Allysson Grey Vs Escola de Rock escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 6
Bizarro!


Notas iniciais do capítulo

Antes de ler esse capitulo, respirem fundo, porque haverá muitas pistas do final e... o que há debaixo da luva.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/552796/chapter/6

N: Pamela.

Estávamos no camarim terminando de se arrumar. Eu tinha acabado de refazer a maquiagem, já que Jeremy pegou um borrifador e atirou na minha cara. Eu quase enfiei uma baqueta no olho dele, mas a ruiva não deixou. Jeremy teve sorte. Ruiva estava nervosa com o celular no seu facebook, Amy (apelido da Ayume) estava com um copo de Coca-Cola bebendo.

_Amy, posso tomar um gole?_ perguntou a ruiva.

_Mas você odeia coca!_ a asiática tímida comentou.

_Sei lá! Me deu uma vontade louca de tomar isso.

_O que houve com você?_ perguntou Leo.

_Ansiedade._ ela diz tirando os olhos do celular e olhando a “luva do mistério”. Parecia pensativa.

_Já estamos tão acostumados com isso!_ eu digo.

_Eu sei, mas eles...

_Ou! Ou! Ou! Nem vem com essa, tá? Ninguém nunca de descriminou por seu passado._ eu a interrompi.

_Hey, Ally, o que faz no celular?_ perguntou Leo.

_Eu estava na nossa página, falando sobre o show de hoje, mas fui pro meu face e vi que uma amiga do Brasil estava online._ ela respondeu.

_Quem?_ perguntei.

_Uma pastora. Estávamos falando sobre a Escola de Rock e eu disse que vou ganhar aquelas almas para Cristo.

_Amém!_ comentei (estava mais para declaração). _É a tal “Nanda”?

_Sim. Agora eu quero minha coca._ ela insiste.

_Ruiva, tem algo muito errado com você._ eu disse enquanto Amy dava o copo para ela.

_Estou bem, Pam._ ela insiste.

_Ao menos não vai ser um solo de guitarra seu que vai iniciar o show dessa vez._ disse Amy indo até o seu baixo.

_Não é estranho Amy ser uma baixista tão famosa e ainda ser tímida?_ comentei.

_Me desculpe se não sou tão extrovertida quanto vocês.

Eu disse que isso era estranho, mas muitas coisas estranhas estavam acontecendo. Uma banda gospel no American Music Awards pela primeira vez na história, a ruiva querendo coca e agindo estranho, eu não paro de pensar naquele tal de Lawrence... é um cara tão legal! Eu estava ficando preocupada com a nossa querida vocalista, guitarrista, compositora e (raramente) dançarina. A ruiva não parecia bem. Então oramos e fomos ao trabalho. Como já perceberam, Amy iria começar o show com um baita solo de baixo, depois de levar a galera à loucura, era hora de levar nosso louvor ao trono (nada que Amy não tenha feito lá). Leo e Ally faziam a introdução da música com guitarras, e logo ela começa a cantar:

“Não importa o que eu passar,

Sempre confiarei”

Bak (Sempre confiarei)

“Eu não ligo pro que vão dizer,

Eu sempre confiarei”

(Sempre confiareeeei)

“Você provou que não estou sozinho”

(Sei que não estooooou)

“E o Teu amor é tudo que eu preciso”

(Eu preciiisoooo)

“Não vou me preocupar com o futuro.

Eu tenho Você... Jesus!”

Refrão:

“Te amo! Te adoro! Te louvo! Preciso de Ti, Senhor!

Pra sempre, amigo! Nada me faltará se tenho Você, Jesus!” (2x)

Eu amava tocar essa música! Tem um solo de teclado logo no começo. Ela encerra a música com uma jogada de cabelo e um “GLÓRIA À DEUS!!!” bem alto. E o show foi continuando. Logo depois da segunda música, eu vi o Lawrence logo de frente para o palco. Fiquei um pouco vermelha (espero eu que só um pouquinho) e sorri pra ele. Ah, é! Os outros estavam lá também.

Quando acabou, fomos tirar foto com alguns fãs e depois guardar os instrumentos. Foi quando o pessoal da Escola de Rock, sei lá porque, subiu no palco. Provavelmente o gordão... qual era mesmo o nome... Dewey queria falar com a Ally (raramente chamo ela assim ou de Allysson mesmo). Então, enquanto eu colocava o teclado na capa, ouvi uma voz masculina dizer:

_Maneiro ele!

Lawrence. Eu respondi: _Eu pintei ele hoje.

_Nada mal!

_Gosto de tigres, achei que uma estampa estilo tigre só que vermelha e prata seria legal.

_É a sua cara!

“Pam, você não pode cair em julgo desigual! O que está acontecendo?! E se ele te levar para um mau caminho?!” eu pensava. Minha cabeça estava maluca! Law era um ótimo tecladista e era um cara legal também, mas era tecladista de uma banda mundana e eu não queria aceitar estar apaixonada por ele. Mas eu estava, e ele por mim! Que problemão! Então olhei para o lado e vi Dewey quase surtando. Ele dizia:

_E aquela introdução incrível! E as letras?! Você escreveu as músicas?!

_Sim, grande parte!

_Nossa... Uma compositora dessa lá na banda...

Observei Zack revirar os olhos. Já a ruiva ficou séria e disse: _Sabe, eu não me arrependo de ter saído.

_Bom pra você.

_Eu amo minha nova vida em Cristo.

_Allysson, eu não estou afim de falar disso de novo, tá? Olha, você é uma pessoa boa. Merece tudo o que conquistou.

_Então não tente me levar de volta.

_Ou, ou, ou! Ninguém aqui quer te levar de volta, ok?

_É o que está parecendo.

Freddie e Jeremy estavam atrás dela e o baterista deles tentou puxar a luva direita da Ally. Ela rapidamente puxou a mão assustada. Jeremy pergunta:

_Ally, qual é o seu problema?!

_Amor, já chega. Tire a luva. Todos nós sabemos. O que há de errado com você?_ perguntou Cris.

_Quer saber? Desisto.

Foi a primeira vez que a vi tirando a luva. Ela a entregou ao marido e mostrou as costas da mão: uma tatuagem, a sigla de seu nome. As letras eram pretas e lindas, bem desenhadas. Como dois pingentes, um “A” com uma argola em uma das pontas e um “G” preso nela. Era tão bonita e simples! Mas causava aquele sentimento de culpa na Allysson.

_É bonita!_ disse Jeremy.

_Satisfeitos?_ a ruivona apenas ignorou e correu com a mão na boca. A encontrei no banheiro vomitando. Vai saber...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então...? O que acharam?