Era dia de passeio escolar, não pensei duas vezes para ir .Principalmente por ser um museu, e eu me sinto tão bem lá ,além dos livros o museu é mais um jeito de me divertir e dessa vez não foi só isso.

Peguei minha mochila que estava pesada como sempre, e entrei naquele maravilhoso lugar de fontes históricas. Vimos milhões de coisas mas, o que me chamou atenção foi uma pintura igualzinha a da menina dos meus sonhos.

– Ela é muito bonita não mesmo?- Uma moça com um coque falou para mim.

– Ela quem?- Falei com curiosidade.

– Carina.

– Quem é Carina?

– Uma grande heroína era amada por todos apesar de sempre está de cara fechada.

– Eu amo história mas, nunca ouvi falar dela.

– Muito estranho.

– Pode...-Quando olhei a moça não estava mais lá.

Eu nem tinha percebido que tinha me perdido da turma , corri o mais rápido possível e achei a professora a caminho do ônibus , sentei e pensei o tempo todo no rosto da pintura.

Chegando em casa a primeira coisa que fiz, foi pesquisar sobre a Carina na internet. E não encontrei nada ,passei muito tempo pesquisando e tive a oportunidade de sonhar com ela novamente mas, foi diferente ela estava sorrindo e falava.

“Estou aqui não precisa ter medo”

Acordei, com o barulho do despertador e me arrumei nas pressas, tomei um copo de leite, e fui correndo para o ponto de ônibus, me sentei e li um pouco do meu livro. E fiquei olhando para janela.

Entrei na sala e desenhei o rosto de Carina até o professor de História chegar. Porém minha felicidade acabou quando a professora de português entrou.

– O professor Fernando está doente ,e eu vim para dar aula no lugar dele. Helena! Por que não começa lendo?
– É um....prazer.

Quando eu comecei a ler a diretora entrou e me chamou até sua sala, fiquei feliz e preocupada ao mesmo tempo sentei e tomei um copo d’agua. Ela pegou a notificação e me olhou com uma cara horrível .

– Onde está a assinatura?

– Infelizmente eu esqueci.

– Senhorita Helena, isso passou dos limites irei conversar com seus pais.

– Tanto faz.

– Saia desta sala agora!

Eu sai, e fui para o banheiro, me tranquei em um dos boxes e chorei muito. Pessoas chegavam e me perguntavam se eu estava bem, eu apenas chorava tudo estava dando errado eu só queria ficar sozinha e acabei dormindo.

Quando acordei estava em um quarto , mas não o meu quarto .Ele era cinza com branco estava com uma enxaqueca forte, eu abri a porta e vi um jardim lindo, e duas garotas apareceram gritando.

– Carina! Carina!- Falou a menina ruiva de cabelo liso.

– Acho que vocês estão se confundindo....

– Você voltou estava com tantas saudades!- Falou a outra ela tinha cabelos cacheados e era morena.

– Olha ,eu não sou a Ca....rina- Olhei paro o vidro da janela eu estava igualzinha a ela.

– Vem, vamos ver a Emma!-Falaram juntas.

– Mas....eu nem sei seus nomes!

– Acho que você bateu a cabeça sou eu a Sophie!

–E eu sou a Diana!

– Eu não conheço vocês.

– Para de brincadeira vamos logo!- Disse Diana

Chegando na casa da Emma ela era toda vermelha e sombria porém guardei minha opinião para mim entrei e ela me olhou com aqueles olhos pretos com educação eu falei.

– Oi, você é Emma né?

– Passou tanto tempo no hospital Carina?

– Não.

– Então, porque fala comigo como se nunca tivesse me visto?

– Porque é a verdade.

– Vamos falar sobre isso depois. Querem jogar videogame?

– EU QUERO!!!- Diana gritou animada.

– Eu prefiro ler um livro obrigada- Falei gentilmente.

– Posso te acompanhar?- Os olhos da Sophie brilhavam

– Claro.

Sentamos no sofá e lemos por um bom tempo, eu estava até começando a gostar de ser a Carina ela tem amigas extremamente loucas mas bem divertidas. Porém eu queria voltar para casa e saber onde está a verdadeira Carina, e quem ela foi de verdade.

Quando fechei o livro andei um pouco pela casa e vi vários retratos das meninas espalhadas pela casa .Mas me deparei com uma carta com envelope preto ,olhei de um lado e de outro e abri.

“ Meninas,

Vou sentir muitas saudades de vocês porém ,essa viagem é muito importante para mim. Espero que vocês entendam.

Um beijo,

Meus olhos brilhavam ,eu tinha uma pista sobre Carina e nem podia acreditar. Pulei de alegria e guardei a carta embaixo da camisa,e voltei a ler meu livro.