. É você que passou a semana na nossa fazenda em Portugal, não é? – Ela bebeu um pouco do champanhe que segurava e eu assenti. – Se deu muito bem com as galinhas. – Ela riu e Brad bufou. – Talvez porque são da mesma espécie.

Brad olhou pra mim com os olhos tão arregalados que poderiam saltar de sua face.

– Aham e também sou a mesma garota que te pegou fazendo boquete no seu próprio pai. – eu disse aumentando o tom de voz assim que a música baixou e todos olharam pra ela.

Me soltei do abraço de Brad e corri para seu quarto irritada. Ouvi ele me chamando, mas logo fechei a porta de seu quarto e entrei no banheiro me olhando no espelho respirando de modo ofegante.

Ouvi sua batida tímida na porta e depois que não respondi ficou mais insistente. Depois de alguns minutos de indecisão abri a porta e o abracei.

– Está tudo bem. – Ele alisou minhas costas e depois me afastou beijando a minha testa.

– Eu quero ir embora. Estou tão cansada disso, ficar sorrindo e esse vestido ta apertando meu pescoço. Eu não tenho a postura delas, eu... – Parei de andar pelo quarto e sentei na enorme cama dele. – Eu preciso relaxar, sabia? – Tirei os sapatos e cheguei mais para trás na cama o chamando com a mão.

Quando ele chegou mais perto, tirei sua jaqueta de couro, ele começou a beijar meu rosto, depois fiquei de costa para que ele desabotoasse meu vestido, ele ia soltando um botão e beijando minhas costas. Depois se afastou e correu até a porta, trancando-a.

Voltou já tirando a camisa e eu pude admirar seu peito malhado, seu corpo era completamente maravilhoso. Ele tirou a calça jeans e chutou os sapatos para longe.

Agora nós dois estávamos apenas de roupa íntima, ele ficou por cima de mim e começou a apertar meus seios sobre o sutiã. Coloquei minhas mãos em seu ombro fazendo pressão enquanto ele desabotoava e depois tocou um dos meus seios e começou a beijá-lo e aos poucos eu fui me entregando a ele.

Ele já estava sem cueca e eu sem sutiã, eu estava por cima dele quando fui tirar minha calcinha, ele me impediu e me entregou meu sutiã. A principio pensei que fosse algum fetiche, mas não ele realmente estava parando o sexo ali.

– Desculpe, não posso fazer isso agora. – Ele pulou da cama e começou a se vestir.

– O quê? O que houve?

– Nada. Eu não quero transar agora! – Seu tom saiu rude e eu me vesti rapidamente e constrangida. – Não tem que acontecer quando você quer, O.K.?

– Não. Tudo bem. Desculpe. – Fiquei de costas para ele que abotoou meu vestido, ele o fez quase sem me tocar. – Escuta aqui, faz tanto tempo que a gente não briga! E você dá uma mancada dessas! – Minha voz saiu um pouco cortada porque há um nó em minha garganta e eu só quero chorar. – Não fala comigo, O.K.? Não me liga. Não me chama em redes sociais. Apenas... Vamos dar um tempo.

Abri a porta do quarto dele e a bati com força. Desci as enormes escadas da casa dele e todos olharam pra mim, Silver soltou-se de Phill e ficou na ponta da escada me esperando.

Continuei descendo irritada enquanto vestia meu casaco e mal falei com Silver.

– Estou indo. Pode ficar nesta merda de festa se quiser! – Eu me soltei de seu aperto e abri as portas da frente com raiva.

Assim que cheguei na varanda percebi que chovia e eu não tinha nada para me proteger. Respirei fundo e comecei a correr na calçada certa do caminho longo.

E fui pra casa de Tom.


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Notas finais do capítulo

Posto o próximo com 1 comentário.

BEIJOS!

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