Winchesters e Cullens escrita por Ana Black713
Dean e Renesmee foram atrás de mais informações sobre o acontecido com vizinhos e policiais, enquanto eu dava a volta na casa e procurava pistas. Da mesma forma como no prédio de Emily, pude ver um rastro de sangue que sumia de repente. Muito estranho.
- Falei com alguns vizinhos. – ouvi a voz de Renesmee atrás de mim e me virei. – O mesmo que aquela mulher nos disse, Alex Park não parecia ser capaz de fazer mal a uma mosca. E por aqui?
- O mesmo que na casa de Emily. – eu disse. – Um rastro de sangue que some misteriosamente em determinado ponto.
- Hey! – Dean disse, aparecendo atrás de Renesmee. – O caso é nosso sim.
- Agora que você foi perceber? – Nessie disse com uma sobrancelha levemente erguida. – Ainda estava achando que Embry era um mentiroso?
Dean deu um pequeno sorriso amarelo, em seguida pigarreou, meio desconfortável:
- Enfim, eu falei com um patrulheiro que chegou no local, ele ouviu a história do Alex. Ele estava voltando de uma viagem de trabalho quando a esposa foi atacada! – Dean disse.
- Estava em dois lugares ao mesmo tempo? – eu disse com a testa franzida.
- De novo. – Dean afirmou, sorrindo meio convencido com suas recém-descobertas. – Então ele entra na casa e a polícia acha que ele é maluco.
- Cada cultura do mundo tem uma história assim. – Dean ia explicando. – Lendas de criaturas que podem virar animais ou até outros homens...
- Yeah, animagos, lobisomens...
- Temos dois ataques há poucos quarteirões... Temos um metamorfo pela vizinhança. – Dean concluiu.
- Só uma coisa – Rensmee disse com as sobrancelhas franzidas -: sabem se esses metamorfos podem voar?
- Não que eu saiba. - Dean disse.
- Eu achei uma trilha. – eu expliquei, apontando para o rastro. – Ela some bem aqui.
- Hmmm... Tem outro caminho. – Dean disse. – Por baixo.
Renesmee, Dean e eu olhamos para nossos pés ao mesmo tempo. Entendi o que Dean queria dizer: sob nossos pés, havia uma tampa de bueiro.
Encanamento.
Renesmee olhou para mim como se eu fosse louco, uma centelha de algo parecido com raiva dentro de seus olhos.
Dean e eu fomos de acordo em entrar no esgoto e procurar o Metamorfo. No diário do nosso pai havia uma nota dizendo que a única maneira de matá-los era com balas de prata direto no coração.
O problema era que Renesmee também estava de acordo em ir.
E eu não estava de acordo com que ela fosse.
Dean observava a nossa discussão, olhando de mim para ela enquanto rebatíamos, como se assistisse a uma partida de ping-pong realmente excitante.
- Francamente, Sam, seja razoável! – Renesmee pediu. – Eu posso ajudar vocês nessa...
- É muito perigoso. – eu disse pela centésima vez. – Você pode se machucar.
- Então eu serei como uma mala sem alça que não serve de nada a não ser para atrapalhar vocês? Qual é, Sam! Já que tudo é tão perigoso assim, eu preciso aprender a me defender! Nada melhor do que a prática. – ela finalizou.
Eu suspirei profundamente, procurando algum argumento.
Então eu apelei para o sentimentalismo.
- Não quero que você se machuque... – eu disse com o olhar baixo.
- Você não pode me proteger para sempre, Sam. – Nessie disse com a voz mais calma. – Como eu disse, preciso aprender a me defender. Dean o que você acha disso?
Dean olhou para ela com uma expressão surpresa. Parecia até aquele tipo de situação em que você está assistindo algo na Tv e de repente alguém de dentro dela fala com você. Surreal.
- Tá falando comigo? – Dean perguntou bobamente. Renesmee suspirou, impaciente. Dean pareceu se dar conta de que ela estava mesmo falando com ele – Por mim você pode ir. Só não atrapalhe que está tudo legal.
Renesmee sorriu para mim, tentando me tranquilizar. A minha maior vontade no momento era socar meu irmão.
Entramos em um beco escuro e deserto, nos reunindo ao redor do primeiro bueiro que encontramos. Dean e eu tiramos a tampa pesada juntos, enquanto Renesmee segurava a lanterna, apontando o feixe de luz para o nosso trabalho. Quando deixamos a tampa de lado e Dean desceu pelo buraco, usando um tipo de escada que estava embutida na parede subterrânea. Eu olhei para Renesmee, suplicante.
- Nem comece. – ela me alertou ao perceber o meu olhar, e se agachou para perto do buraco enquanto Dean segurava sua mão e a ajudava a descer.
Bem, não era é uma surpresa o fato do esgoto cheirar mal. Mas isso não anula esse fato. Cristo, como fedia!
Renesmee me passou a lanterna que segurava. Começamos a andar, silenciosos. Nossos passos ecoavam pelas paredes úmidas e escuras, os feixes de luz das lanternas varrendo o lugar. Quanto mais andávamos por aquele mundo subterrâneo, menor ficava a ideia de encontrar o Metamorfo.
- Pára! – Renesmee exclamou de repente segurando as costas da jaqueta de Dean com força.
- Nessie, o que foi? – perguntei.
Ela olhou por cima do ombro de Dean, para o chão, onde ele ia pisar uns momentos antes. Havia um monte estranho de um tipo de... gosma cinzenta, ou sei lá o que.
Renesmee soltou a jaqueta de Dean, andando um passo para trás. Parou de andar quando bateu as costas no meu peito.
- Shh, tudo bem. – eu disse, segurando seu ombro.
Mas minha atenção não estava exatamente nela, e sim naquele monte estranho que jazia no chão. Dean se abaixou, pegando alguma coisa no bolso interno da jaqueta – uma faquinha- e segurando a lanterna. Contornei Renesmee, chegando perto também. Ouvi ela dando uns passos para trás.
Dean começou a fuçar na gosma com a ponta da faquinha.
- Mas o que diabos é isso? – eu perguntei, igualmente enojado. Seja lá o que era, cheirava muito mal. – É das vítimas?
- Sabe o que eu acho? – Dean ia dizendo, analisando um fio de gosma que estava preso à faquinha – Quando o Metamorfo muda de forma, talvez mude de pele.
- Que nojo... – foi a única coisa que consegui dizer.
Nos levantamos e começamos a procurar mais vestígios. A lanterna de Dean iluminou outro monte de pele, junto com ele algumas roupas.
- E pelo jeito vive aqui há um tempão... – Dean comentou.
- Quantos crimes esse cara deve ter cometido...? – comentei.
Me virei para Renesmee, iluminando seu rosto com a lanterna. Mas então eu vi: atrás dela, havia um cara. Cara que por acaso tinha a aparência exata de Alex Park, e quando a lanterna bateu em seus olhos, emitiu uma luz branco amarelada.
- Nessie! – gritei, então ela se virou para ele com uma expressão assustada.
O Metamorfo deu um forte tapa no lado do rosto de Renesmee, fazendo-a cambalear para o lado e bater o ombro e a cabeça em um cano. O som me assustou imensamente.
- Nessie! – eu exclamei, tentando ajudá-la de algum modo.
- Sam, corre! – ela exclamou, olhando para o lado em que eu tinha visto o Metamorfo.
Me virei a tempo de ver o Metamorfo há uns metros de distância, correndo. Tirei a arma do cós da calça e Renesmee se abaixou, me dando espaço. Atirei cegamente enquanto o cara corria, as balas ricocheteando pelos canos e paredes úmidas. Quando percebi que aquilo era inútil, Dean e eu corremos atrás dele, os passos ecoando pelo chão molhado.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Agora a coisa tá esquentando! Hihi! O que acharam? Comentem! =D