P.O.V. Thalia.

É mais difícil do que eu pensei que seria. Eu amo a minha filha com todas as minhas forças e não me arrependo das minhas decisões, afinal elas me trouxeram até aqui.

—Lily, oi amore. Como vai o meu bebêzinho lindo?

Ela riu pra mim. Peguei-a no colo e fomos as duas fazer o almoço do papai.

Nico arrumou um emprego na empresa do pai e cuida da parte financeira já que faz curso de administração na politécnica da cidade.

Eu sou garçonete durante a noite e ás vezes faço serviços domésticos para os vizinhos.

Como este inverno está muito rigoroso eu e a minha pequena família comemos sopa quase todos os dias e a Lily tem que ficar toda encapotada quase que o dia todo.

Evito sair com ela na rua o máximo que posso, mas hoje temos que ir ao pediatra para os exames de rotina.

—E então doutor, ela está bem?

—Aparentemente sim, mas vou pedir uns exames de sangue, fezes e urina só pra confirmar.

—Tá bem.

Fiquei morrendo de pena quando ele tirou o sangue dela. O jeito que ela chorava.

—Prontinho.

—Ai Doutor, como o senhor consegue? Gente, eu não conseguiria.

—Isso é normal. Acontece sempre.

Quando voltamos o Nico já estava almoçando e nós o acompanhamos.

—Tchau amor, te vejo a noite.

—Tchau minha rainha. Até a noite.

—Tenho uma surpresa especial pra você hoje.

—Mal posso esperar gata.

P.O.V. Nico.

Como ela consegue? Ela teve a nossa filha Lily a cerca de sete meses e ainda continua fodidamente sexy.

Ainda me lembro do dia do parto. O jeito que ela gritou até conseguir anestesia.

Sério, meu, aquilo deve doer muito. A Thalia não é de gritar de dor, ela é a pessoa mais forte que eu conheço, uma vez fez um corte enorme na barriga quando foi assaltada e ela não gritou. Não reclamou, foi ao pronto socorro sozinha e voltou pra casa de táxi.

Mas, no dia do parto ela mandou a enfermeira calar a boca e mandou o médico pra puta que pariu.

A Annabeth se sentiu mal. Só ficou em paz quando ela recebeu anestesia, ela queria que tudo desse certo.

A Annie é um doce de pessoa, ela e o Percy sempre estiveram lá pra nos apoiar assim como o Grover e o Luke. No dia em que a Thalia entrou em trabalho de parto ás três horas da manhã eles levantaram da cama e foram ao hospital ficando lá até a Lily nascer. Passaram a noite em claro e ainda saíram pra comprar presentes quando o centro abriu e só depois de terem feito isso tudo foram pra casa dormir.

O nome da minha filha é Liliana Grace Di Ângelo.

Ela é o bebê mais adorável do mundo, até a minha irmã Bianca simpatizou com ela.

A mulher que eu amo a convidou para ser a madrinha e ela aceitou na mesma hora e eu escolhi o Percy como padrinho, afinal ele é um cara responsável que gosta de crianças.

P.O.V. Percy.

Cara, a filha do Nico é uma gracinha. Aquele bebê é irresistível.

Ela é muito sociável, vai no colo de todo mundo, adora brincar e encanta a todos que conhece.

A pequena Liliana é um anjinho, nunca reclama de nada á menos que esteja com fome, com a fralda cheia ou muito cansada ela é um bebê muito tranquilo e puxou isso do pai.

Isso é obvio já que a mãe é uma pessoa geniosa.

Aqueles dois foram feitos um para o outro assim como eu e a Annie. São almas gêmeas, ela é toda gótica e ele é mauricinho mas o amor entre eles é palpável.

Quase dá pra tocar. Eles tem uma conexão única que eu nunca vou entender e apesar de eu ter uma com a Annie existe uma diferença.

Cada casal é diferente, mas a intensidade é a mesma.

—No que está pensando amor?

—Em como o amor é igual em todos os casos.

—Claro, o amor é universal. Se as pessoas se amassem mais não teríamos tantas guerras.

—Verdade sabidinha.

—Te amo cabeça de alga.

—Te amo sabidinha.

Olha só, esse apelido cabeça de alga é porque eu tenho um fascínio pelo mar e adoro sair para pescar e nadar. Tem algo no mar que me atraí muito, como um imã.

O meu pai também tem isso então acho que está no meu sangue.