May Singer escrita por Violetta


Capítulo 5
Capítulo 5




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Ela estava gritando feito uma louca quando America apareceu
–O que está acontecendo aqui?- Perguntou America
–Essa louca me bateu- Respondeu a loira
America olhou para mim, apenas conferindo se eu não estava machucada
–E quem é você?
–Eu sou a noiva do Miguel. Os pais dele me disseram que ele estava aqui, e eu vim vê-lo.
America pensou por um momento, depois olhou para mim com uma expressão triste
–Se você é a noiva dele, resolva-se com ele. Mas fora da minha casa! -Disse, voltando-se para a loira
–O que? Você não pode me expulsar- Disse a loira
–Não sei de onde você vem, mas provavelmente você sabe quem eu sou. Eu sou a rainha, e este é o meu palácio. E se eu quiser que você saia... você vai sair-
America não costuma usar o termo 'rainha', nem se aproveita da sua posição. Mas agora ela está fazendo isso por mim, não por ela.
A loira se soltou de Miguel com raiva e saiu murmurando. Maxon me soltou com relutância e America me levou para o quarto.
Eu estava em estado de choque. Não conseguia falar, pensar, gritar, chorar, ou fazer qualquer coisa que diminuísse a dor. Fiquei apenas deitada, olhando para o nada. America me deu um beijo e me deixou sozinha.
Passei o resto do dia assim, não quis comer nada que trouxeram. America entrou no quarto, a tarde.
–Você está bem?- Perguntou ela, mas eu não respondi
Como se estivesse adivinhando todas as minhas dúvidas, ela foi respondendo uma por uma
–Eu conferi a história. Parece que Miguel nunca teve mesmo nada com ela. O pai quer que ele se case por causa da influência que Natasha tem [Ah, pensei. Então esse é o nome da oxigenada]. May, sei que você está confusa. Mas você sabe que ele gosta mesmo de você, então não deixa isso passar. Só você pode fazer alguma coisa- Ela deu um beijo na minha testa e saiu.
Mas talvez eu não queira fazer nada. Estou cansada de tentar juntar os pedaços toda vez que meu coração se quebra. Fechei os olhos para tentar dormir. Alguém entrou no quarto, mas eu permaneci de olhos fechados. Senti o perfume de Miguel, e seria melhor ele pensar que eu estou dormindo.
Ele se sentou na cama com cuidado para "não me acordar", segurou minha mão e disse baixinho
–Sei que você está dormindo. E é melhor assim. Não sei se conseguiria lidar com seus olhos azuis me encarando com desprezo. Mas May, eu só queria que você soubesse que eu te amo. Me perdoa se eu te escondi isso, mas eu tinha esperança que você pudesse me salvar. Sei que é pedir demais que você faça isso, afinal acho que você nem gosta tanto assim de mim. Mas... mesmo se você mudar de ideia no último minuto, eu não caso.-
Ele se inclinou para me dar um beijo. Abri os olhos e beijei ele também.
Ele se afastou confuso
–Você estava acordada? Então, isso é um sim? - Ele perguntou esperançoso
–Não- Respondi balançando a cabeça - Você está noivo. E talvez até goste dela com o tempo...
–Não- Ele me interrompeu -Eu nunca...
Interrompi dando um beijo nele. O último beijo.
–Adeus, Miguel
Saí do quarto, já que tinha certeza de que ele não sairia.
Decidi ir para a cozinha, ou iria desmaiar de fome. Comecei a chorar quando alguém se sentou ao meu lado.
–Por que você está chorando moça? - Perguntou um loiro de olhos verdes
–Quem é você?
–Meu nome é Diego. Natasha disse que vinha atrás do meu irmão, então eu vim salvá-lo, mas acho que cheguei tarde demais- Disse ele sorrindo
Irmão? Comecei a chorar mais ainda ao som de "Natasha"
Ele pareceu confuso, mas segurou minha mão e secou meus olhos
–Não chora moça. Você é bonita de mais para chorar.

–Desculpa- Falei me recompondo
–Não precisa se desculpar. Mas acho que entendi porque você estava chorando. Mas não se preocupe, se meu irmão diz que gosta de você, ele gosta mesmo. Ele não costuma mentir.
–Mas ele mentiu. Sobre Natasha- Falei olhando para ele. Ele era praticamente da mesma altura que Miguel
–Acho que você precisa se distrair um pouco. Vem cá- Disse ele me puxando pelo braço
–Para onde? Já vai escurecer- Perguntei
–Confia em mim- Ele respondeu
Arqueei uma sobrancelha
–Eu acabei de conhecer você
Ele sorriu
–Acho que eu é que deveria ter medo de você. Você tem cara de durona.
Sorri e deixei ele me guiar. Seja lá onde fosse.
–Tem algum lugar que você goste de ir?- Perguntou ele
Pensei por um momento
–Tem a casa da floresta. America construiu a 1 ano
–É fácil chegar lá?
–Sim.
Andamos por meia hora até chegar na casa. Já estava começando a escurecer, e o céu parecia nublado. Entramos e ele me deixou ficar quieta. Não fez perguntas, apenas ficou me observando de longe, enquanto eu colocava meus pensamentos em ordem. Vou agradecê-lo por isso pelo resto da minha vida. Eu precisava mesmo ficar sozinha em um lugar que me trouxesse paz.
Quando já estava bastante escuro ele disse
–Vamos? Acho melhor voltarmos.
–Tudo bem- Respondi me levantando
Andamos por uns 3 minutos quando começou a chover forte. Estávamos muito longe do palácio, então decidimos voltar para a casa da floresta. Esse curto período foi mais que suficiente para nos deixar encharcados. Entrei na casa e logo comecei a espirrar. Droga, com certeza ia ficar doente, passei o dia inteiro sem comer nada! Estava fraca, cansada, e molhada.
Me joguei no chão, a casa tinha apenas dois cômodos. A sala, e um quarto. Ele foi até o quarto e voltou com um cobertor. Ele me envolveu com o cobertor e eu não parava de espirrar.
–Você também está molhado- Falei para ele
–Vou ficar bem- Ele respondeu
Ele começou a conversar comigo, para me distrair do frio e da fome. Com o tempo a conversa fluiu naturalmente. Descobri que ele era apenas um ano mais novo que Miguel. Tinha a minha idade que eu. Ele me contou sobre a vida dele, e eu contei sobre a minha. Ele ouvia atentamente. Descobri que embora o conhecesse a poucas horas, confiava nele. Ele parecia uma boa pessoa, e era fácil rir perto dele.
Nas horas seguintes, consegui me esquecer de Miguel e Natasha.
Já estava tarde, a chuva ainda não havia passado e eu estava tremendo de frio. Diego se aproximou e me abraçou. A parte mais interessante é que ele não fez isso com segundas intenções, pude perceber que ele realmente estava preocupado comigo. Quando me virei para olhar para ele, percebi que os olhos verdes dele não possuíam maldade alguma. Ele era aquele tipo "bom moço". Aos poucos fiquei aquecida, mas não quis me soltar do abraço. Havia algo em Diego que me trazia segurança, e eu gostava dessa sensação.


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