Tomorrow Heroes — The Heirs of Avengers escrita por Lady Twice


Capítulo 10
Chapter IX-Elizabeth Banner


Notas iniciais do capítulo

Oie! Aqui estou eu com mais um capítulo é uma narradora nova! Tá-dá!
Não tenho muito a declarar. Boa leitura!



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–Você tem que mesmo ir, Liz?- Hunterish me perguntou pela quinta vez nos últimos cinco minutos. Seus olhinhos acinzentados brilhavam, me mostrando que ele queria mesmo que eu ficasse mais.

Como estávamos num espaço aberto e a neve caía ininterruptamente, seus cabelos escuros e cacheados estavam cheios de pontinhos brancos. E eu ali, tentando me lembrar de que tinha de mesmo ir embora. Isso pode ser surpreendentemente difícil quando seu namorado está beijando seu pescoço.

–Hunt, eu já te disse, o diretor-

–É, eu já entendi.- ele me cortou, tirando um dos braços de minha cintura para acariciar minha bochecha. Dei uma risadinha quando ele beijou meu pescoço de novo. -Não tem mais ninguém que eles possam chamar pra ver isso, não? Você disse que era só uma-

–Anomalia extra-dimensional em cima da casa da minha madrinha.- foi minha vez de cortá-lo, cínica. -Eu preciso explicar porque tenho que ir, Hunterish?

Hunt afastou seu rosto do meu e fez cara cachorro que caiu do caminhão de mudança

–Acho que não.- ele sorriu, e me beijou. -Salve o dia, Liz!

Sorri.

–Te ligo mais tarde, príncipe!- devolvi, soltando-o e andando até Troy Wagner, que me esperava.

–Ele não deixa ninguém mais chamar ele de príncipe.- Troy comentou, quando me aproximei. Olhei para trás e vi Hunt andando para dentro do edifício, os cachos escuros balançando atrás dele. Ri.

–Mas é o título dele, não é mesmo?- brinquei. -Príncipe Hunterish Munroe de... Cara, eu sou uma péssima namorada por esquecer o nome do reino?

Troy fez um muxoxo.

–Nada, Lizzie. Nem eu me lembro, e olha que eu e o Hunterish vivemos colados.

–Se você é quem diz...

–Você pelo menos se lembra do nome do pai dele?

–Claro que sim, Troy!- exclamei, me fingindo de indignada. -É T'ch-

–Não fala agora!- ele me cortou. -Dá má sorte dizer esse nome antes de se teleportar. Rolei os olhos.

–Quem inventou isso?

–Meu pai.

–Mereço.

–Pronta?

–Nasci pronta.

–Corajosa.- ele brincou. -Aposto que tio T'ch-

–Não fala agora!- eu o cortei, e me esforcei para imitar sua voz debochada. -Dá má sorte dizer esse nome antes de se teleportar.

Ele levantou uma sobrancelha-só pra me irritar, porque eu não sei fazer isso-, e me imitou.

–Quem inventou isso?

–Seu pai.

–Mereço.

–Você é uma peça.

–Eu sei.- ele piscou, e então se empertigou. -Qual seria seu destino dessa vez, madame?- Troy se fez de elegante.

–Torre Stark, senhor Wagner.- entrei na brincadeira, e Troy segurou minha mão.

Pisquei forte quando senti o teleporte junto com a náusea. Por mais útil que pudesse ser, eu simplesmente odiava o dom de Troy.

–Aqui estamos.- ele disse, e eu me vi em frente à torre. Dei um abraço no meu amigo.

–Valeu, Troy.- disse, soltando-o.

–Disponha, gatinha.- ele brincou e sumiu, numa nuvem azul e fedida. Revirei os olhos e entrei no edifício.

Estranhei o fato de JARVIS não ter me cumprimentado, afinal, era o que ele sempre fazia; mas também estranhei o completo caos no qual a torre estava imersa. Funcionários corriam de um lado para o outro, carregando fios e eletrônicos, e por vezes pastas.

Peguei o elevador para o nível da base, onde encontrei Katherine, Joshua, Gabrielle e Logan, junto à tia Skye e meu pai. Estavam todos em volta de algo no chão, e eu me aproximei. Meu pai levantou a cabeça do círculo.

–Betty! Ainda bem que você está aqui!- ele disse, e todos os outros se viraram pra mim. Gabrielle riu quando ouviu o apelido pelo qual só meu pai me chamava, mas eu não prestei atenção. -Onde estava?

–Com Hunterish.- eu disse. -O que houve?

Foi Joshua a me responder.

–Pé. Pergunta errada. Eu diria quem aconteceu.

–Então, Josh, quem aconteceu?- perguntei delicadamente.

–Bom, não temos essa resposta, Lizzie. Não exatamente.- o loiro disse, e eu me virei para Kate. Como sempre, ela me entendeu.

–Esse cara- ela apontou para o cara(lindo e loiro) no meio do círculo. -aconteceu. E James, Ally, Howard, Owen, May e Ben sumiram.

Pus as mãos na boca, em estado de choque. Seis pessoas não podem simplesmente sumir assim. Certo? Aparentemente, tio Tony estava com tia Jane, tio Peter, tia MaryJane, tio Steve e tia Natasha; enquanto minha madrinha estava em Washington. E o cara loiro não acordava desde que aparecera ali, haviam dez minutos. Os celulares dos meus sumidos amigos davam fora de área, ou caixa postal. Nada parecia dar certo.

–Bom, pelo menos cumprimos a missão.- Logan disse.

–Qual era a missão mesmo?- Gabi perguntou.

–Descobrir o motivo da anomalia extra-dimensional acima da torre.- eu devolvi.

–Está certo, Logan.- Kate ironizou. -Agora, só temos de descobrir o que raios esse motivo dessa anomalia acima da torre significa.

–Quietas, crianças!- tia Skye disse, e ninguém nem pensou em piar. -Ele está bem, Bruce?

Meu pai tirou os óculos e suspirou.

–Pressão normal, respiração regular, batimentos quase compassados. Ele está ótimo, fora o fato de que está completamente inconsciente.- disse, visivelmente cansado. -Skye, eu juro que queria poder te falar com certeza o que esse cara tem, mas eu não sei. E acho que você tem mais experiência na área extra-dimensional do que eu.

–Bom, mais ou menos.- a mãe de Gabi meneou a cabeça. -Eu sei algumas coisas, Bruce. Coisas que aprendi quando era hacker, coisas que aprendi na internet, e coisas que simplesmente sei. Mas se eu te dissesse o que essas coisas me falam, você me chamaria louca.

–Acho que um pouco mais de loucura não faria mal agora, tia.- Josh brincou, mas a cara séria de Gabrielle dizia que aquilo não poderia acabar bem.

–Acredite em mim, Josh, você não quer ouvir o que eu teria para dizer.- tia Skye falou, e um silêncio pairou sobre a sala.

Meu pai abriu a boca para dizer alguma coisa, mas um arquejo chamou a atenção de todos nós. No centro do círculo, o garoto abrira os olhos- e eles eram de um azul profundo, como os de Alyss. Pensar em minha amiga me fez doer o coração, mas eu deixei de lado. Ou tentei.

–Está vindo.- foi o que ele disse, antes de começar a tossir convulsivamente.

–Saiam de perto, todos vocês!- tia Skye disse, nos empurrando de leve. -Ele precisa de ar!

Olhei para Gabrielle com cara de interrogação, e ela me devolveu o olhar. Esperava que ela pudesse me dizer algo sobre seja lá o que fosse que tia Slye pensava, mas, se sabia, preferiu guardar para si. Um dos problemas de ser amiga de um Ward- seja esse tio Grant, tia Skye, Gabrielle ou Thomas-: você nunca sabe se ele está mentindo ou não.

Quando o garoto parou de tossir, foi decidido-por meu pai e Skye- que era a hora do interrogatório.

–Okay, garoto. Vamos começar do começo: quem é você? De onde veio? Onde estão meus sobrinhos?- tia Skye o bombardeou, e ele olhou para os lados, confuso.

–Tia, e se eu fizesse isso?- me intrometi sem medir as conseqüências.

–Deixa, mãe. Sabe que nós somos sutis como colheres de chá. -Gabi concordou, com um meio sorriso.

Tia Skye suspirou e deu um passo para o lado. Me ajoelhei em frente à ele, agora recostado na parede.

–Oi.- disse, no tom mais suave que pude usar. -Meu nome é Elizabeth, mas me chamam de Lizzie. Qual é o seu?

Ele coçou a cabeça.

–E-eu não sei.- ele disse, em um tom assustado. Sua voz era grave e, em dias melhores, deveria ser autoritária. Pude perceber, pelo modo como se demorava aqui e se apressava ali, que ele tinha um carregado sotaque nórdico. -Acho que é... Erik.

Meu pai suspirou, e pude ouvir ele sussurrando para Kate que precisavam de Natasha. O ignorei.

–Sabe de onde você é?- perguntei.

–Não exatamente.- ele devolveu. -Sou de um lugar diferente, eu sei. Um lugar brilhante. Não daqui.

–Mas você não sabe onde é.- eu concluí.

–Preciso.- ele concordou. -Você é inteligente, Elizabeth.

–Muito obrigada, Erik.- agradeci, e vi Kate entrando.

–Tia Tasha não está em condições de vir, tio Bruce.- ela segredou à meu pai, que suspirou. -Está muito abalada.

–Quem são vocês, Elizabeth?- Erik chamou minha atenção. Ele parecia uma criancinha, apesar de que sua aparência sugeria que ele fosse debochado. Muito debochado.

–Amigos.- me apressei em responder. -Todos nós somos.

–Então por que estão me interrogando?- ele perguntou, me surpreendendo. Eu suspirei.

–Bom, essa é uma longa história.- eu disse, reparando que o pequeno círculo havia se dissipado. Me recostei ao lado dele, apontando tia Skye. -Vê o brasão no uniforme daquela mulher, a águia? É o brasão da SHIELD, uma empresa de serviço secreto que trabalha para manter mundo seguro. Nós somos parte dela. E era nossa missão, como parte da SHIELD, descobrir o que uma alteração no tecido dimensional acima deste edifício significava. Mas, quando chegamos aqui, seis membros da nossa equipe haviam sumido e-

–eu havia aparecido.- ele me completou. -Mas eu não tenho ideia de quem sou ou de onde venho, por isso não serei de ajuda alguma.

Eu assenti, envergonhada. Ele era muito inteligente.

–Mesmo assim você vai continuar com a gente por algum tempo.- continuei. -Em parte porque você não conhece mais ninguém, em parte porque nós temos que ter esperança de que você saiba de alguma coisa.

Ele assentiu, e fiz uma pausa. Um funcionário, Carl, me trouxe chocolate quente- todos por aqui sabem que eu adoro isso -e Erik pediu um para ele. Carl sorriu e trouxe mais um. Eu tomei tranquilamente minha bebida, limpando os últimos resquícios de neve do meu sobretudo. O inverno em Nova York estava chegando, e ele sempre era duro. Em breve, seríamos dispensados das aulas- fosse pelo recesso, fosse pela neve incessante. Enquanto isso, James, Alyss, Howard, Owen, Ben e May estavam sei lá onde, sem contato nenhum conosco. E pensar que eles queriam ir esquiar em Idaho esse ano.

–Quem são eles?- Erik perguntou enfim, apontando os pais de James pelo vidro que separava as salas.
Suspirei e coloquei meu copo no chão antes de responder.

–Steve e Natasha Rogers.- disse, então, olhando o casal. Tio Steve tinha uma expressão triste e abraçava tia Natasha, cujo rosto não estava visível. -São pais de meu amigo desaparecido, James Rogers. Mais conhecidos como Capitão América e Viúva Negra; ele lenda viva, ela a melhor espiã do mundo.

–Me parecem familiares.- ele devolveu. -E aquela moça ali?

–MaryJane Parker. E o rapaz do lado dela é Peter Parker, o Homem-Aranha.

–Que nome sugestivo.

–Concordo.- acresci. -Casados, pais de Benjamin e May Parker. Que estão seja-lá-de-onde você veio.

Ele levantou as sobrancelhas loiras e perfeitas.

–O homem sozinho, talvez?

–Tony Stark. Ele mesmo gosta de se definir gênio, bilionário e filantropo.- eu dei uma risadinha.

–Filantropo?- Erik devolveu, confuso.

–Sim. Ele ajuda outras pessoas com doações. -eu esclareci. -Com a armadura, ele é o Homem de Ferro. Sem ou com ela, é o pai de Howard e Owen Stark, também desaparecidos.

–Estranho.

–E se é.

–E a outra mulher?

–Jane Foster.- respondi quase automaticamente. -Mãe de minha amiga Alyss. Namorada de Thor, que é o pai da garota.

–De... Thor?- ele me interrompeu, fazendo visível esforço para juntar pedacinhos espalhados no fundo de sua cabeça. Não o cortei.-Mas ele não é engajado com Lady Sif?

–Já foi.- eu disse. -Hoje, namora Jane. Por que pergunta? Te lembra algo?

Ele suspirou. Uma pontinha de desapontamento surgiu no meu peito.

–Nada.- ele disse. -É só... Thor. Ele não devia ser um mito?

–Tão mito quanto você.

–Ceeerto.- Erik balançou a cabeça. -Informação demais de uma vez só.

Dei um gole no meu chocolate e me levantei.

–Verdade. Você já sabe muito sobre nós, mas nós estamos no escuro ainda. Talvez seja hora de descobrir algo quanto à você.- disse, e deixei ele à mercê de seus próprios pensamentos.

Assim que o deixei, percebi que não perguntara o mais importante de tudo: o que está vindo? Mas com base em minha experiência com amnésia, eu diria que Erik não saberia nos responder. Então, não achei que valia a pena voltar lá e criar uma conversa para perguntar isso. Poderia deixar isso para tia Skye.
Quando me aproximei da mesa, meus amigos, pai e tia me cercaram. Eu suspirei.

–Ele não se lembra de muito.- disse, e o desapontamento surgiu nos olhos de meus amigos. Meu pai me observava com curiosidade e tia Skye parecia... Me reprovar? Engoli em seco. -Mas acha que o próprio nome é Erik. Não tem nenhuma ideia de onde ou porque veio, mas é inteligente à beça. Perguntou quem eram eles.- apontei os meus tios.

–E você disse?- Gabrielle pareceu a ponto de surtar.

–Claro que sim. Precisamos que ele confie em nós, Gabi.- eu devolvi, e ela bufou. Tia Skye só assentiu, me encorajando a continuar, mas meu pai sorriu. Respirei fundo. -Ele achou tio Steve e tia Natasha familiares, e ficou mega-curioso quando falei que tia Jane é namorada de Thor.

–Se é que ainda é.- tia Skye me interrompeu. -Ele não vem aqui fazem dois meses.

–Erik perguntou se Thor não estava... Qual foi a palavra que ele usou? Ah, sim, engajado com Sif. E a chamou de Lady.- continuei. -E parecer meio confuso quando falei o contrário. Como se de onde ele vem, Thor e Sif fossem engajados.

–Thor e Sif não são engajados em nenhuma dimensão.- Joshua interrompeu. -Se lembra de quando conhecemos Lady Sif, Kate? Ela e Thor eram unha e carne, mas no seu olhar só havia admiração.

–Eu me lembro.- Kate concordou. -Não é possível alguém estar menos romanticamente interessado no melhor amigo do que Sif por Thor.

Meu pai suspirou, meio derrotado, mas a cabeça de tia Skye parecia estar a mil.

–Mãe?- Gabi perguntou, mas ela não a encarou. -O que você acha?

–Acho que precisamos investigar a anomalia antes que ela se vá de vez.- tia Skye disse. -Logan, chame Fitz-Simmons agora. Vamos precisar deles.

–Pode deixar, madrinha.- Logan devolveu, sacando o celular.

–Lizzie, diga à Jane que precisamos dela nesse minuto. Ela é a mais experiente com, hm, portais extra-dimensionais.- se virou para mim. Assenti, e me pus a andar.

–Já vamos chamar de portal?- ouvi meu pai perguntar.

–Podemos chamar de trocador também, Bruce.- tia Skye brincou. -Mas eu prefiro portal.

Ouvi meu pai rir baixinho quando eu deixei a sala, entrando na ao lado. Esta estava mergulhada num clima de luto, como se meus amigos já estivessem sido dado mortos. Não me pus a observar o estranho conjunto- Deus, era depressivo -, andei direto até tia Jane.

–Tia.- disse baixinho, me ajoelhando ao lado da cadeira em que ela se sentava. -Precisamos de você.

–Pra quê, Elizabeth?- ela me devolveu, parecendo indiferente a tudo. Como se a vida tivesse ficado sem sentido depois do sumiço de Ally. -Por que alguém poderia precisar de mim?

–Para achar Alyss.- isso pareceu chamar sua atenção. -Precisamos de você para entender a anomalia. Investigá-la. Saber de onde veio, pra onde leva.

Tia Jane suspirou, e passou as mãos pelo rosto.

–Me dê um minuto para lavar o rosto.- ela se levantou, e eu sorri minimamente. -Já chamaram Fitz-Simmons?

–Claro.- disse eu, andando ao lado dela. -Estamos na sala ao lado, à sua espera.

–Obrigada, Liz.- ela disse. Ouvir o nome pelo qual Hunterish me chamava me alegrou um pouco. -Nós vamos achá-los, não vamos?

–Sem dúvida.- respondi, certa do que dizia. Mais tarde, quando me perguntei de onde vinha aquela certeza, não soube. Mas, naquela hora, eu senti como se fosse a maior verdade do mundo.

Nós iríamos achá-los, independente de quanto esforço fosse necessário. Faríamos aquilo.

Quando voltei para a sala, vi meus amigos sentados num canto à parte, calados. Me sentei com eles.

–Algum de vocês estava aqui quando eles sumiram?- perguntei, depois de um tempo.

Eles olharam para Josh.

–Fui o primeiro a chegar, porque já estava vindo antes de chamarem a gente.- o loiro suspirou. -Estava prestes a entrar na sala quando um tremor agitou o prédio inteiro. Ouvi os gritos deles e algo parecido com uma sucção. Aí, quando conseguimos abrir a porta, esse cara estava aí e eles tinham sumido.

–Conseguimos?- Logan perguntou, parecendo tão confuso quanto eu.

–Eu tinha acabado de chegar com meu pai.- Katherine se explicou.

–Tio Clint está aí?- me animei um pouco.

–Não.- a mais velha suspirou. -Só nos ajudou a abrir a porta e se mandou.

Como é de praxe, eu pensei. Claro que Katherine fingia não se importar, mas sempre se magoava com a ausência do pai.

Desde que tio Clint voltara de seu retiro em sabe-se-lá-onde, logo depois do batizado de James, ele era um dos agentes mais requisitados da S.H.I.E.L.D. O diretor inclusive já quisera clonar ele, em um dos seus maiores momentos de desespero, mas obviamente não o fizera.

–Vocês têm alguma hipótese sobre esse sumiço?- não pude deixar de perguntar, e meus amigos se calaram. Então, Gabi suspirou.

–Quando você é um Ward, aprender a ler pessoas é quase que obrigatório. Meu pai e minha mãe não são lá exatamente comunicativos, então eu e Tom tivemos que aprender a saber o que minha mãe e meu pai pensam antes mesmo de eles pensarem.- ela disse, e reparei que todos prestávamos atenção nela. -Então é claro que eu sei o que é que minha mãe está pensando. E quanto mais eu penso nisso, mais eu fico abismada.

Eu abri a boca para perguntar o que ela achava, mas uma voz vinda do outro lado da sala me chamou atenção. Tenho certeza ué ninguém mais ouviu, porque ninguém mais esboçou reação.

–Isso não faz sentido.- tia Jane disse. -Bifrost está fechada fazem dois meses sem motivo aparente... Eu mesma tentei usá-la.

–Jane, tem de ser isso.- ouvi tio Leo replicar. -É o que tudo indica. E olhe para aquele garoto! Ele parece um-

–Asgardiano.- completei o Fitz-Simmons, e meus amigos e tios se voltaram para mim.

–O que foi que disse, Elizabeth?- Joshua perguntou.

Bati na minha testa. É claro! Os olhos azuis, cabelos loiros, sotaque nórdico... Até mesmo o nome dele, Erik!

Mas, se tia Jane estivesse certa e Bifrost estivesse fechada, eles estavam presos lá. E não fazíamos ideia de como tirá-los.

–Acho que sei onde nossos amigos estão.- eu disse em voz alta. -Agora precisamos pensar em como tirá-los de lá.

–Liz, você não me ouviu? Bifrost está fechada!- tia Jane disse, chateada.

–Deve haver um jeito.- eu devolvi, e então me virei para Erik. -E um motivo.

–Eu não sei de nada, Elizabeth.- ele alegou, o sotaque me deixando profundamente irritada. Raivosa.

–Um motivo.- meu pai repetiu.

–Você disse que alguém estava vindo!- levantei o tom para falar com o(como descobríramos) Asgardiano. -Quem é?

–Elizabeth, eu não me lembro!- ele alegou.

–Você tem de saber!- gritei, e vi todos surpresos a minha volta. Eu nunca gritara com ninguém. -Quem está vindo, Erik? Quem?

Ele balançou a cabeça e se encolheu, e eu me vi crescendo e perdendo a consciência. Pela primeira vez nos meus nada calmos dezesseis anos, eu deixei a outra me dominar.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Leitores fantasmas, porque não vem me dar um oi? Eu não mordo, garanto.
Uh, e chequem o Tumblr. Coisas pipocando por lá.
Até, queridos!



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