Atração Perigosa escrita por BTrancafiada


Capítulo 12
Capítulo XI - TOM


Notas iniciais do capítulo

Bom, já que tivemos dois comentários muito fofos aí está o capítulo postado novinho em folha para vocês, amorecos.

Booa leitura :))



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Alison chegou mais pensativa do que nunca, murmurou um “bom dia” para mim e no almoço mal prestou atenção na série. Depois perguntou se podia ficar na escrivania e ficou lá dentro lendo um livro chamado Ladrão de Almas, mas deixou a porta aberta.

Não fiz muita coisa, afinal eu tinha planejado que ficássemos a tarde inteira conversando e que eu pudesse ficar admirando seu corpo, mas ela levou muito a sério o fato de vir mais vestida.

Está usando uma calça preta bem colada, uma blusa preta que fica um pouco grande nela e que está totalmente abotoada e tênis preto.

Ela mal está maquiada, acho que passou apenas um batom rosa. Seu cabelo está preso e nele há um pequeno adereço que vai do topo da cabeça até o fim do coque e termina com uma pena.

LOOK + MAKE ALISON

Enquanto ela lê, fico pensando nesse sentimento que sinto que está ficando cada vez maior, cada vez que ela chegava aqui em casa eu sentia meu coração acelerar e às vezes achava quase impossível respirar. Quando ela me tocava, mesmo que fosse sem querer, meu corpo esquentava e eu podia sentir aquela sensação mesmo horas depois.

E quando ela chegava perto de mais às noites, minha vontade era puxá-la e beijá-la sem parar e nunca deixar que ela fosse embora.

Suspirei no sofá perdido em pensamentos e quando voltei a olhar para ela, ela me olhava tapando a boca com o livro. Lembrei da nossa conversa na cozinha, em que ela disse que aquilo que eles estavam fingindo não fazer, ou seja, ela sentia a mesma coisa e só não queria admitir.

Ela pulou na cadeira quando meu notbook apitou e veio até a mim com o objeto nos braços, deu um sorrisinho e voltou pra escrivania.

Era Rachel me chamando no Skype, sorri assim que aceitei sua chamada de vídeo e vi minha filha toda vestida de praia do outro lado da tela.

– Oi, filha.

– Oi, papai! – ela saudou sorrindo animada. – Como você está?

– Ótimo e você, gastando muito meu dinheiro? – brinquei.

Não seja pão-duro, pai! – ela reclamou e fez aquela careta de pirraça que fazia desde criança. – Daqui a pouco tenho que ir, eu vou ter aulas de surf.

– Hm, com professor ou professora? – Cruzei os braços.

– Professor. – respondeu arqueando uma sobrancelha.

– E sua mãe, onde está? – pergunto tentando driblar meus instintos e não olhar para Ali.

– Ah, está se arrumando para irmos à praia. – Ela deu de ombros. – Ah, pai compramos muitas coisas! Ela ta vindo, espera.

Esperamos alguns minutos e minha esposa apareceu secando o cabelo usando um roupão com estampa de ondas. Ela acenou.

– Oi, amor! – Eu apenas assenti com a cabeça e Rachel fez cara de nojo. – Já comeu?

– Sim, mamãe. – respondi brincando e revirando os olhos.

– E Alison? Já chegou? – Ela move a cabeça e aperta os olhos como se assim conseguiria ver mais do que a minha posição mostra.

– Sim.

– Deixa eu falar com ela. – Ela me olha nos olhos séria, mas está sorrindo e eu sei o que ela quer fazer, ela quer ver as roupas de Ali. Ela quer ver como nos comportamos e quanto próximos estamos.

– Alison, ela quer falar com você. – eu digo soltando o ar e ela ergue as sobrancelhas loiras, mas vem rapidamente ajeitando o cabelo.

– Oi, Sra. Parrish. – Ela senta no braço do sofá e cruza as pernas, inspiro sentindo seu perfume de hortelã. – A senhora está bronzeada.

– Sim. Pelo menos você percebeu. – Ela desvia o olhar da câmera e responde que sim a algum pedido de Ray. – Cuide bem do meu marido. – Seus olhos se abrem em bondade e logo o olhar desconfortante volta, já que Ali passou a mão sobre meu ombro e me puxou para perto sorrindo.

– O Sr. Tom é maravilhoso! – ela diz rindo. – Tão manhoso quanto um bebê.

Minha esposa arregala os olhos e levanta as sobrancelhas, eu pigarro e Alison parece entender e tira os braços de mim.

– Ah, o lanche está pronto. – Ela arranja uma desculpa rápida e sai de perto de mim entrando na cozinha.

– Pai, hora de desligar. Mamãe tem que ir à praia e eu também. Tchau! – Antes que eu diga alguma coisa, Rachel entra na frente de minha esposa e fecha a tela do computador.

Coloco o notbook sobre a mesa e depois o fecho. Com um pouco de dificuldade alcanço a muleta e vou em direção a cozinha, Alison está com o rosto tapando pelos cabelos que se soltaram e olha diretamente para pia e sua respiração está acelerada.

Ela sabe o que fez, mas eu não acho que deveria estar tão preocupada, ela não fez nada de errado ao meu ver. Eu chego por trás dela e percebo que ela fechou os olhos, a torneira está aberta e a água cai molhando um prato já limpo.

Coloco minhas mãos na cintura dela e a puxo para perto, ela deita a cabeça para trás e suspira. Passo as mãos de sua cintura para sua barriga e ela se vira para mim. Suas mãos largam a pia e ela me puxa para perto, agarrando meus ombros e coloca a cabeça em meu peito.

Meu corpo todo está arrepiado e me pergunto se assim ela consegue sentir as batidas de meu coração, mas acho que não. Este é o momento que irei beijá-la. Tiro meus dedos de sua cintura e encontro seu rosto, toco seu queixo e coloco sua face em frente a minha, ela me olha e assenti concordando, deixando. Quando chegamos mais perto o telefone toca e ela se afasta assustada, eu a puxo de volta ignorando as chamadas, mas ela está corada e evita meu olhar.

– Por favor. – eu imploro segurando seus braços, mas já estamos longe de mais um do outro. Ela pega o telefone e atende.

– Vou chamá-lo. – Ela me entrega o telefone e sai da cozinha alisando a testa.

É minha esposa, seu tom parece aliviado, mas eu estou irritado.

– Precisamos conversar. – Agora ela parece com raiva, seu tom saiu ríspido.

– Sobre o quê? – Me apoio no armário ao lado da geladeira e passo as mãos no cabelo como se isso fosse aliviar o estresse.

– Alison. O modo que aquela garota tocou em você e você parecia gostar.

– Ah, pare de ser estúpida! – exclamo. – Alison é só uma garota, Isabel. Você é minha esposa. – digo isso e repito mais uma vez mais baixo como se assim eu fosse entender. – Se não confia em mim, por que viajou?

– Tom, desculpe eu...

– Aproveite sua praia. – desligo o telefone e repito para mim mesmo: Alison é só uma garota. Mas não é. Pelo menos não pra mim.

E por mais que eu tente entender ela não é só uma garota e eu não estou preenchendo meu vazio que minha esposa deixou, ela está preenchendo um vazio que nunca existiu. Nunca me senti tão motivado por algo e nem alguém.

Quando saio da cozinha, Alison está na escada falando ao telefone, ela prende umas risadas e mal me olha, mas sabe que estou ali.

– Domingo tudo bem, Brad. – Ela mexe no cabelo. – Eu te amo.

Ela irá vê-lo. Porque pelo menos ele pode beijá-la.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo... Sim, sim, já tem o próximo!

BEIJOS!