Entre beijos e paixões escrita por Eterna Queen Chaddad Vieira


Capítulo 20
Em busca de respostas...


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês? Aí vai mais um cap inédito, espero que gostem!! Beijos e tenham uma Boa leitura :3
Ps: Quero agradecer a Molly Mellark pela recomendação divíssima, Obrigada mais uma vez sua linda :3



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Já estava anoitecendo quando Bia resolveu sair escondida, esta vestiu jeans, allstar e um moleton cinza, pretendia não chamar muita atenção. Porém quando esta saía pela porta da frente, ouviu alguém se aproximar.

– Bia? – Perguntou garota.

– Ah! Ana, é você... Ufa! – Exclamou.

– Aonde você vai? – Perguntou a ruiva.

– Ah, é que... Eu vou... Na farmácia! Comprar absorvente... – Mentiu.

– Ah! Nossa tudo bem... – Entendeu Ana. – Quer que eu vá com você?

– Não não precisa... – Disse Bia. – Mas não diz a ninguém que eu saí ok? Não quero ninguém me zuando... – Explicou.

– Tá ok... – Concordou Ana. – Toma cuidado! – Exclamou.

– Beleza... – Disse Bia saindo.

A noite estava mais fria do que de costume, tão fria que mesmo de moleton, Bia sentiu suas mãos congelarem.

– "É uma maldita noite fria, tentando entender a vida..." – Citou Bia suspirando.(Trecho traduzido da música I'm with you - Avril Lavigne)

Ao chegar na praça esta procurou por todos os lados para ver se encontrava a tal mulher misteriosa, mas por sinal ela não estava lá. Na verdade não havia ninguém. Bia decidiu sentar-se por uns minutos, e esperar algum sinal de vida, porém não teve sucesso.

– É... Pelo jeito ela não vai aparecer mesmo! – Pensou alto. – Melhor eu ir embora antes que apareça algum indivíduo de mal... – Completou levantando-se. Porém em questão de segundos, um vento forte surgiu, arrastando um pedaço de papel que parou, bem no meio da cara da mesma. Esta pegou o papel e o leu mentalmente. "Cansada de perguntas sem respostas? A solução está apenas há um passo... Ass: Madame Esmeralda." – Que estranho... – Murmurou. Logo esta deu um passo apenas por curiosidade, mas nada aconteceu. – Nossa e eu ainda sou idiota de achar que ia acontecer algo. – Concluiu Bia, virando para trás, na mesma hora esta tomou um susto enorme quando percebeu que a mesma mulher estava presente a observando sentada no banco. – Credo! – Gritou andando para trás.

– Você deve me acompanhar. – Disse a mulher levantando-se.

– Porquê, pra onde? – Perguntou Bia sem entender.

– Apenas me acompanhe. – concluiu a mulher, caminhando. Logo Bia concordou e a acompanhou.

No orfanato...

Algumas crianças jantavam...

– Alguém viu a Bia? – Perguntou Mili.

– A última vez que vi, ela tava... Lá encima ouvindo musica. – Mentiu Ana.

– Que estranho... – Concluiu Mili.

– Ai gente, parem de se preocupar com a Bia, ultimamente vocês só tem dado atenção a ela... – Reclamou Vivi.

– Você fala, mas não tava aqui quando aconteceram aquelas paradas, do assalto e do Duda. – Disse Thiago.

– Tanto faz. – Concluiu Vivi. – Cris me passa a salada. – Pediu Vivi.

– Você tem mão, levanta e pega! – Exclamou Cris saindo da mesa.

– Nossa gente o que deu nela? – Perguntou Vivi sem entender.

– Eu acho que ela ainda tá brava por você ter ficado co o André. – Deduziu Pata.

– Ai meu Deus, ele nem quer saber dela... – Retrucou Vivi.

Cris estava na sala quando a campainha tocou, logo esta foi em direção à porta, atendê-la.

– Ah, é você Duda! – Exclamou Cris.

– Sim sou eu. – Disse o garoto.

– Entra. – Disse Cris. Nessa hora Pata ia passando pela sala. – Então esta parou e o encarou.

– Oi Pata! – Cumprimentou o garoto.

– Oi... – Respondeu Pata, esta ficou um pouco tensa.

– Era com você mesma que eu queria falar... – Disse Duda.

– Comigo? – Perguntou Pata.

– Então né gente, com licença acho que ouvi alguém me chamando na cozinha! – Exclamou Cris, esta deu uma piscadela para Pata, e se retirou.

– Então, o que você quer falar comigo? – Perguntou Pata.

– Senta aí! – Pediu Duda. Pata sentou, logo Duda sentou ao seu lado. Estes encararam-se por alguns segundos.

– Você vai falar ou vai só ficar aí me olhando? – Perguntou Pata, desviando o olhar.

– É que eu nunca tinha reparado no quanto você é linda... – Disse Duda, fazendo Pata ficar constrangida.

– Aposto que você disse o mesmo pra Marian e pra Bia, né? – Perguntou Pata cortando o clima.

– Pow, Pata! – Exclamou Duda, chateado. – Isso é passado.

– Semana passada, você quis dizer... – Disse Pata.

– Ah para vai! – Pediu Duda. – Porque você é tão complicada? – Perguntou Duda.

– Eu sou complicada? – Perguntou Pata rindo. – Você namorava a Marian, traiu ela me beijando, e ao mesmo tempo mandava cartas de admirador secreto pra Bia, aí ela te deu um fora, e você em seguida se interessa por mim de novo. – Lembrou Pata. – Agora eu te pergunto, tem certeza que eu sou a complicada? – Perguntou, deixando Duda sem palavras.

– Tem razão, sou complicado, mas isso não me impede de fazer isso... – Disse Duda, de repente este a pegou pelos cabelos e tacou-lhe um beijo na boca. Pata a princípio tentou afastá-lo, porém cedeu ao beijo logo em seguida.

– Que porra é essa?! – Disse alguém chegando de repente na sala estragando todo o clima.

– Mosca! – Exclamou Pata.

– Sai de perto da minha irmã seu babaca! – Exclamou Mosca, aproximando-se de Duda, este o puxou pela camisa e o empurrou para longe de Pata.

– Calma cara! – Exclamou Duda, espantado.

Perto dalí...

Bia seguiu a tal mulher até uma pequena casa escondida, onde havia uma placa "Madame Esmeralda, consultas de tarot, quiromancia e bola de cristal." Leu Bia mentalmente, essa soltou um riso discreto. O fato é que esta nunca foi muito cegada a adivinhações, na verdade nem acreditava muit nesse lance.

– Entre! – Pediu a mulher, esta aparentava ter uns 40 anos de idade. Era alta e possuía cabelos ruivos. Ao entrar Bia ficou impressionada com todos os artefatos que haviam na sala, variavam entre amuletos, velas e incensos. Também havia uma mesa, onde tinha uma enorme bola de cristal, e baralhos. – Sente-se aqui! – Ordenou a mulher, chamada Madame Esmeralda.

– Bem eu... – Bia pensou em contar sobre o sonho, porém antes de conseguir a cigana lhe interrompeu.

– Apenas me dê sua mão e fique em silêncio. – Pediu.

– Você está aqui pelas palavras que lhe disse hoje mais cedo, você procura explicações mais claras sobre o assunto... Seu sonho. – Adivinhou a mulher.

– Nossa, é exatamente isso... – Disse Bia intrigada. De repente a mulher direcionou-se a bola de cristal.

– Vejo três garotos, cada um deles segura uma rosa. Cada rosa possui uma cor diferente. Uma vermelha, uma branca e a outra amarela. – Bia escutava atentamente, então a mulher prosseguiu. – A rosa vermelha significa desejo, sedução, porém também significa respeito. Significa que este garoto sente enorme desejo por você, porém respeita suas decisões. – Nessa hora Bia lembrou de Duda, e todo o lance de admirador secreto e notou que tudo aquilo fazia sentido. – A rosa branca, significa pureza, lealdade, inocência, amor duradouro e feliz. Significa que este garoto não lhe observa com os olhos da maldade, e por você sente um amor puro, amor incondicional. – Bia então lembrou de Binho, e ficou feliz, pois fazia também fazia todo sentido. – E a rosa amarela significa amizade, amor platônico, mas também ciúmes. Significa que este garoto guarda em segredo um forte sentimento por você, possuindo segundas intenções, mesmo que tenham um laço de amizade. E sente ciúmes a ponto de fazer qualquer coisa para ficar ao seu lado, mesmo que isto lhe custe a dignidade. – "Janjão...", pensou Bia. – A cor dourada no sonho significa que você precisa de sabedoria, precisa conhecer seus sentimentos por cada um deles, antes de fazer uma escolha. – Finalizou madame Esmeralda.

– Mas, o que eu não compreendo é isso, eu já escolhi, eu escolhi o Binho. Então nada mais importa. – Disse Bia.

– Porém precisamos ter certeza plena, antes de tomar uma decisão. – Disse a mulher, deixando Bia mais confusa ainda.

– O que a senhora quer dizer com isso? – Perguntou Bia.

– Isto você mesma precisará descobrir... – Concluiu a mulher. Logo esta pediu para que Bia se retirasse. Bia pensou em pagar a consulta, porém esta disse que não cobrava por ajudar as pessoas, então Bia se retirou, indo de volta ao orfanato.

Bia caminhava pela rua do orfanato quando ouviu gritos vindo de uma casa.

– Seu moleque imprestável! – Gritou uma voz, era voz de mulher, seguida de um barulho o qual parecia de uma surra.

– Mãe por favor não me bate mais, eu já pedi desculpas... – Suplicou uma voz de garoto, parecia estar aflito e amedrontado. Bia reconheceu aquela voz, parecia voz de Janjão. Logo esta olhou em direção da casa, e percebeu que se tratava da casa do garoto, então esta resolveu aproximar-se.

– Você vai pagar caro por ter quebrado minhas porcelanas! – Gritava a mulher, ao mesmo tempo que parecia jogar coisas em direção ao garoto. – Eu vou fazer você engolir todos esses cacos! – Gritou a mulher novamente. De repente Janjão saiu na porta de casa desesperado, e acabou dando de cara com Bia, que estava sem reação.

– Janjão, eu... – Bia tentou explicar o porque de estar ali.

– Vai embora... – Pediu o garoto friamente com lágrimas escorrendo pelo rosto, este estava cheio de marcas roxas, e havia sangue em seu nariz.

– Sinto muito... – Disse Bia, abismada.

– Vai embora sua órfã idiota!!! – Gritou Janjão. Logo Bia se retirou, andando rapidamente para longe, mas antes que chegasse ao orfanato, olhou para trás, e viu que Janjão andava em direção a outra esquina.

Bia chegou ao orfanato confusa e horrorizada.

– Bia, onde você se meteu? – Perguntou Mili que estava no quarto.

– Graças a Deus que você chegou! – Exclamou Binho.

– Tá tudo bem? Você tá pálida... – Disse Cris.

– Tá sim gente, eu tinha ido na farmácia comprar... absorventes. – Disse Bia, esta antes de chegar decidiu disfarçar, fazendo o que tinha dito a Ana.

– Poupe-nos dos detalhes... – Disse Thiago.

– Cala a boca Thiago! – Retrucou Cris.

– E porque você tá assim como se tivesse visto uma alma? – Perguntou Mili.

– Não me levem a mal gente, é que eu tô com um pouco de cólica, se me derem licença eu vou dormir. – Concluiu Bia, subindo as escadas.

Ao chegar no quarto Bia não conseguia parar de pensar nas palavras da madame Esmeralda e muito menos na cena que havia presenciado. Será que aquilo tudo tinha alguma ligação?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem ae!!! Beijos e até o prox cap õ/