Meu Inimigo Pessoal escrita por Nakata


Capítulo 4
Capítulo 4- Verdade


Notas iniciais do capítulo

Hey anjos, então eu sei que é mega cedo para atualizar, mas meu pai cortou a internet e não vai dar pra atualizar outro dia =( espero que entendam e não deixem de acompanhar por causa disso *u*



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Certo, aquilo de fato era uma surpresa.

– Kera? O que te trás aqui, minha senhora - disse com um sorriso, se eu realmente estava perante a deusa dos vampiros o respeito para manter minhas veias fechadas era fundamental.

– Não acredita em si mesma? Então como quer que os outros acreditem? - sua voz apesar de calma tinha um poder tão grande que congelava até meus ossos - As pessoas só podem ver em você, aquilo que você quer que elas vejam. Seus medos, pra que mostrar? Seus pontos fracos são aqueles que tu menos pode imaginar, são os mesmo que tu deixaste as pessoas explorar

O máximo que eu pude fazer foi assentir, aquelas poucas palavras tinham mais verdades do que mil propagandas eleitorais.

– Por que a senhora está falando isso pra mim? Estou enganando os seus filhos.

Ela assentiu e fez em gesto como se estivesse apanhando a lua, por um momento ela pareceu tão bela que eu não pude deixar de sentir inveja dela.

– Apesar do amor, nem todas as mães são fieis aos seus filhos.

Olhei para a Lua me lembrando das palavras de Damen. Agora aquela lua que à menos de 5 minutos brilhava lindamente, estava apagada, sem aquele brilho. Tão vazia.

– Sei que estas sem esperança, mas lembre-se:A esperança dá-nos força. É a razão de aqui estarmos. É com ela que lutamos quando todo o resto está perdido.

Deixei uma lágrima rolar pelo rosto, eu queria correr ate ela e lhe dar um abraço, mas me contive no meu lugar A sua imagem começou a virar uma névoa.

– Não! Eu tenho tantas perguntas, como eu saio daqui? – implorei

– Você não precisa de mim, todas as respostas tu encontrarás pela sua jornada. Você tem que aprender a lembrar-se daquilo que já conhece. Elas estão dentro do seu coração, mas cuidado filha, toda história tem seu vilão. Seja ele o tempo, amor, raiva, mágoa e a mentira. Cabe apenas a você decidir o seu futuro. Cabe apenas a você matar os seus demônios.

Então ela sumiu. Respirei fundo tentando focar a visão, mas ela se fora deixando apenas uma névoa branca no seu lugar. Revirei os olhos para mim mesma. Argh! Eu com certeza tinha alucinado, e realmente eu não tinha tempo e muito menos vontade de ficar louca.

Comecei a andar de volta para o dormitório. Agora o céu estava completamente escuro e a lua pálida não ajudava muito. Se aquilo era real, Kera tinha deixado uma mensagem que no fundo eu mal sabia pra que servia.

– Ei Haven, espera! - a voz de Maia ecoou por trás de mim, seguido por sons da grama molhada sendo pisoteada. Respirei fundo e me virei para encara- lá

– Maia, o que foi?

– Eu disse que ia te procurar, eu vi o seu sangue - os olhos dela brilharam com a menção da palavra "sangue"

– Não, o que você viu foi completamente diferente - eu sempre odiei mentir, mas depois de ter me mudado para cá, eu tinha até ficado boa nisso.

– Então o que foi? Eu tô nessa a um ano e meio, sei o que é sangue - ela levantou uma sobrancelha para mim.

– É melhor para você não saber, acredite

Ela baixou os olhos para a grama molhada e encolheu os ombros, eu a observei murmurar alguma coisa na mesma língua que ela falará com Anne hoje cedo no refeitório.

– Quando eu entrei aqui, eu não era novata – ela tremeu como se apenas as memórias a torturassem por dentro.

Senti meu estômago revirar, então me sentei de volta no banco. A lua agora começava voltar ao seu estado “normal” deixando aquela brisa fria jogar meus cabelos para trás. Era tanta paz que nem parecia que eu estava vivendo o próprio inferno. Maia quase como num piscar de olhos apareceu ao meu lado.

– Eu era humana e me apaixonei por um vampiro, ele gostava de mim e me transformou – ela sorriu para mim e limpou uma lágrima que escorria pela sua bochecha – Mas depois ele terminou comigo e nunca me assumiu como sua criação, eu não posso virar uma vampira até que ele me assuma. E só tem um tempo determinado de 6 anos para ele me assumir ou então... – ela fez uma pausa.

Olhei para ela, os seus lábios estavam trêmulos e ela apertava olhos como se aquilo a deixasse atormentada ou algo do tipo.

– Então...?

– Eu morro. – Ela abaixou a cabeça fazendo com que os cabelos negros formassem uma cortina entre nós. Eu queria abraça-lá mas mal a conhecia – por isso Haven, você tem que achar o seu vampiro, antes que ele suma e você morra

Fiz um gesto positivo, aquelas palavras tinham feito um nó se formar na minha garganta. Afinal, não tinha vampiro nenhum, transformação nenhuma, eu era uma mentira. E apesar dela ter contado algo que realmente a magoava e se aberto comigo, eu se quer podia fazer o mesmo

– Eu estava dizendo que sei como é o cheiro de sangue, o meu ex- namorado vampiro me dava quando ele me transformou, os novatos só consomem 2 vezes por mês, mas ele me dava todo dia e eu fiquei viciada e consumia cada vez mais e mais – ela arregalou os olhos – Então eu matei.

– Mato? – indaguei com os olhos arregalados.

– Matei ela, sacrificaram a única pessoa que eu amo, ele sacrifico – as lágrimas começaram a brotar pelos seus olhos e logo suas palavras foram preenchidas por uma onde de soluços – Ele matou ela, ou eu matei, eu não sei. Só sei que ela morreu e eu bebi o sangue dela, eu bebi o sangue da minha irmã e gostei –ela disse incrédula, como se tivesse acabado de sair de uma choque

Eu não sabia o que dizer, as palavras estavam paradas na minha garganta e minha mente estava toda bagunçada. Eu estava com medo dela, com certeza estava. Mas ela não parecia uma assassina, estava mais para uma irmã arrependida. Engoli um seco e a puxei para um abraço, ela se aninhou nos meus braços enquanto soltava uma onde de soluços irregulares.

– E depois? – perguntei me afastando, ela fixou os olhos vermelhos na lua e sussurrou alguma coisa naquela língua estranha.

– Tinha um jeito de traze-lá de volta, eu tentei. Eu sai por 7 dias matando todas as virgens que eu conseguia encontrar, não sei por quê esse bullying com as virgens, mas era necessário, lutei com um nephilim, sabe eles são gigantes tipo aquele que na Bíblia diz que Davi matou, mas eu não me escondi, eu tinha esperança, apesar de sozinha essa é a força de quem luta por quem ama, mas eu fracassei – ela soltou um rosnado – Ela não voltou, meu esforço foi em vão

– Talvez esse era o final dela. Sabe, nem todos vivem “feliz para sempre” a realidade é mais cruel

– Eu sei, eu não me importo mais, ela morreu. Eu superei, porquê em breve eu vou morrer também

– Quem era o vampiro? – perguntei tentando mudar o assunto deprimente que ela havia começado. Sério mesmo, falar de morte quando você ta andando em uma corda bamba não é muito confortável

– O meu ex? Simples, Damen, o professor de teatro.


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Notas finais do capítulo

Cof Cof Damen meio vilão?? Pela Deusa!
Eai o que acharam dessa capítulo?? Estou sem uma beta por isso peço que entendam os erros de PT G.G

Anh e sobre os "Nephilim" sim gente essa é a verdade, eles não são coisinhas fofinhas como o Miles e a Shelby de Fallen, a realidade era mais cruel na época :v aquele tal gigante que Davi matou era a prole de um demônio. Por sorte eles foram extintos e os caídos proibidos de ter proles, né? Imagina que louco um monte de gigantes por ai D;
Deixe seus comentários, criticas construtivas e elogios são muito bem aceitos ♥♥
Até o próximo capítulo o