Sophie White, a Estranha escrita por white271


Capítulo 1
Bruxa?!




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Fazia um belo dia na Rua dos Cacos n°8 onde reside o orfanato CatterRoad , lar da pequena Sophie White de 11 anos que estava no pátio bem no centro do orfanato, possuía paredes cinzentas e brinquedos velhos e enferrujados e para piorar a situação todas as crianças não gostavam dela, achava que era por causa de sua aparência fora do normal. Enquanto cuidava da pequena corujinha preta de olhos azuis que havia caído hoje de manhã pela janela de seu quarto e apelidada carinhosamente de Giri, percebeu que havia uma carta amarrada à sua pata direita. Desamarrou-a e leu para si mesma.

Sophie foi olhar a lista de materiais cheia de nomes estranhos e engraçados, então se perguntou, onde diabos eu vou comprar tudo isso? O que seria Hogwarts? Era uma bruxa? Então saiu correndo do pátio à procura de sua amiga Srta. Mella, sua única amiga, com quem podia conversar mesmo elas tendo 10 anos de diferença.

Correu o mais rápido que pode pelos corredores amarelos que eram horrivelmente mal iluminados quando então parou de uma vez na porta de sue próprio quarto n°271, ela estava sentada em sua cama de lençóis verde claro enquanto organizava e penteava os cabelos das bonecas os olhos costurados e sombrios que ela tanto amava:

— Alô White — disse uma Srta. Mella muito animada de cabelos ruivos e lisos presos em um coque, de olhos verde água brilhando só de ver a garotinha — por que não está brincando no pátio?

— S-Srta. M-Mella — ofegou Sophie cansada e suando — olhe o que estava na perna de Giri — entregou-lhe o pergaminho cor de café.

Quando viu a carta ela não sabia se ria ou se chorava, leu a três vezes de cima abaixo e disse:

— O que você acha?

— Não faço a mínima ideia e você? — respondeu Sophie confusa com a reação da amiga.

— Compraremos seu material amanhã, às 8 horas me encontre no banheiro feminino. — afirmou e saiu decidida, provavelmente indo avisar a Inspetora Plank que iriam sair amanhã pensou Sophie.

Muito perturbada com o assunto decidiu não pensar nisso e guardar suas dúvidas para amanha, foi até o espelho comprido que ficava na porta de fora do armário branco e velho tirou seu vestido azul turquesa que ia até os joelhos e admirou seu biquíni preto com listras verdes que ganhara hoje da Srta. Mella pois era seu aniversario, dia 27 de julho. Examinou-se de cima abaixo e indagou se sua cicatriz e suas duas tatuagens teriam alguma ligação com o fato de ser bruxa. A cicatriz em forma de V um pouco abaixo do queixo e acima o peito de vez quando formigava, a tatuagem em seu antebraço esquerdo tinha a forma de uma cobra saindo de um crânio e a terceira vinha desde seu pescoço do lado direito, passava por seu tronco, se enroscava na perna esquerda e terminava em seu pé, possuía a forma de uma pequenina cobra verde. Depois de refletir sobre as tatuagens começou a examinar seu cabelo que do lado direito era cor de fogo e do lado esquerdo era um loiro quase branco, esses dois lados estavam mesclados em uma linda trança feita por ela mesma e ia até seus cotovelos, seu cabelo tinha de ser preso todos os dias pela manhã porque ele era simplesmente era cheio de cachos rebeldes. E possuía olhos grandes e vibrantes de um azul bem clarinho.

Será que meus pais eram bruxos? Essa pergunta simplesmente lhe ocorreu na cabeça, porem não gostava e pensar nos pais e nem os mencionava muito. Tudo o que sabia deles era que sua mãe faleceu, seu pai a deixou nesse orfanato com pouco mais de um ano de idade e também logo após a morte da mãe e seu outro sobrenome era Black. Sophie Albertina White Black, era esse seu nome completo.

Já estava anoitecendo e era hora do jantar, provavelmente todas as crianças estariam indo para o refeitório, mas Sophie nunca se alimentava lá. Possui um poder. Ela conseguia criar o que desejasse quando desejasse, sempre que estava com fome imaginava o que gostaria de comer e mexia suas mãos como se estivesse jogando uma bolinha de uma mão para a outra e dali saiam minúsculas bolinhas coloridas que logo se transformaram em um prato com macarrão com queijo, frango e cenourinhas cozidas (sua comida predileta), outro prato com uma fatia de bolo de chocolate e um copinho com suco de laranja que se posicionaram em uma mesinha que ela acabara de “conjurar” com as mãos. Ajeitou os pratos que estavam flutuando na mesinha e começou a ter o seu feliz jantar de aniversário, sozinha, observando o pôr-do-sol de sua janela privilegiada no segundo andar.

Acordou muita animada e excitada às 7:30 da manhã para ir comprar seus materiais para poder estudar nessa tal escola “Hogwarts”. Colocou uma calça preta e uma bata verde escura com flores vermelhas, e acabou fazendo um simples coque com o cabelo revoltado que amanheceu parecendo um leão e o enfeitou com um gracioso laço vermelho. Calçou os tênis pretos e conjurou seu café da manhã, comeu apressada com medo de pender a hora e quando terminou de tomar seu leite e comer sues cookies ela saiu silenciosamente pelo corredor até chegar ao banheiro feminino no 1° andar.

Srta. Mella já estava a sua espera, vestia uma calça justa e branca, uma blusa roxa e tinha em suas mãos uma capa preta, também estava segundo uma coisa que parecia um galho, porém era toda trabalhada:

— Segure em meu braço bem firme — disse ela enquanto se cobria com a capa — logo chegaremos.

Sophie segurou meio hesitante e então sentiu se elevada do chão, sendo comprimida e passando por um cano, estava ficando sem ar quando abriu os olhos e pisou em solo firme. Aquela sensação angustiante havia passado e estavam num pequenino pátio com paredes de tijolos cinza de 2m quadrados, Clarice havia apanhado aquele estranho “galho” e estava fazendo uma sequência em alguns tijolos. A parede a sua frente se abriu e elas estavam em uma ruazinha de pedras com varias lojinhas, era bem movimentada e as pessoas sequer notaram a presença delas ali, Sophie percebeu que não eram lojinhas simples que vendiam bugigangas, eram lojas de bruxos:

— Bem-vinda ao Beco Diagonal White, — exclamou Srta. Mella — não é maravilhoso?! Na minha primeira vez eu também estranhei um pouco, mas você vai se acostumar.


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