Allysson Grey Vs Escola de Rock escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 17
Sua vida vai mudar, brother!


Notas iniciais do capítulo

Só não publiquei antes porque passei mal. Também ando entupida de estudo da escola e estudo bíblico, então minha frequência vai diminuir. Boa leitura!



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M: Jeremy.

Bom, eu estava em casa comendo salgadinhos e tomando refrigerante de laranja quando Amy me ligou:

_Ayume?

_Oi Jeremy.

_Alguma razão para me ligar?

_Não consigo falar com a Allysson ou com o Leo.

_O que houve?

_Medo. Eu fiz besteira e você é quem geralmente faz. Só quero saber como foge da fúria da Allysson.

_Não fugo! O que você fez?

_Sabe a Kate?

_Da Escola de Rock? A baixista que era muito legal até você dizer que era também?

_Correção: que era legal até você dizer que sou melhor.

_O que tem ela?

_Eu a desafiei a um duelo de contra baixo.

_Não zoa! Verdade?!_ perguntei surpreso.

_É!

_Aê! Ayume está crescendo!

_Isso é sério, Kent! Allysson vai me matar!

_Ally não vai te matar! Relaxa!

_Alguma dica?

_Conta pra ela, mas... leve um presentinho pro bebê. Só uma dica.

_Pode deixar.

_É a melhor forma de comover uma mulher grávida.

_Então tá. Valeu, Hawkeyes!

_Já disse que sou o Superman!

Ouço uma risada e o telefone desliga. Eu não pareço tanto assim com aquele cara, pareço? Claro que não! Eu tenho baquetas, não flechas! Sabe, em particular, Amy é muito espontânea. Naquele momento, eu estava com raiva da Kate. Quando estou com raiva, vou para a minha bateria e faço longos solos, mas logo no começo, meu celular tocou novamente:

_O aí, Jerry?

_Freddie! Como vai, cara?!

_Bem, mas preciso falar com você.

_Claro! Onde a gente se encontra?

_Que tal aquela lanchonete perto da rádio? Mas outra hora. Estamos no meio de um programa e o Dewey deu uma pausa. Está rolando outras músicas enquanto isso.

_Legal. Então... que horas.

_Tô livre essa noite, cara. Que tal?

_Pode ser. Tchau.

_Até lá._ ele diz desligando.

Então, minha raiva passou e fiz meus rotineiros e longos solos da mesma forma que uma pessoa canta junto com a radio gospel em adoração ao Senhor. Achava oque? Que não dá pra adorar a Deus com os instrumentos musicais como a bateria? Obvio que dá! É o que faço sempre!

Foi a bateria a maior ferramenta que Cristo usou em minha vida para me levar até Seus caminhos. Eu havia fugido de casa porque meus pais não aceitavam minha banda de garagem de heave metal que vivia em pé de guerra entre si e com meus pais. Acho que eu era o pior baterista da história.

Quando meus “amigos” me abandonaram, eu fiquei quase duas semanas dormindo na rua (eu até falei disso no primeiro DVD da Banda Light) e um pastor me abrigou na casa dele. Esqueci de mencionar: eu tinha 15 anos. E esse pastor tocava bateria como eu nunca havia ouvido alguém tocar antes. Ele era muito bom.

O pastor me ensinou a tocar e, entre uma aula e outra, uma oração, um conselho, um sermão, uma palavra... e de pouco a pouco, eu me entreguei a Cristo e voltei pra casa transformado. Estudei direito e teatro (eu sei que uma coisa não tem nada a ver com a outra) e depois sim que fiz música. Foi até na faculdade de teatro que meu professor, um viciado em quadrinhos, me chamou de Superman só pelo meu sobrenome. Mas isso é irrelevante pra agora.

Um tempo depois, eu fui em um congresso de música e conheci uma loira totalmente maluca, mas muito “Jesus Freak” (louca por Jesus) chamada Pamela Drew Vincent. No mesmo dia, Ayume Danchi, uma japonesa fofa (qual é?! Amy era fofa quando adolescente!) que havia acabado de se mudar para a América. E logo um casal (ainda só namorados) recentemente convertido (tipo, naquela tarde) chamados Christopher Rowley e Allysson Azevedo (na hora não intendi) Grey. Leopoud Parker eu já havia conhecido, o pai dele era ministro de louvor, mas a banda se conheceu aí.

De noite, eu, como disse, me encontrei com Freddie na lanchonete. É claro que a Pam gosta do Lawrence de uma forma diferente, mas nossa amizade tinha, pra mim, um propósito em comum: levar o evangelho. Estávamos na mesa conversando e comendo hambúrguer quando ele começou:

_Até o Finn está começando a acreditar.

_No que?

_No Deus que vocês servem.

_Verdade?!_ perguntei desacreditado.

_Ele tenta se negar, mas suspeita.

_E você?

_Bom... Zack admitiu que não tira os olhos da Summer, o que eu já havia reparado. Fico feliz dele ter superado a perda de Allysson.

_Que eu saiba, a Ally está viva!

_Você não sabia?_ era a vez dele não acreditar.

_É claro que eu sabia! Eu estava de onda com você! Zack era apaixonado pela Allysson.

_Sim, e agora está pela Summer.

_Esse cara não cansa de procurar alguém?!

_Sei lá! É solteiro, não é?

_Sim.

_Eu tenho uma namorada incrível.

_Imagino. Deve ser uma garota legal.

_Olha, eu não estou muito afim de falar disso. Voltando ao assunto, eu também estou achando que é verdade. A mensagem que vocês querem passar.

_Mas é claro que é!

_Nunca acharam algo improvável?

_Como assim?

_Um Deus que não se vê, mas está lá. Que faz coisas impossíveis e tudo mais...

_Olha, é pra isso que existe a fé.

_É complicado acreditar no que não se vê.

_Ninguém nunca disse que isso é fácil.

_E como sustentam essa certeza?

_Certa vez um ateu disse a um cristão: “Deus não existe.” e o cristão respondeu: “sim, Ele existe! Posso senti-Lo!”. O ateu perguntou: “como posso senti-Lo?” e o cristão respondeu: “aceite-O como Senhor e Salvador da sua vida e então saberá!”.

_Então, você sente a presença d’Ele?

_Sim, sempre que eu oro, louvo... sempre, pra abreviar.

_Quero senti-Lo também.

_O que disse?!_ pergunto surpreso.

_Como faço para aceitá-Lo como Senhor e Salvador da minha vida, como você disse?

_É complicado, mas é a melhor coisa que você fará em sua vida. Exige abandonar costumes que não o agradam, fazer alguns sacrifícios, como parar de beber e não fazer certas coisas com sua namorada incrível, a não ser que se casem, não sair para todos os lugares que seus “amigos” te levarem, como por exemplo, uma balada...

_Já vi que vai ser difícil!_ ele me interrompe e dá uma risada.

_Mas não vai se arrepender.

_E por onde começo?

Segurei as mãos dele e pedi que fechasse os olhos. Orei pela vida dele, a colocando nas mãos de Deus. E depois de tudo, eu coloquei uma mão no ombro dele e disse:

_Sua vida vai mudar, brother!

_Pelo que você disse, já deu pra perceber.

_Amanhã te conto mais, ok?

_Amanhã, porque hoje passo numa loja e compro uma Bíblia.

Rimos um pouco, mas aquilo era sério. Sério, mas feliz, vamos admitir. Consegui trazer meu amigo para Cristo. E assim terminou meu dia: tomei um banho e fui dormir cantando “Happy Day”.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!