May Singer escrita por Violetta


Capítulo 3
Capítulo 3




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Estava me arrumando para o jantar. Lutei com todas as forças para ir o mais desarrumada possível, mas não resisti. Coloquei um vestido azul de manguinhas e arrumei o cabelo.
Saí do quarto depressa, mas esbarrei em alguém no meio do caminho. Senti uma dor no meu pé.
–Ai- Disse, sem nem saber quem tinha sido
–Me desculpe. Machuquei você?- Perguntou Miguel.
Ele estava lindo. Uma camisa social meio desajeitada, e o cabelo bagunçado.
–Sim- Murmurei
–Perdão. Precisa de ajuda para descer?-
–Não. Consigo andar sozinha- Respondi
Ele sorriu e balançou a cabeça
–Por que você é tão teimosa?
–É de família- Respondi
–Não precisa ficar preocupada, não vou agarrar você, se é isso que você pensa.
Parei de andar e olhei para ele
–Não tenho porque ficar assustada. Sei me defender muito bem sozinha. Ainda mais de você.
–Tem certeza?- Ele se aproximou de mim e puxou minha cintura, me fazendo ficar próxima a ele. A velha May voltou e eu fiquei desesperada, sem saber o que fazer.
Ele sorriu e se afastou
–Viu. Não vou fazer nada- Provocou
–Idiota.
Caminhamos para a sala de jantar, e ele puxou a cadeira para eu me sentar. Só de raiva sentei na cadeira do lado. Maxon sorriu e Miguel fez cara feia para o primo.
–Então Miguel,- Perguntou Maxon -Está se saindo bem?
Todos ficamos em silêncio. Era óbvio que Maxon estava falando sobre mim. Miguel apenas deu um olhar de ameaça para o primo, que fez America rir.
Terminamos o jantar, sem eu participar muito das conversas. Fui para o meu quarto, quando percebi que tinha um guarda-costas me seguindo.
–Eu posso ser só um amigo se você quiser-Propôs Miguel
–É isso que você quer?- Perguntei
Ele pensou antes de responder
–Não. Mas é isso que você quer, então eu respeito.
–Tudo bem- Concordei. -Amigos?- Falei estendendo a mão.
Ele ignorou minha mão estendida e deu um beijo na minha bochecha. Para ser mais específica, no canto da boca.
–Amigos.- Ele sussurrou.


Tentei sair mas ele me parou
–Você é uma menina muito bonita, May. Não vai conseguir se esconder para sempre.
–Não estou me escondendo! -Respondi
–Você se esconde atrás de você mesma. Mas você é incrível de mais para passar despercebida.
Fiquei em silêncio, ele pegou meu pulso e colocou uma pulseirinha.
Afastei ele e fui para o meu quarto. Fechei a porta e me joguei na cama. Observei a pulseira, era de correntinha e tinha uma miniatura de coração de vidro vermelho, como o que eu quebrei. Eu me proíbo de gostar dele. O que vai acontecer depois? Ele vai embora em poucos dias e eu vou ficar pior do que estava antes. Preciso cortar esse laço antes que ele envolva meu coração completamente. Eu estava disposta a ser sua amiga, mas não estou certa de que ele também esteja.
–--
Acordei e fui logo trocar de roupa. Faz muito tempo que eu preciso relaxar, se eu continuar pensando nessas coisas vou ficar louca. Coloco meu maiô e um short. Talvez a piscina me acalme um pouco.
Desço correndo, mas quando chego lá fora... Esse imbecil tem que estar em todo lugar que eu vou? O problema é que ele chegou primeiro, então... Me viro para voltar, mas ele já me viu.
–May, pode ficar. A piscina é sua afinal- Diz Miguel
Me viro para olhar para ele
–A piscina não é minha. É da America.
Ele ri
–Tá. Será que a piscina é pequena demais para nós dois?
Suspirei e me sentei na borda da piscina, deixando apenas os pés na água. Ele entrou na piscina novamente, nadou na minha direção e ficou de frente para mim, segurando com uma mão em cada lado da borda onde eu estava. Ele sorriu ao ver que a pulseira que ele me deu ainda estava no meu pulso.
–Você não vai entrar?- Perguntou ele
–Não agora- Respondi
–Hum... Você vai esperar que eu saia. Certo?
–Certo.- Concordei
Ele sorriu e segurou firme na minha cintura. Eu já sabia o que ele pretendia fazer, então gritei
–Não. Se você fizer isso eu te mato!
Ele continuou sorrindo e me puxou pela cintura. Me fazendo entrar na água. Quando emergi, estava com raiva. Mas fiquei surpresa ao ver que estava rindo.
O resto do dia passou voando. Ficamos na piscina jogando. Odiava quando ele jogava água em mim, mas me vingava depois.
Ele estava no meio da piscina, e eu no canto. O objetivo era saber quanto tempo eu demoraria para chegar até ele. Quando ele deu o sinal eu mergulhei. Nadei em sua direção. Mas quando emergi... Eu havia errado um pouco nos meus cálculos, e estava próxima de mais. Ou não sei se foi exatamente assim que eu calculei. Estou nervosa demais para pensar em alguma coisa. Meu rosto estava próximo demais do dele, e pela primeira vez, percebi que ele também não sabia o que fazer. Ficamos assim por alguns segundos, que mais pareceram uma eternidade. Quando vi que ele inclinou a cabeça, se aproximando mais [Se é que tinha como ficar mais próximo que aquilo] Eu recuei. Mas não fui muito longe, ainda estava bastante próxima. Eu não conseguia me afastar, e também não conseguia afastá-lo. Então ficamos assim, em silêncio.
Ele me puxou pela cintura, foi rápido de mais para eu perceber. Mas assim que senti um toque suave nos meus lábios, eu o empurrei. Interrompendo o que não foi nem um selinho.


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