Já estava tudo pronto e eu encontrava-me trancada em meu quarto esperando o grande momento de descer as escadas e ir até o jardim da mansão Cullen aonde aconteceria o casamento.

          Encontrava-me pronta. Com meu lindo vestido de noiva, escolhido é claro por Alice. Maquiagem feita e cabelo terminado de ser arrumado por minha irmã Rosalie.

          Eu estava linda.

          Caminhei lentamente pelas escadas de minha casa, ao lado de meu irmão Edward que estava simplesmente lindo com seu smoking preto.

          -Você esta linda Lolô - disse meu irmão ao me fitar. -, mas poderia estar se casando com alguém melhor.

         -Não vamos tocar nesse assunto hoje, por favor, Ed – falei. -, vamos? - perguntei ansiosa.

         -Claro - disse e colocou um falso sorriso torto em seu rosto.

         Descemos as escadas lentamente rumo ao altar.

         Assim que coloquei os pés no altar, Eric logo veio para minha frente com as alianças e o piano começou a tocar. Como era Edward que me levava ao altar e Rose era nossa segunda melhor pianista, ela que estava tocando.

        Enquanto caminhava para o altar improvisado no centro do jardim, observava os convidados. De um lado os Volturi, convidados de meu futuro marido. E do outro os meus, os Denali.

        Sorria para todos enquanto ia à direção ao meu futuro marido, meu amor Alec Volturi.

        Em breve seria Louise Volturi, algo que já não prezava tanto...

        Ao lado de Alec no altar, encontrava-se Emmet e Alice como meus padrinhos e Jane irmã de Alec e Marcus como padrinho dele. O altar estava divino com um arco de rosas vermelhas na entrada dele. Alice tinha enfeitado o local todo com rosas vermelhas, simbolizando o amor e também a cor do sangue.

       Assim que cheguei ao altar a musica parou e Edward entregou-me a Alec dizendo:

       -Ou você cuida bem dela, ou sofrerá as conseqüências.

       Apenas ri levemente.

       O padre começou a dizer suas palavras.

       -Louise Elisabeth Cullen, aceita Alec Volturi como seu legitimo esposo? – indagou o padre.

       -Hã... – brinquei.

       Alec me olhou, assustado.

       Emmet e Edward riram.

       -Claro que eu aceito – falei.

       -Alec Volture, você aceita Louise Elisabeth Cullen como sua legitima esposa?

       Alec me fitou, com um sorriso no rosto.

       Um sorriso que eu nunca havia visto... Sorriso vingativo, malvado.

       -Não.

       Se eu tinha algum coração dentro de mim, ele havia sido partido, por milhares de diamantes, eu não estava com vontade de chorar por ter sido rejeitada no dia do meu próprio casamento.

       A raiva me engolia, um monstro nascia no meu peito.

       -Não? – o padre olhou para Alec.

       -Não aceito Louise Elisabeth Cullen como minha esposa – esclareceu ele. -, e tenho que dizer certas coisas, acho que todos precisam.

       Emmet caminhou em direção ao Alec, furioso.

       Segurei-o.

       -O deixe falar, Emm. É falta de educação – dei um sorriso cínico.

       -Eu fui obrigado a vir aqui, fazer Louise gostar de mim, e certamente cumpri muito bem meu papel, não é mesmo? Mas chega de farsa! Chega, a hora de brincar de casinha cansou! Olha Louise, chegou uma vez, que cheguei a me perguntar se eu não estava começando a gostar de você. Mas esse papo de vegetariano? Nunca foi para mim, nunca vai ser para mim.

       Fitei Alec, o monstro em meu peito dizia.

       ‘Mate-o, mate-o, faça-o sentir dor, você o odeia, faça o sentir o sabor do seu ódio’.

       -Alec, Alec, Alec – cantarolei.

       Alice ergueu uma sobrancelha para mim.

       Ela sabia o que aconteceria agora, ela teve uma visão duas horas antes do casamento, mas não sabia o que realmente era ela só conseguira ouvir um não, e eu me descontrolando depois.

       -Sabe... Eu pensei que amar, fosse respeitar... Carinho... Mas não! Amar é sofrer, sabia Alec? – abri outro sorriso doentio e cínico.

       Não sabia se era impressão minha, mas vi de relance um flashe de medo em seus olhos.

       -Você não me fez sofrer, você só fez o meu irmão estar correto. Edward sempre esteve certo do que você estava fazendo, mas eu não o ouvi, sabe o quanto você me fez arriscar o amor e amizade que eu tenho pelo meu irmão por você? Um ridículo vampiro sedento de sangue e carne humana? Alec, no momento, agora. Eu apenas sinto nojo, repulsa e ódio de você.

       Os Volturi já estavam em alerta.

       -Todos nós vamos embora, não acontece nada, e acabou – disse Jane, cautelosa.

       -Não venha dar ordens aqui! – retrucou Eric, furioso. -, sabem... Eu tenho uma vontade imensa de te matar, Alec. Mas não supera a vontade de pisar na sua face com cara de demônio, Jane.

       Jane deu um sorriso infantil e cínico.

       -Você não chega aos meus pés, Ericzinho... – disse ela, fazendo uma voz de bebe.

       -Então vamos ver – Eric pulou em direção a Jane.

       Os dois começaram a rolar...

        -Se não pararem agora eu irei acionar a guarda, Carlisle – avisou Aro.

        -Sinto muito, meu caro amigo – disse Carlisle. -, você aprontou para cima da minha filha, e isso eu não perdôo.

        Emmet sorriu.

        -Não aceitamos o que você fez, foi golpe baixo nos sentimentos de Louise – disse mamãe Esme.

        -Eu não sei o que faço com você, Alec – disse Edward. -, não sei se faço você frito ou empanado – Edward deu um sorriso malvado.

        Emmet foi para minha frente.

       Os Cullens e Denalis de posicionaram, esperando os ataques.

       -Sabe Alec... – comecei. -, brincar com meus sentimentos, até pode. Mas brincar com casamento, é uma coisa muito séria. Eu disse para você uma vez, nunca mexer com uma Cullen. Você me ouviu? Vejo que não. Mas não diga uma coisa, que não te avisei.

       Dei meu melhor sorriso de maníaca.

       A festa do casamento começou.