Bruna estava na minha frente, eu abraçava forte como se não a visse há tempos, e era verdade, eu não a via tinha bastante tempo. Eu sentia seu corpo amolecer enquanto eu continua firme, com ela envolta dos meus braços, minhas mãos ficavam envolta da sua fina cintura, seu pescoço estrategicamente livre com minha boca à dois centímetros, eu não resisti.

Encostando devagar meus lábios em seu pescoço, sentindo imediatamente a reação de seu corpo, em me puxar para mais perto dela, se é que era possível, seus braços ficaram arrepiados, se eu não estava maluco, ela deu um leve gemido. Eu então chupei bem devagar seu pescoço, em seguida mordi; Bruna por sua vez puxou meu cabelo para trás, mas eu não tinha certeza se sua intenção era para eu parar ou simplesmente um impulso.

Meus olhos fixaram nos dela, ela sorriu, aquele sorriso tímido e o mais lindo que presenciei até hoje, suas covinhas e um olhar profundo e negro eu não resisti, era impossível resisti, a possibilidade de solta-la chegou a passar pela minha cabeça naquela fração de segundo, mas eu não recuaria e nem ficaria com medo, eu tinha que beija-la, eu vou beija-la!

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Pois é, era só um maldito sonho e eu acordei frustado, mas muito frustado. Para piorar tinha visita em minha casa, eu ouvia vozes bem alta vindo da sala e eu não estava nenhum pouco afim de levantar e socializar. Mas depois de perder completamente o sono e ficar ouvindo as vozes por mais de trinta minutos eu resolvo levantar.

Meus tios, Carlos e Rose, que coincidentemente tem o mesmo nome da minha mãe, estavam sentados na sala tomando cerveja. Olhei para o relógio no teto da sala e marcavam quase uma da tarde, minha tia, que era irmã do meu falecido pai, foi a primeira a se levantar e parecia bem feliz em me ver. Me abraçou forte.

– Boa tarde, dorminhoco! Achei que não ia te ver hoje.
– Oi tia Rose, tudo bom? - Falei enquanto dava um beijo em seu rosto.
– Tudo, querido. Noite foi boa?
– Normal... em casa. Não sou de sair.

Caminhei na direção do meu tio que estava sentado, curiosamente, não era meu tio de sangue, mas era o tio que eu mais gostava, sempre brincalhão e de ótimo humor, Tio Carlos era uma pessoa que eu admirava e respeitava muito.

– Oi Tio Carlos, tudo bom? - Apertei sua mão e o abracei.
– Claro. Viemos te buscar. - Ele falava com um largo sorriso.
– Oi?? - Na hora fiquei parado e olhei para minha tia e depois para ele novamente.
– Sua mãe falou que você entrou de férias, faz tempo que você não vai lá em casa, aliás, casa nova. Passa umas semanas lá.
– Ah... não sei, Tio. Meio que marquei umas paradas nas férias.
– Namorada? - Ele pareceu curioso e feliz.
– Nah... amiga, amigos e essas coisas.
– Então, vai uma semana, uns dias. Eu te levo e te trago.
– Vamos, você vai adorar! - Minha tia reforçava.
– Realmente não sei.

Minha mãe enfim aparecia com uma garrafa de cerveja, botando na mesa de para 8 lugares que tinha na sala, e enchia os copos dos meus tios. Aproveitei que minha mãe começou a conversar, eu escapei. Fui no banheiro fazer a higiene básica e ia para o quarto, mas notei que meu irmão não estava em casa, não queria ser o antissocial, apesar da minha vontade ser essa. Mas sentei na mesa com eles, rezando para que eles esquecessem esse assunto.

– Nessa nova casa, é em frente á uma escola, moramos no segundo andar, no primeiro andar abrimos tipo um barzinho, mas mais para os jovens. Tem fliperama, vendemos salgados, sucos e etc. Agora nas férias vai bombar, pois tem uma pracinha que enche de jovens lá. - Meu tio falava animadamente.
– Entendi... - Ainda sem esboçar reação.
– Seu primo James vive atrás das menininhas lá.

Minha tia tem três filhos, nenhum deles é com meu Tio Carlos. São eles, Renato, que tem a idade do meu irmão. James, que é um ano mais velho do que eu, e Daiane que é dois anos mais nova.

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Por algum motivo, três horas depois eu estava desfazendo a mala no quarto dos meus primos. Era um quarto grande até, uma beliche onde meus primos dormiam e uma terceira cama que era da minha prima. O quarto dela ainda estava em reforma e aproveitando que eu passaria uns dias lá, ela viajou com sua melhor amiga. Meu primo Renato fazia faculdade e era gerente de uma das lojas das Casas Bahia, por isso mal ficava em casa.

Minha sorte naquele lugar é que tinha videogame, PC com internet e fliperama no andar de baixo. Sem contar na TV a cabo, eu passei o restante daquele sábado assistindo filmes o dia inteiro, tinha até esquecido da internet, sem contar que choveu bastante e isso não me fez ir na rua.

Domingo foi um dia tranquilo, almocei com meus tios, Renato e James. Eles contaram histórias, falaram de seus planos nessa nova casa e até me ofereceram emprego, claro que foi uma brincadeira, eu espero.

Quando anoiteceu eu tomei banho e vesti um casaco, vazia frio demais, a chuva enfim foi embora e como meu tio falou, o bar/lanchonete deles lotou de jovens mesmo, tinha mais de 30 pessoas sentadas nas mesas, ou no fliper, ou jogando sinuca. Após uma hora lá, meio que atoa ainda. James me chamou e me levou para a pracinha, ficava há dois minutos dali, lá tinha mais gente, sentamos numa mesa junto com 4 amigos dele, o engraçado que eles ficaram contando histórias engraçadas e vergonhosas do meu primo, ele ficou mega sem graça.

– As minas vão vir pra cá? - Uma dos amigos perguntou.
– Taiani falou que vinha. - James respondeu.
– Desde quando tu fala com a Taiani com intimidade assim?
– Ué, ela é amiga do meu irmão, então eu falo com ela normal, eu falei com ela no MSN mais cedo, ela falou que vinha com as garotas umas 19h
– São 19h30 - Um deles respondeu após olhar o relógio.
– Eu nem quero saber das outras, só quero saber da Taiani. - O primeiro que perguntou, parecia empolgado.
– Iiiih gamadinho. - James rindo, implicava.
– Porra, ela é linda demais, pena que não dá mole pra ninguém.
– Pera... quem é Taiani? - Perguntei confuso.
– Explica para ele, James.
– Cara, Taiani é a mina mais gata daqui, namorou um mané uns dois anos por um tempo, ele parece que traiu ela e depois se mudou daqui, desde então ela tá solteira mas não dá mole pra ninguém e nem fica. Geral já tentou e nada, mas é a simpatia em pessoa.
– Eu acho ela gostosa! - Um falou rindo.
– Ela é magra, tem corpo de modelo.

Uns minutos conversando até que surge três garotas, nenhuma deles me chamou atenção, talvez uma, era ruiva, bem branca e tinha um sorriso super branco e lindo, eu adoro sorrisos, mas eu esperava mais se ela realmente for a Taiani. Me apresentaram as três e nenhuma delas era a tal menina, me aliviou um pouco, não sei o por quê, mas eu estava curioso de ver tal "beleza" como eles mesmo falaram de forma excitada.

– Demorei mais cheguei! - Uma voz vindo das minhas costas, uma voz aguda por sinal e feminina.
– Aleluia, achei que ia te buscar em casa. - A ruiva falava. Olhei para os meninos e estavam todos com sorriso de idiota olhando para ela.
– Desculpa, estava assistindo seriado e aí vi uns seis episódios seguidos, perdi o horário.
– Taiani é meio nerd né? - James falava rindo.
– Adoro séries, livros, mesmo! - Ela falava rindo e então apareceu no meu lado e eu olhei.

Pois é, eu a olhei e ela era tudo aquilo e talvez mais um pouco do que eles descreveram. Taiani era linda, sim. Com um nariz fino e arrebitado, olhos azuis, pele bronzeada e cabelos negros até o meio das costas, lisos. Ela era alta, devia ser um pouco mais baixa do que eu, que tenho um metro e oitenta e um de altura. Ela não era toda magra, mas tinha um barriga saradam pois vestia uma blusa que mostrava sua barriga e um casaco aberto.

Taiani era nota 10, sem dúvidas. Até hoje só conheci pessoalmente duas garotas de nota máxima, Taiani era uma, nem Bruna tinha essa nota.
Eu não sei explicar isso a vocês, mas eu realmente sabia, eu realmente tinha total certeza que eu ficaria com ela nessas férias. Taiani seria a razão das minhas férias terem sido inesquecíveis.