Before The Goodbye escrita por Ann G


Capítulo 1
O Início de Tudo


Notas iniciais do capítulo

Oii D
Minha mais nova fic. *---*

Não tenho previsão para o próximo post, portanto esperem tá legal xD
Já escrevi bastante caps, só preciso passar para o pc e isso cansa. Jeez, cansa muito xD
Enfim, leeiam e se botarem fé, aahhh, eu continuarei postando.



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cap 1



"Quando você apareceu eu não conhecia o amor
Mas agora sei que às vezes não é o bastante
Eu ouço seus passos no corredor
Mas é apenas meu coração, batendo como antes

Eu queria poder tentar
Eu só não posso dizer adeus
Não, não hoje
Não, eu só não posso dizer isso"


 


Before the Goodbye - Antes do Adeus


 


Aquilo tudo não passava de alucinações. Todos os dias eu conseguia vê-lo, conseguia senti-lo...


Todos os dias eu queria esquecê-lo. Alguém que só me fez mal, que só me fez sofrer. Apesar dos contras, havia a felicidade. Alguém que conseguia me fazer sorrir, que me fazia feliz.


 


Estar em uma casa de reabilitação para alcoólatras não é nada agradável. Você aprende a viciar em uma bebida e adora. Acaba se divertindo e só pensa em acrescentar ainda mais aquele doce liquido na sua corrente sangüínea. Desde aquele maldito dia eu bebo para esquecer o sofrimento, para esquecer que você me deixou. Você é o culpado dessa reabilitação, desse meu vicio.


 


Três semanas que já estou aqui. Fugi uma vez, só que ao ler o jornal e ver uma foto sua eu só desejei colocar algo nas veias, voar para longe da terra. Acabei voltando para a reabilitação. Naruto está pagando isso tudo para mim, ele me quer ver curada, quer me ver feliz e sorridente mais uma vez. E só acontecerá isso quando eu finalmente parar de beber. Até que estou me esforçando, a bebida me fazia Ter alucinações. Percebi que por mais que eu bebesse para afastá-lo de mim, eu só o atraia ainda mais. Eu queria beber para trazê-lo para mim.


 


Agora que eu parei de beber não enxergo mais nada além da realidade e estou me sentindo bem melhor. Vou me recuperar para ter minha vida de volta, ter meus amigos e principalmente meu irmão de coração. Naruto.


Hoje a noite está fria, pesada. Observo que não há estrelas no céu, a lua está sendo escondida por grossas nuvens de chuva. Se eu continuar aqui fora, é capaz de pegar um resfriado.


Levantei-me da cadeira de balanço e comecei a andar para o meu quarto, amanhã seria dia de visitas e pela primeira vez eu estava animada.


Andei para o meu quarto pelo lado de fora, andando pelo jardim com as flores perfeitas e perfumadas. Foi aí que senti algo ou alguém atrás de mim, inspirei bastante para ter forças para correr e quando senti aquele perfume petrifiquei naquele mesmo lugar.


Demorou alguns segundos para sair das lembranças, sair do passado e me virar para poder enxergar o que estava atrás de mim.


 


Alucinações não são tão reais assim.


 


- Sakura... – aquela voz grave, grossa, me fez arrepiar involuntariamente. Ele está muito mais bonito desde a última vez que o vi, havia sofrimento em seu olhar, tristeza. Não é novidade, já que isso era uma característica dele. Mas está mais bonito... O passar do tempo fez muito bem a ele. – Eu...


 


- Cale-se! – ordenei – Não ouse falar qualquer coisa para mim. Não tem esse direito.


 


- Naruto me falou que você estaria aqui, não acreditei. Mas vejo que é verdade.


 


- Claro que é verdade Sasuke Uchiha. Você fez isso comigo. – sorri sem emoção – Incrível não é? Você ter tanto poder sobre mim, conseguir me destruir sem estar perto, sem poder comandar e dar ordens.


 


- Nunca quis te destruir Sakura. Você fez isso consigo mesma, eu não...


 


- Passou tanto tempo e você ainda continua jogando a culpa nas outras pessoas. Não se faça de vitima. Claro, eu sou culpada sim. Permitir acontecer isso comigo, beber até ficar viciada e sempre querer mais uma dose. – pausei – Café da manhã era três copos de vodka pura, meu almoço eram taças e mais taças de martini e meu jantar, sempre foi acompanhado pelo delicioso whisky. E ainda tinha os lanches, as vontades... Nunca consegui largar o vicio, várias vezes fui para o hospital. O médico sempre diz que é um milagre estar viva e eu digo que é a vontade de viver, de ser feliz novamente. – olhei-o amargamente – Tudo isso é minha culpa. Eu que fui no seu jogo e acreditar no que você me disse uma vez: “A bebida me faz esquecer de tudo, me faz levitar e não pensar nos meus pais, na minha tristeza e saudade.” Isso que acabou comigo.


 


- Não deveria ter feito isso. – ele se aproximou – Eu lhe disse que iria voltar.


 


- Não voltou. Esperei dois anos e você não voltou. Assim iniciei minha rotina, esquecer o sofrimento.


 


- Passou quatro anos bebendo. Sakura você poderia ter morrido, entende o quanto que isso faria pessoas sofrerem?


 


- Pouco me importa. Eu deveria ter morrido, teria sido o melhor para mim, o melhor para os outros. – cobri meus ombros com o casaco, ficou mais frio. – Não foram exatos quatro anos, eu vim muitas vezes para a reabilitação, mas sempre que saia, você me atormentava e me fazia beber de novo. Naruto sempre me fazia voltar. Digamos que tenha sido apenas três anos bebendo. – respirei fundo – Muita gente iria sofrer com minha morte por isso decidi mudar, decidi não viver mais do passado e melhorar. Farei isso por Naruto.


 


- Faça isso por mim. – pediu-me – Não sofra pelo passado, por tudo que lhe fiz, pelo adeus.


 


- Se acha que voltarei para você Sasuke, está enganado. Quando eu disse que eu irei melhorar para aqueles que me querem sorrindo novamente, não inclui você.  Para mim Sasuke Uchiha, você está morto.


 


- Sakura, você ainda me ama. Se não me amasse, não estaria vivendo nessa reabilitação.


 


- Agora você assume que a culpa é sua – sorri – Sim, eu te amo Sasuke. Não vou mais me iludir por esse sentimento, foram muitas despedidas, muitas decepções. Poderei morrer te amando, mas não desistirei de viver uma vida onde você não está incluído.


 


- Mas que droga! Está só pensando em você. E eu? Não pode pensar em mim também?


 


- Passei toda minha vida pensando em você. Agora chega, preciso pensar em mim, na minha felicidade. E você, não é ela.


 


- Eu voltei, voltei para você.


 


- Que bom que você veio me ver. Assim testarei minha capacidade de resistir ao álcool.


 


- Não vai permitir que eu entre na sua vida? - ele deu um sorriso de canto. Notei que seus olhos se tornaram mais negros – Vai me esquecer como se eu fosse nada?


 


- Você nunca foi nada. Se você fosse um nada na minha vida, eu não estaria aqui. Podemos ser amigos Uchiha, como fomos antigamente. Nada mais do que isso. – virei-me em direção do meu quarto – Se você quiser isso, bem vindo Sasuke. Se quiser mais alguma coisa, adeus.


 


- Sakura! – ele me chamou. Não virei, apenas comecei a andar. Eu preciso ir para a psicóloga, preciso que ela converse comigo, que ela me faça esquecer a tentação.


 


Andei rapidamente para a sala da psicóloga, entrei e a vi sentada analisando alguns papéis.


 


- Sakura, algum problema? – levantou-se preocupada e veio em minha direção


 


- Eu quero... Eu preciso.


 


- Não se deixe cair nas mãos da desgraça Sakura. Você tem que resistir.


 


- Foi ele novamente que me fez isso, eu pensei que suportaria, mas não dá!


 


- Uchiha Sasuke? Sonhou mais uma vez com ele?


 


- Ele veio aqui. Acabei de conversar com ele.


 


- Entendo. – ela me fez sentar no sofá e foi pegar um chá. – Sasuke é um condutor para sua fraqueza. Foi corajosa de ter conversado com ele. – me entregou a xícara e se sentou ao meu lado – Não deve deixá-lo acabar com você Sakura. Você deve ser mais forte.


 


- Eu sei. Prometi isso ao Naruto, devo fazer isso. Mas não sei se irei conseguir.


 


- Querer é poder. Se você quiser se curar você vai conseguir.


 


- O passado persiste em me assombrar, não me deixa lutar...


 


- Reviva seu passado na memória querida. – ela segurou minha mão e beijou minha testa – Reviva aquela época em que você e Sasuke eram inimigos, a época em que você o odiava e a época em que vocês dois se amaram loucamente. Relembre todos os momentos e lute contra isso, lute contra Sasuke. 


 


- Acha que dará certo?


 


- É uma boa alternativa para você ficar forte contra ele. Criar defesas para o poder que ele exerce em você. Faça isso enquanto estiver aqui Sakura, não há bebida aqui, não irá lhe fazer mal. 


 


- Pode ser mais forte que eu e posso acabar fugindo.


 


- Você não quer fugir, quer ser curada.


 


- Quando eu sair daqui, Sasuke não será mais minha doença. – sorri esperançosa – Eu farei isso por você doutora.


 


- Faça por Naruto. Ele a quer curada e viva novamente.


 


- Obrigada doutora. Obrigada mesmo.


 


- Comece a reviver hoje mesmo Sakura, sonhe com todo seu passado.


 


- Sim. – me levantei e segui para a porta – Está na hora de ser mais forte que você Sasuke.


 


Fui para o meu quarto e deitei na cama. Esperei o sono vir, fiquei sonhando com o passado. Sonhando com a época que antecede seu adeus. Voltarei para o antes do adeus...


Sasuke, você é minha doença e eu irei curá-la.


 


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Capítulo 01 – O Início de Tudo


 


Seis anos atrás...


 


Já era metade de um dia letivo. Ultima semana de aula antes das férias de verão, ou seja: semana de tortura e lamentações..


O instituto Chatsworth é o mais prestigiado internato de Konoha. Apenas os filhos de famílias bem colocadas socialmente e sortudos que conseguem por capacidade uma bolsa de estudo conseguem estudar lá.


Como em todos os colégios – até nos mais perfeitos – existem alunos que dão dor de cabeça para todo o corpo docente, mas em Chatsworth não são apenas cinco alunos que trazem problemas, que comandam o mal e sim uma turma inteira. O 2º ano (N/A – Como eu não sei o esquema escolar no Japão, será baseado no esquema do Brasil) problemático, as ovelhas negras, a grande dor de cabeça diária para todos que habitavam o internato. O que mais quebrava a cabeça para resolver os problemas era o diretor, Pein.


 


Podia-se dizer que Pein não tinha o perfil de diretor, tão jovem e exercia um cargo totalmente lamentável. Ditador? Ele tentava, mas não obtinha tanto sucesso. Pein não conseguia passar medo por muito tempo, alias ele era capaz de conquistar muitas fãs. Sua beleza era conquistadora, o cabelo castanho avermelhado, o corpo com músculos bem definidos, uma voz grossa que arrepiava qualquer um. Seja por medo, ou seja, por sedução. Apesar de tudo, ele não era intimidado por nada, alias, Pein era muito competente no seu cargo, muito profissional. Sem sua secretária, sua amiga, sua salvação ele não conseguiria fazer muita coisa, Pein não era muito organizado, portanto Konan, uma mulher elegante, extremamente linda, com cabelos azuis e uma rosa branca presa que dava um detalhe e a deixava mais charmosa. O relacionamento chefe/secretária que os dois tinham gerava especulações, fofocas... Os alunos diziam que tinham um caso, mas isso é algo que nunca foi provado.


 


Como todo chefe Pein tinha ajuda do seu fiel escudeiro, aquele que organizava toda a bagunça, toda a desordem. O inspetor casca grossa e revoltado, Kisame. Totalmente rígido e não tinha o problema de conquistar corações para atrapalhar seu trabalho. Os alunos diziam que era esse o problema de Kisame, não ter alguém para amar e ser amado. Ele era azedo por não conquistar. Raramente ele era visto sorrindo e quando ria, era pela desgraça dos alunos. Kisame acabou herdando um apelido nada carinhoso, muita gente, principalmente aqueles que já foram pegos pelo inspetor concordavam com o apelido. Cara de peixe. Sim, Kisame era o famoso inspetor sushi do internato. É claro que este apelido não o afetava profissionalmente, ele pouco se importava só se tornava ainda mais carrasco.


 


Os professores do Chatsworth são bastante competentes e disputados por várias instituições de ensino. Para um  colégio prestigiado, professores exemplares.


Venhamos com o professor de biologia e literatura; o professor preferido do colégio. Suas aulas eram as mais produtivas e por sua mente ter um pouco de perversão – que os alunos achavam uma maravilha – foi designado um apelido: ero sennin.


Jiraya é seu nome verdadeiro. Ele não gostava de ser chamado daquele apelido, difamava sua carreira. Naruto sempre se dedicou ao seu professor, ele o acha demais. Substituía o pai ausente por motivos de trabalho.


 


A professora de língua estrangeira é Tsunade Senju. Ela é uma mulher muito bem dotada, uma comissão de frente notável à distância. Possui cabelo loiro comprido, dividido em duas partes presas iguais atrás nas costas.   Seu temperamento não era muito tranqüilo. Quando algo a estressava Tsunade virava uma pessoa totalmente nervosa.


 


Nas aulas de educação física há um professor que é um colírio natural para as meninas.  O delírio das garotas e a inveja de muitos rapazes. Kakashi Hatake. Suas aulas eram sempre bem aproveitadas, com um corpo bem definido, o cabelo num tom de cinza espetado para cima, uma mascara cobrindo parte de seu rosto que o deixava misterioso e extremamente sexy. Essa mascara era parte do seu charme.


 


Há Sarutobi Asuma, o professor de matemática que é um fumante excessivo, há também Kurenai Yuuhi, a professora de japonês que é bastante bonita e interessante, o único problema é que ela é casada com Asuma.


Sempre geravam várias perguntas entre os alunos, como uma professora tão gata iria se casar com um lunático adorador de matemática? Algo que não é possível se explicar é o sentimento chamado amor.


 


Há o professor de religiões, Hidan. É meio complicado estudar com um professor tão delicinha. Quando abria a boca para falar, era possível escutar o coro dos anjos. O professor de natação Maito Gai, esse sim era um lunático que assustava muitas pessoas com aquele cabelo cortado em forma de cogumelo e aquelas medonhas sobrancelhas grossas. O único que não se assustava e sim idolatrava, era seu fiel aluno Rock Lee. Sua admiração era tanta que Lee é a mini cópia de seu professor.


Há também a louca professora de dança e artes, Mitarashi Anko. Pode-se afirmar que todos os professores de artes são meios pineis.


 


Na lanchonete do internato a melhor comida era servida. O lugar onde todos os alunos curtiam ficar, o local onde a fofoca rolava.


 


O uniforme do colégio era agradável para a maioria, aqueles que achavam clichê demais sempre acrescentavam seus estilos próprios nele. 


Para o vestuário feminino a saia plissada preta um pouco acima dos joelhos era moderna, a blusa social branca possuía dois tipos para serem utilizadas: a de manga curta e a de manga comprida, com alguns detalhes pretos e o símbolo do colégio. As meias pretas, vinham até a metade da canela e acrescentando as sapatilhas pretas.


O dos meninos não mudava muita coisa, só que ao invés da saia eles usavam calça e ao invés da sapatilha era um tênis.


 


Um dia cansativo, uma manhã ensolarada marcava a chegada do verão. Uma manhã com aulas...


Prova de matemática, uma crueldade para qualquer pessoa que sonhava com o mar. O agitado segundo ano estavam em silêncio tentando pensar, claro que prova de matemática é uma prova aonde muitos adolescentes irão “pescar” respostas com os que sabem. Kisame estava sendo o fiscal dessa turma, ou seja, é totalmente impossível colar e ainda para ser mais cruel, ele colocou os mais inteligentes distantes de todos. Kisame os vigiava como um leão a espera do movimento da caça.  


 


- Nara Shikamaru, acorde! – Kisame ordenava


 


- O que houve su... Kisame? – Shikamaru coçava a cabeça sonolentamente – Fiz algo de errado?


 


- Não é hora de dormir. Só porque foi o primeiro a terminar a prova não significa que pode dormir.


 


- Que coisa mais complicada. – bocejou


 


Nara Shikamaru, um aluno excelente, mas preguiçoso. Utilizava um rabo de cavalo bem preso para cima.


 


- Haruno, levante-se.


 


- Me levantar para?


 


- Obedeça-me! – arrogante como sempre, Kisame tratava Sakura com ignorância.


 


- Mas o que foi que eu fiz agora? - perguntava inocentemente uma garota de cabelo rosa – Está ficando louco?


 


- Não seja cínica Haruno.


 


- Olha aqui tio sushi! Diga-me o motivo de você ter me mandado levantar e se tiver coerência eu...


 


- Vai logo Sakura. – sorria cinicamente um garoto moreno com o cabelo arrepiado e uma franja lisa caindo nos seus olhos – Está atrapalhando a turma.


 


- Porque você não cala a boca e fica caladinho aí? Seu idiota. – Sakura olhou-o ferozmente


 


- Levante-se também Uchiha. – Kisame ordenou novamente – Os dois irão para a diretoria


 


- O que? – o Uchiha olhou confuso para Kisame


 


- Vão agora!


 


- Ela até pode ir, mas o que eu fiz?


 


- Os dois estavam conversando em horário de prova, motivos de cola.


 


- Eu colar dele? Isso definitivamente seria um suicídio. – Sakura sorriu para Sasuke com ironia – Se você não percebeu já entregamos nossas provas para o senhor já faz tempo.


 


- Sobre o que conversavam? – o inspetor perguntou


 


- Não seja curioso tio sushi.


 


- Diretoria. Agora!


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Enjoy e reviews ~