Soltei a mão do Léo e disse:

– Pode beber agua. Ele sorriu e respondeu:

– Não, primeiro as damas.

Eu sorri e bebi a agua. Agradeci e ele bebeu. Ele me perguntou:

– Desculpa a pergunta, mais tem algum parente seu internado aqui? Respondi:

– Tem, mais não é meu parente, é que eu sou babá de um menino que esta internado aqui, e você? Ele respondeu:

– Minha irmã caiu e quebrou o braço.

Ficamos conversando e descobri que Léo é novo na cidade, tem a mesma idade que a minha e não é igual ao Carter, Léo é todo fofo e cavalheiro, mais Já Carter, bom ele é um idiota, arrogante, troglodita, galinha que fica se agarrando pelos corredores dos hospitais.

Sim, eu estou revoltada com isso, poxa é o irmão dele que quebrou a perna, não dava para ele ter consideração e não ficar se agarrando por ai? Claro que dava!

Estava conversando com Léo, quando o troglodita do Carter chegou agarrando meu braço e falando:

– Alyssa vem, já podemos ver o Austin. Se fosse outra ocasião eu mandaria Carter se danar, mais nos estamos falando sobre o Austin, então eu vou.

Me virei para Léo e disse:

– Preciso ir, depois a gente se fala.

Só deu tempo de ver Léo acenando um tchau para mim, enquanto eu estava sendo puxada corredor a dentro por Carter.

Chegamos de frente para a porta do quarto de Austin e o infeliz ainda agarrava meu braço. Eu disse:

– Já pode soltar o meu braço. Ele soltou e disse:

– Muito bonito dona Alyssa, ficar de conversa fiada enquanto meu irmão esta com a perna quebrada em um hospital. Eu ri ironicamente e disse:

– É melhor ficar de conversa fiada do que ficar se agarrando por ai com uma vaca.

Bom acho que vocês não estão entendendo não é mesmo? Pois bem, a vaca, quer dizer a Luciana é uma vaca, metida, piranha, que se acha a dona do colégio só porque é rica, ela tem um rolo com o Carter, já cansei de passar pelos corredores do colégio e vê os dois se agarrando, eca que nojo!

Carter disse:

– Você viu? Eu ri cinicamente e respondi:

– O hospital todo viu meu filho.

Falando isso eu entrei no quarto de Austin, e o mesmo dormia como um anjinho. Senti alguém atrás de mim e nem precisei virar para saber que era Carter.

Ele suspirou e foi se sentar em um sofá de três lugares que tinha no quarto com um cobertor.

Carter se sentou e depois se cobriu, acho que ele esperava que eu fizesse o mesmo, mais estava muito enganado. Invés disso eu me sentei em uma cadeira que não era muito confortável.

Ele olhou minha atitude e disse:

– Você não tá pensando em dormir ai tá? Eu não vou te agarrar, não sou um tarado.

Me virei para ele e respondi:

– Ah eu vou sim, e sim, você é um tarado, não só um tarado como um idiota. Ele revirou os olhos e disse:

– Tá bom, a coluna é sua mesmo.

Ele fechou os olhos e eu tentei fazer o mesmo, só que não deu muito certo pois o ar condicionado estava ligado e estava muito frio, e o que me sobrou foi ficar olhando o Austin dormir. Será que o Austin se incomodaria de dividir a cama comigo, tipo só um pouquinho metade do lençol, mais acho melhor não do jeito que eu me reviro na cama é capaz do garoto cair por minha causa.

Já tinha se passado 1 hora e meia que eu tinha sentado naquela cadeira e ainda não tinha conseguido dormir, e já eram 01:45 da manha, e eu não costumo dormir tarde.

Já não aguentava mais de tanta dor nas costas e de frio, me levantei sem fazer barulho, parei na frente do idiota( cujo se chama Carter) e acenei com a mão de frente do rosto dele e nada, então me sentei devagar no sofá e com cuidado peguei um pouco de cobertor e me enrolei, quando fechei os olhos, Carter disse:

– Boa noite maluca. Respondi:

– Boa noite troglodita idiota. Ele riu e eu viajei nos meus sonhos. Estava tão confortável ali, que a ultima coisa que eu ouvi foi Carter rindo, e depois eu apaguei.