Hell on Earth. escrita por IsaaChan


Capítulo 1
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

A Princípio, essa é minha primeira estória. Então peço gentilmente que peguem leve nos reviews, por favor.Duas observações importantes inicialmente: Ao final do texto você verá esse símbolo: "+", esse indicará devaneios do personagem durante a história. E por último, a estória é sobre o filme Drag me to hell ( Arraste-me para o inferno ), que não se encontra nas categorias do site. É uma continuação, então quem não viu o filme, não entenderá boa parte da estória, mas como eu sou um anjo, preparei um link com a cena final pra vocês: https://www.youtube.com/watch?v=quY0mRlL5FQ É isso. Espero que gostem, um enorme beijo e boa leitura. ;3'



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... Eu estava caindo, caindo num buraco tão fundo que parecia um abismo. Estava quente e havia fogo por toda a parte. Almas me puxavam desesperadamente para baixo, para os lados, como se houvesse uma disputa aonde eu era o prêmio. O único som que ouvira naquele instante eram as vozes horripilantes de demônios que estavam por toda a parte a torturar almas. Eu parecia estar congelada, minha mente pesava, pesava e muito, afinal eu tinha deixado Clay e dessa vez não era só por um instante.
Sinto cair e bater forte contra um chão rachado, mas não conseguia me mover, e a dor já não existia. A única coisa que conseguia era ouvir vozes e gritos de misericórdia. Senti meu corpo arder no fogo que estava o queimando completamente e logo em seguida, vi de maneira bem turva, um demônio com chifres de cordeiro chegar por perto. Fecho os olhos, pois senti que aquele seria o fim de tudo, e então ouço uma voz dizendo sinistramente: - Sua alma deliciosa é minha Christine! - Em seguida uma risada nunca ouvida antes, um risada macabra e sinistra, que ecoavam pelos meus ouvidos e me arrancara um medo, um terror absurdo que nunca sentira antes. Abro os olhos, e então vejo-o com uma boca monstruosa, com dentes afiados, aberta e mãos com garras aguçadas em direção a meu coração, na ânsia de querer arrancá-lo e comê-lo. E é então, num súbito desespero, que um grito amedrontador sai de minha boca: - AAAAAAAAAAAAAAH!
Acordo molhada de suor, olho o despertador e eram três e quinze da manhã. Agradeci cada minuto por ter sido somente um pesadelo. As janelas que eu havia fechado antes de deitar estavam totalmente arregaçadas, deixando entrar uma brisa fria e inexplicável.
Me levanto sentando na beira da cama. Amarro meus cabelos, ponho as mãos no rosto, tentando enxugar o suor que não parava de escorrer. Vou até o banheiro e me olho no espelho. Abro a torneira e jogo água em meu rosto pra me refrescar, e quando olho novamente pra o espelho, meu nariz estava sangrando, o sangue pingava na pia e pintava toda a água que corria por ela.
Desço a tampa do vaso sanitário, fechando-o e me sento. Pego um bolo de papel higiênico pra tentar conter o sangramento, enxugando minhas narinas. O sangramento para. Me levanto e olho novamente para o espelho, tentando achar outra anormalidade em mim, mas não havia. Volto para a cama, vejo e percebo que o relógio parou, pois ainda marcava três e quinze. Sento na cama e pego o relógio para mudar as posições da bateria, e no momento sinto uma brisa muito fria tocar minha nuca. Passo a mão por ela com um sentimento gélido de medo, como se a brisa tivesse trago algo ruim para dentro do quarto, ou pior, para dentro de mim. Sinto um arrepio, logo deixo o relógio com as baterias soltas em cima da escrivaninha. Me levanto e olho ao meu redor, não vejo nada além dos móveis antigos que ocupam cantos diferentes do meu quarto. Vou até as janelas, olho para fora. A rua estava deserta, o silêncio era profundo e a neblina espessa, mas calma, dava a impressão de que eu estava em um filme de terror, e que logo eu seria assombrada ou possuída por algo sobrenatural, ou abduzida por um alien. - Sensação estranha, não? - Fecho as janelas e puxo as cortinas, para tentar impedir que a luz dos postes da rua clareassem em meu rosto, mas nunca adiantava, pois as cortinas eram muito claras pra isso.
Me viro para voltar pra cama, mas ao virar, uma velha horrenda aparece em minha frente, com os olhos machucados, a cara rasgada por algo que não parecia ter sido por facas, e dentes podres, sorrindo pra mim, um sorriso louco e desalinhado. Ela olhava com tanta atenção, que me assustei e arrepiei, todo o meu corpo tremia e o medo estampava meu rosto. A desgraçada ficou me fitando por uns minutos com a mesma cara e mesmo sorriso. Tentei me afastar, me esquivando. Foi então que ela, cuja o nome Ganush, veio atrás de mim, gritando loucamente, me xingando e me batendo. Eu tentava me esquivar, mas era praticamente impossível! Seus olhos esbugalhavam e saiam larvas de sua boca. Tive, além de pavor, uma enorme ânsia de vômito.- Agora, como uma velha xexelenta pode ser mais forte assim? Vem lá do inferno pra me assombrar, essa vaca! - Ela me batia intensamente, me arrancava os cabelos, gritava comigo. Eu já estava em pânico, não sabia para aonde correr dentro daquele quarto tão pequeno. Peguei um cabideiro que estava por perto, que para minha sorte, não havia nada pendurado. Bati na velha, joguei o cabideiro contra ela e me camuflei com os braços para me proteger se no caso ela reagisse. E incrível aconteceu! A velha desapareceu, como mágica! Olhei para os lados tentando encontrar aquela maldita velha, mas ela realmente tinha sumido. Um suspiro de alívio sai de mim.
O relógio ainda estava parado, não sabia as horas e também não iria o arrumar agora. Me deitei e fiquei pensando até cair num sono profundo: Por que Ganush veio atrás de mim? O que mais essa velha quer comigo? Meu Deus, não terei paz? Algo dizia-me sussurrando em meu consciente que nunca mais teria...
Amanhece. E a luz entra radiante. Atravessa as cortinas me fazendo acordar com toda a claridade. Abro os olhos, e tudo parece normal. Vou ao banheiro tomar um banho gostoso e renovar as energias para um longo e arduloso dia de trabalho. Me visto, desço e tomo um café. Saio, entro no carro tranquilamente e sigo o caminho direto para o trabalho.
+ Tantas coisas aconteceram nesses últimos dias. Eu estava certa de que deveria me livrar daquele objeto amaldiçoado de uma vez por todas. Mas não sabia pra onde ou a quem correr. Um simples botão faz um estrago em minha vida. Bagunça e revira meu mundo inteiro. Abala minhas estruturas e me faz crer que as esperanças estão desaparecendo gradativa e dolorosamente, se é que existe alguma. +


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