These Days escrita por Riqui


Capítulo 13
Medo ou insegurança?




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Eu não demorei tanto tempo assim no banho, eu estava até ansioso imaginando como seria essa noite e revelo a vocês que foi uma noite inesquecível para mim.
Ao sair do banho eu tive meu primeiro "problema" naquela noite, não sabia com que roupa eu iria para a casa da Bianca, até por quê nunca passei por essa situação.
Fui para quarto e após pôr uma calça, eu estava procurando por um par de meias quando meu irmão me olha e abre um sorriso.

– Hmm vai para um festinha, é?
– Festa? não, vou na casa de uma amiga.
– E por qual motivo ta se vestindo como tivesse indo numa festa ou balada?
– Eu tô?
– Você tá de calça, camisa polo e botando tênis.
– Mas não é nada disse.
– Se não é, tira, bota uma bermuda, né.
– Tu acha melhor?
– Qual a o grau de amizade de vocês? é amiga... ou ficante/namorada?
– Hmmm, somos amigos, porém estamos ficando.
– E ela te convidou?
– Na verdade eu ia na casa dela, não pra ficar lá dentro, mas no portão sabe? aí ela me convidou pra comer pizza e tal.
– Hmmm - Meu irmão tirou seu headseat e pareceu se interessar no assunto - Bota uma bermuda, mas continua com a camisa.
– Tá!

Assim me levantei e tirei a calça, dobrei e guardei no guarda-roupa, fui procurar por uma bermuda jeans e coloquei. Meu irmão então se levantou e na parte dele do nosso guarda-roupa ele pegou um frasco de perfume e me deu, me lembro que era um importado, ele raramente usava aquele.

– Uau, esse não é aquele bem caro? - Perguntei enquanto olhava para o frasco.
– Sim, só uso em ocasiões especiais, então use!
– Tem certeza?
– Claro, parece que sua noite será melhor que a minha hahaha.
– Tá, valeu! - Passei um pouco e o aroma era delicioso.

Meu irmão por sua vez mexeu em uma de suas gavetas e puxou três camisinhas e riu enquanto me entregava, eu peguei aquilo sem entender.

– Que isso?
– Camisinha ué.
– Tá, mas não quero. - Tentei devolver, sem sucesso.
– Como não? você já tem então?
– Não tenho, é que não vou usar, cara.
– Aiai irmãozinho, você é ingênuo demais.
– Cara é só uma pizza, não é sexo.
– Hahahaha eu não disse isso, só que presta atenção comigo.
– Hmmm.
– Quem mais você tem certeza que estará na casa dela? ela tem irmãos? avós? pais?
– Só a mãe.
– Que perfeito! Presta atenção, mesmo que a mãe dela coma pizza com vocês, assista TV, jogue baralho e sei lá mais o quê, algum momento ela vai deixar vocês sozinhos, e esse é o momento que ela, a sua garota, mais tá esperando.
– Como você tem certeza?
– O quê você mais quer indo lá?
– Hmm, ficar com ela.
– A sós, certo?
– É né.
– Então idiota, acha que ela não quer o mesmo?
– Sim, conhecendo ela. Da última vez fiquei mais de uma hora quarto com ela.
– SËRIO? - Ela pareceu surpreso e ao mesmo tempo orgulhoso.
– Sério.
– Que garanhão! Então as coisas estão mais avançadas do que imaginei.
– Talvez, mas não vou precisar disso. - Botei as camisinhas em cima da cômoda.
– Leva, é sério, melhor ter e não precisar, do que precisar e não ter.

Pois é, essa frase fazia total sentido e com isso eu peguei e guardei em minha carteira, e fiquei imaginando se eu iria precisar delas, eu não cheguei a ter esse tipo de pensamento com ela, na verdade com qualquer outra garota que eu me envolvesse e rolasse algo sentimental eu não conseguia pensar nesse tipo de situação.

– Agora vai lá e me orgulhe!- Ele falou isso enquanto me dava um tapa no braço.
– Idiota! hahaha.

«»

Eu dobrava a rua de Bianca e quanto mais perto eu me aproximava da sua casa mais lento meus passos ficavam, sentia uma sensação estranha, uma certa insegurança e um frio na barriga que eu não sabia explicar. A real é que eu estava com medo do que aquela noite iria acontecer. Em minha cabeça mil expectativas.
A real que eu gostava da Bianca e era um sentimento diferente do que sentia pela Bruna, já fazia dois meses que tinha me afastado dela e a grande diferença é que a Bruna foi algo que aconteceu de cara, foi quando a vi eu senti uma parada que não sei explicar. Com a Bianca é totalmente diferente, foi algo construído desde o momento que a conheci e até hoje, ela me fazia fazer coisas impulsivas e corajosas, coisas que não tinha coragem para fazer, essa era Bianca.

Apertei a campanhia e não demorou muito para ela abrir a porta e ficar com um sorriso enorme. Ela me abraçava forte e parecia que não me via há semanas, retribui o abraço e dei um longo selinho.

– Oi amoooor. - Ela falava enquanto ainda me abraçava.
– Que menina cheia de saudades! - Eu apertava contra meu corpo e sorria.
– Tô mesmo, passou de 24 horas que não vejo você - Ela fazia um biquinho no qual eu encostava meus lábios em seguida.
– Estou aqui!
– Siiiim, vem entra. - Ela fava enquanto segurava minha mão e me puxava para dentro.

Lá estava eu de novo na casa dela depois de uma semana, a ansiedade se foi mas só um pouco, Bianca foi me levando até a sala onde sentamos no sofá, ela pegou o controle e parecia procurar algo para assistir.

– Você tá com fome? - Ela me perguntava enquanto olhava para a tv.
– Um pouco.
– Que bom, minha mãe ia passar na pizzaria para pedir a pizza para nós, deve entregar daqui a pouco.
– Ela não tá em casa?
– Não, ela tem um encontro, aí ia passar na pizzaria.
– Hmmm - Eu confesso que fiquei um pouco nervoso de saber que estava sozinho com ela.
– Que foi? - Ela sorria enquanto me olhava.
– Nada.

Ela botou em algum filme que juro que não lembro qual era de fato, mas sei que era algum de suspense, com 15 minutos de filme, enfim nossa pizza chegou. Bianca botou em cima da mesa que ficava em frente ao sofá, pegou dois copos e refrigerante para nós dois, ficamos quase metade do filme comendo e bebendo e rindo, pois com a luz acesa e só com metade da concentração voltada ao filme, não era de assustar. Mas depois que comemos ela teve a incrível ideia de apagar a luz, eu sentei no canto do sofá encostado no braço do mesmo, Bianca botou um travesseiro no meu colo e escorado no braço do sofá, ela se deitava e me olhava com um certo brilho em seus olhos.

– Que folgada!
– Sou mesmo! Tá super confortável, não reclama.
– Confortável pra você né, tá jogada em cima de mim. - Fazia cara de bravo mas me segurava para não ri.
– Aiaiai, prefere ir pra minha cama então? - Meu coração gelou e a olhei.
– O quê??
– Você escutou, quer ir para meu quarto e deitar comigo lá?
– É... deve ser melhor né?
– Se você tá reclamando, lá tem mais espaço.- Ela falava enquanto se levantava.

Eu demorei a entender o que estava acontecendo, só "acordei" quando percebi que Bianca não estava mais na sala, eu me levantei e a porta do seu quarto estava entreaberta, eu levantei e senti minha perna tremer um pouco, será que meu irmão tinha razão sobre o que poderia acontecer? Eu apenas me caminhei devagar em direção ao seu quarto.


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