November rain escrita por DarkLady


Capítulo 28
Meu Lado




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Os olhos de Potter refletiam dúvida e fúria. Dumbledore estava calmo nos olhando por cima daqueles óculos ridículos. Olhei para Granger, e podia sentir os rápidos e fortes batimentos, por baixo daquele casaco de frio rosa, que estava coberto pela sua capa. Olhei mais uma vez para Potter, que a encarava. Me coloquei na frente dela, em uma ação repentina. Senti Granger cutucando minhas costas, sem que ninguém percebesse. 

— Ela me deu um peteleco. — Repeti segurando a mão da Granger, por trás das minhas costas, sem que ninguém percebesse. 

— Harry, o que você está fazendo aqui? — Granger falou fazendo um gesto rápido com o polegar, em sinal de compreensão. 

— Eu que te pergunto! O que você esta fazendo aqui? Com o Malfoy! — Potter cuspiu meu nome.

— Creio que eu chamei a senhorita Granger e o senhor Malfoy. — Dumbledore falou calmo tocando no ombro do Potter, senti um aperto na minha mão. — Só não esperava o peteleco. — Falou rindo levemente, velho maluco! 

— Mas, eu não entendo! — Potter falou confuso. 

— Eu preciso conversar com os dois. — Apertei a mão da Granger. — A sós!. — Acrescentou olhando diretamente para Potter. 

— Mas… eu… mas…

— Vaza Potter intrometido. — Falei e senti um belisco. — Aí Granger! — Falei puxando minha mão rapidamente. 

— Boa noite. — Dumbledore, falou para Potter, apontando para porta. Potter saiu reclamando e exclamando confuso. Sorri para cena, mas meu sorriso se desfez uma vez que escutei Dumbledore limpando a garganta. — Quanto a vocês dois. — Gelei. 

— Nós podemos explicar! — Granger se apressou em falar. 

— Explicar o que? — Dumbledore perguntou indo em direção a porta em passos lentos. Velho maluco!

— Senhor? — Granger perguntou de boca aberta. 

— Uma vez que eu desejar boa noite para Minerva, devo me ausentar de Hogwarts, por… — Olhou para o nada. — Algumas horas, e senhorita Granger! Agressividade é um claro sinal de amor, quando a intenção não é ferir!. — Falou e saiu pela porta que tínhamos entrado.

— Velho maluco! — Falei encarando a porta. 

— Mas o que ? — Granger também encarava a porta. — Como assim? Ele? Ele sabe? Como? Mas como nós somos espertos e incríveis, melhores que todos os alunos de Hogwarts que já existiram! — Granger gritava andando de uma lado para o outro. — Como somos idiotas Malfoy! 

— Ei!

— Você não percebe! — Falou me encarando e se aproximando. — Nós nunca, nunca! Conseguiríamos sair de Hogwarts com tamanha facilidade, se fosse assim, qualquer um poderia entrar e sair a qualquer momento! Como eu fui burra! Como eu não percebi isso? — Granger falou estourando. — Malfoy, ele sabe! Ele sempre soube!

— Mas o que?! — Gritei me dando conta da situação. — Que absurdo! Que grande absurdo! Que tipo de diretor, pessoa e responsável aquele velho é?! Para deixar isso acontecer! Uma aluna em estado crítico! Recebendo um tratamento bosta, que pode colocar a vida dela em jogo. E ele não faz nada! Ele é o adulto responsável, deveria falar com seus pais, deveria intervir nessa nossa loucura, isso é um absurdo sem tamanho! E por que? Por que ele deixaria isso acontecer? É sua vida que esta em jogo! — Meu rosto provavelmente estava mais vermelho que o brasão da Grifinória, porque Granger me olhava com os olhos arregalados. 

— Draco. — Falou calma me assustando com o uso do meu primeiro nome. — Eu não sei o que o Dumbledore quer com isso, mas ele não colocaria minha vida em perigo.

— Vocês Grifinórios confiam demais nesse velho. — Falei olhando para seus olhos castanhos e faiscantes. — Nenhum adulto deixaria isso acontecer.

— Você não sabe, não sabe quais são os planos dele, pessoas tomam atitudes indescritíveis em momentos indeterminados. 

— Vai virar o louco do Dumbledore? — Perguntei desviando o olhar. 

— Vamos logo. — Granger falou se virando e indo em direção a lareira. 

Minha vontade de matar o Dumbledore finalmente me atingiu, ele não poderia simplesmente deixar a Granger em tal situação de perigo. 

— Olá lindas crianças. — Sra. Magda falou sorrindo desprevenida com a nossa chegada. 

— Oi. — Granger falou seca como Snape em comemorações. 

— Oi sra. Magda. — Falei acenando a cabeça. 

— Bom, Dr. FitzWilliam pediu para eu encaminhar vocês diretamente para a sala dele quando vocês conseguissem voltar. 

— Para sala dele? — Perguntei confuso, mas segui a Sra. Magda. 

— Ele vai chegar em alguns momentos. — Falou a sra. sorrindo e fechando a porta da sala, nos deixando sozinhos. Olhei para Granger, que sentava em uma das cadeiras em frente a mesa, fiz o mesmo.

— Estou com fome. — Falei. 

— Como? Como é possível que você só consiga pensar em comer, principalmente diante do que acabou de acontecer! Você já jantou ora!

— Verdade. — Falei suspirando. — Sabe, não entendo como é possível o Dumbledore saber o que está acontecendo.

— Nunca entendi Dumbledore. 

— Mas confia nele! Vocês confiam nele! O que o Dumbledore tem de tão especial?

— Não se faça de burro, Malfoy! — Falou me encarando e cruzando os braços. — Dumbledore é confiável e ponto! Nós sempre devemos seguir ele. 

— Sabe Granger, vou te contar algo. — Falei sério me ajeitando na cadeira, me virando para Granger. — Você conheceu meu pai, o Malfoy em Azkaban, conhece minha tia Bella...

— Malfoy, não. — Falou balançando a cabeça negativamente e mexendo os dedos. — Não vamos falar sobre isso. 

— Agora é de conhecimento geral que você conheceu meu primo Sirius Black.

— “Primo”, “Pai”, “Tia” — Falou irônica e nervosa cruzando os braços. — Vamos parar de falar sobre isso Malfoy!

— Você estava lá no Ministério…

— Sirius morreu aquele dia! Sua “tia” matou! Harry perdeu o padrinho!

— Eu perdi meu pai naquele dia. — Falei sem encarar a Granger, e um silêncio incômodo preencheu o ar. 

— Ele não é esta morto Malfoy. — Dei uma risada. 

— Ele está em Azkaban, Granger. 

— Onde você quer chegar com isso? Seu pai mereceu. 

— Mas eu mereci? Minha mãe mereceu? O que o Dumbledore fez por nós? 

— O que?! — Granger exclamou incrédula.

— Escuta Granger, vocês… não, você não pode ficar atrás do Dumbledore para sempre, se algo acontecer…

— O que por Merlin poderia acontecer?

— Não sei! Só não dependa do Dumbledore, você não precisa dele. 

— Por que você esta falando isso? — Perguntou se aproximando sentando na ponta da cadeira. 

— Por nada, só porque eu não aguento essa obsessão pelo Dumbledore. 

— O que o Dumbledore poderia ter feito por vocês? Seu pai é um comensal!— Falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. 

— Eu te odeio. — Falei pausadamente, sentando na mesma posição que ela,  fazendo com que nossas pernas se tocassem. — Mas eu também odeio eles. 

— Eles? — Parecia muito confusa.

— Meu pai. — Falei já me arrependendo de ter começado o assunto. Não tinha pensado bem quando comecei a falar. Tudo que eu queria era afastar a obsessão do Dumbledore da cabeça dela. Eu tinha até o fim do ano letivo para completar minha tarefa, eu tenho que matar Dumbledore. E claramente sei o que vai acontecer depois disso. Sei que a Granger vai me odiar mais do que nunca, sei também o quão vidrados e necessitados de Dumbledore, o grupinho dela e ela são. 

Olhei para Granger, que estava me encarado com os olhos concentrados. E entendi. Entendi que queria que ela de alguma forma entendesse meu lado, sem eu precisar contar.

— Você não odeia seus pais. — Granger falou paciente.  

— Falei pai não pais. 

— Você falou que odeia “eles”. 

— Não estava falando da minha mãe, eu amo ela. Mas você esta certa, não odeio nenhum dos dois. — Falei tentando pensar em algo para fugir do assunto.   

— Vamos mudar de assunto. — Granger falou parecendo ler minha mente, sorri fracamente. Parecia que era mútuo a vontade de não entrar nesse campo, no campo da guerra, do mundo dividido. — Nós só precisamos conversar com o Dumbledore. 

— Claro. — Falei me ajeitando na cadeira e olhando para poltrona vazia do Dr. FitzWilliam. 

—  Malfoy. — Granger falou e eu senti a mão dela tocando meu ombro direito. — Eu te odeio. — Olhei para ela, que estava sorrindo. 

— Acho que eu estou ficando louco! 

— Não mais que eu. 

— Argh! — Grunhei. 

— Você é Draco Malfoy! Eu deveria estar socando seu nariz empinado. 

— Já te falei que aquilo doeu. 

— “Sua Sangue-Ruim!” — Falou imitando minha voz. 

— Touché. — Falei respirando fundo. Notei que toda a leveza que eu estava sentindo definitivamente tinha me deixado. 

— Vamos Malfoy, sorria, não é você que esta morrendo. 

— A para com isso Granger. — Granger levantou e simplesmente sentou no meu colo. — Você sentou no meu colo! Por que você está sentada no meu colo?

— Porque eu quero. 

— Granger, nós acabamos de ter um conversa profunda! Que loucura! — Falei levantando meus braços. 

— Qual é Malfoy? Você não acha isso interessante? Draco Malfoy! Desejou que o Basilisco me matasse na frente de todo mundo no segundo ano. 

— Você não tem noção do susto que eu levei susto quando falaram que você tinha sido atacada. — Falei um tanto quanto petrificado com a posição em que estávamos. — Estava torcendo tanto para você ser atacada que quando aconteceu, me senti estranho, não por empatia, mas sim porque eu era uma criança e me senti meio culpado, meio sujo, sabe uma vida é uma vida, e é bem pesada. Mas depois que fiquei sabendo que você só estava petrificada lá na enfermagem, ri da sua cara. 

— “Só petrificada”, queria tanto te azarar aquele ano, seu nível de insuportabilidade estava gigante! — Falou se virando para me olhar. — Malfoy, eu estou me sentindo tão desgastada ultimamente que eu resolvi pensar. 

— Você sempre pensa!

— Quieto! — Falou cutucando meu rosto. — Se eu quero sentar no seu colo e me sentir muito ousada, eu vou! Claro, se você consentir. 

— Mas já não era esse o combinado? — Falei abaixando o meus braços e segurando as laterais da cadeira. Granger não me respondeu, ficamos em silêncio. Eu petrificado não sabendo o que fazer ou como me mover enquanto estava Granger rabiscando algo com uma pena cara, muito parecida com a minha atual, em um pedaço de pergaminho que estava largado em cima da mesa. Ela estava tão leve, que eu sentia os ossos de sua perna mesmo por baixo das camas de roupas que ela usava. Mas aquilo não me incomodava de fato, o que realmente me incomodava era o fato da magreza dela não ser algo saudável. 

— Estou desenhando. — falou baixo. 

— O que? — Perguntei tocando no ombro dela a movendo um pouco, para conseguir ver o desenho.

— Que isso? 

— Não está óbvio? Um gato! 

— É impossível ser um gato! Você não sabe desenhar! 

— Como assim?! Está ficando lindo! 

— Horrível! Você não sabe desenhar. — Exclamei e Granger me lançou um olhar severo e indignado até perceber a proximidade dos nossos rostos. Senti meu rosto queimar e minha pele arrepiar, me senti estranho.

Eu estava envergonhado? Tudo era estranho, eu não poderia simplesmente me sentir assim! 

— Você é muito bonito Malfoy. — Granger falou soltando a pena na mesa e segurando o desenho com uma mão. Virou seu corpo para minha direção e tocou meu cabelo com a mão livre. 

— Eu sei disso Granger. — Falei sorrindo e estranhando tudo. 

— Eu sei que você sabe. — Falou e depositou um leve beijo na minha testa e depois simplesmente deitou a cabeça no meu ombro. 

— Qual é Granger! — Resmunguei e quando senti a respiração dela tocar alcançar minha nuca, anunciando que ela ia me responder quando a porta do escritório abriu. 

— FitzWillian! — Falei assustado e agitado. Granger permanecia calma como se não estivesse nada acontecendo e que mesmo se estivesse, ela não ligasse.

— Resolveram demonstrar afeto em público? — O Mini Doutor ironizou entrado logo após FitzWillian.

— Não, só queria ver o Malfoy extremamente envergonhado. — Granger falou como se aquilo não fosse nada. Ela é com toda certeza mais bipolar que eu, estávamos falando sobre comensais até agora pouco! 

— Demoraram bastante dessa vez. Isso é péssimo para seu estado. — Dr. FitzWillian, falou enquanto sentava em sua poltrona cara, do outro lado da mesa. 

— Meu estado que é péssimo. — Granger falou sem sair do meu colo, o que fez com que o Mini Doutor, se sentasse na cadeira que ela tinha abandonado. — Estou péssima, me sentindo péssima, tenho picos de disposição, qual é da ânsia de vômito todo vez que eu simplesmente sinto cheiro de comida? 

— Embora você possa não sentir vontade de comer, é importante lembrar que uma alimentação adequada e a manutenção do peso saudável são fundamentais para sua recuperação. — Fitzwilliam falou e eu cutuquei o braço da Granger. — Fazer exercícios físicos leves, como caminhadas podem abrir um pouco seu apetite. 

— Já estou com preguiça só de pensar. 

— Sou o melhor jogador de Quadribol, de Hogwarts, posso te ajudar a se exercitar facilmente. — Falei erguendo minha postura e sorrindo orgulhosamente para Granger, que riu. 

— Harry é o melhor! — Empurrei a Granger do meu colo ao escutar o grande absurdo que ela tinha acabado de falar. — Aí Malfoy! — Exclamou, ela não tinha caído, só desequilibrado. — Só falei a verdade.

— Então pede para seu amiguinho te ajudar. — Ela me lançou um olhar mais forte do que a maldição Cruciatus. — Vai ficar em pé. 

— Pode sentar aqui. — O Mini Doutor, falou se levantando, revirei os olhos enquanto Granger sorria e se sentava. 

— Agora que voltamos as normalidades, você vai fazer alguns exames hoje senhorita Granger, porque os exames que Dr. Edward fez não apontaram boas notícias e percebo que vocês não leram a carta que eu enviei ao Sr. Malfoy. Isso é muita irresponsabilidade! Isso é totalmente contra minha ética.

— Ética? Quero ver você falar de ética, toda vez que eu te envio “poucos” galeões. 

— Mais respeito garoto, ou eu suspendo tudo e envio cartas para seu diretor e seus pais. 

— Não me ameace! —Falei cerrando meus punhos. FitzWilliam respirou fundo e suspirou. 

— Vocês são só adolescentes. — Falou mais para ele do que para nós. 

— Agora que acabou essa discussão idiota, alguém pode me falar o que meus exames, que eu nem lembro de ter feito, apontaram. — Granger, gesticulou em um tom firme e forte, mas que não era alto, lembrei da minha mãe. 

— Lembra que eu retornei para te monitorar várias vezes, fiz exames simples, que não apontam muita coisa, mas dá uma base se estamos no caminho certo. — O Mini Doutor falou. — Era o conteúdo da carta. 

— Que enrolação! O que estava escrito lá? — Falei irritado. 

— Seu nível de glóbulos vermelhos está extremamente baixo.

— Isso não é óbvio? — Falei sem entender onde eles queriam chegar. 

— Não Sr. Malfoy, estamos falando que ela possivelmente está com anemia, é comum em pacientes com câncer, mas é perigoso. Você vai fazer exames específicos e tem que começar a se alimentar direito imediatamente, quero todos os nutrientes e vitaminas nas suas refeições, se alimente de 3 em 3 horas, dependendo dos resultados, vou te passar mais poções. 

— Entendo. — Granger falou baixo olhando para o desenho horrível de gato, que ela tinha feito. — Também preciso da poção para o meu cabelo. 

— Percebi que você não tem tomado. Já acabou?

— Caiu no chão do banheiro, estou sem à algum tempo. — Granger falou e eu lembrei daquele dia horrível, onde ela tinha tentado se matar e eu tinha dado um selinho nela.

— Eu acho melhor você não ficar tomando essa poção mesmo. — Dr. FtzWilliam falou. 

— Se o Doutor não me der, eu mesma vou prepara-la. — Granger falou brava e eu duvidei, porque ela não se arriscaria ser pega por alguém. 

— Ok, acompanhem o Dr. Edward. — Falou cansado e a Granger levantou, fui logo atrás. — Mais uma coisa, tomem mais cuidado com essas vindas. — Escutei FitzWilliam falar, sem entender porque ele estava falando aquilo agora, mas resolvi ignorar e seguir os dois na minha frente, que conversavam sobre alguma coisa que não me interessava. Chegamos na mesma sala que a Granger tinha feito os primeiros exames e sentei na mesma cadeira para esperar a Granger ser examinada. 

Tudo o que passava na minha cabeça era que o Dumbledore, provavelmente sempre soube das nossas saídas e por isso nós conseguiamos sair, o que é óbvio, se não todos os alunos de Hogwarts conseguiriam sair e outros bruxos entrar a qualquer hora na escola. Ele também deve ter sido o responsável pelos presentes da Granger, a verdadeira culpada de tudo, porque não contar para os amigos e pais de uma vez?! Ela está se matando, se expondo e piorando o estado que já é ruim e eu estou compactuando. 

Olhei para frente, encarando a porta cheia de detalhes desnecessários na minha frente, que antes eu achava incrível, porque demonstrava riqueza. E só consegui imaginar o que aconteceria se fôssemos descobertos, ou se pelo menos ela contasse para os amigos dela. Senti minhas pálpebras pesadas e fechei meus olhos. 

— Malfoy, Malfoy, Malfoy, Malfoy. — Abri os olhos agitado e me assustei quando vi os olhos da Granger extremamente perto dos meus. 

— Está louca Granger. — Falei me chacoalhando e afastando ela levemente. 

— Você não acordava! — Falou se afastando começando a andar. — Vamos, não esquece minha mochila. — Me levantei e a segui. — Estava sonhando comigo? — Perguntou rindo quando chegamos na sala.

— Não! — Nem lembrava com o que tinha sonhado, precisava de um cochilo desse para me preparar para o resto da noite. 

— Eles vão trazer coisas para comer, porque eu tenho que comer bastante agora. — Falou irônica sentando no sofá. 

— Acho que você sempre teve! — Falei me olhando no espelho. — Vai na festa do Blás?  

— Você é louco? Não gosto de festas de cobras, por Merlim. — Granger falou deitando. — Não tem como eu ir no aniversário do Blás, na verdade eu deveria acabar com esse namoro falso, não sei o que eu tinha na cabeça. 

— O bom é que nossos amigos não vão achar que estamos juntos, mesmo que nós não estejamos juntos. Porque se você namorando o Blás, justifica eu conversar com você, sempre tem a desculpa “Blás”.

— Isso é verdade, mas já estou mentindo tanto para os meninos que as vezes me sinto uma pessoa péssima. 

— Às vezes? Tinha que ser o tempo todo! Qual é? É verdade! — Me defendi quando percebi o olhar assassino que ela tinha me lançado. — Se eu fosse o Potter e o Weasley, eu iria querer saber que você está doente, mesmo se fosse uma simples gripe. E se eu descobrisse que você estava escondendo isso de mim iria ficar extremamente irritado e magoa…

— Já entendi Malfoy, obrigada por me fazer sentir melhor. 

— Por nada, mas falando série Granger, vai ser estranho você não ir no aniversário do seu namorado. 

— Na verdade nem tanto, porque ninguém sabe, mesmo depois daquele beijo ridículo. 

— Sei não, escutei vários comentários pela escola sobre vocês dois, talvez algum dos seus amigos contou para alguém que espalhou para escola inteira. 

— Eles não fariam isso, diferente dos seus amigos. — Granger, falou e eu virei para ela me dirigindo ao braço do “sofá”, onde me sentei. — Qual é? Seus amigos que ficam fazendo joguinhos entre sí!

— Não posso discordar, mas lembra que você e seus amiguinhos não estavam tão grudados esses tempos. 

— Tanto faz, são só rumores. — Falou sentando e batendo a mão levemente no lugar que eu costumo sentar. 

— Eu sou tão idiota. — Falei enquanto me sentava e ela colocava o travesseiro no meu colo para deitar. — O que exatamente vamos fazer sobre a questão do Dumbledore? — Perguntei.

— Eu não faço a mínima ideia Malfoy, mas vamos pensar, se ele sabe todo esse tempo e não falou nada para ninguém, não vai ser agora que ele vai falar.

— Mas a questão não é só essa Granger! Ele como diretor não pode ser irresponsável dessa forma!

— Ui, todo preocupado e com boas maneiras, você gosta de mim né!

— Que!? — Perguntei incrédulo e a porta abriu, passando duas bandejas flutuantes com frutas, torradas, jarra de suco de abóbora e mais algumas coisas para comer, logo atrás o Mini Doutor e FitzWilliam entraram.

— Vamos começar ? — Dr. FitzWilliam falou.

Harry Potter—______________________ 

— Por que você não esta surpreso? — Perguntei me jogando no sofá.

— Porque eu presenciei coisas estranhas vindas da Mione e Malfoy o suficiente para não ficar surpreso. — Ron falou abrindo o pergaminho na mesa.

— Isso é muito estranho!
— Sim e não, ela esta namorando Zabini, então consequentemente ela tem alguma ligação com o Malfoy, ao menos uma mínima ligação e eu não sei como ela aguenta isso. Agora o que não me desce é aquela fita.

— Aquilo é muito estranho e eu não consigo tirar isso da minha cabeça, estava pensando. — Falei me ajeitando no sofá, para chegar mais perto do Ron. — E se o Zabini estiver com a Mione só por um plano do Malfoy, sabe agora que ele é comensal da morte. — Sussurrei.

— Harry esquece isso Malfoy é pateta demais para ser um comensal, sem contar que ele não teria conseguido entrar em Hogwarts, lembra como a revista estava intensificada esse ano. Mas eu tenho que concordar que tem alguma coisa muito estranha, a Mione é muito inteligente para namorar um sonserino. 

— Exatamente. — Exclamei.

— É pode ser um plano do Malfoy, não a parte “comensal”, mas eles podem estar brincando com a Mione, podem ter enfeitiçado ela.

— Temos que fazer alguma coisa a respeito disso. — Falei sentando no chão do lado do Ron e apoiando meus cotovelos na mesa. 

— Cuidado com o pergaminho! Consegui com muito custo da Mione. — Falou empurrando meu braço. — Vamos seguir ela! 

— Agora ela esta lá com o Malfoy e Dumbledore, conversando sobre não sei o que. 

— Não estou falando agora, estou falando a partir de amanhã. — Ron falou rindo. — Não esquenta, você ainda é o preferido do Dumbledore.

— Super engraçado, vou dar uma volta. — Levantei e sai da sala da Grifinória. Hogwarts já estava completamente vazia e fria. Era estranho Mione não ter voltado, a situação toda era estranha, tão estranha como a Pansy deitada em um banco no escuro com um livro aberto caído no rosto, me aproximei e tirei o livro do seu rosto. — Parkinson, você está bem?

— Que? — Pansy falou enquanto sentava assustada.

— O que você está fazendo aqui? Depois do horário de recolher.

— Voltei a ser Parkinson, Potter? — Perguntou.

— Voltei a ser Potter? — Falei cruzando os braços. 

— Esta bravo comigo por causa do beijinho do Blás!. — Falou olhando para o fim do correr. 

— Ron já me contou que você fez aquilo para mostrar que ele estava errado, e acabou funcionando. 

— Que bom! Porque o Blás não esta falando comigo. — Pansy falou irritada me olhando. — Sério, por que eles ficaram tão bravo? Qual é? Eles namoram de verdade! Está certo que eles querem manter segredo, mas o Blás foi lá e beijou! Por que ele esta tão bravo comigo! Fica falando que eu usei a afeição que ele tem por mim, e que isso não se faz. 

— Isso não se faz mesmo Pansy, e você não precisava chamar a Mione de Sangue-ruim! Mas, na verdade eu não entendi o que aconteceu. 

— Também não, só queria causar e irritar todo mundo, mas todo mundo exagerou, eles namoram! 

— Na verdade você até que tem razão sobre isso! Por que os dois fazem tanto segredo disso, e se comportam de forma estranha até com nós que sabemos? Esse namoro é tão estranho. 

— Pior é o Draco. 

— Malfoy? 

— Sim! Senta aqui. — Falou dando palmadas no espaço do lado dela e eu obedeci. — Ele esta falando e agindo de uma forma tão estranha. Agora mesmo, antes de desmaiar de sono aqui.

— Verdade, por que você esta largada aqui?

— Por causa do que eu estava prestes a te contar. — Falou dando um tapinha na minha testa. — Encontrei com o Draco e a sangu… Granger, agora pouco, na verdade já faz um tempo, eles estavam rindo e o Draco estava segurando a mochila dela, eles deram a desculpa de que o Draco estava atormentando ela, que só ele estava rindo e que ela estava perguntando do Blás, isso pode até ser verdade, mas eles estavam rindo juntos sim, que eu vi. 

— Eles estavam próximos da sala do Dumbledore?

— Sim! Como você sabe. 

— Também encontrei os dois agora a noite, na sala do Dumblerore, entraram do nada na sala e quando nos viram ficaram super assustados, Malfoy conseguiu ficar mais branco do que já é, e eu pensei que isso era impossível. 

— Que estranho, Draco falou que ia para biblioteca, por isso estava aqui, esperando ele sair porque achei eles tão estranhos que eu percebi que estavam mentindo. 

— Dumbledore, falou que ele tinha chamado eles.

— Que? Mas por que o Draco não me falaria aquela hora? Seria a melhor desculpa para dar do porquê eles estavam juntos.

— Mione também teria me contado que iria encontrar o Dumbledore, já eu tinha ido para lá, tudo bem que hoje eu não avisei para ela porque o Dumbledore não iria ficar em Hogwarts, hoje. — Pansy me olhou de uma forma como se não estivesse entendo nada. 

— Por que você sabe a rotina do Dumbledore e se encontrou ou encontra com ele? — Gelei. 

— Assunto pessoal, você sabe… tudo o que esta acontecendo, os rumores e tudo mais, Dumbledore precisava conversar comigo sobre isso. Mas voltando ao Malfoy e Mione, de qualquer forma, quando a Mione voltar da sala dele ou mesmo amanhã, ela vai me contar. 

— Mas faz tempo isso? Foi depois que eu encontrei ele certo? Porque eles ainda não voltaram, pelo menos eu acho que não, o Draco passaria por aqui para voltar para nosso salão comunal? Espera o que você esta fazendo aqui?

— Procurando a Mione, na verdade estou dando uma volta e esperando me encontrar com ela, porque uma conversa ou seja lá o que eles estão fazendo com o Dumbledore, não demoraria tanto tempo. 

— Bom o Draco ainda não passou por aqui, na verdade não sei né peguei no sono, não acho que foi por muito tempo, mas…

— Não vi ninguém no caminho e não faz muito tempo que eu saí do meu salão. 

— Isso tudo é muito estranho. — Falou em tom de mistério. — Bom, eles são monitores. 

— Ron também é e não foi convocado para nada. Sem contar que é muito estranho chamar o Malfoy e a Mione, bem os dois, sabe. E o Dumbledore falou que não estaria na escola hoje. 

— Vamos lá! — Falou levantando.

— Onde? — Perguntei confuso levantando. — Para perto da sala do velhote, quero saber o que esta acontecendo ou eu não vou conseguir dormir com a ansiedade. 

— Pode ser. — Falei recesso e Pansy em um movimento rápido puxou minha mão para eu começar a andar rápido como ela estava andando, olhei para nossas mãos e ela a soltou para começar a gesticular junto com algumas palavras que saiam da boca dela. — Que?

— Você não esta prestando atenção? Como eu estava dizendo, aquele dia o Draco defendendo ela, foi um absurdo. 

— Que?

— Você não esta prestando atenção nenhuma mesmo! No dia do beijo do Blás, o Draco defendeu ela, quando eu zuei ela, em uma conversa entre nós e ficou super estranho com tudo, eu tenho certeza que ele ia seguir ela na hora que ele saiu do meio daquela confusão, por isso perguntei o que onde ele ia. Pior foi o dia que ele chorou!

— Chorou?

— Sim, ele começou a falar coisas estranhas estava triste, sei lá qual era o sentimento dele naquela hora, porque ela e ele tinham brigado na enfermaria no dia do duelo. Aí ele falou algo como “demonstrei muito meu ódio” e saiu uma lágrima, aí ele fugiu para fora do nosso salão

— Isso é tão estranho! Até o Ron esta achando tudo muito estranho. Ele insiste na história da fita. 

— Eu reparei! — Pansy falou intensificando sua reação.

— Quieta! Alguém pode nos escutar.

— Estou com o Potter aqui, você pode fazer o que quiser nessa escola. 

— Que? Não é assim! —Falei me defendendo.

— É sim! Mas voltando, eu reparei na fita, acho tudo muito mais estranho agora. Só que de qualquer forma, é o Draco, ela odeia sua amiguinha, tudo que ela representa, uma nascida trouxa. — Enfatizou a palavra para me agradar. — Super habilidosa e inteligente, a melhor da turma, até eu não tenho paciência. Por mais amigo que o Draco seja do Blás, não é motivo para esses comportamentos estranhos. 

— Não mesmo, por isso que, não acredito que vou te contar. — Falei bufando. — O Ron e eu estávamos conversando agora mesmo, que nó achamos que seu amiguinhos estão aprontando alguma com a Mione, o Zabini enfeitiçou ela e é algum tipo de peça. Mas agora que você falou essas coisas e o que nós estamos pensando, sei que se for o caso, você não esta envolvida. 

— Eles não fariam isso! — Falou nervosa. — Primeiro que eu iria saber, segundo o Blás não aceitaria enfeitiçar alguém e o Draco, perder tempo com a Granger, tanto tempo. 

— Isso…

— E também tem o Theo, ele seria o primeiro a ajudar em uma peça desse tamanho, e ele não sabia de nada. Nem o Goyle e Crabbe! E teve até um dia que o Theo chegou todo louquinho pela Granger.

— Que? — Perguntei parando de andar.

— Sim! No dia que ela apareceu com aquele cabelo horrível. 

— Não fala assim dela! Que absurdo o Nott querendo a Mione! — Lembrei daquele acordo estúpido que eu tinha feito com o Nott, em um estado idiota de raiva euforica, então era por isso que o Nott queria separar os dois, um verdadeiro idiota, assim como eu.

— Sim, chegou falando que ela tinha ficado linda e blábláblá, aquele é o banco mais próximo da sala do Dumbledore. 

— Só pode estar acontecendo alguma coisa muito estranha. 

— Mais estranho do que o namoro do Blás com a Granger, onde eles nem se beijam direito. De qualquer forma, o Draco ainda é o mais estranho da história. E o que por Merlin o Dumbledore quer com eles? — Pansy falou se sentando e eu fiz o mesmo. 

— Até quando vamos ficar aqui?

— Não sei, quando você cansar me avisa, porque as vezes eles já até foram embora. 

— Okay, então vamos esperar mais um pouco, então se nada acontecer, nós esperamos para investigar isso amanhã. 

— “Investigar”, você e seus amiguinhos amam esse tipo de coisa, não?

— Não é bem assim.

— Weasley me contou algumas história, sempre tive a impressão de que ele aumentava algumas coisas. — Falou rindo. 

— Não duvidaria. — Dei uma risada. — O Ron só é imaturo demais.

— Idiota demais, isso sim. — Olhei para ela, que agora olhava para outra direção, queria perguntar se ela ainda gostava do Ron, mas não tive coragem. O resto da noite passou enquanto conversávamos sobre assuntos diversos que variavam de costumes dos Sonserinos, os melhores pratos que já tínhamos comido em Hogwarts e costumes trouxas, onde a Pansy não sabia de nada e tinha preconceito sobre tudo, até que percebemos que não iria demorar muito para o sol nascer e estávamos exaustos. Quando cheguei no meu dormitório, encostei minha cabeça no travesseiro, percebi que Ron babava no travesseiro dele, como se já estivesse no 13º sono e desmaiei de sono.

Draco Malfoy

— Por Merlin! Pensei que eles nunca sairiam daqui. — Falei me esticando na poltrona/sofá. 

— Ah, tira seu pé daqui Malfoy! — Granger falou empurrando meus pés de cima das coxas dela. 

— Folgada. — Falei me sentando virado para direção dela. — Então… — Comecei receoso. — Eu quero deixar claro que eu não gosto de você, mas...

— Mas… Malfoy! Eu realmente não sei o que deu em mim na hora que eu sentei no seu colo. — Falou fazendo movimentos rápidos com as não. — Foi tipo ano passado, quando eu menti para Umbridge, um sentimento meio de eu posso desafiar todo mundo. Sei lá. Mas você não precisa ficar todo esquisito! Okay, nós nos beijamos duas vezes, três se contar o selinho que você me deu. Okay, você se apaixonou por mim, uma pessoa que você odiava...

— Ei, ei, ei! Quem disse que eu estou apaixonado por você? Empatia não significa paixão. — Me defendi.

— Você não beija alguém que tem só uma empatia. Eu não beijo Elfos! — Falou cruzando os braços. 

— Qual é princesinha Hermione Jean Granger! Um beijo não significa paixão. Já beijei a Pansy mil vezes. Não significa nada, só é bom e divertido. Posso te beijar agora e mais mil vezes, que não seria paixão! Pode ser até seu caso, mas não é meu caso.

— Não é meu caso! Toda vez que eu olho para sua cara eu só consigo pensar em uma fuinha. — Falou dando dois tapinhas com o dedo indicador na minha bochecha. — Eu só te acho bonito, é diferente!

—Granger, você é muito exagerada. — Falei jogando os pergaminhos que ela já tinha finalizado na mochila dela. — Vamos logo! Quero dormir! 

— Você estava dormindo até agora! — Granger falou escrevendo rápido na ponta do pergaminho. — Já estou acabando, odeio perder aula. 

— Percebi, você é louca, está doente e ao invés de ficar tranquila de repouso fica colocando as aulas em dia.

— Não é só porque eu estou doente que eu tenho que ser ignorante.

— Vamos logo! — Falei cansado já me dirigindo a porta. 

— Pronto, acabei. — Falou enrolando o pergaminho e o colocando na bolsa que estava no meu ombro. — Tudo bem? — Perguntei segurando cotovelo dela, quando ela se desequilibrou. 

— Levantei rápido demais. 

— Na verdade, acho que você vai se sentir enjoada o dia inteiro mesmo. 

— Da onde você surgiu? — Perguntei me referindo ao mini Doutor que estava parado na frente da porta com uma caixa nas mãos. 

— Aqui, suas poções. — Falou entregando a caixa para Granger, não aguentava mais a cara daquele mediobruxo, que tinha ficado a noite inteira indo na sala, até que eu adormeci e acordei com a Granger, derrubando uma colher no chão, enquanto tentava segurar a colher com uma mão e com a outra uma pena. Tinha ficado boa parte da noite colocando a matéria em dia, igual uma louca.

— Não vou segurar isso para você! — Falei seguindo em direção ao corredor. 

— Não pedi. —  Falou se apressando para me encontrar. — Tenho que pensar no que vou falar para o Harry. 

— Se vira, estou morrendo de sono. — Falei bocejando e entrando na lareira. 

—  Também! E o pior é que já está quase na hora da aula, só vou conseguir ir me trocar. 

— Você deveria ter dormido ao invés de ficar estudando. 

— Não deveria não. — Granger falou quando chegamos na sala do Dumbledore. — Malfoy, eu sei que você também estuda muito, tem nota excelentes. 

— Porque eu sou sangue puro. — Falei rindo mais como uma brincadeira, Granger revirou os olhos e se virou indo em direção a saída. — Idiota! — Falou abrindo a porta. — Pela primeira vez queria que Dumbledore estivesse aqui de surpresa na nossa volta. — Falou sem me olhar seguindo em direção ao corredor. — Tchau Malfoy. — Fiquei observando ela sumindo de visão enquanto mudava de direção.              


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Notas finais do capítulo

Faz anos que eu escrevi esse capítulo, não esta revisado, estou postando agora porque eu amo essa história e fico muito triste por ter parado.
Eternas desculpas...
Abraços



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