Um amor sem clichê. escrita por Waters


Capítulo 2
Um retorno que levou ao primeiro.




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Não tinha esquecido ele, mas também não pensava nele com frequência. Escrevia muitos textos e poemas sobre ele, mas os rasgava ou guardava onde eu não iria mexer nem tão cedo. Estava levando a vida numa boa. Até que ele mandou mensagem do nada. Como eu não tinha mais o número dele respondi:
"Quem é?"
"Daniel, ué"
"Ata."
E a conversa foi meio fria da minha parte, porque eu não queria falar com ele. As vezes deixava de responder, outras vezes deixava ele falando sozinho.
Até eu ceder.
Voltei a falar com ele meio que normalmente. Ele teve um problema. Eu ão estava perto dele, queria estar mas não podia. Queria estar perto dele e dizer que tudo ia se acertar. Queria poder ser util, queria fazer alguma coisa além de brigar com ele. Porque era só isso que a gente fazia, discutir virou basicamente nossa rotina. Mas as vezes eu preferia estar brigando com ele do que estar sem falar com ele. Era insuportável quando a gente discutia e eu resolvia me afastar dele. E olha que eu me afastei dele tantas vezes. Falava pras minhas amigas que não ia mais voltar atras e duas semanas depois eu aparecia toda feliz na escola, dizendo que tinha voltado a falar com ele. Apesar de odiar certas manias dele, odiar o fato "carolina" na vida dele, eu já estava toda apaixonadinha e não conseguia ficar sem falar com ele por muito tempo sem falar com ele, mesmo não tendo visto nem a sombra da pessoa.
Em dezembro, um pouco antes do natal, ele disse que viria pra casa da mãe dele, que é aqui perto. Eu precisava ver ele né.
Eu contei tudo pra Pâmella, minha "gêmea", pedi a ela, na verdade quase implorei, pra ela ir encontrar ele comigo. Pelo simples fato de eu ser a pessoa mais timida da face da terra.
A gente marcou de se encontrar numa praça aqui perto, eu com a Pâmella e ele sozinho. Ele mandou sms:
"Onde você está?"
"Perto de um quiosque com minha amiga."
"Cara, tem varios quiosques, da pra especificar?"
"Em frente a igreja cara."
"Ta bom."

Tava um clima bem esquisito, eu meio nervosa conversando com a Pâmella quando ela virou e perguntou baixinho: "É ele vindo ali?"
Eu olhei pra tras e o vi vindo em direção a gente. (Pensamento: Ok, é ele mesmo, não entra em pânico, é só o Daniel) Ficamos em silêncio quase o tempo todo, quem falava alguma coisa as vezes, tentando puxar um assunto era a Pam. E mesmo assim o clima não mudava de jeito nenhum. A casa dela é do outro lado da rua da praça, a mãe dela ligou pra ela pedindo a ela pra ir em uma lanchonete. Ela entrou pra pegar o dinheiro e eu fiquei uns dois minutos sozinha com ele, foi meio bizarro, eu não sabia o que dizer, nem o que fazer, fiquei totalmente sem reação mexendo em qualquer coisa no celular. Ela voltou, fomos os três na lonchenete, enquanto a Pam pedia o lanche eu fiquei do lado de fora com ele, eu em silêncio como sempre e olhando em volta, ele pegou no meu braço e eu olhei pra ele, estava chegando mais perto, cara, ele ia me beijar. Mas eu soltei meu braço da mão dele e disse que não. Ele estava namorando com "ela" né. Fazer o que.
Voltamos pra praça, Pam foi em casa levar o lanche e quando voltou disse que precisava entrar porque iria na rua com a mãe dela, então fiquei sozinha com ele, e ele tentou me beijar de novo. Eu me afastei e disse: "Não cara", ele perguntou porque e eu disse:"porque não".
A gente ficou conversando um pouco na praça, ele dizendo que meu cabelo estava destruido e todo quebrado (estava um roxo esquisito na epoca, e realmente destruido.). Depois ele veio me trazer em casa, como eu moro só a duas ruas dessa praça eu diminui totalmente o ritmo pra poder passar mais um tempinho com ele, tentei inventar algum assunto, ai falei que ia roubar o cordão dele, que no caso era as reliquias da morte (H.P.), ele disse que não e eu fiquei perturbando ele com isso, quando a gente chegou perto da minha casa ele tirou o cordão e me entregou.
"Não precisa cara, eu estava brincando."
"Pega logo, Nanda."
Peguei o cordão e entrei em casa.


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