O dia já começou mal com Lene me tirando da cama em plena madrugada de sábado (lê-se sete horas da manhã ) para um encontro com o Potter . Como se isso já não fosse suficiente o dito cujo me deixou esperando , em plena nevasca devo ressaltar, durante meia hora. Aí você diz: ah Lily foi só meia hora deixa de drama!

Mas vou te falar que meia hora em uma nevasca é uma eternidade. Depois de 20 min você não sente mais os dedos das mãos, e nem vou mencionar os dos pés, seus lábios já estão rachados e a respiração difícil. Agora você se pergunta por que eu fiquei me sacrificando por um encontro com um cara que detesto. Bom, te digo que não fiquei, fui embora.

E quando eu pensei que ia voltar pra minha cama quentinha e seca, quem eu encontro no salão comunal? Ele mesmo: Jamer Potter.

– Lily meu amor, estava te esperando a meia hora- diz a criatura insignificante com um sorriso horroroso.

–Eu que estava te esperando a meia hora Potter num frio congelante pra sua informação e não me chame de amor- digo com toda a raiva que posso.

– Como assim estava me esperando? Onde estava me esperando?

– Na saída como a Lene disse!- e minha raiva aumentando...

– Não lily, eu estava te esperando aqui na saída. Em que saída você estava?

– Na do castelo!! Em qual outra saída eu estaria?!- não tenho certeza mas acho que nessa hora eu já estava gritando, não lembro direito porque faço questão de apagar certas coisas relacionadas ao Potter da minha memória.

–Na saída da sala comunal Lily- Ele disse como se fosse a resposta mais obvia do mundo.

Como eu ia adivinhar que era essa saída? O castelo tem varias saídas se for contar com cada sala, isso é ridículo. Se a pessoa não específica qual é a saída esta falando da saída do castelo, a principal, todo mundo sabe disso.

Depois dessa eu não quis nem papo com o Potter. Não que algum dia eu tenha desejado isso, só ressaltando que dessa vez foi mais intenso. Passei por ele e subi pro dormitório. Ainda pude ouvir ele chamando o meu nome e tive a impressão (quase certeza) que ele tava dando risadas.

É sempre assim, eu sempre sou motivo de risadas pras pessoas e eu nem me importo mais, acho até bom fazer as pessoas rirem, mas não quando essa pessoa é o Potter porque eu não tenho a mínima vontade de fazê-lo rir, na verdade eu tenho vontade de fazê-lo chorar e lamentar o dia que nasceu.

Quando cheguei no dormitório, que graças a Merlin estava vazio, tirei a roupa molhada da neve e fui pra debaixo do cobertor quentinho e fofinho. Quando pensei que teria um pouco de paz Lene entra.

–Lily, encontrei um James muito confuso lá embaixo. O que aconteceu?

– Aconteceu que tive o pior encontro da minha vida, espero que esteja satisfeita- disse fazendo drama.

– O pior encontro? Mas vocês nem se encontraram.

– Exatamente Lene, existe um encontro pior do que quando a pessoa não aparece?

–Lily querida, isso não foi um encontro, foi um desencontro.

–Ela tem razão Lily.

– Pelo amor de Merlin Alice. De onde você saiu?- pergunto quase caindo da cama

– Eu estava aqui o tempo todo lily.

– Não, não estava!

– Claro que estava ou você acha que eu aparatei aqui?

Alice é realmente estranha e realmente me assusta de vez em quando, é por isso que eu evito discutir com ela, mas na maioria das vezes ela é uma fofa.

– Bom, tanto faz. Voltando ao assunto, foi sim um encontro: eu me arrumei e fiquei esperando o cara e ele não apareceu, fiquei molhada, com frio e de mau humor, e quem ousar me tirar dessa cama de novo vai ficar de detenção- falei o mais serio possível e encarei a Lene desafiadoramente.

Por sorte e digo muita sorte, Ela não fez nada, apenas deu de ombros e saiu.

Flash Black off

E foi assim o meu único e pior encontro com o Potter e não importa quantas vezes Lene e Alice digam que não foi um encontro e que foi tudo culpa da minha má interpretação e que o Potter não teve nenhuma culpa. Não importa mesmo o que elas aleguem.

Pra mim, foi um encontro e foi o PIOR ENCONTRO que já tive. Ou foi só uma desculpa esfarrapada da minha parte pra dizer que já sair com o Potter e não gostei, para as pessoas pararem de falar da minha viva amorosa inexistente e cuidarem das suas que deve ser igualmente inexistente já que vivem falando da minha. Entenda como quiser.