Como Acabar Com Hogwarts escrita por Cat Valdez


Capítulo 21
Capas Roxas Não Arrasam


Notas iniciais do capítulo

Pudim.



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SAMMY

Descobri um jeito de ficar mais rica que os Malfoy: eu vou começar a cobrar cada vez que as pessoas me sequestram.

A julgar pelo fato de que eu estou me sentindo como se um gancho tivesse puxado minhas entras para fora, diria que aquele globo dos infernos era alguma coisa parecida com uma chave de portal.

–Ai.

–Sammy, você pode fazer o favor de tirar seu pé da minha cara?

–Foi mau.

Levantei e ajudei Luke a fazer o mesmo.

Olhei em volta e vi que estávamos em uma sala parecida com aquelas celas brancas e acolchoadas onde trancam psicopatas, com a diferença de que essa era azul-brilhante e tinha um monte de pessoas com capas roxas no lugar do povo doido usando camisa de força.

–Uh... Olá! Tudo bem? - disse eu.

–Prendam os dois. - mandou a figura do meio, com uma voz metálica distorcida.

Ah, que ótimo.

–A primeira vez na vida que eu tento ser educada e é isso que eu ganho?! - reclamei.

–Cale a boca.

As pessoas de capa tiraram nossas varinhas e algemaram meu braço na perna esquerda de uma cadeira que estava presa ao chão e algemaram Luke no meu outro braço.

–Saiam todos! - ordenou o mesmo cara que tinha mandado os outros nos prenderem.

–Vocês estão aqui por um motivo. - começou ele.

–Por acaso esse motivo é que você precisava de alguém para zuar sua capa e a sua voz? - interrompeu Luke - Porque, se era isso, era só chamar.

O cara da capa grunhiu, irritado.

–Tanto a minha capa quanto a minha voz tem o objetivo de impedir que vocês me reconheçam. Vocês, assim como seus amigos que foram mandados para a Durmstrang, precisam provar suas habilidades.

–Que habilidades? - perguntei.

–Isso é o que vamos descobrir.

–Por que temos que “provar nossas habilidades”?

–Porque eu estou dizendo que tem! Parem de me interromper!

–Nos obrigue.

Ele estalou os dedos e minha língua grudou no céu da boca.

–FEAODUAMRELIDI! - [N/Tradutor: FILHO DE UMA UMBRIDGE!].

–Estamos testando suas habilidades para um propósito maior que vocês irão conhecer na hora certa. Agora, a tarefa de vocês...

–E quem disse que vamos fazer o que você mandar?

Ele estalou os dedos de novo e a língua de Luke também prendeu no céu da boca.

–Como vocês são chatos! Enfim, vocês vão fazer o que eu mandar porque a tarefa de vocês é descobrir onde estão e voltar para Hogwarts, de preferência ainda hoje. Boa sorte!

Com isso, ele saiu da sala. Assim que a porta fechou, minha língua se soltou do céu da boca.

–Mas o que foi isso? - perguntou Luke.

–Sei lá.

–Estamos completamente ferrados, não estamos?

–Aham.

–Alguma ideia do que fazer?

–O corvino aqui é você.

Olhei em volta na sala procurando alguma coisa que pudesse ajudar.

–Sammy?

–Oi?

–Se você tivesse alguma coisa parecida com um grampo, ia conseguir arrombar as algemas?

Revirei os olhos.

–Claro que sim. Mas a gente não tem um grampo.

–Isso aqui serve? - ele perguntou, mostrando um ferrinho.

–Onde arrumou isso?

–Tirei do meu relógio.

Ele me passou o ferrinho e eu abri as algemas. Tentei abrir a porta, que obviamente estava trancada. Infelizmente era trancada com senha e não dava para arrombar.

–12345? - perguntei.

Luke digitou isso.

–Não.

–54321?

–Não.

–Isso vai levar um bom tempo...

* * *

LUKE

–Por que a senha deles seria “gandalf123?” - perguntei.

–Ah, sei lá, vai que...

Estamos tentando adivinhar a senha faz mais ou menos umas duas horas.

–Tem que ser alguma coisa que nós íamos conseguir adivinhar...

–Que tal “foimalporzuarsuacapa?”

–Não acho que...

Arregalei os olhos.

–É isso!

–Mas eu só estava brincando! Eles não podem ser retardados a ponto de...

Fui até o teclado e digitei “capasroxasarrasam”.

“Senha aceita”.

–Capasroxasarrasam? Jura?

–Quem liga pra demência dos caras? Vamos embora!

Saímos da sala para um corredor estreito.

–Precisamos achar nossas varinhas.

–Achei. - disse Sammy.

–Onde?

–Com aquele cara ali. - disse ela.

Atrás da única porta aberta visível, um cara loiro de preto com fones de ouvido estava usando nossas varinhas como baquetas, sentado atrás de um balcão

Sammy foi até lá e tirou as baquetas da mão dele. O loiro olhou feio para ela, pegou dois lápis e continuou fingindo que a bancada era uma bateria. Obrigado funcionários incompetentes do mundo.

–Onde é a saída? - perguntou Sammy.

–Final do corredor, vire a esquerda, terceira porta do lado direto, vá até o fim do corredor vire para direita, entre na primeira porta a esquerda e vai chegar no saguão de entrada - respondeu o loiro.

–Valeu.

–Espera! Vocês são os caras que eu tinha que impedir de sair?

–Não.

–Ah, ok. - [N/Cara da Capa: Alguém, pelo amor de Merlin, demita esse idiota por mim!].

Saímos correndo pelo corredor, mas em algum momento o loiro deve ter percebido que mentimos e chamado os seguranças. Um alarme começou a soar e pessoas de capa começaram a correr atrás da gente. Eles provavelmente teriam conseguido nos alcançar, mas as capas ficavam fazendo eles tropeçarem o tempo todo, o que fazia com que as pessoas atrás tropeçassem nelas até que tudo virou um grande montinho de pessoas e capas roxas.

Alcançamos o saguão de entrada e íamos sair, quando uma figura apareceu na frente da porta.

–Parados! - mandou o cara da voz robótica e da capa roxa menos zuada.

Meus pés grudaram no chão e eu quase caí de cara no chão.

–Vocês ainda precisam passar por uma coisa antes de poderem sair. - disse ele.

Pela porta entrou um horrendo, assustador e maquiavélico... Babuíno gigante.

–Mas o que...? Ei, Sammy, tudo bem?

Tudo bem, pode parecer uma coisa extremamente idiota para perguntar numa hora dessas, mas ela estava com cara de quem ia desmaiar.

–Aquilo... aquilo é um... um...

E foi aí que eu lembrei que a Sammy morre de medo de babuínos.

–Sammy, está tudo bem, tenho certeza de que ele é bonzinho e...

E aí eu vi que o babuíno estava acompanhado por um papagaio. Ah. Meu. Deus. Vamos morrer.


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Notas finais do capítulo

Perguntinha pra vocês: Vocês preferem a Cat sozinha, com o Ethan ou com o Fred?
Tchau!