Minutos após Fernando dar a intrigante notícia sobre Duda ter ingerido uma droga, e deixado todos perplexos. A visita ao garoto foi liberada, então todos visitaram o garoto que estava dormindo.

No quarto do hospital...

Todos conversavam sobre o acontecido.

– Isso é muito estranho, o Duda tá morando a tanto tempo lá na mansão, e nunca ninguém teve motivos pra desconfiar de algo tão grave... – Afirmou Júnior pensativo.

– Eu concordo, o Duda parece ser um garoto tão comportado, nunca passou pela minha cabeça um problema sério desses. – Completou Carol.

– Com certeza deve ter alguma explicação pra isso... – Disse Mosca.

– Pois é, o Duda é nosso amigo, e a gente sabe que ele nunca usaria uma coisa dessas... – Afirmou Mili.

– O mais estranho disso tudo foi que ele tava normal até um certo momento da festa, e ficou assim depois. – Disse Mosca.

– O interessante é que eu fiquei com ele o tempo todo e não vi nada de... – De repente Pata teve um flash back.

Flash back on

– Nossa amor, esses doces do Chicos tão bom pra cacete! – Afirmou Duda.

– Vai com calma Duda assim você vai acabar se engas... – Antes que Pata completasse a frase Duda começou a engasgar. – Ai meu Deus! – Esta se desesperou, então ao ver Juca passando com um copo de refrigerante na mão nem pensou duas vezes e tomou o refrigerante da mão do garoto para que Duda bebesse e desengasgasse. – Toma bebe! – Exclamou, Duda bebeu o refrigerante.

– Ai, ufa! – Exclamou o garoto ao beber o refrigerante.

– Eu avisei! – Disse Pata.

– Não foi nada amor... – Disse Duda.

Flash back off

De repente Pata mudou a expressão em seu rosto e passou a ficar tensa.

– O que foi Pata? Porque você ficou assim? – Perguntou Mili.

– Eu acabei de me lembrar uma coisa... – Disse Pata. Todos esperaram que ela falasse. – Teve uma hora na festa que o Duda se engasgou, e eu peguei o refrigerante do Juca pra ele poder tomar e desengasgar. Essa foi a última coisa que ele tomou antes de dar vexame! – Afirmou Pata.

– E quem é esse Juca? – Perguntou Carol.

– É um garoto que eu conheci no ref... – Mosca foi interrompido pela própria consciência.

– Onde Mosca? – Perguntou Júnior.

– No reformatório... – Disse Mili.

– Meu Deus, e ele tava na festa? – Perguntou Carol.

– Tava... – Disseram.

– Então só pode ter sido isso... – Deduziu Júnior

– Mas pelo que eu conheci do Juca, acho que ele não se mete com essas coisas. – Disse Mosca.

– Eu também, ele parece ser uma pessoa direita... – Disse Mili.

– Vocês conhecem mais não convivem com ele, tá na cara que foi esse imbecil! – disse Pata nervosa.

– Calma Pata! – Pediu Mili. De repente notaram quando Duda se remexeu na cama do hospital.

– Ele tá acordando... – Disseram.

– Onde é que eu tô? – Perguntou Duda acordando.

– No hospital... – Disse Pata aproximando-se.

– Por quê? – Perguntou Duda ainda zonzo, este ainda estava sob o efeito da droga, porém, diminuído devido aos medicamentos.

– É uma história longa Duda. – Afirmou Carol. – Crianças vocês explicam melhor para ele? Eu e o Júnior vamos conversar com o Fernando sobre isso direito. – Pediu Carol saindo com Júnior.

– A gente também vai sair... – Disse Mili. – É melhor vocês conversarem a sós... – Completou Mili se retirando. – Mosca! – Chamou.

– Oi? – Atendeu Mosca.

– Eu disse sozinhos! – Repetiu Mili fazendo o garoto se tocar.

– Ah... A gente te espera lá fora Pata... – Disse Mosca, indo com Mili. Então Pata e Duda ficaram a sós.

– Você tá bem amor? – Perguntou Pata pegando a mão de Duda.

– Tô, Mas... O que aconteceu amor? – Perguntou Duda confuso.

– Do que você se lembra? – Perguntou Pata.

– Me lembro de estar na festa e ter me engasgado, é por isso que eu vim pra cá? – Perguntou Duda num tom de voz lerdo.

– Não... – Disse Pata. – Tem certeza que você não lembra de mais nada?

– Bom, eu me lembro que umas coisas, mais são tão bizarras que eu acho que devo ter sonhado... – Disse Duda rindo.

– Tipo o quê? – Perguntou Pata.

– Tipo, você mais forte... E umas luzes, e que eu me sentia mais feliz do que nunca... – Contou Duda.

– Não foi sonho amor... – Disse Pata.

– C-como assim? – Perguntou Duda sem entender.

– Você usou uma droga chamada ecstasy, e passou maior vexame na festa do Fábio... Essa "eu mais forte" que você viu, na verdade era o Mosca...

– Quê?! – Exclamou Duda assustado. – Não usei não, eu detesto drogas! – Afirmou.

– Você tá me dizendo então que nunca usaria uma droga? – Perguntou Pata.

– Sim, é exatamente isso, eu não suporto drogas... – Afirmou Duda. – Agora deixa eu dormir vai... – Pediu virando-se.

– Então agora eu tenho certeza... – Afirmou Pata, saindo do quarto.

Pata foi até a sala de esperada do hospital, onde os outros esperavam...

– Agora eu tenho certeza absoluta! – Afirmou. – Foi o Juca quem colocou o ecstasy na bebida do Duda... – Deduziu.

Enquanto isso no orfanato...

Todos ainda aguardavam notícias de Duda quando Carol ligou.

– É a Carol! – Avisou Cris.

– Ai graças a Deus... – Afirmou Vivi.

– Alô Carol, e aí como tá o Duda? – Pergunta Cris atendendo ao telefone. – Ai ainda bem! – Completou ao saber que Duda estava bem. – Mas e aí o que era que ele tinha? – Perguntou curiosa.

*É complicado de falar assim por telefone, mas o importante é que ele passa bem.* Explicou Carol. *Princesa me diz uma coisa, o Juca tá aí com vocês?*, perguntou.

– O Juca? Não ele já foi embora faz um tempinho... – Respondeu Cris. – Porquê?

*É uma história longa, mas é melhor vocês ficarem sabendo pessoalmente.*, afirmou Carol.

– Tá bom então... Tchau. – Cris deligou o telefone.

– E então o que ela disse? – Perguntou Rafa.

– Disse que o Duda tá bem, mas que vai passar essa noite no hospital, sob medicamentos. – Disse Cris.

– E o que ele tem? – Perguntou Bel.

– A Carol não disse, só falou que era complicado... – Contou Cris. – Mas teve uma coisa curiosa nisso tudo...

– O quê? – Perguntaram todos.

– A Carol perguntou pelo Juca, ela queria falar com ele... – Disse Cris confusa.

– Que estranho... – Disse Vivi. Marian que escutava a conversa sacou tudo, Juca levaria a culpa pelo ecstasy e não ela.

No hospital...

– Eu acabei de avisar à Cris que o Duda tá bem. – Falou Carol, aproximando-se do outros.

– E aí? E o Juca? – Perguntou Pata.

– Ela disse que o Juca não tá mais lá princesa... – Afirmou Carol.

– Droga! – Exclamou Pata.

– Pata, você tem certeza mesmo que foi o Juca? – Perguntou Carol.

– Não podemos acusar ninguém sem provas... – Afirmou Júnior.

– Tenho, é a única explicação! – Disse Pata.

– É, pra falar a verdade a turma do Janjão também tava lá, mas acho que eles não se envolvem com essas coisas... – Disse Mosca.

– Tudo indica que foi ele, ele quem tava com o copo na mão! – Disse Pata.

– Eu não tô acreditando, porque o Juca faria isso? – Perguntou Mili tentando entender. De repente Mosca lembrou de algo.

– Espera aí! – Exclamou Mosca.

– O que foi Mosca? – Perguntou Mili.

– Agora que eu me lembro... Você derrubou o seu refrigerante! – Lembrou Mosca.

– Sim e o Juca foi pegar outro copo... – Mili se tocou. – Ai meu Deus, o ecstasy era pra mim! O Juca queria me drogar! – Deduziu decepcionada.

Enquanto isso no orfanato...

No quarto das meninas...

Ana estava pensativa deitada em sua cama, quando Tati chegou.

– Ô Ana eu quero falar com você! – Afimou Tati ao entrar no quarto.

– Não tenho nada pra falar com você... – Disse Ana.

– Eu já te pedi desculpas por causa do Tatu! – Disse a garota. – Pra você ter ideia eu até dei um fora nele hoje! – Completou. – E tudo isso por consideração à você. Mas aí o que você faz? Pega e vai dar encima do Thiago pra me provocar!

– Não é nada disso garota! – Afirmou Ana.

– Eu vi vocês dançando! – Retrucou Tati.

– Escuta aqui sua idiota! – Gritou Ana apertando o braço de Tati. – Se você não tem certeza de uma coisa então fica calada, ou então vai ser pior pra você... – Completou encarando Tati com um olhar odioso, empurrando a garota na cama de Mili em seguida. Logo esta saiu do quarto rapidamente, deixando Tati totalmente amedrontada. Maria, que também estava no quarto, presenciou tudo e também ficou com medo da atitude da garota.

Enquanto isso no pátio...

Bia estava aos beijos com Binho quando Janjão chegou atrapalhando o momento dos dois.

– Caham! – Pigarreou. – Bia eu posso falar com você? – Perguntou.

– Você é cego ou o quê? Não tá vendo que nós estamos ocupados? – Perguntou Binho.

– Vocês podem fazer isso a qualquer hora, moram no mesmo lugar! Já eu quase nunca venho por aqui. – Afirmou Janjão. – É rápido eu prometo... – Completou.

– Pode falar Janjão. – Disse Bia.

– A sós... – Pediu Janjão.

– Eu não escondo nada do Binho. Ele fica! – Afirmou Bia.

– Eu quero pedir desculpas! – Afirmou Janjão sem paciência.

– De novo? – Perguntou Bia.

– Eu errei em ter te chamado de barraqueira, mesmo que as vezes você seja... – Disse Janjão, deixando Bia com cara de tacho. Binho não conteve o riso.

– Ei eu já disse que não sou barraqueira! Não tenho culpa se essas idiotas me tiram do sério!! – Afirmou Bia. – Mas tudo bem Janjão, eu te desculpo... – Desculpou.

– Sério? – Perguntou Janjão sorrindo.

– Sim. – Disse Bia.

– Obrigada!!! – Agradeceu Janjão.

– Tá mas agora vaza daqui! – Disse Binho expulsando o garoto.

– Ta, ta... Mas antes... – Janjão fez questão de se despedir dando um beijo no rosto de Bia, deixando Binho furioso. – Tchau Bia.

– Tchau... – Disse Bia.

– Ah que filho da puta! – Exclamou Binho. Janjão saiu aos risos por ter provocado a ira da garoto.

Na sala...

Mesmo depois da festa ter acabado, Tatu ainda se deliciava com os docinhos que haviam sobrado. Este percebeu quando Tati desceu às escadas e foi para a cozinha, então decidiu ir atrás da garota.

Na cozinha...

– Tati, o que você tem? – Perguntou.

– Nada... – Disse Tati enxugando as lágrimas.

– Não mente pra mim... – Pediu.

– Tá, é a Ana. Eu fui conversar com ela e ela gritou comigo e me empurrou. – Contou Tati.

– Sério? Essa menina é doida? – Perguntou Tatu.

– Não, ela só tá brava por eu ter ficado com você naquele dia... – Disse Tati.

– Ah, mas ela tem que entender que é de você que eu gosto e não dela! – Falava Tatu quando Ana entrou na cozinha.

– Eu tô pouco me lixando se vocês querem ficas juntos cara! – Afirmou a garota, num estado irreconhecível. – Eu tenho coisa mais iportante pra me preocupar. – Afirmou. Nessa hora Tatu e Tati entreolharam-se confusos. Então Ana pegou algo na cozinha e saiu deixando os dois novamente sozinhos. Depois disso Janjão apareceu chamando Tatu e os dois foram para casa junto com Bel.

Mais tarde...

Eram 23:15 da noite quando Carol, Pata, Mosca e Mili chegaram voltaram do hospital. Alguns jovens os esperavam na sala.

– Ainda acordados crianças? – Perguntou Carol.

– Sim, nós estávamos esperando vocês chegarem... – Disse Cris.

– Bom pessoal, não e levem a mau, mas eu vou subir e tomar um banho. – Concluiu Mosca indo em direção ao banheiro masculino. Então todos continuaram conversando normalmente.

– Queríamos saber mais detalhes sobre o que aconteceu com o Duda... – Disse Bia.

– Então, crianças aconteceu o seguinte... – Enquanto Carol contava sobre o ecstasy, e a suspeita de ter sido Juca o culpado do vexame que Duda passou, ninguém notou que alguém que estava na sala também saiu, e foi em direção ao banheiro masculino...

No banheiro masculino...

Mosca já estava debaixo do chuveiro, quando este ouviu um barulho no banheiro.

– Tem alguém aí? – Perguntou sem respostas. Então este colocou a toalha e saiu do box. À primeira impressão, não havia ninguém no banheiro, porém ao se aproximar do espelho Mosca tomou um susto, ao ver Ana atrás de você com uma faca na mão. Este se virou assustado e trêmulo.

– Você precisa morrer! – Exclamou a garota com uma voz estranha, apontando a faca para o mesmo.

– Ana, p-por favor... – Pediu porém antes que pudesse notar, Ana avançou em sua direção.