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– Se não quiser continuar... Não precisa. Você não deve explicação para nenhum deles.- Ela falou.

– Não Rose... Eu continuo. – Falei. – Depois daquele dia, meu pai passou a me maltratar com o triplo de ódio, sempre me batendo, me fazendo arrumar a casa toda três vezes ao dia... Mas teve um dia... Hm, Já se perguntou porque eu não ra Virgem aquele dia Edward?

~x~

– Já, muitas vezes, de diversas formas, e com diversas versões. – Ele disse.

– Aposto que jamais cogitou a verdadeira. – Falei.

– Ah é? E qual é a verdadeira.

– Meu pai estava muito bêbado! Me lembro claramente dele chegar todo grosso, me bater e me xingar. Mas até ai, era normal, ultimamente ele estava fazendo aquilo sempre. Até... – Minha voz falhou pelo choro que viria. – Até ele me puxar pelos cabelos até o seu quarto onde ele fechou a porta... Eu juro que eu imaginaria que ele me daria a maior surra, que me jogaria pela janela... Ou até mesmo que me mataria, mas ele fez pior. Foi na cama que ele me jogou, e minha roupa que ele resolveu tirar junto com a dele e... Naquele momento eu me senti suja, ultrajada, e morta. Morta da pior forma possível da pessoa que deveria me proteger. Lembro que na primeira oportunidade jugi dali para o meu quarto onde me tranquei e o ouvi bater lá muitas vezes me mandando sair, gritando e me xingando. Até ele se cansar e eu dormir. No outro dia ao invés de ir a escola eu fui para a Casa de meu tio Billy pedir ajuda, e logo em seguida fomos a delegacia, onde denunciei meu pai... Algum tempo depois o vi ser preso, onde ele está até hoje. Se eu sumia as vezes, era quando eu era chamada na delegacia para responder perguntas, sobre investigações de maus tratos contra minha mãe. – De repente eu não chorava mais, eu não sentia mais, e se eu respirava, era porque era uma função quase automática. – Como Rosalie disse, eu não devo satisfação, mas... é bom desabafar de vez em quando. Eu... eu jamais imaginei que eu chegaria a esse ponto, mas...

– Vai Bella, coragem prostituta! – Rosalie me encorajou de sua forma única.

– Ultimamente anda difícil sabe? Elas fazem tantas perguntas, a cada dia ficam mais espertas e eu fico sem reação. Elas estão crescendo e eu sinto que eu não sou uma boa...- Fui interrompida

– MAMÃE! QUE ROUPA EU PONHO? – Sofia gritou do quarto.

– Eu vou ajuda-las. – Falei. – Com licença.

[...]

Após vesti-las com um shortinho junto com uma bata, em seus pés coloquei uma sapatilhabranca e dourada, e em seus cabelos os deixei soltos mas coloquei uma tiarinha de lacinho dourado. E elas já estavam arrumadas.

– Podemos ver um filme? – Gritaram já no corredor.

– Podem! – Gritei de volta.

– Vamos ver Frozen! – Sofia disse animada.

Quando voltei para sala ainda estavam todos lá, puxa eu achei que já tivessem ido embora! Droga. O que eu vou fazer agora, além de me desesperar e gaguejar igual uma tonta?

[...]

Edward’

–Eu vou ajuda-las – Falou. – Com Licença. – Saiu.

– Vou ligar para o meu pai. – Rosalie Disse.

–Por que? – Perguntei.

– Como pode ser tão tonto? Sabe quantas vezes na vida Isabella já falou sobre isso? DUAS! APENAS DUAS! Uma para os Black, e a outra no tribunal. E Sabe quantas vezes ela chorou dessa forma? NENHUMA! Você sempre teve tudo de mão beijada Edward. E esse seu lado de ‘Eu estou certo e os outros estão errados’ Fez minha prima sumir e cuidas dessas meninas longe de você. E eu digo que o único que se ferrou foi você. Foi você que perdeu anos e anos da vida delas. Os primeiros Passos, os primeiros dentinhos, a primeira vez na bicicleta, a Primeira apresentação de Ballet, a primeira de Sapateado, as primeiras palavras. Você perdeu tudo! – Ela disse abrindo o celular e ligando pro pai.

– Eu não acredito nisso. – Esme disse se sentando no sofá. – Eu tenho netas! Duas de uma vez só! Eu sou vovó! – Ela não sabia se ria ou chorava.

– Ah faça-me o favor, mentira que vocês estão acreditando nisso tudo! Edward, por favor, não se deixe enganar mais uma vez...

– Calada. – Falei.

Eu precisava pensar...

– Clickety clack, clickety clack, What’s that comin’ down the track? – Luna cantou em seu quarto.

– A freight train! – Bella gritou.

– Freight train comin’ down the track. – Sofia cantarolou.

– Chugga chugga chugga. – Rosalie gritou de volta, fazendo ser mais alta a risada das meninas.

– O que vai fazer agora filho? – Carlisle perguntou entregando em minhas mãos o caderninho rosa.

Nossa pequena grande Família. – Sofia e Luna. – Estava escrito em letras tortas e coloridas.

– Não sei pai...

– Decida-se rápido. – Alice disse.

– Eu... Me sinto tão perdido. Eu sou pai, mas não sei como ser um.

– Isso você pega na prática. – Meu pai me disse. – Antes tarde, do que nunca.

– Podemos ver um filme? – As pequenas gritaram no corredor.

– Podem! – Bella gritou de volta.

– Vamos ver Frozen! – Sofia disse animada.

– Eita que ainda tem uma população aqui! – Luna disse rindo. - Vem Sofi, vamos pegar a caixa de DvD’s. – Luna disse indo em direção a estante e pegando uma caixa rosa.

Avistei Isabella vindo pra sala tímida, mas logo sua expressão mudou drasticamente para uma Bella brava.

– Hey Fedelhas, quem mandou jogar tudo no chão desse jeito? Vocês vão catar tudo isso depois! Ou vão dormir com um bumbum bem quentinho! – Ela ralhou.

– Tá bom mamãe. Mas queremos achar o DvD de Frozen! – Sofia dissera.

– Tá na caixa Branca, junto com todos aqueles outros encomendados. – Bella disse. Indo em direção a mesma estante e pegando uma caixa branca, e em seguida jogou todos no chão, fazendo uma pequena pilha de dvd’s.

Ela agia como se não estivéssemos ali.

– Mamãe! Você disse que não podia jogar no chão, mas a senhora mesmo jogou. – Luna disse fazendo bico.

– Eu posso, porque eu que arrumo.

– Justo. – Sofia convenceu-se.

– Ahá! Olha aqui Luna, ‘Flowers in the Garden’ Minha primeira apresentação de Ballet. – Sofia disse encantada.

– E olha aqui! ‘When I Grow Up’ Minha primeira apresentação de Sapateado!

Ouvimos o interfone tocar, e Bella foi atender.

– Sim? Ah, olá Dominique! Oque foi Piranha? Quer sequestrar minhas filhas? – Riu – Tá bom, e a Larissa não está aqui, toca lá na Vick. Dê um beijo no gato do Gabriel, e cuida das minhas pequenas, elas são pequenas demais pra namorarem. Beijo Piranha.

Ela veio caminhando até a sala, ainda nos ignorando, mas todos nós estávamos contentes em assistir.

– Gatinhas, a tia Dominique vai ao cinema com o Gabriel, e perguntou se vocês querem ir. – Falei.

– OLÁ CIVILZAÇÃO, A MUSA CHEGOU! – Victória gritou entrando.

– VIROU FEIRA MINHA CASA? – Perguntei.

– Ai sua grossa, vim perguntar se você e a Facção aqui. – Apontou para os Cullen. – Querem almoçar no restaurante aqui do Lado. Dominique já levou minha cria mesmo. – Deu ombros.

– E o pequeno? – Me referi ao Arthur.

– James está roncando com ele. – Falou. – E ai seus nóia? Beleza? – Victória perguntou aos Cullen que caíram na risada. – Agora falando sério, vão ir almoçar ou não.

– ÓTIMA idéia galinha ruiva. Simbora povo? – Rosalie perguntou e todos assentiram, as meninas foram na frente para encontrar Dominique e os Cullen logo atrás, mas na vez de Edward ela o Barrou. – Foi Mal Cunhadinho, mas só tem dois elevadores, e a cota máxima de pessoas já foi atingida, espera o próximo! – Ela disse nos mandando beijo e nos deixando sozinhas.

VADIA!

– Bella, eu realmente me sinto muito confuso com tudo isso! Eu... Eu passei anos te condenando, tentando te odiar com todas as minhas forças, mas eu senti muito sua falta e...

– Edward, o que me interessa apenas é a felicidade de minhas princesas. Você já está noivo, e com certeza deve amar sua esposa.

– Não é que eu... – Pausou - Tânia, ela me ajudou no momento que eu mais precisei e... Ficou ao meu lado.

– E está noiva.

– Bella, eu sei que se sente mal pelo que aconteceu, mas Tânia não precisa entrar no meio de tudo isso certo?

ERRADO!

– Ok...

– Meu assunto agora é sobre Sofia e Luna.

– Sou todo ouvidos. – Falei.

– Eu... Vou pedir um exame de DNA para certificar-me de que...

– Você só pode estar de brincadeira... Não vou deixar minhas filhas sujeitas a essa Humilhação!

– Eu só quero tirar minhas dúvidas.

– Vá ao inferno com suas dúvidas! – Falei ríspida.

– Bella, concorde comigo que por mais que eu queria acreditar, é difícil sabe? Ponha-se no meu lugar. Se alguém cinco anos depois aparecesse com duas crianças e afirmasse ser sua filha. O que faria?

– Arhg! – Gruni.

Fui até o quarto das duas, fui em cada travesseiro, primeiro o de Luna e depois o de sofia e peguei alguns Cabelinho das duas.

– Pega isso e se vira! E que isso seja suficiente! Não vou levar minhas pequenas a laboratórios.

[...]

Deu pra conversar com Edward civilizadamente, contei mais pausadamente a minha versão dos fatos, e ele a dele. Ele pediu desculpas por pelo menos umas mil vezes, mas as desculpas não apagariam as feridas causadas, apagariam?

Ele se mostrou muito interessado em Luna e Sofia, queria saber absolutamente tudo! Lhe contei um resumo e disse que o resto ele poderia descobrir pessoalmente. Ele queria assumir a paterninade e eu estava Bem com isso. Marcamos um jantar aqui em casa mesmo amanhã a noite e então anunciaríamos.

Após ele ir embora liguei para meu ‘pai’ Phill e conversamos por um tempo, e ele me deu alguns conselhos, e a certeza de que tudo ficaria bem, e eu esperava mesmo que ficasse.

Amanhã seria segunda, os Cullens marcaram de partirem na terça, e alguns deles queriam voltar já no fim de semana. E amanhã todos queriam em alguma parte do dia acompanhar a rotina das meninas. Edward era o mais interessado.

E agora aqui estava eu, sentada na beirada da cama de Sofia, recitando uma historinha para minhas duas princesas.

– E então, quando Branca de neve mordeu a maçã envenenada ela... – Observei as duas que ressonavam em paz. – Boa noite minhas princesas. – Beijei a testa das duas antes de sair do quarto delas e ir para o meu.

Amanhã iria ser um longo dia.