Sophie White, a Estranha escrita por white271


Capítulo 2
O-Menino-Que-Sobreviveu




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— Mas Srta. Mella, como pagarei pelos meus materiais se não tenho dinheiro algum?

— HA-HÁ, é ai que você se engana. Seus pais lhe deixaram uma fortuna em Gringotes.

— Mas que diabos é isso?

— O banco dos Bruxos minha cara, 1 galeão corresponde à 17 sicles e 1 sicle corresponde à 29 nuques. Memorizou White?

— Espero que sim. — respondeu Sophie contando nos dedos.

Caminharam até um prédio meio deformado e branco com janelas de madeira, foram subindo as escadas de mármore até chegar a porta de carvalho que ia até o teto e como um passe de “mágica” se abriu para elas. Um duende com cara mal-humorada surgiu para conduzi-las, ao entrar havia vários duendes em mesinhas trabalhando em um salão também de mármore mesclado com pilares do mesmo material. Na maior mesa à frente do salão residia o duende “recepcionista”, ele as conduziu aos trilhos e elas desceram nos carrinhos fazendo perigosas curvas e derrapando pelo túnel de terra iluminado por archotes.

Estacionaram no cofre n°271, que por coincidência era o número do quarto de Sophie no orfanato. Ela possuía uma fortuna, vários galeões dourados, sicles prateados e nuques de bronze. Retiraram o necessário, depositaram na bolsinha de couro e voltaram pelo caminho que vieram para terminar as compras.

Ao sair foram andando pela estreita ruazinha, Sophie atraiu olhares curiosos provavelmente por causa de sua aparência exuberante de olhos azuis e cabelos mesclados. Todos só falavam do Menino-Que-Sobreviveu, um tal Harry Potter que sobreviveu a uma tal Maldição da Morte de um tal Você-Sabe-Quem que ela não fazia a mínima ideia de quem poderia ser e este ano estava iniciando seu primeiro ano, igual Sophie, em Hogwarts:

— Quem é esse menino de quem tanto falam?

— Aah, foi um garoto que com apenas um ano de idade perdeu os pais e sobreviveu a Maldição da Morte do bruxo das Trevas mais poderoso deste século!! — explicou Srta. Mella animada.

Continuaram sua caminhada e pararam para comprar os livros de nomes estranhos em uma loja chamada Floreios e Borrões. Pararam também na loja da Madame Malkin para comprar os uniformes:

— Bom dia querida, Hogwarts? — perguntou Madame Malkin muitíssimo educada.

— Sim, obrigada. — respondeu White um tantinho curiosa. Os uniformes eram vestes negras e compridas, capas com o brasão da escola: um leão em fundo vermelho, uma cobra prateada em fundo verde, um texugo preto em fundo amarelo e uma águia em fundo azul escuro e em embaixo desse belo brasão havia mais quatro nomes estranhos que Sophie não conseguiu distinguir na malha.

Após saírem dessa simpática loja de madeira, como todas as outras, foram em uma loja em que animais de “estimação” para bruxos e bruxas estavam à venda. Sophie ficou um pouco apreensiva, pois não queria outro animal, ela estava bem com Giri e gostava dela:

— Eu não quero outro animal, estou bem com a Giri. — disse ela pacientemente.

— Não vamos compra nenhum animal, só vamos arranjar uma poção para curar sua patinha.

— Ron Weasley, — cumprimentou-a um garoto ruivo e cheio de sardas, diferente de Sophie que tinha uma pele lisinha e branca ao entrarem na loja — primeiro ano em Hogwarts também?

— Sophie White, hãã — respondeu Sophie um tanto confusa pois não se lembrava o que era Hogwarts, ao lembrar respondeu rapidamente — ah sim, meu primeiro ano em Hogwarts também. Tô meio perdida sabe, não nasci nesse “mundo”.

— Você se acostuma, e ai veio ver um bichinho?

— Ah não, eu já tenho a Giri! Uma pequenina coruja que veio entregar minha carta, ela uma fofura!

— Que legal, não sabia que a escola dava corujas para os alunos, queria poder ficar com a que entregou a carta pra mim, mas já tenho o Perebas — respondeu o garoto mostrando um rato um tanto nojento do bolso da blusa — viemos comprar um remédio pra ele.

— É, eu também vim comprar remédio pra Giri.

— Espero que agente caia na mesma casa, tchau! — e saiu pela porta da loja provavelmente por causa de sua mãe que havia chamado por ele.

— Tchau... — despediu-se Sophie intrigada e pensativa sobre o que seriam essas tais casas, em seguida saiu à procura da Srta. Mella que estava no balcão negociando com um bruxo de barba preta, de careca reluzente, olhos negros e um tanto gordinho de 1,60m no máximo de altura:

— Escute aqui dona, — disse o rabugento vendedor ao ver Sophie chegando — faço por 20 nuques só por ser para essa adorável garotinha — e sorriu alegre para Sophie que ficou em duvida se retribuía o sorriso, porém acabou fazendo força e sorriu de volta.

— Srta. Mella, aonde vamos agora? — perguntou Sophie ao saírem da loja.

— Por favor, pode me chamar de Clarice a partir de agora. Nós estamos indo comprar o item mais importante da lista, a varinha.

Aah então era assim que chamava aquele graveto, pensou Sophie. Entraram na loja do Sr. Olivaras que lhes cumprimentou de bom grado:

— Olá minha pequena, — se dirigindo à Sophie — você deve ser a Sophie Weasley não? — Clarice fez cara de espanto.

— Não, não. O senhor se enganou essa é a Sophie White. — disse Clarice o corrigindo e parecendo um tanto constrangida.

— Enfim, vamos achar uma varinha para esta linda garotinha — disse Olivaras dando palmadinhas na cabeça de Sophie, que nesse momento estava confusa, porém decidiu não ser a hora de fazer perguntas, mesmo tendo várias.

Então o senhorzinho saiu para a parte de trás da loja para buscar uma varinha, Sophie testou umas 4 e a única coisa que fez foi destruir uma parte da loja que Olivaras consertou rapidamente com um aceno de sua prória varinha. Só na 5ª varinha eles obtiveram algum resultado:

— Ooh! 28cm, azevinho e núcleo de pena de fênix. Essa fênix só produziu 3 penas, uma delas é a sua, a outra é de Você-Sabe-Quem e a última esta guardada aqui comigo esperando para ter um dono. Ah minha querida, a varinha escolhe o bruxo e esta escolheu você por algum motivo.

— Você-Sabe-Quem foi o cara que tentou matar Harry Potter não? — perguntou Sophie curiosa, animada e não sabia ao certo, mas com um pouco de medo também.

— Sim, sim minha jovem. Pelo que vejo você é muito esperta. — respondeu Olivaras sorrindo para ela.

— É, acho que já podemos ir. Quanto que fica a varinha? — perguntou Clarice apressada

— 5 galeões.

— Aqui está. — respondeu ela entregando-lhe o dinheiro que acabara de tirar da bolsinha de couro. — Vamos Sophie. — e ela saiu pela loja empurrando Sophie.

— Adeus pequena Sophie! — despediu-se Olivaras

— Adeus... — respondeu Sophie olhando e acenando por cima do ombro enquanto ia sendo empurrada para fora.

Estavam voltando até o cubículo pelo qual vieram quando um rapaz loiro esbarrou em Sophie:

— Hey, olha por anda loirinho! — disse Sophie segurando sua raiva.

— Olha quem fala! A Estranha de cabelos loiros e ruivos, fica na sua Estranha senão meu pai vai ficar sabendo disso! — respondeu o menino de cabelos loiros fazendo cara de nojo para Sophie, que ficou com uma horrenda vontade de conjurar um bastão para socar aquele menino estúpido, porém saiu andando até reencontrar Clarice. Haviam se perdido enquanto ela brigava com o menino loiro. Ela estava segurando dois sorvetes de chocolate com mousse de limão enquanto conversava com o sorveteiro:

— Olá Sophie, sou Florean. — cumprimentou a o sorveteiro quando ela chegou. — Clarice estava me contando sobre você.

— Oi, que sorvete maravilhoso!! — disse Sophie que já estava devorando o sorvete.

— Hahaha, que bom que gostou.

— Então White, vamos embora? — perguntou Clarice.

— Só depois de eu terminar essa divindade! — respondeu apontando para o sorvete.

Ao terminar foram para aquele cubículo de tijolos cinza:

— Como chama isso que acontece e que nos leva para o orfanato? — perguntou Sophie que não gostava da sensação.

— Se chama aparatar. — respondeu Clarice, mas antes que Sophie pudesse perguntar outra coisa ela já estava se sentindo sufocada quando pisou em solo firme e se deparou com o banheiro feminino do orfanato CatterRoad:

— Vá correndo para seu quarto! — ordenou Clarice. — e aqui no orfanato você tem de me chamar de Srta. Mella ouviu?

— O.K., Srta. Mella. Muito obrigada por tudo. — respondeu Sophie e em seguida saiu correndo pelos corredores cobertos de musgo em alguns cantos até chegar ao seu quarto louca para arrumar seu material no malão e admirar a varinha que era preta e toda desenhada no punho em espiral e o resto muito liso.

Chegando ao quarto tirou a calça, a bata e o tênis e também fez desaparecer uma cobertura de pele falsa que havia conjurado para esconder as tatuagens, em seguida vestiu o pijama e ficou folheando os livros da escola que eram interessantíssimos, menos o de história, pensou ela. Acabou adormecendo com Hogwarts: uma história (livro que compraram a mais para Sophie ler nas férias) em cima de sua cara, com o cabelo todo emaranhado e cheio de cachos no travesseiro verde claro. Sonhou com um clarão verde e depois com outro roxo e outro amarelo, “minha” sempre que sonhava com esses clarões ouvia uma voz sibilando essa palavra, acordou suando com uma dor insuportável nas duas tatuagens e na cicatriz em V, às 3 da manhã. Após relaxar e tomar a água que havia conjurado ela adormeceu pensando no tal Menino-Que-Sobreviveu e se eles dois teriam alguma ligação com Voldemort, o nome de Você-Sabe-Quem havia aparecido em sua mente como um estalo.


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