Tomorrow Heroes — The Heirs of Avengers escrita por Lady Twice


Capítulo 8
Chapter VII - James Rogers


Notas iniciais do capítulo

Hey, hey, hey! Como estão?
Então, eu estou passando por algumas complicações(lê-se: mudei de casa) e postar está ficando cada vez mais difícil. Mas eu vou continuar.
Boa leitura!



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Quando voltamos para a Arena, ela havia se modificado. A primeira- e menor -parte comportava as armas que cada um de nós normalmente usa em nossos... Hm, treinos na Torre Stark; além de uniformes de agente, provavelmente feitos sob medida. A segunda, um pouco maior, consistia em alvos e bonecos de pano. A terceira, descomunalmente grande, era uma cúpula provavelmente inquebrável; com solo duro e estéril, e rochas por todo o lado.

–Estão irremediavelmente atrasados.- Fury disse, numa espécie de arquibancada, junto à Coulson. Meneou a cabeça para os trajes. –Andem vistam-se. Não temos o dia inteiro.

–Pensei que teríamos uniformes distintos.- Josh comentou, pegando o tecido preto. No dele, o broche prateado indicava Joshua Danvers.

–E terão.- o Agente Coulson replicou. –Quando forem uma equipe de verdade.

–E por que Owen e Howard podem usar as armaduras?- Alyss insistiu, saindo de uma cabine, aparentemente vestida. A roupa colada destacava suas curvas, mas ela parecia desconfortável.

–São as armas deles, senhorita Odinson.- o Diretor respondeu, olhando os Stark e depois nos dando as costas.

Peguei um cinto de utilidades no compartimento que julgava meu, encaixando um pistola de cada lado dele. Estas, eu reparei, eram ICER’s- paralisantes-, como eu esperava.

Me sentindo pronto, olhei em volta. À minha esquerda, Alyss calçava botas que pareciam feitas para amortecer grandes impactos. Seu coque preto apertado continuava intacto, apesar de que alguns fios escuros estavam pairando graciosamente sobre suas bochechas. E, claro, o cara que não reparar o quão bem Alyss Foster Odinson fica de preto pode desistir da vida. Rindo de meu pensamento, me virei para a direita.

Howard estava vestido numa majestosa armadura preta e prateada, com um hexágono brilhante no centro de seu peito. Ele ajudava Owen a colocar o capacete de sua própria armadura; que era dourada e preta mas também portava o hexágono.

Um pouco para além deles, May e Ben experimentavam os lançadores eletrônicos que Fury dispusera à eles. Os cachos ruivos de May haviam sido apressadamente presos num rabo de cavalo alto, e ela parecia insatisfeita com o desempenho do lançador. Benjamin, por sua vez, estava maravilhado.

De volta à esquerda, Josh e Kate conversavam despreocupadamente enquanto Kate testava os arcos à disposição. Seu cabelo, como o de Alyss, fora recolhido à um coque.

Gabrielle, ao lado de Alyss, estava tendo seus fios castanhos presos numa trança no melhor estilo Katniss Everdeen. Ela cantarolava algo baixinho, e Alyss ria, falando para que ela calasse a boca.

Lizzie e Logan estavam sendo apresentados à um maquinário que eu não havia notado, dentro de uma salinha de controle. Ri da cara de fascínio do Fitz-Simmons, e voltei a apertar a fivela de minha bota.

–Vejo que estão prontos.- Coulson disse, quando de fato estávamos.

–Hm, senhor.- Gabi disse, chamando a atenção do Agente. –Alyss está desarmada.

Olhei para Alyss, que sorria, um montinho de espadas aos seus pés.

–Não achou nenhuma equilibrada, senhorita Odinson?- o Agente tornou, mas Ally balançou a cabeça.

–Não, senhor. Mas posso usar uma que dê pro gasto, temporariamente.- ela sorriu, e fez uma breve pausa. –E, por favor, me chame de senhorita Foster. É estranho ser chamada de filha de Odin; uma vez que ele é meu avô.

–Sim, claro. Providenciaremos uma lâmina adequada o mais rápido possível.- ele devolveu o sorriso de Ally. –Agora, senhores, faremos uma simulação simples. Algo como um rouba-bandeira. Para tal, dividiremos a equipe em três duplas e um trio.- ouviu-se um burburinho de expectativa durante a pausa de nosso mentor. –Joshua Danvers, Katherine Barton e Owen Stark. Benjamin Parker e Gabrielle Ward. May Parker e Howard Stark. James Rogers e Alyss Od-Foster.

Ele olhou para nós quando acabou, e os protestos morreram em minha garganta. Gabi começou a resmungar também.

–Agora, para dentro da cúpula. Uma vez lá, receberão instruções.- Fury começou a nos empurrar para dentro do lugar. –E lembrem-se: sem aleijar ou mutilar gravemente.

Eu e Ally recebemos uma bandeira azul, com o número 3 gravado em prateado. Fomos orientados a escondê-la e esperar orientação de ataque.

Os primeiros que foram, hm, orientados a vir até nós foram Howl e May.

Alyss havia colocado a bandeira num buraco entre as rochas em que estávamos, e nos posicionamos de costas um para o outro quando avistamos o moreno e a ruiva. May, numa tentativa de nos surpreender, tentou içar a bandeira com sua teia, mas a lâmina de Alyss a cortou.

–Ei!- gritei, me esquivando de um jato de energia. –Meus bebês não valem nada contra o soldadinho de chumbo!

Ela riu, um risinho tão fofo e meigo, tão Ally, que eu sorri.

–Vire-se em 3, 2, 1... Agora!

Me deparei com May dependurada no teto da cúpula, me fitando de ponta-cabeça. Disparei uma das minhas pistolas, mas ela se balançou e o dardo passou longe. A ruiva lançou um fio grudento em minha direção, que teria me puxado para o chão como uma rasteira- e, provavelmente, feito o mesmo com Alyss. Saltei, e a puxei pela cintura junto.

Ei, ei, ei, nada disso! É só que dois contra um não seria justo. E eu nem tenho porcaria de poder nenhum!

De volta ao solo, puxei o fio, derrubando May em uma rocha, inerte. Howl voou por cima de nós, para checar que ela estava bem- pelos mesmos motivos que eu levantei Ally, claro. Um sinal barulhento, parecido com de escola, soou.

Ótimo, ótimo. Agora, saiam da cúpula.

Obedecemos a voz, meio confusos. Mayday havia perdido a consciência, e Howard carregou-a para fora. Me assustei um pouco quando Alyss passou o braço por meus ombros.

–O que houve?- perguntei, de repente alarmado.

–Howl fez com que a porcaria do tiro de plasma raspasse meu pé.- ela respondeu, e eu deixei que ela se apoiasse direito.

–Ah, então aquilo é plasma?- perguntei, mais pra distraí-la do que por curiosidade. Ela reparou, e deu aquela risadinha fofa mais uma vez.

–Idiota.- Alyss falou, e um silêncio quase que desconfortável assentou sobre nós. –E, à propósito, fazia muito tempo que eu não te via fazer aquilo.

–Aquilo o quê, Ally?- perguntei, me ajeitando sob seu peso.

–Me proteger daquele jeito.- ela riu meigamente mais uma vez, mas meu sorriso não veio aos lábios como era o praxe. Porque o sorriso era da parte satisfeita de mim, e a reprimenda era da parte meio raivosa com aquela declaração.

À meu modo, eu sempre protegi Ally. Do frio, com meus casacos; de LeBleau, com algumas palavras rudes e olhares fulminantes e, droga, até de mim mesmo. E, pela segunda vez em três horas, ela desfazia de mim sem nem ver.

O lado do sorriso se inflou de felicidade. Alyss era como uma irmãzinha mais nova pra mim- o que, por míseros sete minutos, era a mais pura verdade. Minha mãe entrara em trabalho de parto junto com tia Jane, mas minha casa fica mais perto do hospital do que o observatório de tia Jane do hospital de sua cidade em New Mexico. E, o que eu mais desejava era proteger Alyss.

Claro que o mundo não podia ser bom pra mim, e ela tinha que ser uma semideusa que carrega fator de cura dentro de um cantil o tempo todo.

Com um pouquinho de esforço, sorri. E, contra a minha vontade e natureza, corei.

–Ah, hm, não foi nada demais.- respondi, fitando meus pés.

–Claro que foi, Jay.- ela levantou minha cabeça, ainda sorrindo, e depositou um beijo em minha bochecha. Alarguei meu sorriso, sentindo meu rosto esquentar ainda mais. Como assim, você corou?, me perguntariam, se eu contasse. James Clint Romanoff Rogers simplesmente não cora. Ally deu sua risadinha de novo. –Embora tenha me lembrado o meu pai.

–Isso foi um elogio?- brinquei, e ela fez cara de travessa.

–Hm, eu acho que sim.

–Se é assim, obrigado.

Do lado de fora, nossos amigos não haviam se preocupado em nos esperar. May já havia sido deitada num banco forrado de cobertores, Howl, Ben e Logan- supus que ele fosse o médico –ao seu lado. Lizzie enfaixava o pé de Josh, enquanto Kate e Owen discutiam com o Diretor e nosso mentor.

–Senhor, ele quase quebrou o pé.- Owen disse no momento em que nos sentamos, enquanto Alyss levava seu cantil à boca.

–Owen, estou certo de que está preocupado com seu amigo, mas-

–São os riscos de Campo.- Josh cortou Coulson, sem demonstrar dor ou fraqueza. –Riscos que nos dispusemos a correr quando aceitamos o treinamento.

O Diretor Fury bateu palmas cínicas.

–Eu mesmo não diria melhor, senhor Danvers.- brincou. –Esse é um exercício que se repetirá com frequência, até que achemos que estão prontos. Aí, quem sabe, nós mandamos vocês para o Campo. E, ah, sim: as equipes permanecerão as mesmas até que seja de nosso desejo que mudem.

Ninguém disse nada.

–Ótimo. Agora, soldados, descansar.- Coulson disse e não foi preciso que ele repetisse. Desabei no banco, exausto pelo treinamento e pela noite que o antecedera.

***

Assim como na noite anterior, sonhei que estava num labirinto de espelhos. Uma voz feminina sibilava ao fundo.

James Rogers... Cuidado... Muito cuidado... O filho de... O irmão perdido... Thor...

Aquilo não fazia sentido, afinal, Thor só tinha uma filha e herdeira: Alyss Foster Odinson. Mas isso nem era o pior- a voz masculina era centenas de vezes mais aterrorizante.

O prepotente rejeitado, universo encarnado... Ele voltará, ah, voltará...

E eles continuavam soltando frases deste tipo, como se quisessem me alertar; ao passo que meus amigos apareciam no espelho. Exatamente como se estivessem presos no vidro, tentando quebra-lo. Josh, Howl, Ally e todos os outros, sujos e arranhados. Alguns portavam até mesmo queimaduras.

No final, as vozes começaram a falar alto e rápido, como num redemoinho, juntas. Eu não entendia o que falavam, e o ar estava sendo puxado para fora de meus pulmões. Num grito angustiante, acordei.

***

Impressionantemente, eu não gritei na realidade. Mas arquejei no segundo que senti cheiro de traças, ouvindo o farfalhar de páginas.

–Você se debate muito enquanto dorme.- Alyss riu quando eu bati a cabeça no livro grosso, tentando me levantar. Ela me empurrou pelo peito, e minha cabeça repousou em sua coxa. –Quietinho aí, você ainda está pálido.

–Por que raios estou aqui?- perguntei, confuso.

–Você caiu do banco enquanto dormia.- ela deu de ombros, colocando o livro de lado. –E gritava histericamente.

–Tive um pesadelo.- me expliquei.

–Bem, deve ter sido horrível- ela suspirou -, porque você estava, e ainda está, suado e pálido.Todos, à exceção minha e de Kate dormiam. Ela me sentou aqui e acordou Josh e Ben, que te deitaram. Eu cochilei um pouco até você começar a ter espasmos.- nessa hora senti uma pontada em meu pescoço, e vi que Ally estava falando a verdade. –Aí desisti de dormir e fui ler.

Assenti, preferindo não contar sobre meu pesadelo. Vi que ela estava curiosa, mas era supersticiosa- qual é, ela era nórdica. E eu não iria sobrecarrega-la.

Vê? Protegendo Alyss até de si própria.

–E a dinda?- perguntei, me referindo à tia Carol.

–Teve um problema em New York, mas deve chegar a qualquer momento.- ela pigarreou. –Se vista, anda. Só você ainda está com esse troço apertado, e é... Hm, esquisito.

Obedeci, pegando minha roupa normal- afinal, roupas apertadas só ficam boa de verdade em garotas.

***

Na volta de avião, me sentei com os Stark e Ben. As meninas estavam em outro banco e Josh ajudava minha madrinha na cabine de controle.

–O que vocês acham que vai acontecer agora?- Owen perguntou, distraído.

–Vamos voltar e treinar.- Ben declarou. –E de novo. E de novo.

–Até eles nos darem um pé na bunda, e nos mandarem pro mundo.- Howl concordou.

–Só espero que alguém dê botas de bico redondo para elas.- eu brinquei, e eles riram.

–Não vão.- Ben negou.

–Como sabe?- Howard se apoiou na mesa, curioso.

–May diz que estão fora de moda.- o ruivo deu de ombros.

–Moda, Benjamin?- Owen perguntou, incrédulo. –Acha mesmo que eles se preocupam com moda?

–Todas as agentes usam salto.- eu considerei. –E vestem preto, que, segundo Alyss, nunca sai de moda.

–Um belo preto.- Ben acrescentou, malicioso.

–E depois, vocês me perguntam por que é minha cor preferida.- Howl sorriu, e eu ri, distraído. Minha mente estava no sonho que eu tivera, nas vozes sibilantes... Até Howl me cutucar com o cotovelo. –Acho que o Jay- ele falou com voz afetada. Sério, Howard, não faz isso –Está pensando em um certo alguém de preto...

Arregalei os olhos, dando um soco no ombro de Howard.

–Pode ser.- Ben considerou. –Começa com A e termina com Lyss?

Tentei bater nele também, mas estava fora do meu alcance.

–Eu não estava pensando nisso!- exclamei, ao mesmo tempo em que a dita-cuja perguntou:

–Me chamaram?

Benjamin e Howard começaram a cantarolar uma musiquinha idiota, com vozes afetadas(O Jay tá apaixonado, `tá apaixonado) enquanto Owen ria convulsivamente. Alyss estava ajoelhada em sua poltrona, logo atrás de mim, olhando para Ben, Howard e Owen com cara de paisagem.

Me afundei na poltrona, resmungando. Peguei meus fones de ouvido na mochila e liguei no iPod que meu padrinho me dera no meu aniversário, deixando Metallica preencher minha mente.

Meu padrinho? Anthony Stark.

Talvez seja por causa dele que eu sou tão... Bem, eu.

Só talvez.


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Notas finais do capítulo

Apelo, mais uma vez, para que vocês comentem. E, se possível, olhem o tumblr. 3 leitores gentis já me mandaram perguntas lá, e eu já respondi. Até os comentários!



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