Como Acabar Com Hogwarts escrita por Cat Valdez


Capítulo 20
.


Notas iniciais do capítulo

Olá



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/551926/chapter/20

SAMMY

–Tá esquecendo aquele pote de nutella. – avisei para Cat enquanto ela fechava a mala.

–Essa é a nutella que eu vou comer na viajem. – ela replicou, revirando os olhos - Achou mesmo que eu ia esquecer minha nutella?

Dei de ombros.

–Considerando que o único motivo de você não esquecer a cabeça é ela estar grudada...

–Eu não sou esquecida, ok?

–É sim.

–Não sou não!

–Então por que o cachecol que você vai usar na viajem ficou na mala que você acabou de fechar?

–Porque eu me esqueci de tirar. – disse Cat.

Levantei uma sobrancelha para ela.

Ela bufou e jogou um travesseiro na minha cara.

–Não enche. Você não vem mesmo?

Ela e mais alguns alunos estão indo fazer uma espécie de intercâmbio na Durmstrang por duas semanas. Traduzindo: Hogwarts queria tirar umas férias então mandou todos os “desastres” pra lá em troca de alunos normais. Era pra eu ir também, mas eu acidentalmente explodi uma pena na aula de feitiços, coisa que deixou o professor Flitwick sem sobrancelhas e com uma vontade enorme de me ferrar (se bem que considerando que eu ia ficar longe dele por duas semanas foi muita estupidez).

Balancei a cabeça.

–Ele disse que eu só ia para esse intercâmbio se ele morresse. -Mas você ia passar duas semanas longe dele, ele devia agradecer de joelhos por você ir.

–Diz isso pra ele. - bufei. -Pelo menos não vou ficar sozinha.

–Tem um monte de alunos aqui, é óbvio que você não vai ficar sozinha.

Revirei os olhos.

–Não era disso que eu estava falando.

Ethan, Du, Cassie e Fred também estão indo, mas o Luke vai ficar. Tecnicamente falando, Luke não é um “desastre”. Na verdade, ele é considerado um ótimo aluno. Nas palavras da McVelha: ”O único problema dele é andar com vocês!”.

–Ah. - Cat abriu um sorriso malicioso - O Luke vai ficar também. Tinha esquecido.

–Para de fazer essa cara.

–Me obrigue.

–Aff.

–A Sammy gosta do Luke. - cantarolou Cat.

–E a Cat vai apanhar se não parar de falar besteira.

Cat revirou os olhos.

–Queria ver você tentar. Vamos, temos que encontrar o resto do pessoal daqui a pouco e vai dar trabalho descer o malão pela escada.

–Na verdade, acho que tem um jeito de descer ele bem rápido. - eu disse.

Desci as escadas e encontrei Ethan no salão comunal.

–Ei, Ethan, pode tentar subir a escada do dormitório das meninas para a gente descer o malão da Cat? - perguntei.

Ele deu de ombros e fez o que eu pedi. A escada virou um escorregador.

–Valeu.

–De nada.

Cat e eu descemos o malão dela e fomos encontrar o resto do povo que ia. Eu e Luke nos despedimos deles e voltamos para o castelo.

LUKE

–O que quer fazer? – perguntei para Sammy.

–Entrar na mala de um deles e ir junto. – ela respondeu.

Eu ri.

–Tô falando sério. – ela disse, fazendo cara feia.

–Ninguém mandou fazer merda.

Ela revirou os olhos

–Você como apoiador moral é uma ótima lhama.

–Obrigado.

Alguém trombou com a Sammy.

–OLHA POR ONDE ANDA RETARDADO!

O garoto que tinha trombado com ela a ignorou completamente levantou e saiu correndo em direção a um aglomerado de pessoas do outro lado do salão.

–Você está bem?

–Ah, claro. Um hipopótamo me atropelou. Nada de mais.

–O que está acontecendo lá? - perguntei.

–Deve ser uma treta qualquer.

–Não parece aglomerado de pessoas típico de uma treta qualquer. Não tem ninguém gritando “AAAAAAAAAAAAAAH, EU NÃO DEIXAVAAAAAAAAAAAAAA” e também não estou ouvindo ninguém xingando a mãe de ninguém.

–Devíamos ir ver o que é?

–Talvez. Acho que devíamos avaliar a situação.

–Parece ser alguma coisa levemente interessante, mas pode ser só o Zabini tentando seguir carreira como stand up.

–Não tem ninguém vomitando, então acho que não é isso.

–Por um lado não temos nada melhor para fazer.

–Verdade.

–Por outro lado está muito longe.

Revirei os olhos.

–Larga de ser preguiçosa.

–Não.

–Vem logo.

Puxei-a até o montinho humano do outro lado do salão.

–Lino? - chamou Sammy.

–Oi!

–O que estão olhando?

–Sei lá, acho que tem alguma coisa ali no meio.

–Obrigada, capitão óbvio.

–Disponha.

–Algum jeito de chegar lá na frente? - perguntou Sammy.

–Se você conseguir empurrar todo mundo no caminho. - respondeu Lino.

–De novo: obrigada, capitão óbvio.

–De novo: disponha.

–Vem, aquela parte ali parece mais vazia. - falei, puxando ela pra lá.

Depois de um bom tempo empurrando gente e quase sendo esmagados conseguimos chegar na frente da muvuca.

–Tudo isso por causa disso? - perguntou Sammy, irritada.

Jogado no chão estava um mini globo espelhado desses de discoteca.

–Ei! - chamei alguém próximo - Por que está todo mundo olhando para essa coisa?

–Já você vai ver. - ele respondeu.

Um aluno se aproximou do globo e tentou ergue-lo do chão, sem sucesso.

–Entendeu? - perguntou o cara para quem eu tinha perguntado por que estava todo mundo ali olhando para um mini globo de discoteca.

–Hã... não.

–Ninguém conseguiu erguer o globo ainda, e olha que um monte de gente já tentou.

–Ah, pelo amor de Deus. - disse Sammy.

Ela foi na direção do globo.

–Ei espera aí!

Tentei puxar o braço dela, mas ela já tinha chegado no globo. Ela o ergueu do chão e os alunos em volta soltaram exclamações surpresas.

–Viram? Fácil! - disse ela.

–Sammy, larga essa coisa. - mandei.

–Por quê?

–Porque está soltando fumaça.

Sammy notou isso e tentou jogar o globo longe, mas ele continuou na mão dela.

–Tá preso!

–O quê? Como assim preso?

–Essa porra está grudada na minha mão!

Tentei puxar o globo da mão dela, mas não quis soltar.

–Indivíduos detectados. - disse uma voz metálica, saindo do globo.

–Como é que é?

Houve um estalo alto e tudo ficou preto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem.